Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
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Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
O carro parou lentamente, um homem saiu com passos firmes e expressão carrancuda, ele usava roupas casuais e segurava um celular em uma das mãos. Entrou numa espécie de galpão abandonado, parecia longe de tudo. Um outro homem o acompanhou.
Do porta-malas do carro, uma mulher os observava, calma e silenciosamente; ela deixou o veículo e se aproximou do galpão. Agachada na parte detrás do recinto, pela fresta das tábuas, contemplou do lado de dentro um grupo de homens conversando, havia vários malotes escuros no meio e aqueles homens pareciam discordar sobre algo.
Quando direcionou os olhos um pouco mais para o lado, a mulher viu no chão o que parecia ser uma criança, deitada, com seus pés e mãos amarrados e um tecido envolta da sua boca.
"Pobre criança! Quem ousa fazer isso com um garotinho?", pensou a mulher com tristeza interna.
Então um segundo carro chegou, era um veículo de luxo e a pessoa que saiu dele era outra mulher com roupas finas e elegantes, sua maquiagem requintada; logo os homens saíram para recebê-la, parecia que ela estava-os ordenando. Eles pegaram dois dos malotes e colocaram no carro da mulher e mais dois malotes no primeiro carro, enquanto um malote ficou no galpão.
A mulher de aparência delicada sorriu, entrou no seu carro de luxo e saiu devagar.
O homem que a acompanhava também deu uma ordem e saiu no seu automóvel escuro. Ficou apenas os capangas e aquela pobre criança.
"Preciso fazer alguma coisa", pensou a mulher agachada atrás do galpão. De madeira alguma deixaria algo acontecer àquela criança indefesa. A mulher passou a mão no bolso para pegar seu celular com a intenção de pedir ajuda, porém, percebeu que não trazia celular consigo. Sua bolsa, suas coisas "Ai meu Deus! Ficou no trem!", também sua arma. Agora ela tinha que agir sozinha, precisava ser cautelosa para não pôr em risco a vida do menino.
A desconhecida contou o número de capangas, "são cinco no total, não são muitos, mas estão armados. Um ataque surpresa seria mais adequado, porém perigoso". A criança estava gemendo, tremendo naquele chão frio e escuro. "Eu tenho que agir agora ou será tarde demais".
Aqueles homens saíram para frente do galpão, apenas um ficou vigiando a criança. Era a oportunidade perfeita que a mulher esperava. Ao empurrar a velha tábua foi fácil abrir um espaço na parede do casarão. Ela, com movimentos hábeis, se arrastou para dentro do galpão de modo furtivo. O capanga que estava sentado de costas para ela, mas de frente para a criança, não percebeu o que acontecia.
Quando o garoto abriu os olhos, viu, atrás de seu algoz, uma silhueta esguia a qual fez-lhe um sinal de silêncio. O golpe foi certeiro e silencioso, o homem foi ao chão amortecido pelas mãos da mulher, que pegou sua arma e foi até a criança; então desamarrou os pés e as mãos e removeu as ataduras da boca do menino.
"Quem é você?", indagou o garoto bem baixinho. Sua salvadora pareceu ignorar o inquérito, em seguida lhe direcionou outra pergunta:
"Você tá machucado, garoto?"
"Acho que não, só estou com frio", respondeu. A mulher verificou a temperatura da criança e percebeu que, de fato, estava febril.
"Tenho que tirar você daqui, venha!"
Num instante, a mulher pegou a criança nos braços e saiu cautelosa pela mesma abertura que entrou. Ela teria de ser rápida. Do lado de fora havia apenas um carro estacionado naquele fim de mundo. A desconhecida analisou a situação, havia agora só quatro sujeitos, todos armados. Para salvar-se a si mesma e o garoto precisava desarmá-los e tomar o carro. "Pobre de mim", resmungou em seu íntimo.
"Muito bem!", começou firme. "Garoto, qual é o seu nome?"
"Demian Jiang", respondeu o menino com segurança em sua voz.
"Ótimo, é um bonito nome. Agora escuta, Demian, temos que sair, então fique aqui e faça o que eu digo, okay?".
Assentiu o garoto, seus orbes analisavam aquela senhorita desconhecida de maneira minuciosa. Ela parecia não estar com medo, o que passou uma sensação de segurança ao menino o qual, após ouvir com atenção o plano da mulher, estava bastante confiante.
Bom, ele não tinha outra escolha. Só aquela mulher estava ali com ele, disposta a enfrentar tantos bandidos para salvá-lo.
Será a Mulher Maravilha? Demian pensou com seus botões. Nem seu pai, o seu super herói, apareceu. Ele nunca confiou nas mulheres, agora tinha suas esperanças depositadas contra sua vontade numa desconhecida que nem disse a ele o seu nome.
A mulher caminhou furtiva pela lateral do antigo estabelecimento, semelhante a um ladrão que invade uma residência isolada na calada da noite. Logo uma luta sangrenta foi travada, quando a senhorita heroica se depara com os capangas que estavam por lá.
Demian, de longe, pôde ver quão habilidosa era aquela mulher em lutar; seus movimentos precisos como os de um guerreiro, regrados como os de um monge taoísta. Ela derrubou todos os homens apenas com suas artes marciais. Um tiro foi ouvido, depois mais tiros..., os caras ficaram no chão feridos.
Quase que num salto, a senhorita entrou no carro; fez uma ligação direta, pois não tinha tempo a perder procurando as chaves. Demian sabia que aquele era o momento, então correu para entrar no veículo. O carro deu partida e deixou o lugar numa arrancada feroz, as marcas escuras dos pneus ficaram tatuadas no chão. Mais tiros foram ouvidos, porém, nenhum dos fugitivos foram atingidos.
Em algum lugar da cidade C, escondido entre um amontoado de prédios espelhados por colunas de vidraças incrustadas em suas silhuetas de concreto, um celular foi ouvido.