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Destino - Só a vida sabe o que nos espera

Destino - Só a vida sabe o que nos espera

Anny Bastos

5.0
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5
Capítulo

Prólogo O destino muitas vezes nos prega peças, tudo parecia estar indo muito bem em minha vida, até que minha mãe chegou com a notícia: Que a empresa a onde ela trabalhava a transferiu para uma filial no México. Meu irmão e eu tínhamos acabado de passar no vestibular, não podíamos ir com ela, teríamos que ir morar com o nosso pai e nossa querida madrasta. Mas antes da viagem da minha mãe e de ir morar na casa do meu pai, algo muito importante aconteceu comigo, algo que mudou a minha vida. Estava passando o natal na casa da minha avó, quando o vi. Ele era lindo, um dos homens mais lindo que já vi na minha vida. Foi aí que tudo começou, foi aí que me apaixonei perdidamente por ele, foi nesse dia em que o Afonso entrou em minha vida e mudou totalmente o meu destino.

Capítulo 1 A primeira vista.

Meu nome é Fernanda, tenho 18 anos, nasci no dia 06 de setembro de 1991, no estado do Rio de Janeiro no Brasil. Quando eu tinha 10 anos meus pais se separaram, fiquei morando com minha mãe e meu irmão, no mesmo estado só que em cidades diferentes. Meu pai mora no Leblon, e eu em Copacabana.

Minha mãe se chama Laura e meu irmão Felipe, ele tem 20 anos. Passei no vestibular, na mesma faculdade que o meu irmão, ele também entrou agora no curso de direito, e eu medicina veterinária, que sempre foi meu sonho e agora vou conseguir realizar. Só que sempre atrás de uma notícia boa, vem uma ruim. Minha mãe é gerente de uma empresa e foi transferida para uma filial no México, está querendo nos levar, mas nem Felipe e nem eu queremos ir. Preferimos ficar com o papai apesar de não aturarmos a nova mulher dele, Heloísa. Ela é muito chata, não temos muito contato com o meu pai por causa dela, que quer ser o centro das atenções. Por incrível que pareça tem seis meses que não vemos o papai.

Hoje são 24 de dezembro de 2009, véspera de Natal, minha mãe viaja no dia 27, vamos passar o Natal juntas na casa da minha avó materna, Luiza. Passamos todos os anos lá, este ano teremos mais uma convidada, Bárbara, nova namorada de meu irmão. Ela é muito antipática. Meu irmão ganhou uma moto de presente de Natal do meu pai. Ele nem veio entregar, mandou pelo entregador só com um bilhete.

"Feliz Natal, espero que você goste, use com responsabilidade, diga a Nanda que depois mando o presente dela, não a esqueci, estou ansioso para que chegue logo o dia em que vocês venham morar comigo, se divirtam muito, beijo para os três."

Seu pai, Félix.

Era a primeira vez após anos que meu pai se lembrava da minha mãe, que pelo menos mandava beijo para ela.

A noite estava se aproximando, minha mãe ligou e disse que ia para casa da vovó direto da empresa e pediu que eu levasse o seu vestido novo, disse que eu fosse com Felipe no carro dele. Meu irmão estava tirando o carro da garagem, quando eu estava descendo, usando um vestido vermelho na altura do joelho com uma sandália de salto baixo. Meu irmão estava lindo como sempre, usando uma camisa verde que combinava perfeitamente com a cor de seus olhos. Nossa ele é lindo, parece com o meu pai quando era mais novo, a única diferença são os olhos que eram da cor dos da minha mãe, seu cabelo era loiro, um pouco alto e encaracolado. Eu era um pouco mais baixa que o meu irmão, com olhos da cor dos do meu pai, castanho-claro e o meu cabelo castanho-avermelhado.

- Vamos Nanda! Tenho que passar na casa da Bárbara para pegá-la.

Bárbara morava dois quarteirões depois da nossa casa. Então enquanto Felipe fechava as portas, eu entrei no carro e sentei no banco da frente, Felipe veio e sentou em seu lugar no banco do motorista.

- Nanda, quando chegarmos à casa de Bárbara, deixe que ela sente na frente e passe para trás.

- Não Felipe! Nem pensar! Ela se quiser que vá atrás.

- Nanda, o que custa?

- Para mim custa muito, não suporto a sua namorada e você sabe disso.

- Tudo bem.

Então chegamos a casa dela, Bárbara já estava esperando na porta, usava um vestido sem alças preto, ela veio até a porta do carro do lado do motorista e beijou meu irmão, parecia que não ia largar mais. Ela era loira, alta e magra.

Então entrou e sentou no banco de trás com uma cara linda, estava com raiva por não ter sentado na frente, então liguei o som do carro e coloquei um CD que estava no porta-luvas. Minha avó morava na Barra da Tijuca e não demorou muito para chegarmos lá.

