A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
Quando ela deixa de ser submissa
De volta à loucura do amor
Casamento relâmpago com meu marido misterioso
Um casamento arranjado
Um favor ao meu chefe
O caminho para seu coração
A garota com múltiplas identidades
Amor possessivo: meu marido deficiente
É muito perigoso olhar para o futuro quando se está com ódio, ela tinha todos os motivos, mas não tinha coragem, seu nome é Rebeca e ela se tornou a principal suspeita.
Manhã de segunda feira, e a avenida Paulista está aquele caos de sempre, 6:30 da manhã as pessoas atravessam a faixa de pedestres com passos largos apressadas para o trabalho, trânsito parado e os motoristas buzinando e xingando como se isso fosse abrir um corredor para eles.
—" O ser humano é patético mesmo!"— Pensava Rebeca enquanto atravessava no meio dos carros.
— Anda logo eu estou com fome! — Acenava Angel para a amiga que vinha correndo feito maluca com os pães para o café da manhã.
— Sério, você é muito folgada Angel por que você mesma não foi buscar o pão já que está com tanta fome?
— Porque eu tive que limpar a bagunça que os seus amiguinhos deixaram na casa, antes que a dona Margô chegue!
— Aí caramba, tinha esquecido que ela voltava hoje, seria tão bom se o avião explodisse com aquela jararaca dentro.
— Credo Beca, você é tão cruel, eu não desejo isso tem pessoas inocentes no avião que morreriam também!
Rebeca deu de ombros para Angel, e subiu as escadas da velha boate conhecida como "RED HOUSE" localizada na rua Augusta no centro de São Paulo.
— Não aguento mais essa vida amiga! Reclamou Rebeca. -— Aliás eu nunca quis, já faz um ano que estamos aqui e ela não paga nosso dinheiro!
— Nem me fale Beca, eu quero sumir daqui o quanto antes! Suspirou Angel enquanto adoçava o café. — E o que mais me revolta é ver essa desgraçada luxando com nosso dinheiro.
— Minha vontade é matar essa maldita, juro que se ela respirar na minha frente eu enfio essa faca no pescoço dela.
Enquanto secava as lágrimas, Rebeca se lembrava de como chegou naquele lugar.
Desde que nasceu e foi abandonada pela mãe, ela passou boa parte da sua infância em um orfanato e foi encaminhada para um abrigo de menores aos 12 anos de idade onde passou os piores anos da sua vida ao lado da sua inseparável amiga Angélica, as duas eram como irmãs e passaram por maus bocados juntas, e prometeram sempre cuidar uma da outra.
"UM ANO ANTES..."
Assim que completaram 18 anos Rebeca e Angélica tiveram que deixar o abrigo para ceder a vaga para outras adolescentes, foi quando dona Margô entrou na vida delas. Uma cafetina dona de uma boate muito antiga na Rua Augusta no centro de São Paulo, dona Margô não se importava muito com aparência do lugar ela só queria mesmo era saber de dinheiro, mas devido as péssimas condições do local todas as meninas resolveram procurar uma boate mais sofisticada para trabalhar, fazendo com que o lucro da madame caísse, quando soube através do segurança do abrigo que as duas jovens iriam deixar o lugar e não tinham para onde ir, Margô foi atrás das meninas e lhes ofereceu moradia com direito a refeições em troca de serviços. Rebeca era uma jovem muito bonita embora estivesse maltratada devido as péssimas condições que vivia no abrigo.
Quando bateu os olhos nela Margô logo imaginou o quanto de lucro aquela linda menina traria para o seu negócio, ela tinha uma pele clara cabelo loiro natural seus olhos eram cor de mel, acabara de completar 18 anos e era dona de um belo corpo.
O que parecia ser sorte se tornou o maior pesadelo da vida de Rebeca e Angélica, a casa de dona Margô não era exatamente uma casa e sim uma boate de baixa categoria frequentada pela pior espécie de homens que poderiam existir, pervertidos nojentos a procura de sexo barato.
— Á partir de hoje é aqui que vocês moram, seu trabalho durante o dia é limpar e organizar a casa para receber os clientes á noite, a comida eu forneço, mas vocês mesmas têm que preparar, não tolero desperdício, se acabar antes do prazo ficam sem até a data da reposição, este aqui é o Rafael, ele é o barman da casa, e também mora aqui qualquer dúvida pode perguntar a ele, e por aqui...
— Ah... com licença senhora! Interrompeu Angélica. — A senhora vai nos pagar um salário?
Margô soltou uma gargalhada assustadora após a pergunta de Angélica.
— Salário garota? Você só pode estar brincando, já estou fornecendo a casa a comida e um chuveiro quente pra você tomar um banho e lavar esse cabelo nojento.
— Perdão senhora, mas pensei que fossemos receber pelos serviços prestados!
— Escuta aqui garota, se não fosse por mim você estaria lá na cracolândia agora sendo estuprada e procurando restos de comida no lixo, mas como eu sou uma mulher muito generosa posso ajuda-las a ganhar muito dinheiro, mas isso vai depender somente de vocês!
Rebeca e Angélica se olharam sem entender nada.
— É o seguinte! continuou Margô. —-Como vocês sabem, aqui é uma boate, á partir das 18 horas começarão a subir homens por essas escadas e tudo o que eles querem é beber e transar, vocês irão recepciona-los, sejam simpáticas e agradáveis façam com que eles consumam muito no bar, seduzam e os levem pro quarto, cem reais o programa, 40 seu e 60 da casa, quanto mais vocês transarem mais dinheiro vocês ganham, simples!
— Eu não vou transar com ninguém! gritou Rebeca assustada, enquanto encarava Angélica e percebera que uma lágrima escorria no rosto da amiga.
— Quem dita as regras aqui sou eu! disse Margô segurando em seu braço e olhando profundamente em seus olhos. — Ou você faz o que eu estou mandando ou suma daqui, e vai morar na rua, e eu te garanto uma garotinha como você não vai durar um dia nas mãos daqueles cracudos!
Rebeca ficou sem reação com as palavras daquela mulher, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas, elas são surpreendidas com a chegada de um homem alto, moreno com tatuagens, trajando uma camiseta velha, Rebeca reconheceu o cheiro daquele perfume de longe e ela e Angélica ficaram em choque ao vê-lo.
— Cicero? Disse Rebeca com os olhos assustados.
— Oi Beca, gostando da casa nova? Disse ele com um olhar pervertido.
Rebeca não acreditava no que estava vendo, Cicero era o segurança do abrigo e também o homem que abusava dela e ameaçava matá-la caso contasse pra alguém, seu estomago embrulhou e ela ficou sem reação.
— índia, por que choras? Perguntou Cicero ironicamente para Angélica.