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AMOR DE NOVELA
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Capítulo

Dr. Théo Zannini é um pediatra especializado em traumatologia e trabalha em um hospital de renome. Sua vida gira em torno do trabalho, e talvez por isso ele tenha deixado a vida pessoal de lado. Cuida de cada paciente como se fosse seu próprio filho. Filho esse que ele nunca pode ter com sua ex-esposa Lidiane Mathias. Théo ainda não conseguiu o divórcio definitivo e quando tem um tempo no trabalho acaba tendo recaídas sexuais com a ex-esposa, que acredita que eles podem ter uma nova chance juntos. Mas isso tudo só até o Dr. Théo conhecer Vivian Motta em um de seus inúmeros plantões médicos. Ela é mãe de Juliano Motta, um garoto esperto de 07 anos que adora aprontar e deixa todo mundo ao seu redor louco com suas bagunças que geralmente acaba com joelhos ralados ou braços quebrados. Vivian desperta algo novo no Dr. Delícia, e ele fará de tudo para conquistar de vez o coração de sua musa. Théo e Vivian se jogam no jogo de sedução. E é nos braços um do outro que eles se completam. Mais como nem tudo são flores em AMOR DE NOVELA teremos vilões e mocinhos. Será que até o final esses dois corações se renderão ao amor um do outro de uma vez por todas e lutarão pra ficar juntos apesar de todos os obstáculos que possam surgir pelo caminho ou vão apenas pensar na história deles como um último capítulo que chega ao fim como uma cena de novela?

Capítulo 1 PRÓLOGO

VIVIAN

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- Olha minha filha, o rapaz gosta de você. Devia dar uma chance a ele.

- Mas tia, não dá mais. Já faz um tempo que a gente mal se fala. E não é porque ele veio numa festa da família que vou ficar dando mole pra ele. - falo irritada com aquela situação.

- Comadre, deixa de ser boba. Ele não para de olhar pra você.

- É, tô vendo. Ele está mesmo é aproveitando seu momento de lazer pra encher a cara de cachaça também. Quer saber? Eu vou lá fora vê como tá o Julinho.

Sai do apartamento apressada. Não dava pra ficar no mesmo ambiente que o gostoso do meu ex e com minha família achando que tô fazendo cu doce pra não ficar com ele. Mas ninguém entende. Ninguém entende o que sinto por Théo, acho que nem ele mesmo consegue entender que relação é essa que temos.

Quando estamos perto um do outro não conseguimos ter qualquer diálogo por mais de dois minutos, já que antes mesmo que percebamos já estamos querendo nos tocar, beijar, abraçar, e arrancar essa saudade infinita que carregamos no peito e que sentimos pelo outro...

A nossa história de amor parece até romance de novela, daquelas bem clichês que reprisam inúmeras vezes nos canais de TV aberta. Gostaria que tudo fosse tão simples como parece, com roteiros pré escritos, cenas decoradas e tudo mais que faz parte de uma boa trama, mas na vida real o esquema é outro.

∞∞∞∞

MESES ANTES...

Théo é um cara maravilhoso, só tem dois defeitos que eu não suporto. O primeiro é que às vezes ele exagera na bebida, e o segundo, é a ex-mulher grudenta e linda no pé dele. Lidiane é uma mulher loira, magra e linda, ela se parece muito com aquela atriz Aline Morais.

Eu não tenho nem como competir com ela. Não que eu tenha problemas com minha autoestima, mesmo não estando no meu peso ideal ou tenha recuperado totalmente o corpo que tinha antes de Juliano nascer. Nem me importo o fato dele já ter sido casado antes da gente se conhecer, afinal eu também já tive outros relacionamentos anteriores e um deles me tornou mãe do Juliano. Meu filho é uma benção, mas como toda criança é arteira. Vez ou outra tenho que leva-lo ao hospital por ter quebrado o braço ou mesmo ter caído de bicicleta, mas isso é normal de toda criança, então eu tento não me apavorar quando algo assim acontece.

Foi numa dessas idas ao hospital que conheci o Dr. Théo Zannini. Ele era o pediatra plantonista naquele dia e eu juro que se não tivesse tão atordoada por causa do Julinho, acho que quem iria precisar de um médico seria eu com aquela visão do paraíso de Jaleco.

Estava admirada com tamanha beleza na hora até pensei: "que delícia de Doutor". E confesso que não reclamaria de levar uma injeção na bunda se ele fosse meu médico particular.

Da mesma maneira que esses pensamentos insanos vieram eles foram embora quando ouvi os gritos de dor do meu filho.

∞∞∞∞

Depois de Juliano ser atendido e medicado o Dr. Théo me pediu o número do meu celular, achei estranho já que isso não nunca havia acontecido antes. Então ele disse que gostava de acompanhar os pacientes atendidos por ele de perto, que era apenas um cuidado e que se eu não me sentisse a vontade em passar o número ele entenderia.

Não recusei, claro e sem contar que eu também teria o seu número assim que o mesmo fizesse contato.

Juliano recebeu alta e fomos pra casa. Moro com meus pais, sou filha única e sempre fui 'mimada' por meu pai. Com minha mãe a relação é um pouco conturbada e se complicou mais ainda quando fiquei grávida. Mas depois do nascimento de Julinho, as coisas entre nós deram uma melhorada. Por diversas vezes tentei ir morar só com meu filho num cantinho só nosso, mas até hoje não consegui. Meu pai sempre diz que já temos nossa casa e não precisamos nos mudar pra ter o nosso espaço. E minha mãe sempre que toco no assunto ela faz milhões de chantagens emocionais. Eu sou uma boba e sempre caiu na conversa deles então vou ficando e esquecendo o assunto por algum tempo...

∞∞∞∞

Alguns dias após a minha ida ao hospital com Julinho, o Dr. Théo me ligou. Eu mal pude acreditar quando ele se identificou.

Me senti eufórica, mas não podia demonstrar. Afinal o que ele pensaria de mim? Então o atendi na maior calma do mundo, na verdade era o que eu queria pensar naquela hora porque por dentro eu estava dando mais duplos twists carpados do que a própria Daiane dos Santos poderia fazer...

Théo foi gentil perguntou por Juliano, eu disse que ele estava se recuperando, conversamos mais algumas amenidades e depois nos despedimos.

Nossa eu fiquei me sentindo a última coca cola do deserto depois daquela ligação, sei que não tinha nada de mais, ele era um cara importante, um médico. Caraca! Jamais imaginei que ele fosse mesmo ligar e ser tão atencioso que acho que me apaixonei naquele minuto.

∞∞∞∞

Dias depois fui buscar Juliano na escola, ele já estava no 2° ano do ensino fundamental e era um garoto esperto. Como era dia de prova pra ele à escola liberou antes do horário normal meu pai costumava ir busca-lo, mas devido a mudança no horário ficaria impossível, pois até fechar a loja e ir para a escola de Juliano perderia muito tempo então fui eu mesma pegar meu filho na escola.

Saímos da escola e Julinho tagarelando o caminho inteiro falando que queria ir a uma tal inauguração da pista de skate que aconteceria na cidade. Ele falava tanto que eu mal conseguia ouvir meus próprios pensamentos.

- Ah vamos mãe. Por favor, por favorzinho. Todos os meus amigos vão e sou o único que não vai. Depois eles vão ficar me zoando.

- Presta atenção Juliano, você tem que fazer as coisas por você, porque você gosta não porque alguém vai falar isso ou aquilo sobre o que você faz ou deixa de fazer meu filho.

- Tá bom mãe, mais, por favor. Vamos prometo que nunca mais te peço mais nada.

- Ai Julinho não sei com quem você aprendeu a ser tão dramático desse jeito. Se já está no seu DNA por conta do seu pai ou se é sua avó que te ensina essas coisas. Mas tá bom. Vamos então nessa tal inauguração da pista de skate só que vamos ter que ir de ônibus porque o vovô tá com o carro e ele vai fechar a loja só mais tarde hoje.

- Tudo bem mãe eu adoro andar de busão.

- Desde quando Juliano?

- Mãe, posso te contar um segredo?

- Tenho até medo de perguntar do que se trata. Mas fala Juliano. Conta logo qual é o segredo.

- Mãe sabia que você é a melhor mãe do mundo todo?

- Hum, obrigado meu filho. Mas você não me engana não seu Juliano. Quem não te conhece que te compre.

Caímos os dois na risada e fomos pra casa.

∞∞∞∞

O prédio onde moramos é bem simples. Conta com 06 apartamentos por andar. Com muito suor e trabalho meus pais puderam quitar a compra do apartamento e não precisamos pagar aluguel, o que já é um grande alívio nas contas do fim do mês.

Trabalho na área de eventos. Sou cerimonialista em casamentos. Costumo ajudar as noivas a escolher desde o vestido até itens para sua casa passando também pela parte gastronômica. Adoro meu trabalho tenho vantagens como horários flexíveis, folgas planejadas, plano de saúde, auxílio transporte, 13° salário enfim tudo que me ajuda a manter um bom padrão de vida e dar ao meu filho o máximo de conforto possível. Não somos ricos e tento ensinar desde cedo à importância do dinheiro que não se deve desperdiçar mais viver em função do dinheiro também não é uma boa escolha. Ele não tem pai, o traste sumiu assim que soube da gravidez e meus pais o pressionaram por um casamento. Que clichê mais foi exatamente o que aconteceu. Não queria casar, mas eu também não queria ser mãe. Porém não havia muito o que fazer... Eu só tinha que aceitar amar e cuidar do anjo que estava em meu ventre. Tive que adiar meus planos por causa da maternidade.

Quando Juliano nasceu, me dediquei a ele em tempo integral, mas chegou o momento em que precisava seguir a minha vida, voltar aos estudos buscar uma profissão não é nada fácil ser mãe aos 19 anos mais tive uma família incrível me acolhendo e ajudando nesse momento de tantas mudanças pra qualquer mulher que se torna mãe.

