Me Espera
iente – a enfermeira me conta, com as olheiras que me dizem que ela também
erme, obrigada – tento mostrar um sorriso para ela, ma
Eu tenho tocado todos os dias à tarde, alguns param para escutar, sorriem enquanto eu toco. I
lvo pegar algumas partituras e pergunto para a m
ouvir tocar – saio da sala um pouco encabulada, sei que não
guei. Antes que eu comece a tocar, já há duas pessoas sentadas na frente do piano, são os que não
o tão nova, mas não converso com ela. Aliás, não converso com ninguém além do médico. Não conta o que eu fa
e andar, como ele sempre chora quando me escuta tocar, como ele está sempre nos cantos, sozinho. Ele
o tão bonito quando juntos, escutando a música, que isto é algo que me motiva a tocar mais, até o momento que eu percebo que estou tocando de olhos fechados, que a m
desesperadamente sair de mim e eu não tenho coragem para enfrentar. E
parado na porta do quarto – eu não posso
a – respondo
omodo – ele sai e posso ou
eu não quero amigos aqui. Deito na cama e olho para o teto até conseguir voltar para o estado que estou
mo durante o dia, mas mesmo assim os pesadelos me perseguem e eles são tão reais que quase peço a dose de rem