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A delegada e o CEO - quando o perigo une duas almas perdidas

A delegada e o CEO - quando o perigo une duas almas perdidas

Joyce Lima

5.0
Comentário(s)
749
Leituras
6
Capítulo

Ailim Mendonça teve uma infância repleta de traumas e aos 10 anos testemunhou a morte brutal de sua mãe. Com muita garra e sede de justiça contra aquele que destruiu sua juventude e levou a pessoa que mais amava de sua vida, ela se dedicou e virou delegada da divisão de homicídios em São Paulo, buscando na lei o suporte para caçar seu algoz. Com uma vida corrida e muitas regras auto impostas, ela não tem aversão a relacionamentos, mas sua vingança, ou a busca por justiça, seu trabalho, seu tio e suas amigas são suas prioridades e nenhum homem despertou nela a vontade de ser mais do que apenas sexo. Yago Castilho, nascido em berço de ouro, sempre teve tudo que quis menos a confiança cega de seu pai, sempre quis provar que era capaz e depois do pai sofrer um infarto se viu como CEO da Bebidas Castilho, empresa fundada pelo seu tataravô e uma das maiores do Brasil no mercado de bebidas finas. Foi traído, tem aversão a compromissos, mulherengo, carismático tem como premissa em sua vida que precisa viver ao máximo e curtir todos os prazeres, mas esconde dentro de si uma magoa muito grande e um enorme medo de ser novamente machucado. Seu coração está em frangalhos e ele não pretende oferece-lo novamente. Um crime une os dois, uma atração intensa e sem explicação, tormentos do passado voltam para destrui-los, será que esse encontro de almas será suficiente para mantê-los em pé? A atração pode virar amor?

Capítulo 1 Yago Castilho

Porra, esse dia só piora!

Sabe aqueles dias que começam uma bosta e com o passar dele as coisas só vão ladeira abaixo?

Bom ... bem-vindos ao meu dia hoje!

Ok, ok... acordar ao lado de uma mulher gostosa e nua não foi ruim, mas não lembrar de nada da noite anterior deveria ter sido um alerta, de que meu cérebro gostaria de apagar alguma informação, ou seja, eu deveria ter fugido para as montanhas, mas não fiz.

EU ODEIO GRITOS! Ainda mais aquele típico escândalo fingido, como se a pessoa precisasse afirmar seu desempenho durante o sexo, isso não é sexy, muito menos satisfatório. E droga, a mulher berrou, mas berrou tanto, que meus ouvidos ficaram zumbindo por horas. Até agora não sei como meus vizinhos não chamaram a polícia, eu teria agradecido a interrupção, não tenham dúvidas.

Depois disso, a coisa declinou de vez. Tentar ser sutil e dispensar a mulher, que pra início de conversa eu nem sabia o nome, dizendo que eu estava atrasado para uma reunião, não adiantou. Falar pra ela que eu iria tomar banho, mas que era só encostar a porta quando saísse, funcionou ainda menos. A maldita escandalosa, me olhava e sorria docemente como se fossemos íntimos, enquanto se aproximava de mim.

- Fique tranquilo benzinho. Eu não estou com pressa, pode tomar seu banho que eu vou me apossar da cozinha, te faço um café. – falou a última parte sussurrando, como se me contasse um segredo, enquanto passava as unhas vermelhas cumpridas pela minha barba, e piscava os olhos lentamente. Em qualquer outro momento eu acharia isso sexy, mas o clima não era mais esse, nem de perto. Alguém conta para ela que sexo casual não é intimidade, É SÓ SEXO!

Eu precisava me livrar dela! Querendo pensar com mais calma, fui para meu banheiro, tomei banho e decidi que esse era só um obstáculo e que tudo iria melhorar, me preparei pra isso, afinal a galera Zem sempre diz que pensamentos positivos atraem coisas boas, esse é meu novo mantra. Coloquei meu terno favorito, cinza, feito sob medida da Dolce Gabana, meu Rolex, calcei meus sapatos mais elegantes e confortáveis e parti para a guerra, afinal eu não sou homem de aceitar derrotas com facilidade.

Sai da minha suíte com destino a cozinha e para minha surpresa, a senhorita Sem Nome estava usando uma camisa MINHA, calçada com MINHAS meias, sentada na MINHA bancada rodeada por algumas comidas e bebidas, se sentindo a porra da dona da MINHA casa!

Entendam, eu não sou nenhum escroto, não negaria café da manhã a ninguém, muito menos a mulher que estava com meu pau na boca algumas horas antes, mas essa maluca estava me tirando do sério, eu precisava dela fora da minha vida, urgentemente.

- Você demorou amorzinho, quase fui te buscar... – Ela fez beicinho e mordeu os lábios ... fala sério, me chamando de amorzinho e me oferecendo da MINHA comida na MINHA casa!?! Limite cadê você???

Respirei fundo e me concentrei em manter minha expressão neutra, fazendo uso da minha melhor cara de pôquer, com a voz controlada e livre de qualquer sentimento como faço com meus parceiros e adversários de negócios, encarei a mulher. – Desculpe, como disse, tenho uma reunião importante e estou atrasado. Vou chamar um taxi pra você. Pode ir se trocar enquanto isso. – Já estava me virando com o celular nas mãos quando ela desceu da bancada e veio até mim, ainda com aquele sorrisinho idiota de falsa inocência no rosto.

