Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Sempre fui uma menina quieta, curiosa e muito sonhadora. Eu vivia sendo repreendida pelos meus pais, eles exigiam que eu tivesse bom modos, mínimas coisa que eu fazia era motivo de gritos e castigos, meu pai sempre me dizia "Você é filha de pastor".
Lembro-me de uma certa vez que meu pai estava dando uma palestra, me deu vontade de ir até o toalete, neste dia eu havia me esquecido de uma das regras que era, antes de sair de casa deveríamos ir ao toalete e como nesse dia estávamos todos atrasados, eu não consegui ir. Foi então durante a palestra eu já não aguentava mais segurar, naquela palestra deveria ter de 30 a 40 pessoas, eu estava com muita vontade de fazer xixi, tentei segurar de várias formas mas as regras me prendiam de ir. Para uma criança ir ao banheiro nos lugares é normal, mas pra mim não! Eu estaria descumprindo uma das regras, chegou a um certo momento que eu já não aguentei então fui ao ouvido da minha mãe e falei baixinho.
-Estou muito apertada, preciso ir ao banheiro! Não estou mais aguentando. -ela me olhou com um olhar frio e duro como sempre foi.
-Você gosta de passar vergonha?! Então faça xixi aí mesmo porque daí você não vai se levantar. -Respondeu minha mãe ríspidamente.
Nesse momento os meus olhos começaram a se encher de água e quando menos esperei fiz xixi, e para piorar a situação o xixi molhou todo o banco e foi parar no palco, algumas pessoas perceberam e começaram a comentar entre elas e com essa inquietude das pessoas, o meu pai olhou para mim e viu que eu havia feito xixi. Ele logo olhou para a minha mãe com o olhar severo mas disfarçadamente, então minha mãe pegou o meu braço e fomos rumo ao toalete, mas não para fazer xixi, ela foi me corrigir. Era normal ver um filho de pastor apanhar, afinal ele deve exemplo aos outros fiéis. Ela me bateu como se eu tivesse fazendo algo errado, eu engoli o choro porque se alguém ouvisse minha mãe me bateria ainda mais, e eu tinha medo! Sequei minhas lágrimas e voltamos para a palestra e sentamos no banco, eu me senti tão triste e envergonhada, no meu pensamento eu sabia que eu não tinha culpa de nada ao chegar em casa minha mãe me deu um castigo, naquela noite eu dormi sem jantar....
Eu era uma criança como qualquer outra, mas carregava um peso muito grande sobre mim, eu não compreendia muitas regras que meus pais me obrigavam a cumprir. Sempre fui uma criança criativa e divertida, meus pais muitas vezes eles me proibiam de ser assim, vou citar algumas dessas regras, eu tinha mais ou menos 7 anos de idade, uma delas já descrevi para vocês.
REGRAS…
1- Não pedir para beber água nos cultos.
2- Proibido ter contato com outras crianças.
3- Jamais deveria responder os mais velhos, sempre andar de cabeça baixa para demonstrar respeito aos mais velhos.
4- Jamais dormir nos cultos.
ESSA ERA ALGUMA DAS REGRAS
Eu sempre me senti muito triste com tudo isso, eu via as outras crianças felizes brincando na salinha da igreja e eu não podia ir e quando meus pais me deixavam ir, eles sempre pediam para que as professoras fossem rígidas comigo, porque eu tinha que ser o exemplo.
Anos depois…
Minha vida continuava a mesma, meus pais continuavam rígidos mas eu já estava acostumada com todas as regras e fazia de tudo para não errar…
Os meus 10 anos de idade eu pude conhecer um mundo que pra mim era encantador, o casamento. Ver as noivas entrando na igreja me encantava, eu achava lindo, comecei a ser muito chamada para ser dama de honra de vários casamentos importantes. Isso era o que me deixava mais feliz porque era o único momento que eu via meus pais me tratarem bem. Meus vestidos sempre foram idênticos aos das noivas, elas me chamavam para participar quando iriam escolher os vestidos. Eu ia encantada, amava todas as pedrarias e os vestidos de todas as cores, coroas, luvas, sapatos brilhantes, eu me sentia tão feliz. Na minha cabeça eu pensava que eu também era uma noiva, eu amava o dia dos casamentos, aquele tanto de padrinhos e madrinhas todos muito bonitos e bem arrumados, eu me sentia tão feliz realizada. Em todos os casamentos iria eu e o meu par o Bryan, os cabelos dele era liso e loiros, ele tinha uma franja linda que sempre caiam sobre o olho, os olhos verdes dele eram bonitos e ele era o menino mais bonito na igreja e eu me sentia muito bem em entrar com ele nos casamentos ele sempre foi muito educado comigo.