A casa dela, estava cheia como todos os anos, primos, tios e amigos.

Encontrei minha mãe que já estava lá, entreguei sua roupa e fui falar com minha avó, ela me parabenizou pela aprovação no vestibular. Caminhei até onde meus primos e primas estavam, ficamos conversando. Então a meia-noite minha avó chamou todos para jantar, foi muita gente ao redor da mesa.

Quando acabei de jantar, fui me sentar na calçada. Algum tempo depois chegaram três motos, eram os amigos do meu irmão, dois estavam com as namoradas, e um que era Afonso, estava sozinho, ele era lindo, o mais lindo dos amigos do meu irmão. Era alto, forte, os olhos a parte mais bonita do seu corpo, verde-claro.

- Nanda, Felipe está?

- Está sim, Afonso! Espere um momento que vou chamá-lo.

Sai para chamá-lo, mas preferia ficar ali fora admirando Afonso. Demorei uns dois minutos para encontrar meu irmão.

- Lipe, Afonso está lá fora lhe chamando.

- Já estou indo Nanda, obrigado!

Felipe foi lá fora e Bárbara foi atrás dele, ela não desgrudava um só minuto. Meu irmão passou uns 20 minutos conversando lá fora, então ele entrou e foi falar com a mamãe, eu estava com ela.

- Mãe, vou dar uma volta com uns amigos, nós vamos até a praia.

- Tudo bem! Leve o celular, não beba muito, você está dirigindo.

- Nanda, quer ir com a gente?

- Claro! Posso mãe?

- Claro filha! Fica de olho em seu irmão por mim.

- Pode deixar mãe.

Sai com Felipe e fui até o carro dele, quando cheguei Bárbara já estava sentada na frente, sentei no banco de trás e saímos. Felipe foi atrás com o carro, seguindo os meninos na moto, eles pararam em frente a um barzinho, todos descemos. Quando entrei no barzinho, Afonso já tinha juntado duas mesas, eu sentei ao lado do meu irmão, eles pediram cerveja.

- Nanda, quer alguma coisa? - perguntou Afonso.

- Um refrigerante.

Acho que fiquei vermelha de tanta vergonha, passei o tempo todo que ficamos no barzinho calada, não tinha amizade com nenhuma das meninas e não ia me intrometer na conversa dos meninos. Já era 01h30min da manhã, quando eles chamaram o garçom e pediram a conta e algumas bebidas para levar.

Quando estávamos indo, Afonso se aproximou e perguntou:

- Nanda, quer ir comigo?

- Não sei se o meu irmão vai permitir.

- Não se preocupe eu falo com ele. Lipe, a Nanda pode ir comigo?

- Não sei não, você anda parecendo um doido e se acontecer algo com minha irmã, minha mãe me mata.

- Não se preocupe, não seria capaz de colocar a vida da sua irmã em risco.

- Tudo bem! Já falou com ela?

- Já! Só estava esperando a sua resposta.

- Então vamos para onde agora?

- Vamos à praia.

Estava encostada no carro do meu irmão, quando Afonso veio na minha direção, ele vinha sorrindo.

- Vamos? Já tenho a permissão do seu irmão.

- Que bom! Estamos indo pra onde?

- Vamos à praia de Copacabana.

Ele me deu um capacete, e colocou o outro, subiu na moto e ficou me esperando subir, abracei então a sua cintura. Quando ele ligou a moto e saímos da frente do barzinho, parecia um sonho, estava com medo de acordar.

Chegamos à praia. Foi tão bom, por que tudo que é bom dura pouco? Chegamos primeiro que o meu irmão, desci da moto, logo após Afonso também desceu, tirei o capacete e entreguei a ele, logo meu irmão chegou. Afonso foi até o carro guardar os capacetes e pegar as bebidas junto com o meu irmão, com a mão que estava livre, ele passou sobre minha cintura, tremi completamente, era a primeira vez que um amigo do meu irmão se aproximava de mim desse jeito. Felipe olhou para mim como se não estivesse gostando. Chegamos bem perto do mar e sentamos na areia, cada um ao lado das suas namoradas, Afonso sentou ao meu lado, abriu uma garrafa de champanhe e a serviu ao pessoal, eu não era de beber, mas aceitei um pouco.

- Você está linda, Nanda!

- Obrigada!

- É verdade que você passou no vestibular?

- Sim! Vou fazer medicina veterinária. E você passou também, não foi?

- Vou fazer medicina.

- Que ótimo! Só assim já vou ter um médico.

Começamos a rir, meu irmão nos serviu com mais champanhe e depois ele saiu com a Bárbara.

