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Amor às Cegas
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Capítulo

Cobe Smith era um empresário de renome mundial. Solteiro, era cobiçado por todas as garotas da sua faixa etária e até fora dela. Bambi Leone, italiana residente nos Estados Unidos, era a filha da governanta da Mansão Smith. Ela sofria de estresse pós traumático que lhe causou cegueira. Ninguém sabia dizer que era temporária ou permanente, mas ela tinha esperança de melhorar. Franciele Leone, mãe de Bambi, é uma mãe super preocupada e atenta, como qualquer tradicional mãe italiana. Muito apegada à família, é viúva desde que sua filha tinha 10 anos. Cobe nunca tinha sido visto com a mesma mulher mais de 2 vezes. Ele nunca fazia demasiadas aparições com uma mesma mulher, fora criado de forma dura e não dava espaço a criar sentimento por ninguém. Tem uma única irmã, mais nova, meia irmã... Sarah, por quem tem muito apreço. Sara Smith, dura, amarga e sempre de nariz empinado, destrata os empregados sempre que pode e não admite que estes lhe respondam sem ser com "sim" ou algo similar...

Capítulo 1 Conhecendo o CEO

Franciele estava apresentando a mansão para sua filha. Desde que Bambi pudesse conhecer o espaço, ela conseguiria se guiar sem ajuda de um bastão ou até mesmo uma pessoa... Ela tinha grande habilidade sensorial e isso a poupava desse trabalho. Quando vão saindo da pequena biblioteca que tem na casa, dão de cara com Sarah, a irmã amarga do Sr. Smith.

- O que raios vocês pensam que estão fazendo? - Sarah dispara, ríspida, colocando Bambi em alerta.

- Perdão, Srta. Smith, não era intenção incomodá-la, só estava apresentando a mansão para minha filha.

A mais recente governanta da casa, a mãe de Bambi, prontamente se justifica, tentando não criar um confronto com sua patroa nas primeiras 2 semanas de trabalho, embora já tenha percebido que ela gosta de reclamar. Bambi mantinha seus olhos abertos e desde que a pessoa falasse, ela sabia onde mirar seu olhar para parecer o mais natural possível. A Srta. Smith nem sonhava que ela era invisual.

- Para quê? Não quero ninguém fuçando nesta casa! A sua filha não trabalha aqui, então eu agradeço que ela permaneça na casinha de empregados nos fundos do jardim e não venha à mansão principal. Agora, ela que suma da minha vista e você, Franciele, trate de trabalhar!

Ela virou as costas e saiu, às pressas. Bambi ouviu a porta principal batendo com força.

- Não ligue para esses chiliques da Srta. Smith. Ela sempre é assim amarga. Ela sempre sai e fica fora por longas horas, então estaremos sozinhas agora... Disfrute um pouquinho do silêncio da casa pra fazer as coisas que você gosta, eu tenho que trabalhar, amore mio. Qualquer coisa que precise, chame por mim, estarei por perto.

Franciele conforta Bambi e sai deixando um beijo em sua bochecha. A menor então decide voltar para a pequena biblioteca e fica escutando música o resto da tarde... Afinal, ler, que é seu passatempo favorito, estava fora de questão. Pelo menos até recuperar a visão. Apesar de realista, ela tentava ser o mais positiva possível.

Já de noite, enquanto sua mãe prepara o jantar para os patrões, ela decide desligar a música e fica perdida em pensamentos. A noite que a traumatizou a assombra várias vezes ao dia, principalmente quando se vê sozinha. Ela treme e se arrepia, abraçando seus próprios braços, tentando se proteger dessa ameaça invisível que ainda existe na cabeça dela.

Derrepente, ela ouve passos, que não consegue reconhecer, muito perto dela.

"Droga! E agora? Como não ouvi ninguém se aproximando? Fui descuidada."

Bambi praguejou internamente por seu descuido, enquanto rezava para que não fosse a azeda da Srta. Smith. Ela se levantou de rompante.

- Perdão, quem é você?

Uma voz bem máscula inundou os ouvidos apurados de Bambi que não conseguiu entender quem era, mas pelo menos isso lhe deu uma brecha pra olhar em sua direção.

"Que voz... Droga, Bambi, pare com isso!"

Ela pensou, praguejando novamente por se permitir ter pensamentos impróprios com um homem que acabara de ouvir pela primeira vez.

- Me chamo Bambi Leone. Sou a filha da Franciele. Me desculpe, eu sei que não deveria estar aqui, vou sair imediatamente.

Ela se permitiu falar depois de seu devaneio momentâneo.

- Então, você é a Bambi. Porque não deveria estar aqui? Estava fazendo algo de errado?

Aquela voz hipnotizava Bambi, ficaria difícil manter a pose desse jeito. Ainda que ele estivesse sendo extremamente simples e direto.

- Não, claro que não! - Bambi disse com uma pressa que a incomodou até mesmo a ela - A Srta. Smith não permite que eu esteja nessa casa porque não sou empregada. Não deveria tê-la desobedecido. Só não queria ficar longe da minha mãe.

- A minha irmã tem mais é que meter o nariz na vida dela. Vou falar com ela. Não se preocupe em estar aqui, só lhe peço que não entre em meu escritório, por favor.

Foi nesse momento que Bambi percebeu que estava falando diretamente com o Sr. Smith.

"Meu Deus, Bambi, ganhe vergonha na cara! Você pensando coisa errada do Sr. Smith. Ele tem mesmo é que te dar um chute na bunda e te mandar para casinha de empregados!"

- Não entrarei, senhor...

Ele sorri.

- Prazer em conhecê-la.

Ele fez um carinho em seu braço e saiu. Bambi ouviu sua mãe ao fundo, anunciando ao patrão que o jantar estava pronto e logo foram ambas jantar na casinha nos fundos. Logo, sua mãe retornaria à mansão para lavar as louças sujas e assim poderia ir dormir.

No dia seguinte, o motorista dos Smith, um homem velho e muito simpático, que sempre levava o Sr. Smith ao trabalho, apareceu na casa dos fundos, onde vivia com Franciele, Bambi e outros 4 empregados. Não era costume ele sair para levar o Sr. Smith e voltar para a pequena casa 5 minutos depois. Franciele se apressou a perguntar o que ele precisava.

- Franciele, não sei o que aconteceu, mas o Sr. Smith pediu para ver a menina Bambi na sala de jantar imediatamente.

A governanta, olhou espantada para Bambi que também "olhava" para ela desde o sofá da pequeníssima sala.

- Eu vou lá, mammina, não se preocupe... Já, já eu volto.

Bambi prontamente se levantou, se despediu da mãe com um beijo na face onde começavam a aparecer algumas linhas de expressão mais marcadas e agradeceu ao velho motorista. Ela caminhou a passos largos até à mansão e entrou pela porta dos fundos da cozinha com a chave que pertencia a sua mãe.

Ao chegar na sala de jantar, ela tentou manter a postura mais natural possível. Caminhar sozinha é muito diferente de estar presente com 2 pessoas desconhecidas... Claramente era mais confortável caminhar sozinha, sem qualquer tipo de ajuda do que estar com alguém sem poder ver... No entanto, Bambi achava que só o Sr. Smith estava presente...por pouco tempo.

- Meu Deus, garota, o que você está fazendo aqui? Pensei ter deixado claro que você ficaria na casa de empregados, a menos que tenha alguma coisa útil para fazer aqui.

Bambi ficou atordoada ao descobrir que Sarah estava presente. Ela se apoiou no batente da porta e olhou para o chão... Como uma garotinha que acabara de fazer algo errado e iria levar uma bronca.

- Cobe, você tem que disciplinar melhor seus funcionários, onde já se viu uma coisa dessas? A filha da empregada passeando aqui em casa?

Cobe perdeu a paciência com a irmã. Cobe Smith, nunca permitiria que sua irmã destratasse alguém como Bambi, uma mulher que à primeira vista lhe pareceu lindíssima, extremamente correta e simpática.

- Você controle a boca, Sarah!

Bambi amaria ver o olhar de espanto que a Srta. Smith deu ao irmão. O olhar de indignação atirando nele balas invisíveis que só ele no espaço poderia perceber.

- A Srta. Leone tem total autorização para andar pela casa perto da mãe. A única coisa que você pode pedir a ela é para não entrar em seu quarto. E, de preferência, o faça de forma educada.

Sarah não dizia uma única palavra. Estava incrédula. Ela bateu as duas mãos na mesa e saiu a passos largos, passando por Bambi esbarrando nela.

- SARAH! - Cobe gritou.

- Vá à merda, Cobe! - protestou.

Logo se ouviu a porta da frente batendo com força. Bambi estremeceu e isso foi notório para Cobe que sentiu uma estranha necessidade de confortá-la.

- Desculpe causar tantos problemas, Sr. Smith. Não precisa ser tão duro com sua irmã, eu me mantenho tranquila na casinha dos fundos.

Cobe ouviu Bambi com certo desejo de que ela se aproximasse.

"Mais perto."

Cobe pensou. Estava se sentindo estranho em relação à garota. Seu jeito o tocava.

- Por favor, não peça desculpas. Minha irmã não pode simplesmente achar que pode passar por cima de qualquer pessoa. Estava pensando... - praguejou internamente por não ter pensado duas vezes antes de abrir a boca - Minha irmã acabou de sair. Por favor, tome o café da manhã comigo. Assim, você me faz companhia e pelo menos não terá vindo aqui só para levar patada da minha irmã.

"Oh, não! Estou em apuros."