Mais uma vez fui chamada para um casamento de pessoas muito importantes, na igreja eles era um casal que sempre fazia doações para a igreja e meus pais prezavam por esse casal, quando fui convidada pelos noivos os meus pais me deram uma porção de novas regras afinal era um casamento muito chique e lá teria várias câmeras, pessoas da alta e nada poderia dar errado, fiz vários ensaios para entrar corretamente, andar corretamente e sentar da forma certa. A minha maior responsabilidade era entregar as alianças para os noivos, eu cuidava das alianças com todo carinho. Deus me livre de perder uma daquelas alianças, meus pais arrancaram o meu fígado!! Graças a Deus isso nunca aconteceu.
A noiva me convidou para ir para um estúdio exclusivo para noivas, eu teria um dia de princesa. Ela me chamava de noivinha e tudo o que ela fazia, ela me chamava para fazer igual e eu amava. Fiz skin Care, cachinhos nos cabelos, entramos cada uma numa banheira cheias de pétalas de rosas e espumas enquanto as moças me maquiaram e pintaram minhas unhas a noiva estava tomando champanhe e eu refri, foi a primeira vez que me senti uma verdadeira dama de honra, o tão sonhado momento de vestir o vestido chegou! Eu já estava com unhas, cabelos e make pronta o vestido era tão lindo, era um vestido que tinha uma calda enorme e era rodado, nele tinha algumas pedrinhas de brilhante, quando a noiva me viu ela ficou impressionada e disse que eu estava uma verdadeira princesa.
-Vamos meninas já está chegando a hora do casamento, a limusine já está a caminho. -Disse uma das organizadoras do casamento
Nesse momento o meu coração acelerou, fiquei encantada quando o carro chegou, uma grande limusine Branca. Entrei e me sentei, fiquei impressionada com os detalhes dela! Era a primeira vez que andei num carro aí chique. Fomos rumo ao casamento após chegarmos na porta da igreja, começou a tocar a marcha nupcial. A igreja estava linda, tinha um enorme arco de flores vermelhas e rosas brancas e amarelas, tudo estava tão chique e ao mesmo tempo natural, o tapete era vermelho e estava cheio de glitter, os bancos estavam bem decorados e em cada ponta de cada banco tinha dois pombinhos no braço dos bancos, foi o casamento mais lindos que eu já fui convidada. Entrelacei meu braço com o de Bryan, ele estava perfeito vestido de smoking, sapatos pretos, uma faixa envolvia sua barriga, ele estava idêntico ao noivo, todos ali estavam muito lindos. A festa foi maravilhosa, meus pais receberam muitos elogios pelo meu comportamento, as pessoas disseram que eu me postava e agia como uma verdadeira dama, nesse dia meus pais ficaram tão feliz por tudo ter ocorrido perfeito que eles me deram um prêmio, um beijo na testa. Meu mundo continuou assim até os meus 12 anos de idade, não queria mais participar de nenhum casamento, eu apenas sonhava com o meu.
Aos meus 14 anos de idade eu era uma adolescente sonhadora, sempre escrevi vários poemas sobre o amor. Tudo em mim transbordava o amor, eu já não me importava com a rigidez dos meus pais pra mim eles me amavam muito e queriam o meu bem, eles queriam que eu tivesse uma boa educação principalmente para quando eu me casasse, me tornar uma boa esposa, companheira, fiel, amorosa e dedicada. Meus pais me ensinaram que uma mulher tinha que ser responsável e muito educada, não sabia eu que eles estavam dizendo que eu me séria uma verdadeira Amélia.
