Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
Flor de Lótus O Renascimento

Flor de Lótus O Renascimento

Erida Azevedo

5.0
Comentário(s)
1.3K
Leituras
5
Capítulo

Reconhecida como uma das mulheres mais bem-sucedidas de são Paulo, Eduarda Marques aos 28 anos de idade sabe o significado de dedicação e persistência, pois como não veio de berço de ouro, sempre concentrou sua energia nos estudos e trabalho, abdicando de uma vida social e amorosa. Duda como é chamada de forma carinhosa pela sua família e amigos mais íntimos, possui uma personalidade forte, não aceita ser subestimada, adora um desafio, encontra nos obstáculos da vida a oportunidade de se destacar e mostrar como domina o sucesso. Em sua trajetória de vida, Eduarda não previa que o destino colocaria em sua frente um oposto indescritivelmente novo e atraente, Felipe Vasques, um jovem rico que não tem o menor interesse no mundo corporativo ou na herança de seu pai, apaixonado pela arte da música cogita a possibilidade de ser cantor. Duas almas inteiramente opostas terão seus destinos cruzados, trazendo à tona, novos sentimentos e desafios.

Capítulo 1 Duda

Mais uma semana de trabalho quase concluída. Hoje é sexta, e combinei de sair com minha amiga. Ela disse que abriu um pub novo na cidade, e que quer conhecer. Não sou muito de sair para bares e pubs, já passei dessa fase, gosto mais de um bom restaurante com comida italiana ou até mesmo uma reunião em casa com alguns amigos, o que não acontece já faz um bom tempo. Tenho preferido ficar sozinha na minha casa e desfrutar do silêncio, principalmente em semanas agitadas de trabalho. É quando eu me desligo do mundo e recupero as minhas energias.

Toc Toc, ouço alguém bater à porta, me tirando dos meus devaneios. -Entre.

Isa: Duda! Esta é a Isadora, minha secretária, ela é mais nova que eu, mas é uma excelente secretária, está cursando administração na universidade, espero promovê-la um dia. Vou perder minha secretária, mas não posso desperdiçar seu talento.

Duda: Sim?

Isa: Sr. Olavo está aqui, não marcou hora, mas disse que gostaria de falar com você.

Olavo Vasques, um dos meus melhores clientes. Ele foi um dos que confiou no meu trabalho quando resolvi abrir meu próprio escritório, e graças a ele também consegue outros clientes, até mesmo de outras cidades. Me pergunto! O que Olavo quer aqui? Até onde eu saiba suas finanças estão bem, nossa reunião bimestral para revisar suas finanças, tanto pessoais quanto comerciais, foi há menos de um mês.

Duda: Não sei, o que o traz, aqui.

Isa: também não tenho ideia, a reunião não foi no começo do mês?

Duda: Sim, amiga. De qualquer forma, não estou tão ocupada, consegui adiantar bem o que eu tinha para hoje. Pode deixá-lo entrar.

Isa: Está certo. Ela sai da minha sala por alguns instantes e logo volta com o Sr. Olavo. -Sr. Por aqui.

Olavo: Duda, minha querida. Me desculpe vir aqui sem avisar, sei que você tem sua agenda, porém não podia esperar. -Eu me pergunto, o que ele tem a me dizer que não dava para marcar um horário. Me levanto e vou lhe cumprimentar.

Duda: Sem problemas Sr. Olavo, eu fiz bastante hoje. Mas o que te traz aqui? Aconteceu algo na empresa?

Olavo: Duda, eu já lhe disse, me chame de Olavo, afinal nos conhecemos há muito tempo, e te considero como uma filha.

É verdade, Olavo sempre me tratou como uma filha. Sempre me diz isso, mas sempre me esqueço. Já me acostumei a esse tratamento com meus clientes, ainda mais que a maioria são homens, é como um mecanismo de defesa. Assim, não dou brecha para que eles possam cruzar a linha. Só eu sei como alguns homens podem ser quando lidam com mulheres.

Duda: Ok. Olavo. Sente-se, e me conte o que o traz aqui.

Olavo: Assim está melhor. Então, com a empresa está tudo ótimo. Porém, na nossa última reunião, quando me mostrou meus gastos pessoais. Fiquei pensando! Gastei muito nos últimos meses, quer dizer, meu filho gastou. -Verdade seja dita, apesar de ter uma condição financeira ótima, que daria para sustentar umas duas gerações. Olavo não é o tipo que fica esbanjado. Ele sabe como gastar seu dinheiro sem exageros. Mas na última análise de gastos os valores gastos nos últimos 18 meses foram além da conta. E a cada bimestre só aumenta. Olavo havia me dito que esses gastos foram com seu filho.

