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O mistério da mansão dos Sanders

O mistério da mansão dos Sanders

Mal Kavian

5.0
Comentário(s)
364
Leituras
7
Capítulo

Quando eu tinha dois anos eu fui levada a um lugar misterioso e obscuro, a Mansão dos Sanders. Lá eu vi minha mãe ser assassinada brutalmente sem ter chance alguma de se defender. Nunca ninguém acreditou em mim, pois além daquele lugar ser tido como "assombrado", eu era muito criança e todas as lembranças eram alucinações. Só que essas alucinações se tornaram pesadelos, que fizeram parte de toda a minha vida e me deixavam agoniada e até mesmo curiosa para saber o que havia de tão assustador lá. Mas o que eu encontrei não foi tão assustador, mas me fez descobrir o que eu realmente era, e uma parte do meu passado que minha mãe adotiva escondeu de mim e morreu por isso. Se eu achava que tinha pesadelos antes, o que eu vivi depois de conhecer a mansão e seus moradores foi muito pior.

Capítulo 1 Paz de espírito é menor do que nunca

Pesadelos. Já faziam parte da minha rotina, mas agora a maioria deles supostamente acontecia na "Mansão dos Sanders", todos diziam que aquele lugar era mal assombrado, pois nunca foi visto nenhum morador por lá.

Desde que eu me lembre, aquele lugar sempre fora proibido, ninguém se aproximava de lá, e a única vez que eu fui lá, eu perdi minha mãe.

Eu tinha 22 anos, estava quase acabando a faculdade, eu precisava de uma boa tese, uma reportagem sobre a mansão não seria má ideia.

Mas esses pesadelos não me deixavam pensar em nada, por que sempre a mesma coisa? Sempre as mesmas pessoas, a única diferença, é que aconteciam na mansão dos Sanders, eu já havia ido há vários psiquiatras e psicólogos, e eles diziam que era coisa da minha cabeça, que nada disso havia acontecido, era apenas uma fantasia, pois eu tinha dois anos de idade quando minha mãe foi assassinada, eu não consigo entender por que... Por que a mataram? E esses malditos pesadelos? Por que sempre os mesmos?

"Eu segurava a mão dela, ela era fria, assim como os outros, ela dizia que tudo iria ficar bem, eu não conseguia ver seu rosto, mas ela me passava uma tranquilidade inexplicável, então eu ouvi gritos, eram gritos de dor, gritos de desespero, de alguém que não queria morrer ali, não daquela forma, então essa mulher que segurava minha mão, me pegou no colo, e se retirou do lugar, então eu vi minha mãe, quatro homens em volta dela, eu não conseguia ver seus rostos, mas eles eram pálidos, mais um grito, e eu me abraço forte naquela mulher, um homem chega perto de nós, fala algo pra ela, mas eu não entendo, ele então me tira de seus braços "Michelle, você sabe que isso é errado, deveríamos mata-la".

E então eu acordo. Sempre fora assim, por que queriam matar a mim também? Quem é Michelle? E por que ela me deixou viver?

Narrador

( 20 anos atrás)

Andie carregava a criança nos braços, enquanto se dirigia ao local onde tinha lhe dito" Obscuro e sombrio, ela sabia que era mais umas das artimanhas de Shadows, e que dessa vez ela não sairia viva, apenas temia pela criança, que nada devia, e não merecia sofrer pelos pecados dos pais. Assim que chegou ao local combinado, avistou Shadows, engoliu em seco quando o viu com mais quatro homens, ele ordenou que deixasse a criança e que viesse até ele sozinha, e assim ela fez.

–Andie... Sempre que eu a encontro, mortes acontecem... Por que Andie - ele sorriu cínico – por que você não me obedece Andie? – ele sussurrou próximo ao seu ouvido – Andie! Responda – gritou

–Não faça nada contra a criança, eu agi errado, ela não tem culpa... – antes que pudesse acabar a frase, Shadows a acertou com uma tapa.

–Não foi isso que eu perguntei agora me responda Andie – ele falou categoricamente

Andie sabia que qualquer coisa que ela falasse não adiantaria Shadows a mataria sem piedade, mas sua maior preocupação era com a criança, uma mulher de longos cabelos castanhos, levemente anelados e aloirados nas pontas se aproximou da criança, ela tentou gritar, mas então Shadows e os outros homens a atacaram.

... 20 anos depois...

(Marie pov's)

09 de janeiro. Para uns, apenas mais um dia no ano, uma data especial, aniversário de alguém, inúmeras opções, mas não para mim, hoje completa 20 anos da morte de minha mãe. Hoje eu tive novamente pesadelos sobre a morte dela, só que foi mais intenso, eu ouvia o que os homens que a mataram falavam, e por que eu deveria pagar pelos pecados dos meus pais? O que eles haviam feito?

Acordei desses devaneios quando meu pai bateu a minha porta

–Marie May? Posso entrar querida?

–Sim papai – eu respondi - o que deseja?

–Querida, eu sei que eu não deveria te deixar sozinha, justo hoje, mas eu realmente preciso viajar a negócios, você... Você não se importa, certo? – ele me perguntou cauteloso, eu não negaria isso a ele, já que ele fazia de tudo para não lembrar dessa data

–Não papai, claro que não – eu disse e ele me abraçou logo depois se retirou do meu quarto e disse que só voltaria daqui duas semanas.

Ainda era cedo, o céu estava nublado, resolvi passar na floricultura antes de ir ao cemitério, comprei um buquê de rosas vermelhas, e fui andando mesmo até o cemitério, eu me sentia como se estivesse sendo observada, mesmo não havendo ninguém no cemitério.

"Anna Beth Lucker Hudson – amada esposa e mãe" era o que dizia na lápide, minhas mãos tremiam, e eu não conseguia chorar, eu queria gritar, me livrar desse sentimento que nem ao menos eu sabia explicar, então eu caí de joelhos ante a lápide, lembranças vieram a minha mente, da forma brutal a qual ela foi assassinada, daquelas pessoas," Shadows" quem era ele? E por que ele a fez sangrar a te a morte?

Percebi que havia alguém atrás de mim, enxuguei minhas lágrimas e me levantei, e havia uma mulher, ela usava um, sobretudo preto, seus longos cabelos sobre seu rosto, ela segurava um buque com flores lilás, eu tinha a sensação de que a conhecia de algum lugar, apenas a fitei sem falar nada, e ela fez o mesmo, então ela se aproximou e disse:

–Marie querida eu sinto muito!

Como ela sabia meu nome? Eu nunca havia visto ela em lugar algum, ela deixou as flores sob a lápide, e saiu, sem dizer nada, e foi em direção a "Mansão dos Sanders", a parte isolada da cidade, onde ninguém se atrevia a ir.

Passei o dia todo pesquisando sobre acontecimentos antigos na cidade, algo que envolvesse a mansão, já estava quase desistindo de pesquisar, quando encontrei um artigo sobre a inquisição à caça as bruxas, os "Hunters" haviam matado a família Sanders, e o único sobrevivente, Matthew Charles Sanders, havia sumido sem deixar rastros. Sempre fui uma pessoa curiosa, eu não conseguiria ficar sem ir até a mansão dos Sanders, e foi isso que eu fiz.

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