Fui transferida para estudar no turno da noite porque eu precisava trabalhar durante o dia para ajudar a minha família, eu sempre amei crianças era verdadeiros anjos, então eu amava trabalhar de babá. Eu recebia 50 reais por dia, esse dinheiro era usado para ajudar os meus pais e sempre sobrava um pouco para eu comprar algo para mim, eu não era muito vaidosa não usava muitas maquiagem mas eu sempre fui muito bonita e sempre chamei muita atenção, minhas pernas sempre foram torneadas, um belo e grande bumbum e seios fartos, tudo isso era escondido por um grande vestido que iria aos pés, mas mesmo assim chamava muita atenção das pessoas. Uma das regras que eu tinha era, da escola para casa e de casa para a igreja e esse foi o meu trajeto de anos.
Eu sempre fui muito dedicada, gostava muito de aprender e me dedicava o máximo que eu podia. Era uma noite fria e chuvosa lá está eu, sentada na primeira carteira com o meu caderno da capricho e minha caneta de 4 cores e com um enorme pompom cor de rosa, fazendo a lição do meu maior pesadelo a "Matemática", eu estava quebrando a cabeça para tentar resolver todas as questões, havia números para todos os lados, eu estava muito concentrada com a minha lição até que alguém bateu na porta, ouvi mas não dei bola eu estava muito concentrada foi então que escutei uma voz masculina.
-Boa noite professor. Sou o novo aluno, posso entrar. -disse o rapaz.
-Está atrasado, rapaz. -Disse o professor olhando ele por cima do óculos
Eu escutei mas continuei concentrada no meu dever.
-Pode entrar e se acomode, seja rápido daqui a alguns minutos eu irei apagar a matéria da lousa. -Disse o professor.
Eu sempre fui muito burra em matemática, confesso. Minha mesa era cheia de pauzinhos e bolinhas, eu sempre contava com eles além dos dedos das mãos e dos pés, era uma forma engraçada que só eu conseguia entender. Ainda com minha cabeça baixa vi um par de tênis próximo de mim, alguém puxou a carteira e colocou junto a minha, foi então que eu levantei minha cabeça lentamente e me deparei com um rapaz, ele usava um tênis preto, calça jeans desbotada e uma jaqueta de couro preta. Nesse momento o meu coração acelerou, olhei para aquele rosto e meu Deus, eu nunca tinha visto um rapaz tão bonito, parecia ser roqueiro. Seu cabelo estava penteado para trás igual elvis Presley, o cheiro de perfume dele exalou em todo o ambiente em um pensamento rápido, passou em minha mente.
"Tenho que descobrir que perfume é esse."
Logo percebi que ele era uma pessoa muito extrovertida e comunicativa, foi então que ele virou para mim com um sorriso lindo no rosto e disse:
-Posso ficar aqui! -Ele disse e eu achei ele ousado.
-Quero sentar perto da menina mais linda da sala!! -Ele disse e eu me senti tão envergonhada.
Minhas bochechas ardiam que nem fogo, senti algo que eu nunca tinha sentido antes, minhas mãos suaram e na minha barriga parecia ter várias borboletas.
-Pode sim -Eu respondi e sorri gentilmente.
Ele era muito inteligente, terminou a lição em segundos e eu continuei perdida nos números, percebi que ele estava olhando os rabiscos da minha mesa então eu envergonhada coloquei o caderno por cima.
-Terminei professor -Disse ele e em seguida olhou para mim.
-Quanto deu a resposta da sua questão?? -Ele me perguntou.
Se eu tivesse respondido 1 questão era muito, já estava complicado me concentrar e quando ele chegou piorou, não consegui mais colocar nenhum número, minhas mãos estavam trêmulas mas eu não queria demonstrar o meu nervosismo.
-Terminei sim! -Eu menti e então ele rapidamente puxou o meu caderno.
-Deixa eu ver!! -Ele disse puxando o meu caderno mas fui mais rápida e fechei.