- Tolinho! – Fez sinal de me dispensar com a mão. – Pode ir pra sua reunião "Superimportante" – Ela fez aspas com os dedos, e deu ênfase no "superimportante" enquanto esbulhava os olhos. É sério isso? – Eu fico por aqui, tomo um banho, dou uma organizada nas coisas e te espero voltar, cheirosinha e ... nua na nossa cama. – No final da fala, ela lambe os lábios, segura o meu pau por cima da calça, convencida de que era uma proposta irrecusável, disso tenho certeza e que merda é essa de nossa cama!?! A cama é MINHA e só MINHA.

O que a doida estava pensando? Foi só uma noite, sexo sem compromisso, eu tenho certeza de que não pedi ninguém em casamento ou propus alguma espécie de relacionamento. Bem capaz, se eu fosse muito corajoso e completamente inconsequente, e acabasse deixando a criatura sozinha na minha casa que quando eu voltasse encontraria as malas da bonita e um decreto de que ela moraria comigo. Ou seja, isso não tem a menor possibilidade de acontecer, ela precisa sair daqui, agora!

Limites existem para serem respeitados! Esses limites pelo menos precisam. Sem mais paciência, e sem tentar ser sutil ou educado, segurei firme no braço da maluca e sai puxando a Sem Nome até a MINHA suíte, não respondi aos protestos pouco enfáticos ou as falas de como eu era impaciente, nem me manifestei quando ela gemeu falando que a minha pegada bruta a estava excitando e o quanto minha atitude de homem das cavernas deixava a maldita molhada e pronta para nosso próximo round. Completamente insana, eu falei ... nem fodendo teríamos próximo round, meus tímpanos e minha sanidade mental não aguentariam.

Joguei ela dentro do quarto, recolhi as roupas dela que estavam espalhadas e joguei sem nenhum zelo em cima dela.

- Vista-se AGORA! – Falei sério e sem disfarçar minha fúria.

- Mas, querido... - me olhou meio confusa.

- AGORA! – Gritei – Você tem 1 minuto antes que eu te jogue pra da fora MINHA casa vestida como está.

A feição da mulher mudou drasticamente ganhando um ar de irritação e incredulidade. Finalmente contive um suspiro de alivio eu não poderia demonstrar a ela nenhuma outra emoção que não a completa impaciência e raiva, acho que ela entendeu, me dei palminhas nas costas mentalmente, pelo meu êxito. Com os olhos marejados, ela virou de costas, tirou minha camisa sem desabotoa-la, se enfiou dentro do vestido vermelho minúsculo, antes de ir olhou para mim novamente, apontou o dedo pra minha cara e esbravejou. Achei que a maluca ia começar a espumar pela boca, é sério!

- Seu grosso, estupido... fique sabendo que eu FINGI o orgasmo. Você não me merece. Nem pense em pedir meu telefone porque eu não quero te ver nunca mais, mesmo que você implore! – Revirei os olhos mentalmente, vai esperando, até parece que eu ia ligar.

Ela pegou a bolsa que estava na cômoda perto da porta do banheiro, os sapatos de salto que estavam no chão ao lado da cama, empinou o nariz e saiu pisando duro pelo meu apartamento. Graças a Deus, meu refúgio estava seguro novamente, o barulho estrondoso da porta da sala batendo evidenciava isso e eu suspirei aliviado.

Depois da épica batalha, desci até a garagem, peguei meu BMW i8 prata, meu PRECISO, e sai em disparada para a empresa, afinal, a tal reunião "superimportante" era verdadeira e além de ter que encarar meu pai, ainda teriam os velhotes do conselho para atazanar minha existência. Para esses velhos ranzinzas nada basta e eu sou apenas um playboyzinho com a linhagem sanguínea certa.

Eu tenho 36 anos e assumi como CEO da "Bebidas Castilho" a exatos cinco meses, logo depois que meu pai teve um ataque cardíaco e quase morreu, o velho foi praticamente obrigado pelos médicos e pela minha mãe a desacelerar, e me passou o bastão. Acontece que para esses "idosos fofinhos" do conselho eu não passo de um "garoto" inconsequente que não merece a cadeira de CEO. Não, isso não é uma piada, alguns até me chamam de moleque quando querem me rebaixar. Tá bom, eu amo uma festa, gosto de beber e acima de tudo, amo uma boa e apertada boceta, se for mais de uma, melhor ainda, e antes de assumir a empresa a minha vida era essa, principalmente enquanto fazia minha faculdade de administração. Mas, conheço a história dessa empresa, sei da importância dela para a minha família e para as famílias que dependem dela, me preparei muito para o momento que meu pai me daria a honra de administrar nosso legado e quando assumi o cargo de CEO me comprometi a fazer de tudo para que a Bebidas Castilho cresça e prospere, quero que meu pai sinta orgulho do meu trabalho.

Mas primeiro, preciso convencer meu velho e as múmias caquéticas do conselho que sou capaz, mereço meu posto de CEO a longo prazo, e chegar atrasado a uma reunião não é o melhor caminho.

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