Não quis saber o porquê. Já que meu trabalho, é apenas gerenciar suas finanças, mostrar o quanto entrou, quanto saiu, e dizer qual passo dar a seguir, se investir ou frear os gastos.

Duda: Me lembro bem, mas como o senhor sabe, não preciso saber os detalhes.

Olavo: Eu sei. E é por isso que seu trabalho é perfeito. Porém, nesse caso preciso te contar algumas coisas, pois preciso de um favor. Um favor? -O que será que ele vai me pedir? Ele não é o tipo de homem que pedi favores.

Duda: E qual seria esse favor? -Olavo se ajeita na cadeira, respira fundo, então diz:

Olavo: Quero, lhe pedir para dar um emprego ao meu filho! -O quê? Penso, como eu, Eduarda, que não ganho nem metade do que ele na empresa dele, posso empregar seu filho?

Duda: Olavo, você só pode estar louco, com o perdão da palavra. Mas como eu poderia empregar o seu filho aqui? Quando você tem uma empresa que ganha milhões, onde ele pode trabalhar ao seu lado e ganhar muito mais!?

Olavo: Aí é que está o X da questão Duda, meu filho não quer trabalhar na empresa, ele largou a faculdade a 18 meses e desde então viaja o mundo. Gastando dinheiro sem se importar. E quando você me mostrou o último balanço, por mais que não me prejudicasse, eu vi serem gastos desnecessários.

Duda: Entendo, mas onde eu ou o meu escritório se encaixam nisso? -Estava tentando entender onde eu entrava nessa história. Uma vez que, ele conhece outras pessoas com empresas maiores. Que poderiam pagar um salário razoável para o filho dele.

Olavo: Sim, você tem razão, conheço outras pessoas que poderiam pagar ótimos salários para ele, só pelo simples fato dele ser meu filho. Quero alguém que meu filho não conhece, e que irá lhe tratar como qualquer outro funcionário, sem passar a mão na cabeça ou algo do tipo. -Começo a entender onde Olavo quer chegar. E faz todo sentido ainda mais que muitos empresários que o conhecem, tratariam qualquer um de sua família da melhor maneira possível, só para lhe agradar.

Olavo: Você Duda, apesar de nova, já sabe como comandar muito bem um negócio. Não é à toa que em tão pouco tempo chegou onde está agora.

Duda: Obrigada Olavo. Não foi fácil chegar aqui, ainda mais sendo mulher, e tão nova. Mas me diga então como seria essa sua ideia e o que espera com isso.

Olavo: Quero que meu filho aprenda em primeiro lugar a dar valor ao dinheiro, que não se pode sair gastando como quer e bem entende. Meu filho é um rapaz esperto e inteligente, porém resolveu que não quer fazer nada. Então vou lhe mostrar que mesmo não querendo estudar ou trabalhar comigo, terá que se sustentar de agora em diante.

Duda: E eu tenho carta-branca, para poder escolher desde cargo, salário, até mesmo demiti-lo se ele não se sair bem?

Olavo: Tem, sim, porém conhecendo um pouco do meu filho, ele provavelmente irá contribuir para que você o demita logo. -Já vi que terei dor de cabeça se aceitar fazer esse favor. Porém, adoro um desafio, e se esse rapaz realmente tentar ser demitido logo de cara, ele saberá com quem está lidando.

Duda: Olavo, eu irei te ajudar, porém, saiba que, na minha empresa mando eu, e que não vou dar moleza para seu filho, ele terá que seguir todas as regras do escritório como qualquer outro funcionário. Irei colocá-lo em qualquer função que eu julgar adequada. Olavo me olha, e dá um sorriso.

Olavo: Exatamente por isso que escolhi você, por não passar por cima do que acredita apenas para agradar alguém.

Duda: Sendo assim. Temos um acordo, quero seu filho na minha sala, segunda às 7h da manhã. - O escritório não abre tão cedo, porém quero saber com quem estou lhe dando, e como vou conduzir tudo isso.

Olavo: Obrigado Duda, e me desculpe por tomar seu tempo.

Duda: Eu que agradeço a confiança mais uma vez. E quanto ao tempo sem problemas, como havia dito, adiantei algumas coisas hoje. -Olavo sai de minha sala. Assim que a porta se fecha, solto suspiro de alívio. Porém, me pergunto onde eu estava com a cabeça quando aceitei essa missão. Olho para o relógio e vejo que ainda me resta uma hora para encerrar o expediente. Então olho o que ainda tenho para resolver hoje. Graças a Deus não falta muito e com sorte terminarei logo. Eu termino logo e quando olho novamente as horas, faltam meia hora para dar o horário, porém, decido que por hoje chega. Só peço a Isadora que venha a minha sala para comunicar o que irá acontecer na segunda. Isa me olha, incrédula, mas não fala nada, sei que ela diria, que estou louca.

Continuar lendo

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro