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Um casamento que eu não queria

Um casamento que eu não queria

Naysousa

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5
Capítulo

Don Gael possui tudo na vida. Tudo o que deseja, ele conquista. Com uma determinação feroz, ele transforma em realidade até os desejos mais inalcançáveis. Quando se trata de uma mulher que se torna praticamente sua obsessão, ele não aceitará menos do que tê-la a seu lado. Don Gael é conhecido por sua habilidade implacável de traçar estratégias e não poupará esforços para conquistar o coração dela, seja com gestos de gentileza ou demonstrações de sua vasta riqueza. Seu olhar penetrante revela a determinação de um homem acostumado a vencer, não importa o quão desafiador o caminho se apresente.

Capítulo 1 01 Sofia

Me chamo Sofia vincent, tenho 19 anos. Moro em São Paulo, mas não sou daqui, sou da Itália. Vim de lá para cuidar da minha tia Ket, que está enfrentando um probleminha de saúde, mas nada muito grave. Assim que ela melhorar, estarei retornando para casa.

Estou completando cinco meses desde que cheguei em São Paulo e já fiz muitas amizades na nova escola. Inclusive, conheci um cara, e estávamos saindo, nos conhecendo aos poucos. Porém, terminamos recentemente, porque o descarado me traiu.

- Eu preciso mesmo ir a essa festa, Lili?

Sentei-me sobre a cama e olhei para a tela do meu celular, que anunciava uma mensagem do imbecil. Desde que terminamos, ele vem me enviando mensagens. Meu WhatsApp está repleto de pedidos de desculpas, mas não tive coragem de abrir. Agora, minha melhor amiga Lili está aqui no meu quarto, me aborrecendo, para irmos a uma festa em uma boate no centro da cidade. Confesso que não estou tão animada. Acabei de sair de um relacionamento, e minha vontade de sair de casa está zero.

- Vamos garota, levante esse traseiro dessa cama. Coloque uma camada de vergonha e pare de se sentir triste por aquele canalha, que não sabe o quanto você é importante. Ele não sabe o que perdeu, guria.

- Não estou afim Lili, é difícil passar por isso.

Reclamei ainda sentada no mesmo lugar.

- Quero te apresentar alguém muito importante, vamos. Você vai gostar, tenho certeza que vai me agradecer depois.

- Acho que nesse momento, o que menos preciso é conhecer alguém. Não acha? Além do mais Lili, eu não gosto de locais tão cheios, deveria ter escolhido um lugar mais calmo.

Fiquei no mesmo lugar, ouvindo Lili me convencer de todas as formas, que eu precisava sair um pouco. Que eu preciso deixar meu ex de lado, que preciso sair, arrumar novos amores. Depois de tanta luta e insistência, eu me levantei e fui tomar um banho. Escovei os dentes e me arrumei.

Enquanto eu me maquiava, pensei em tudo que ela disse. Realmente estava certa. Tenho que sair, me distrair um pouco, talvez com isso eu melhore nos próximos dias, e tire Lian dos meus pensamentos. Ele não merece nem uma gotinha das minhas lágrimas, tenho que ser uma mulher madura, como sempre fui. Apesar da minha idade, sempre mantive minha mente centrada e a cabeça no lugar.

Esses cinco meses que se passaram, eu fico muito triste, por estar distante da minha família. Minha mãe ocasionalmente tem me ligado, me mandando vários abraços virtuais, que se transformam em lágrimas sempre que conversamos por chamada de vídeo. Não vejo a hora de ir embora.

Eu já estava pronta, descemos para o ponto de táxi e seguimos para a boate. Estava cheia de pessoas, nunca havia ido a um lugar assim, tão lotado. Ah, se mamãe descobrir que estou por aqui, ela me esgana, me esfola e depois, joga meu lindo corpinho para os cães.

- Definitivamente, esse lugar não é para uma moça tão recatada como eu.

Lili me olha, balança a cabeça em negativa enquanto sorri, olhando para um lado e outro, como se estivesse procurando alguém.

- Não esquento com as suas paranoias, essas santinhas assim, são as mais perigosas.

Entramos e nos misturamos com mais algumas amigas que conhecemos ali. Lili me apresenta um ficante e o amigo dele. O cara era lindo, mas não fazia o meu tipo. Então, eu decidi ficar na minha, sem arrumar problemas para minhas costas, por essa noite. Longe de problemas, será melhor.

Dançamos um pouco enquanto conversamos com algumas meninas. Lili sumiu da minha vista. Parei de dançar um pouco e fui sentar no balcão. Pedi um drink para o barman. Enquanto ele não me servia, passei os meus olhos por todos os lugares, e nada dela.

- Aqui está, senhorita.

Peguei a minha bebida e tomei de um gole só. Terminando, eu decidi ir atrás de Lili. Caminhei por todo aquele lugar enorme, passando por meio das pessoas. Entrei por um corredor que dá acesso a algumas salas da boate. Acredito ser um escritório.

Bati na porta umas duas vezes, e só quando escutei um "Entre", foi que eu decidi entrar. Sei que era impossível Lili estar dentro do escritório, mas não custa nada saber, né? A curiosidade falou mais alto. Assim que adentrei o amplo espaço, os meus olhos foram imediatamente atraídos para duas mulheres nuas que dançavam com uma sinuosidade hipnotizante em torno de um pole dance, suas formas se moviam em um ritmo quase hipnótico. Subiam e desciam em um movimento sincronizado, criando uma atmosfera carregada de energia sensual. Fiquei com muita vergonha por ter entrado ali, sentindo-me como uma intrusa em um mundo completamente desconhecido.

Olhei para o homem parado diante de mim, envolto em uma aura de mistério e confiança. Estava na companhia de outro homem, mas este último não possuía o mesmo charme magnético. Seus olhos verdes, penetrantes e desafiadores, me encararam enquanto tomava um líquido do copo, como se estivesse avaliando minha reação diante da cena inusitada.

- Perdão! Pensei que minha amiga estivesse aqui. - balbuciei, tentando encontrar alguma desculpa para a minha presença inoportuna.

Sem esperar por uma resposta, fechei a porta de uma vez, o coração ainda pulsando acelerado, e segui meu caminho sem olhar para trás, deixando para trás aquele encontro surreal."

À medida que eu caminhava, os sons da festa começaram a preencher meus ouvidos, mas minha mente ainda estava mergulhada naquele encontro surreal. Cada passo parecia ecoar o eco da porta se fechando, simbolizando o fim de algo, ou talvez o início de algo novo e desconhecido. Minha respiração começou a se acalmar, mas a sensação de adrenalina ainda pulsava em minhas veias. Eu sabia que aquele momento ficaria marcado em minha memória para sempre.

Enquanto seguia adiante, percebi que aquele encontro tinha deixado uma marca indelével em minha alma. Era como se algo dentro de mim tivesse despertado, uma chama que agora ardia com intensidade, guiando-me para o desconhecido com uma mistura de expectativa e apreensão. Eu sabia que a vida nunca mais seria a mesma depois daquele momento.

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