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Meu Chefe da Máfia

Meu Chefe da Máfia

Clara Silva

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Capítulo

Ana, uma mulher inteligente que vem de uma família de mafiosos da Itália, assume o lugar de seu pai depois que ele perde a memória após um acidente de carro. Ela faz de tudo para calar aqueles que a subestimam. Carlos, o líder da máfia italiana, é um homem frio, calculista e super inteligente que não mede esforços para ter sucesso nos negócios, sejam eles legais ou ilegais. O que será que vai acontecer quando os dois passarem a ter contato?

Capítulo 1 Deixei tudo nas suas mãos porque confio em você

Desde a minha adolescência, minha família me ensinou a como ser uma mulher calculista e inteligente que nunca baixava a cabeça para ninguém e que sabia se portar diante de pessoas importantes.

Venho de uma família de mafiosos da Itália, fazemos parte de uma das maiores organizações criminosas do país.

Eu cresci presenciando as coisas boas e ruins que minha família, principalmente meu pai e avô faziam.

No começo, eu não me sentia muito bem com tudo isso, tinha vergonha, mas com o passar dos anos me acostumei e, infelizmente, comecei a gostar da vida que levava.

— Tenho certeza de que vai cuidar muito bem dos nossos negócios, minha querida. — meu avô diz pelo telefone.

— O senhor viu que meus tios não gostaram quando o senhor deixou tudo sob minha responsabilidade. — suspiro, me sentando na cadeira do escritório do meu pai.

Pude ouvi-lo murmurar do outro lado da linha.

— Eles não têm capacidade alguma de assumir o controle, você sabe disso — ele responde — Deixei tudo isso nas suas mãos porque confio em você, Ana.

— Mas uma das regras da organização diz que mulheres não podem representar a família perante os outros membros!

— Sim, eu sei — ele faz uma pausa — Mas não precisa se preocupar com isso, eu conversei pessoalmente com o Don e ele nos abriu uma exceção.

Franzi a testa e ele continuou:

— Eu expliquei a ele que não podia voltar a cuidar de tudo porque já estou velho demais e também que seus tios não saberiam administrar nem nossos próprios negócios, muito menos os negócios da organização.

Ainda sentada na cadeira giratória, me virei, ficando de frente para a grande janela de vidro que oferecia uma linda vista do jardim.

— Não sei se saberei administrar todas essas coisas, vovô. E se eu fizer algo de errado e…

— Giusepe estará pronto para dar uma segunda opinião sempre que você pensar em fazer algo, querida — ele diz, me interrompendo — Ele vai te ajudar até seu pai se recuperar totalmente.

Meu pai sofreu um acidente de carro há alguns dias atrás, o que o fez perder a memória. Os médicos disseram que ele vai voltar a lembrar de tudo, mas que pode demorar semanas ou até mesmo meses.

— Isso é loucura. — sussurro enquanto fechava os olhos.

— Está decidido! — ele diz em um tom mais elevado — Você é a única pessoa apta para substituir o seu pai. Não importa o que seus tios pensem!

Respiro fundo e balanço a cabeça.

— Na próxima sexta-feira haverá uma reunião com os chefes das famílias da organização. Você irá acompanhada do Giusepe, que te auxiliará quando necessário.

Não falo nada.

— Bem, eu preciso desligar, tenho que tomar meu remédio — ele diz — Não hesite em me ligar caso precise de alguma coisa.

Encerramos a ligação.

Fico olhando para a tela do meu celular por um momento, até que o coloco em cima da mesa e apoio minhas costas na cadeira, ficando mais confortável.

Inclino a cabeça para trás e suspiro.

Escuto um barulho vindo do jardim e me viro novamente para a janela, logo vendo o jardineiro aparando a grama.

Ele olha para mim com seus olhos azuis-claros, dando um sorrisinho e não posso deixar de analisá-lo atentamente.

Sua blusa cinza está levemente levantada, deixando a mostra sua barriga bem-definida, e seus cabelos estão bagunçados, caindo um pouco sobre sua testa. Ele é um homem atraente.

— Senhorita — a voz de uma das empregadas doméstica chama minha atenção — Sua tia Laura ligou do hospital e disse que seu pai não vai poder vir para casa hoje.

Me levanto da cadeira e apoio minhas duas mãos na mesa.

— Por que? Aconteceu alguma coisa? — pergunto, preocupada.

— Não, pode ficar tranquila! Ela disse que ele precisa fazer mais alguns exames só para ter certeza de que pode ser liberado. — responde, amigavelmente.

Eu assinto com a cabeça.

— Ok, obrigada.

Ela deixa o escritório e não demora muito para que eu faça o mesmo.

Fecho a porta de correr dupla e me aproximo da sala de estar, que fica praticamente de frente a porta do escritório.

Pela janela vidro, consigo ver o jardineiro conversando com a mesma empregada doméstica de antes.

Ele percebe que estou observando e me encara por um momento antes de voltar sua atenção para a mulher à sua frente, que por sinal não para de falar.

Nego com a cabeça e começo a subir as escadas, na intenção de ir para o meu quarto.

Ao entrar no mesmo, vejo minha melhor amiga conversando e rindo enquanto fala com alguém por chamada de vídeo.

— Sim, claro que podemos sair qualquer dia! — ela sorri pra tela do celular — Depois a gente se fala, tchau! — ela desliga e revira os olhos. — Idiota.

Me jogo na minha cama, coloco a mão na testa e olho pro teto.

— Com quem estava conversando? — pergunto, tentando me distrair um pouco.

— Luigi. — responde, parecendo entediada. — Ele não me deixa em paz.

— O que o bastardo da família Martini quer? — pergunto, dando um sorriso fraco e ela joga um travesseiro em mim.

— Tadinho dele, Ana! — diz e começa a rir — E aí, você conversou com seu avô? — eu assinto com a cabeça — E então?

Me levanto, ficando sentada beira da cama e viro o rosto para olhá-la.

— Não tem jeito, ele não quer que meus tios tomem conta de tudo — suspirei — Ele disse que eles não têm capacidade. Eu que vou ficar no comando do restante da família e dos nossos negócios.

Ela arregala os olhos.

— Eu vou substituir o meu pai. — digo depois de engolir em seco.

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