Onde começou você e eu? O DJ que me apaixonei.

Lina era uma jovem do interior que sonhava em alcançar o mundo da música e a carreira de atriz, ela queria conhecer o mundo e ser a melhor. Pelo menos era o que sonhava enquanto dormia, pois acordada a realidade era outra.

Lina acordou com o barulho de seus dois irmãos pedindo café, então ela levantou e foi ajudar seu irmão com o café e ajudá-lo a tomar banho e se trocar pra ir a escola, enquanto ela iria fazer o mesmo, pois seu pai estava trabalhando e ela era a responsável por cuidar da casa e de seus dois irmãos, Lídia e peter enquanto seu pai trabalhava. Lina amava seus irmãos, mas ela sentia que merecia mais do que aquela vida que ela levava, sua mãe foi irresponsável e seu pai era violento, por que ela tinha que pagar pelas ações deles, criar os filhos que eles fizeram?

(OITO ANOS ATRÁS.)

Sua mãe os abandonou quando ainda eram muitos pequenos, portanto só Lina lembrava de sua mãe, como ela era e tudo que ela tinha passado com seu pai.

Seu pai Alfredo, era um homem amargurado e descontava sua raiva em seus três filhos, pois ele tinha sido abandonado por Ana, mãe de seus filhos e sua esposa, ele sabia que era cruel com Ana, mas na sua cabeça ela merecia, por não cuidar da casa direito e não fazer as crianças ficarem quietas por isso ele fez o que fez com ela.

— Ana, o que acha que está fazendo aqui? Não falei pra você fazer o jantar?

— Alfredo? calma querido, as crianças passaram o dia vomitando, não consegui fazer muita coisa hoje, mas já preparo algo gostoso para vc comer.

— eu não quero saber, venha aqui que eu vou te mostrar como ser uma verdadeira mulher.

Alfredo tinha batido em Ana, ela viu algo que não devia e na hora da raiva ele a esfaqueou. Enquanto ele se desesperava pois viu que tinha ido longe demais, sua filha Lina assistia tudo no canto e chorava em silêncio, com medo do que seu pai faria com ela. Lina ouviu sua irmã e correu para que a pequena não fizesse barulho e não visse sua mãe naquele estado.

Alfredo viu Ana ensanguentada e entrou em choque, porém ele levou Ana para o hospital e ela foi socorrida, enquanto Lina ficou em casa com seus irmãos. Depois de Ana acordar, Alfredo ficou muito aliviado, principalmente por que ela não deu queixa dele, apenas disse que eles discutiram e ela tava com raiva e acabou tropeçando e bateu na faca que estava na pia, claro que os policiais não acreditaram, mas ela continuou com a mesma história e ele acabou se safando. Passado algumas semanas, Ana se recuperou bem e Alfredo estava todo manso com ela, mas ela não ia deixar aquilo barato, então ela planejou sua fuga, e iria levar as crianças junto com ela.

— Lina meu amor, pegue seu irmãozinho e a mochila e venha devagar, para não fazer barulho e acordar seu pai.

— tá bom mamãe

— vamos

Chegando lá, preste a pegar o ônibus ela viu Alfredo, ele a estava seguindo e ela não conseguiria fugir com as crianças, então ela disse a Lina.

— Lina, cuide de seus irmãos, eu amo muito vocês.

Essa foi a última coisa que Lina ouviu de sua mãe, então ela foi embora deixando ela e seus irmãos para trás.

Seu pai os pegou e os levou para casa, chegando lá, ele interrogou Lina.

— pra onde foi sua mãe?

— eu não sei pai, eu juro, ela disse pra cuidar dos meus irmãos e foi embora.

— é mentira, pra onde ela foi?

(Chacoalha a Lina)

— Eu não sei pai, eu juro.

Lina começou a chorar e seu pai a mandou ir para o quarto calar a boca de seus irmãos.

— Lídia, não chore, a mamãe vai voltar para pegar a gente. Você vai ver.

(ATUALMENTE.)

Conforme os anos se passaram, Ana nunca voltou, e Lina continuou a cuidar de seus irmãos, limpando a casa, fazendo comida e estudando. Enquanto seu pai ficava mais amargurado, e os destratava o tempo todo, parecia que ele não os amava mais.

Lina queria uma vida melhor, queria poder seguir seus sonhos, e então naquela manhã, ela decidiu que faria isso, sua irmã já tinha 15 anos e seu irmão 8 anos. Eles iam entender se ela fosse embora, mas ao contrário de sua mãe, ela voltaria para buscar seus irmãos, e enquanto ela estiver fora, trabalharia e mandaria dinheiro para uma conta privada que ia abrir para sua irmã. Ela então levantou, deu café ao seu irmão e os levou para escola. E fui estudar também o seu cursinho de inglês, chegando lá, ela se deparou com vagas de intercâmbio em Nova York, ela então pensou.

"Essa é minha chance, vou me inscrever."

Lina se inscreveu e voltou para casa, ao chegar em casa ela conversou com seus irmãos sobre ir embora.

— Lídia e Peter, eu amo muito vocês, mas decidi ir embora, amanhã vou fazer uma conta pra vocês e todo mês irei depositar um dinheiro lá, para vocês comprarem o que precisarem, e ao contrário de nossa mãe, eu não vou abandonar vocês dois, eu vou atrás do melhor para nós três. Chega de ouvir de nosso pai, que só atrapalhamos a vida dele e que ele só está com nós ainda, na esperança de nossa mãe voltar.

— Lina, você tem certeza disso? Vc acabou de fazer 21. Nosso pai vai ficar furioso, e foi vc mesma que disse para nunca deixar ele zangado.

— Eu sei Lídia, mas não podemos mais viver assim, apanhando e outras coisas, vou buscar o nosso melhor e nosso pai não pode saber que estou indo, e nem que vou ficar mandando dinheiro pra vocês.

— não vai Lina, eu tenho medo de ficar sem você..

— não chora Peter, eu vou voltar e buscar vocês quando as coisas melhorarem. Eu prometo!

Então os três choraram bastante, mas ainda não era a despedida. Lina esperou pacientemente pela resposta do intercâmbio, ela abriu a conta para seus irmãos e comprou um celular diferente, para seus irmãos poderem falar com ela. Ela queria muito aquilo e tinha medo que não desse certo, até que a carta chegou e ela abriu ansiosa junto a seus irmãos.