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Um filho para o Bilionário

Um filho para o Bilionário

Zana Kheiron

4.0
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111
Capítulo

"Nunca terei um filho com alguém em quem não confio!” Esse era o lema de Danika, pois foi abandonada pelo pai quando pequena. Ela precisou dedicar a vida a ajudar a mãe a cuidar da avó doente e, por isso, decidiu ir par a cidade grande. Danika só não sabia que essa decisão mudaria sua vida para sempre. Hernan Allaband sofreu um acidente, ficou paraplégico e foi abandonado pela noiva. Agora, ele está sob uma ameaça: ou ele tem um filho, ou o poder dos negócios da família lhe será tirado e entregue a um de seus inimigos. Uma proposta para ser uma barriga de aluguel. Um casamento por contrato. Segredos do passado. Mas e o amor? Nascerá entre essas duas pessoas de mundos tão diferentes? Ou eles não estão destinados a ficar juntos?

Capítulo 1 Quanto

— Entre.

Danika olhou para a porta aberta do Bentley e para a escuridão dentro do carro. Ela soltou uma lufada de zombaria.

— Ah, pois sim! — Ela respondeu e tentou contornar o veículo, a fim de sair dali o mais rápido possível.

— Senhorita, por favor — Um homem alto, com uma figura esbelta, de cabelos claros, saiu do carro. Ele tinha uma expressão neutra no rosto.

— Quem é você, heim? — Ela perguntou e ele ergueu uma sobrancelha.

— Você não sabe quem eu sou? — Ele parecia genuinamente incrédulo. Danika estalou a língua.

— Se eu soubesse, não estaria perguntando, não é mesmo? — Normalmente, Danika não era rude, mas depois do que aconteceu naquela noite, ela não estava com humor para ser gentil com idiotas. Principalmente homens.

Ele, todo vestido de preto, usou o dedo indicador para empurrar os óculos para cima do nariz e suspirou.

— Eu sou Kyson Banks, senhorita Sinclair — Ela engoliu em seco. Ele sabia o sobrenome dela. Ele a conhecia.

— Ok, senhor Banks, não tenho ideia de como ou por que você sabe meu nome, mas não estou interessada em nada a ver com o senhor — Ela disse, recuando — Agora, preciso ir.

— Senhorita, por favor, tenho algo muito importante para discutir com a senhorita. É algo que a senhorita vai gostar de ouvir, eu garanto — Kyson começou a se aproximar dela e os olhos de Danika se arregalaram de medo — Não precisa ter medo de mim.

— Cai fora! — Ela disse, dessa vez, mais firme. Ela não iria esperar até que ele chegasse muito perto. Danika enfiou a mão desajeitadamente na bolsa e procurou apressadamente o frasco. Sentindo que seus dedos estavam tocando a coisa certa, ela agarrou-a e, sem piedade, apontou para o rosto do homem e apertou a pequena alavanca.

O grito que ele deu quando o spray de pimenta atingiu seus olhos foi de partir o coração. Ele usava óculos, mas aparentemente o acessório escorregava frequentemente na ponta do nariz, o que tornou seus olhos mais vulneráveis ao ataque de Danika.

— Eu disse pra você se afastar! — Ela gritou e tentou passar por ele, mas alguém a agarrou pela cintura. Danika estava prestes a gritar, mas nada mais do que um som abafado saiu de sua boca depois que esta foi coberta por uma mão enorme. Naquele momento, a ruiva começou a orar para quaisquer forças que existissem. Ela não podia morrer ainda, pois precisava cuidar da mãe e da avó!

— Pelo amor, senhorita! — Kyson disse, com os olhos totalmente inchados e vermelhos — Não havia necessidade disso!

Ele fez um movimento com a cabeça para que o outro homem a colocasse dentro do carro. Ela chutou, mas não teve chance de se libertar do aperto de ferro do homem.

Uma vez dentro do carro, Kyson entrou pela outra porta e logo o veículo estava em movimento. Danika praticamente se grudou à porta.

Ela então percebeu que não estava sozinha com Kyson Banks, pois havia outra pessoa sentada nas sombras.

— O-o que você quer de mim? — Sua voz tremeu. Ela estava assustada, sentindo seu coração disparar. Eles a matariam?

— Senhorita Sinclair... eu só queria lhe oferecer um emprego!

Aquela voz... ele era.. ele era o cliente da sala VIP! Ela respirou fundo antes de falar.

— Um trabalho? — Ela perguntou, tentando manter a calma — Ah, por favor! Você praticamente me sequestrou e agora diz que é para me oferecer um emprego? Ficou maluco, perdeu o juízo?

— Não, senhorita Sinclair. Eu sou muitas coisas, nessa vida, mas louco não é uma delas. — Kyson, entregue o envelope a ela, por favor.

Este o fez e Danika aceitou com mãos trêmulas o envelope que o homem de cabelos claros lhe entregava. Ela abriu e franziu a testa depois de ler o início do conteúdo.

— Barriga de aluguel? — Ela perguntou, confusa.

— Isso mesmo, senhorita — Kyson respondeu novamente e Danika ficou irritada com isso. O mais interessado nisso era o tal patrão, mas o homem não mostrava nem a cara, como ela poderia esperar que ele mesmo se explicasse?

— Aqui diz “sem contato físico”, mas então... como poderíamos ter um... filho? — Ela perguntou, e então franziu a testa com sua própria pergunta, como se estivesse considerando aquela loucura. “A minha curiosidade ainda vai me acabar!”

— Boa pergunta! — Kyson disse alegremente — A inseminação artificial é a resposta. Simples, sem contato, mais chances de sucesso.

— Entendo…— Danika engoliu em seco e se virou para o homem nas sombras — Por que eu?

— Porque estou de olho em você há um tempo. Você tem uma boa genética, é saudável, é bastante inteligente e isso é o suficiente para mim. Você não gosta de homens por dinheiro, mas isso não significa que não precise dele. Caso contrário, você não estaria trabalhando em um restaurante onde aqui e ali alguns clientes exigem mais de sua... atenção, e você tem que se conter para não dar um soco neles — O homem respondeu à pergunta dela com um tom muito educado, quase amigável.

Quando ele disse isso, Danika corou. É claro que ele sabia da situação do cliente russo.

*FLASHBACK*

— Você não precisa trabalhar aqui, minha linda. Com um corpo assim, você pode ficar rica num piscar de olhos — O homem insistiu e falou como se ela não o tivesse ignorado de propósito nos últimos minutos.

— Desculpe, senhor, não sou um objeto que você possa comprar. Não quero aceitar sua oferta. E não vou. Agora, com licença — Ela disse e tentou passar, mas ele bloqueou seu caminho.

Eles estavam perto da área VIP, então, os outros clientes não estavam realmente por perto. Como a porta estava levemente aberta, qualquer coisa, ela tinha esperanças de que o homem ali dentro a socorresse.

— Apenas uma noite. Seja minha e eu vou te cobrir de ouro!

O homem não era feio, pelo contrário. Mas ele era aquele tipo que Danika achava nojento. Os que achavam que podiam comprar qualquer garota com algumas notas e promessas falsas.

Ele tentou tocar-lhe o braço dela, mas ela recuou.

— Não me toque — Ela o avisou, mas ele pensou que ela estava apenas se fazendo de difícil.

— Chega de se fazer de difícil — Novamente, ele tentou colocar as mãos em Danika, desta vez, em sua cintura.

No momento seguinte, os nós dos dedos de Danika estavam doendo, porque ela tinha acabado de dar um soco no nariz do homem.

Ele se apoiou na parede, pois não esperava aquela reação da ruiva.

— Mas que… Diabos? — Ele perguntou, sua voz soando estranha, enquanto cobria metade do rosto com uma das mãos. Danika sabia o que isso significava, combinado com o aspecto sangrento: ela tinha quebrado o nariz dele.

— Eu te avisei!

— O que está acontecendo aqui…? — O gerente perguntou e olhou para o homem sangrando — Senhor Sokolov!

O gerente, o senhor Dupont, arregalou os olhos e correu para o russo, horrorizado. Ele lançou um olhar irritado para Danika.

— Ela me deu um soco! — Disse o Sr. Sokolov, indignado — Eu quero que se livre dela, agora! Essa garota deve ser demitida! Você mantém animais atendendo as pessoas, aqui? — Ele perguntou e olhou para Danika como se pudesse matá-la.

— Perdão, perdão, senhor!

— Nem venha com “perdão”! — O russo cuspiu as palavras — Demita-a. Agora!

Danika era a melhor garçonete, apesar de estar na casa há pouco mais de seis meses. Ela trabalhava duro e estava sempre disposta a trabalhar mais. Ela nunca teve nenhum tipo de problema com nenhum cliente.

Orson Dupont olhou para Danika com olhos cheios de lástima e ela sabia que ele cumpriria as ordens daquele homem horrível.

— Danika, você está demitida! — Ele disse com seu sotaque muito francês. Ela percebeu que ele estava pedindo desculpas com os olhos, já que o Sr. Sokolov não conseguia ver.

— Certo! — Ela disse e se virou para sair, mas antes… — Ele tentou me assediar. Eu deveria deixá-lo me tocar? Ele me ofereceu dinheiro!

O Sr. Dupont olhou para o Sr. Sokolov, que tinha um brilho perigoso nos olhos.

— Eu não fiz tal coisa! — Ele negou — E além de tudo, essa “сука” (vadia) está tentando me denegrir! Eu sou Igor Sokolov! Não preciso pagar por sexo!

Danika segurou a língua, porque queria responder com algo como “eu deveria saber quem você é?” com seu tom e olhar mais irritante e desdenhoso. Mas ela não o fez. Era melhor sair dali com um pingo de dignidade, do que arranjar mais confusão. No fim, ela quem mais sairia perdendo.

— Venha amanhã para assinar sua rescisão — O Sr. Dupont disse em voz baixa e fez um movimento com a cabeça, querendo que Danika fosse embora.

Hernan Allaband, que estava dentro da sala V.I.P (uma sala escura e muito discreta), que Danika acabara de atender, sorriu. Ele havia pedido a Kyson que usasse a psicologia para fazer o russo reunir coragem para conversar com Danika e, então, testá-la.

— Kyson? Ela é única! — Ele já estava de olho nela há algum tempo.

*FIM DO FLASHBACK*

— Olha, obrigada, mas... não vai rolar — Danika disse e o sorriso malicioso que brincava nos lábios de Hernan se esvaiu.

— Por que não? — Ele perguntou.

— Como assim? Você queria uma resposta, e eu a dei. Agora, pare o carro!

— Quero saber o motivo dessa negativa! — Ele disse, perdendo a paciência.

— Isso não vem ao caso. Agora, pare o maldito carro!

Hernan puxou o ar por entre os dentes, antes de falar.

— Pare a droga do carro! — Ele ordenou e Danika ergueu uma sobrancelha, abrindo a porta e saindo.

Ela respirou algumas vezes e olhou em volta. Ela não estava longe de casa.

“Pelo menos isso!”, ela agradeceu aos céus por não ter que caminhar uma longa distância. Sua vida estava uma bagunça no momento. O que mais poderia acontecer?

Ela olhou para seu prédio e sorriu. Finalmente, ela poderia ter paz por algumas horas.

— Ah, aí está você! — Danika fez beicinho ao ouvir aquela voz.

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