- Nanda, vou até o carro com a Bárbara, volto já. Cuidado, não vá fazer besteira, Afonso é três anos mais velho que você.

- Certo Felipe, não sou mais uma criança, você que tem que tomar cuidado, não estou afim de ser tia tão cedo.

- Pode deixar.

Meu irmão deu as costas e saiu.

Afonso me chamou para perto dele.

- Nanda, vem cá.

- Afonso, acho que vou Caminhar um pouco.

- Posso ir com você?

- Claro!

Então fomos caminhar pela beira do mar, sei que estava precisando caminhar um pouco.

- Estou sabendo que você vai morar com seu pai no Leblon. Está alegre?

- Mais ou menos. Alegre por ir morar com meu pai, e triste porque vou ficar longe da minha mãe e junto com a Heloísa.

- Heloísa?

- É a mulher do meu pai. Ela é muito chata, quer sempre a atenção dele, nunca o deixa vir nos ver, tenta tirar ele das nossa vidas, mas o pior é que ele sempre faz as vontade dela.

- Deve ser chato.

- É horrível, ter que mudar a vida assim tão radicalmente.

- Você vai estar ao lado do seu pai e do seu irmão!

- Como se eles ligassem pra mim. Meu pai só pensa na Heloísa e pra completar o Felipe agora só quer saber da Bárbara.

- Estou aqui, pode contar comigo.

- Obrigada.

Andamos um tempo em silêncio, então ele parou e virou- se para mim, eu parei e também o olhei.

- Nanda, nunca prestei atenção em você. Acho que Felipe, nunca vai me perdoar por isso.

- Pelo que?

Nesse momento ele foi chegando mais perto de mim, tocou em meu rosto com tanta delicadeza, fechei os olhos assim que senti teu toque, senti seus lábios tocarem os meus, parecia que estava em outro lugar, ele me beijou como nunca ninguém tinha me beijado. Quando ele me soltou parecia uma boba, ainda com os olhos fechados, quando abri os olhos, ele estava olhando para mim.

- Desculpa Nanda, eu não deveria...

- Afonso não se preocupe, eu também quis.

- Já são 03h30min vamos voltar pra lá, antes que seu irmão chegue e não nos encontre.

Estávamos voltando quando me lembrei do que ele falou, e então resolvi perguntar.

- O meu irmão falou o que ?

- Nada.

- Você disse que ele não iria te perdoar se você me beijasse, é isso?

- É. Mas não comenta nada com ele, por favor, ele me disse para ficar longe de você, para não passar só da amizade. Mas não resisti.

- Ele não tem permissão nenhuma para estar se metendo em minha vida. Ele não manda em mim, eu beijo quem eu quiser e isso...

Nesse momento ele me puxou e me beijou, fiquei sem ação, quando ele me soltou já foi rindo.

- Foi o único jeito que achei de lhe calar, você ficou furiosa.

- É porque eu não gosto que se metam em minha vida, e ele sabe disso.

- Seu irmão não vai me afastar de você, se for preciso eu brigo até com ele.

Começamos a rir. chegamos então onde estavam os outros, meu irmão já estava lá, percebi pela sua cara que estava com raiva, então me sentei calada e Afonso sentou no meio, entre meu irmão e eu, percebi que estavam conversando, mas não sei o que era, não quis perguntar, meu irmão estava com uma cara horrível, meu celular tocou, atendi.

- Oi mãe!

- Nanda, a onde vocês estão? Está tudo bem?

- Está mãe, não se preocupe, estamos bem, estamos na praia, daqui a pouco vamos para casa.

- Tudo bem filha, só estava preocupada, vou dormir aqui na casa da sua avó, a tarde estarei em casa.

- Certo mãe! Beijo. - Felipe, mamãe só vai para casa a tarde.

- Dá pra você aproveitar mais tempo com Afonso.

- Não entendi? O que você quer dizer com isso Felipe?

Ele se ergueu, puxou o meu braço me fazendo levantar e me levou até um canto mais afastado.

- Eu não quero você saindo com meus amigos Nanda, você está ouvindo?

- Você não manda em mim Felipe, e me solta, você está me machucando.

- Eu não quero ver você beijando Afonso, você está ouvindo? Ele nunca vai querer nada sério com você.

- Me deixa, vai ficar com a nojenta da sua namorada.

- Não fale assim de Bárbara.

- Eu falo como eu quiser.

Soltei-me da mão dele e sai andando em direção ao mar, percebi que Afonso tinha se levantado e vinha em minha direção, no caminho ele cruzou com meu irmão.

- A onde você vai, Afonso?

- Me deixa Felipe, vou falar com sua irmã.

- Deixa minha irmã em paz, cara.

- Só a deixo em paz, se ele pedir, com licença

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