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Implacável na Rocinha

Implacável na Rocinha

Tais Galvão

5.0
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23
Capítulo

Uma história de amor de que inicia através de uma amizade na infância, mesmo com a distância ao passar dos anos o amor só aumenta, tem como cenário a comunidade da Rocinha. Alexia uma vendedora de loja de roupas que tem um sonho, Rhael jovem humilde que por viver uma situação difícil virou gerente do tráfico, em um baile eles se reencontram e a partir daí não se desgrudam mais, e terão que lutar para viver esse lindo amor.

Capítulo 1 Prólogo.

ALEXIA - Apresentação.

Eu me chamo Alexia, tenho vinte aninhos e sou moradora da Rocinha, tenho um metro e sessenta de altura, sou branca, cabelos negros, olhos azuis, boca carnuda, seios medios e bunda grande, eu nasci e fui criada aqui e desde que me entendo por gente eu conheço o Rael, nós fomos criados juntos a Roberta, mãe dele mora do lado da casa dos meus pais, ela e minha mãe dona Alana são super amigas .

Por esse motivo sempre fomos próximos desde bebês até a fase da adolescência, quando ele resolveu entrar no tráfico, depois disso eu me afastei, ele é moreno claro, tem um metro e oitenta de altura, sarado, cabelo liso e curto, olhos mel, cabelos castanhos.

mesmo sendo apaixonada por ele, apesar dele ser um pouco mais velho que eu, devido ao corpo em forma nem parece que ele tem vinte três anos.

Eu trabalho em uma loja de roupas, em Copacabana na zona sul do Rio, agora são seis horas da tarde e estou voltando para casa, vivenciando a parte mais tensa do dia, em pé segurando no ferro do ônibus equilibrando para não cair e sentindo o fedor de suvaco vencido de um passageiro ao meu lado rsrsrs, e pela graça de Deus já está perto da entrada da comunidade e logo estarei em casa e estarei livre desse odor.

Enfim o motorista parou a condução em frente a entrada da comunidade, esperei todos descerem pois aqui é o fim da linha para nós passageiros, olho no relógio que marca seis e meia pego a minha mochila e ajeito nas costas e começo a descer os degraus da escada e vou em direção ao meio fio da calçada, olho para um lado e quando estou com um dos pés na calçada sinto um vento forte próximo a mim e um jato de água gelada na barra da calça jeans, quando piso com o pé esquerdo na calçada eu sinto um alívio de não ter sido atropelada.

- Filho de uma quenga.

Falo enfurecida quando paro pra analisar o estrago na minha roupa, me sobe um ódio do idiota que passou rente a calçada sendo que a rua é enorme e tem bastante espaço para ele passar.

Quando escuto a voz dele minha ficha cai só podia ser o Rael.

Rael - Ô mandada tá xingando minha mãe por causa de que?

- Você ainda pergunta, seu cara de pau olha o estrago que você fez na minha roupa e o pior eu quase fui atropelada.

- Tu precisa de óculos pô.

- A vá se catar uma rua enorme dessa eu tu passou rentinho ao meio fio de propósito, e ainda vem dizer que eu preciso de óculos.

A rua inteira parou olhar o fuzuê, cambada de fofoqueiro.

- Seus zé povinho bora circula que aqui não e casa da mãe Joana não, bora voltar ao afazeres.

- E como eu fico vou ter que subir o resto morro toda suja?

- Foi mal pela tua roupa eu passei pertinho pra te assustar tu é maior metida passa na rua e nem fala comigo, mais eu não contava com a água, desculpa pela tua roupa monta aí na garupa que eu te dou um bonde até a tua goma.

- Eu não falo por que na maioria das vezes você tá acompanhado dos moleques da boca que são tudo abusado se eu der um bom dia já vai achar que eu to dando confiança, e fala pra todos que e com excessão de você e o LC, ai prefiro ser tachada de esnobe do que correr o risco de ser agarrado num beco da vida, e quanto ao bonde não faz mais do que a sua obrigação estou suja por tua culpa, falo subindo na moto.

- No morro é proibido estupro e se alguém tentar algo contigo a força me da um salve, que eu assumo a bronca e cobro fo arrombado.

- Como se cobrar fosse adiantar já teria sido agarrada.

- Mais ia evitar de acontecer com outra mulher.

- Pelo visto você não perde a marra, desde pequena tem essa banca de braba mais a tua sorte que eu te conheço desde a época do berço, e sei que por trás dessa pose toda aí tem uma garota frágil e encantadora.

- As pessoas mudam e a garota que você viu crescer mudou também, agora vamos logo que eu preciso tomar um banho e tirar o suor do corpo e tirar essa roupa suja de lama.

- Já é marrenta tua sorte que tu lombrou comigo que tenho uma consideração com a tua família, agora se fosse com outro o bagulho ia ficar sinistro pro teu lado por causa do teu deboche e arrogância.

Ele falou ligando a moto, e guiou até a minha casa e assim que a moto parou eu deci e entrei pelo portão, e quando estava quase abrindo a porta de entrada, ouvi ele gritar.

- Agradecer pelo bonde não te faz menos marrenta não.

- Aff seria o mesmo que agradecer por você ter me sujado toda idiota.

- Já é pelo visto discutir contigo é um caso perdido, tu tem argumento pra tudo.

Ele saiu disparado com a moto pisando no acelerador pro alto do morro, e eu entrei em casa pendurei a mochila no suporte de bolsas no canto da sala, e pelo silêncio não tem ninguém aproveitei e fui direto para o banheiro, tirei a roupa do corpo entrando no box liguei o chuveiro e deixei a água cair bem no corpo e em seguida lavei os cabelos com o shampoo da palmolive, fazendo bastante espuma e depois enxaguei bem, o segundo passo foi ensaboar bem o meu corpo e depois tirei o sabão todo, assim que finalizei a ducha sai do box enrolada na toalha e segui para o meu quarto e peguei um conjunto de baby dool para vestir e vou aproveitar para tirar um cochilo até a hora do baile.

Sextou bebê vou balançar bastante a minha raba com a minha melhor amiga Alícia, que por acaso é prima Rael, vulgo RL me disperso desses pensamentos e deixo os meus olhos fecharem com o peso do sono.

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