Bambi pensou. Estaria em sarilhos se aceitasse tomar o café da manhã com ele. Ela não consegue ver o que há na mesa, ele perceberia. Não, tinha que esconder isso dele a todo o custo. Não quer que as pessoas saibam, não quer que tenham pena dela. Ela largou os estudos por não conseguir ouvir os lamentos diários de seus conhecidos, isso a deixava ainda mais doente, falavam como se fosse ficar cega para sempre, ou tivesse um problema de saúde incurável que a mataria. Tinha que se esquivar de alguma forma.

- Me desculpe, Sr. Smith, eu terei que recusar. Já tomei o café da manhã. - não havia tomado nada e ela também não queria ser indelicada ou parecer mal agradecida, então continuou - Mas se insiste, posso me sentar e lhe fazer companhia.

Ouvir Bambi lhe oferecer sua companhia soou estranhamente agradável a Cobe. Ele não se lembra da última vez que pedira a companhia de alguém ou até mesmo que alguém a tenha oferecido. Ele sempre fazia as refeições juntamente com a irmã, mas apenas por conveniência, porque eles realmente nunca se faziam companhia de verdade. Apenas algumas conversas aqui e ali, assuntos breves e normalmente nunca demasiado pessoais que terminavam com uma troca curta de frases.

Ela se aproximou dele, pela voz dele, soube que estava sentado na outra ponta da mesa.

"Seria demasiado atrevido me sentar ao lado dele, melhor eu deixar uma cadeira de distância."

Bambi prontamente segurou na cadeira a um lugar de distância do Sr. Smith que logo a interrompeu.

- Por favor, sente-se ao meu lado.

Bem, se ele pediu, quem seria ela para dizer que não para aquela voz tão imponente e de certo modo autoritária, apesar de ele não ter dado nenhuma ordem e sim ter feito um pedido.

Bambi assim fez, se sentou ao lado dele e ficou olhando para a frente, para a mesa, com o olhar perdido. Tinha muitos pensamentos em sua cabeça. Porquê convidá-la a se sentar com ele? Ele é um ricaço, bilionário, não precisa da companhia da filha da governanta. Não quando ele pode ter qualquer mulher que ele quiser para o acompanhar.

- Não quero parecer intrometido. Eu tenho, obviamente, uma ficha sobre sua mãe porque a contratei, mas eu realmente não sei nada sobre você. Acho que se você vai frequentar a minha casa, seria legal a gente se conhecer um pouco.

Cobe sabia que só estava dando pequenas desculpas para se aproximar dela. Estava sendo infantil, mas sentia essa sensação estranha perto dela, como se fosse algo que ele teria que ter a todo o custo: companhia. Bambi, pareceu excelente para isso. Ele não era muito bom com mulheres, normalmente a única coisa que queria delas era sexo e para isso não era necessário puxar muita conversa. Com tantas por aí que querem ficar com ele, basta ele dar uma palavra que elas caem em sua cama automaticamente. Com Bambi era diferente. Ele chegou a pensar que estava carente.

"É isso, eu só estou carente. Preciso de uma boa foda e logo, logo, isso passará. Não posso estar pensando o que estou pensando com a filha da empregada."

O café da manhã foi até agradável, com alguns assuntos banais, nada pessoal. Cobe tinha que ir para sua empresa.

- Bom, me desculpe, mas eu já tenho que ir. Sei que é indelicado deixá-la sozinha, mas não posso mesmo me atrasar, tenho uma reunião importante.

Cobe fez um carinho no ombro de Bambi depois de se levantar e vestir seu paletó. Ele saiu apressado. Chegaria atrasado. Ficou demasiado distraído olhando o rosto de Bambi com o olhar perdido enquanto falavam de coisas sem importância.

Ele passou o dia inteiro pensando em Bambi e durante a tarde, se permitiu fazer carinho em seu membro duro, mesmo por cima da calça, enquanto pensava nela. O quão inocente ela parecia e quão agradável seria ver essa dita inocência em sua cama. Mas logo seu subdiretor o interrompeu batendo na porta, o acordando de seu transe. Praguejou consigo mesmo sobre esse momento depravado o resto do dia. Não podia pensar essas coisas com a filha da empregada. Como diria para a mãe dela que transou com sua filha sem qualquer compromisso enquanto ela saíra para ir às compras? Não poderia fazer isso com Franciele. Italiana, de família tradicional, ela nunca permitiria que a filha fosse para a cama com o seu próprio chefe sem qualquer tipo de compromisso. Aliás, achava que ela teria um desgosto se soubesse que sua filha havia transado com um homem por puro prazer, sem que houvesse sentimento algum.

Praguejou novamente por estar devaneando sobre o que a mãe de Bambi pensaria sobre isso. Desde quando ele começou a se importar tanto com a opinião das mães das mulheres com quem queria ficar? Desde quando ele permitiu perder um dia inteiro de trabalho só para pensar e devanear sobre a hipótese de levar Bambi para a cama?

Ele pegou seu celular prontamente e ligou para uma mulher que ele sabia que não recusaria transar com ele. Ele precisava se aliviar, se o fizesse, Bambi sairia de sua cabeça.

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