Meus pais foram meus maiores incentivadores a "voltar à vida" pós-materna. Apesar de eu mesma tentar me sabotar e colocar Juliano como "desculpa" pra não entrar em relacionamentos ou mesmo ir aquela balada babadeira do momento com as amigas. Amizades essas que ficaram cada vez mais raras com o tempo, mas acabei me acostumando.

Meu trabalho se tornou meu segundo lar. Cada noiva que acompanho nos preparativos da festa e tudo mais. É como se eu estivesse preparando para o meu próprio casamento, cuido de todos os detalhes com o máximo de carinho e dedicação.

Não é porque fiquei com pé atrás pra relacionamentos amorosos, que não me permito sonhar com um casamento ou mesmo deixo de ter os meus crushs amigos que me proporcionam alegria e prazer entre quatro paredes. O que não quero é ter alguém emocionalmente carente a ponto de achar que a sua felicidade esteja em minhas mãos...

∞∞∞∞

O horário marcado pra inauguração da pista de skate era às 19:00 horas, mas às 18:30 Julinho estava pronto e me apressando. Eu entendia a animação dele, Juliano desde cedo se mostrou interessado em esportes radicais, apesar da pouca idade ele já me deu vários sustos um deles foi quando me convenceu a fazer aulas de parkour.

Eu não tinha ideia do que era, mas depois que o acompanhei na "aula teste", e que por sorte o professor conseguiu convencer meu filho há esperar alguns anos até ter idade suficiente e estar pronto fisicamente para praticar aquele esporte. Quase morri do coração e tive absoluta certeza que antes dos 30 anos meus cabelos estarão totalmente brancos pelas preocupações que Juliano me daria.

Faltavam dez minutos para o horário marcado da tal inauguração, e Julinho já estava pra me deixar louca com toda aquela falação que iríamos nos atrasar e blah, blah, blah eu já estava quase desistindo de leva-lo apesar de já estarmos na parte externa do prédio.

- Vamos logo mãe, a gente vai chegar atrasados e perder toda a diversão.

- Juliano deixa de pressa menino que a praça não vai sair do lugar. E além do mais essas coisas nunca começam na hora marcada. Para de me apressar.

- Vamos logo mãe, que demora. - ele falava chateado e com seu skate debaixo dos braços.

Descíamos as escadas enquanto eu estava tentando chamar um Uber porque provavelmente o ônibus nos atrasaria ainda mais. Foi quando encontramos Jonh, o vizinho do apartamento 502 que se ofereceu pra nos dar uma carona.

Jonh era bonito, loiro alto, não era do tipo musculoso embora mantivesse uma masculinidade impecável e seu jeito viril com certeza deveria deixar muitas calcinhas molhadas por aí, se não fosse pelo pequeno detalhe de que Jonh era gay. Jonh era um homem extremamente gentil, a muitos anos é amigo da família e sempre que posso dou uma passada no apartamento dele para colocarmos o papo em dia. Ele é piloto de avião e raramente estava em casa então costumava deixar uma cópia de suas chaves com meus pais para eventuais emergências ou mesmo para sua diarista fazer a faxina enquanto ele estivesse fora já que mora sozinho.

Era um tanto quanto estranho pensar num homão daqueles se pegando outros homens, mas quem sou eu pra julgar. Cada um viva da maneira que melhor lhe pertencer a uma sociedade já é bastante hipócrita e preconceituosa por si só, pra que venha precisar da minha colaboração e apoio.

Aceito a carona de Jonh e em menos de dez minutos chegamos ao local do evento. Antes mesmo de saímos do carro Julinho estava em êxtase. Ele fez com que trouxesse o seu trambolho, ou melhor, o skate e só de não ter vindo a pé ou pego o busão lotado já me sinto aliviada. Sai de meus pensamentos tentando conter a euforia de Juliano. Na volta pra casa chamarei o Uber. Jonh e eu nos despedimos, mais uma vez o agradeci pela gentileza e ele se foi. No caminho para cá ele me contava que estava a indo para um DATE com boy que tinha conhecido através de um aplicativo, estava animado, desejei boa sorte e e ao mesmo tempo que tivesse cuidado afinal nunca sabemos quem realmente são essas pessoas por trás de um computador ou celular, mas meu amigo sabia se cuidar, pelo menos era o que eu esperava.

Não tive muito tempo para me preocupar com Jonh e seu novo boy porque logo em seguida Julinho começou a me puxar para ficarmos próximo à pista. Não sei como crianças conseguem ser seres tão insistentes. Já tava dando minha noite como uma tremenda furada e rezando pra não ir parar na próxima emergência médica com Julinho, porque do jeito que ele estava empolgado não fazia ideia do que poderia acontecer.

Um pouco afastado da pista havia um palco que fora especialmente montado para autoridades que discursavam sobre o evento. Eu estava um pouco distante do palco e havia muitas pessoas no evento, mas de todas elas a que menos esperava encontrar era ele. Dr. Théo Zannini.

∞ ♥ ∞

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