Invisível
ítu
erta com o
s, carreguei comigo todo aquele sentimento inesquecível de adolescente. Eu era total e completamente apaixonada por Matteo Vieira Ricci, filho dos donos da fazenda onde meus pais tr
m pouco da cidade grande e relembrar minha infância e adolescência na minha cidadezinha natal. Tal forte foi meu susto quando li o anunciante e o local que cheguei a me arrepiar. Matteo Ricci procurava enfermeira para sua mãe. O meu
abava, mas de não me apegar. Eu não conseguia me apegar porque nunca consegui esquecer minha paixão adolescente. Matteo, neto de italianos, era aquele homem tão diferente de mim que nunca me saiu dos pensamentos. Eu tinha crescido naquela fazenda, junto dos meus pais, quilombolas. Quando houve uma briga no quilombo dos pretos e meu pai foi ameaçado de morte, ele decidiu sair de lá junto com minha mãe e os filho
por ele. Quando fomos para Belo Horizonte, no falecimento do senhor Giovanni, eu tinha quinze anos e Matteo, trinta. Eu ficava da casa da fazenda o observando pela janela desde os meus treze anos, completamente apaixonada. Eu o observava tocar o gado à cavalo no pasto e sonhava ser sua esposa. Eu nunca conheci outros negros como eu naquela época. Ele era o alvo da minha paixão mesmo sem saber o que isso s
ser substituído. Matteo era aquele homem envolto em mistério, em experiência e em maturidade que eu não queria encontrar igual. Mas ele se casou. Voltar a fazenda talvez pudesse me fazer esquecer que ele era o único homem de valor no mundo.
s tivessem uma vida melhor na cidade grande. Realmente tivemos. Meus irmãos estavam estudando, Mariana e Hélio. Eu, Isabela Machado, tinha concluído a Enfermagem e queria muito aquele emprego para juntar dinheiro para um curso preparatório para Medicina. Era
nhas. Era longe mas sempre que ia a um leilão ou conhecer alguém, voltava alto e tropeçando nos pés. Uma única vez em que ajudei minha mãe a ampará-lo foi quando meu coração bateu mais forte. Parecia que ia sair pela boca quicando pelo chão da cozinha aos quatorze anos. Eu segurei o rosto de Matteo e ele ergueu o olhar azul para mim, dando um sorriso. Minha mãe preparou
da fazenda Rio d´Ouro sent
.Ele não é um Deus, é apenas
ara pedir café ou para limpar as botas dele. E aquela voz nunca saiu da sua cabeça tonta. Carregava uma mala pesada, a puxando e bufando pelo terreno de pedrinhas. Que tipo
m velho? Porque dona Maria do Rosário estava precisando de cuidados de enfermagem? Não vi brinquedos de criança pelo jardim. Eram muitos questionamentos e meus olhos varriam o local da minha infância enquanto eu removia da frente dos meus olhos castanhos o cabelo revolto pela brisa de final da tarde. Subi os dois degr
indo por cau
pai. Montando aquele cavalo, Matteo estava à minha frente. Ele vestia calça jeans, botas e uma camisa preta. Estava de boné na cabeça. Preto igual a camisa. Ele franziu a testa ao me ver. Eu poderia reconhecer
e mim, sen
riso de fazer derreter geleiras e e
A filha d
artina e do José. Legal. Mas também, Bela, ele era casado. O que você esperava que ele fizesse? Que
Isa
isso! Como
ado com toque cítrico. Segurei sua mão, sorrindo até demais. Aqueles
vinte e
vou te mostrar a mamãe. Ela
ante sério e sisudo e um olhar triste mas tinha se aleg
posa e filhos? - P
o passo logo atrás. Ele não se virou para dizer n
os e minha mulher
os lustres bonitos e imensos de contas de vidros estavam lá ainda. A cristaleira de dona Maria. A tapeçaria cara e os quadros na parede. Tudo permanecia lá tal e qual eu lembrava. E ele estava viúvo... Eu não sabia o que sentir. Era um misto de piedade
ia me deparei com uma senhora bem e
m veio te ajuda
lhos encheram de lágrimas. Eu não me le
sab
ximei e lhe dei um abraço ao q
mo s
ornal, do senhor Ric
favor, senhor Ric
to, s
lharam e sorri
nhor, Isabela. E como e
o bem,
Enfermagem? -
sentou na
ois anos. Sei fazer tudo
iva. Pelo canto dos olhos not
é e trago para as sen
nte me l
so fazer
strou con
a dessa casa há mais
do quarto ruman
um amo
Mu
ter. Eu não queria perguntar o que ela teve, pela proximidade tal
Os médicos combateram e eu estou bem
giene
édios na hora, que eu esqueço, estou
ele me aceitar, eu v
parecia uma mulher mais agradável e calma. O que o
oi a segunda a aparecer
- Sorri,
té Matteo aparecer. Ele trazia uma bandeja com tr
reencher um prot
o quanto podia ser. Sentou-se ao lado de sua mãe, na cama e me observou de cima a baixo. Eu não
vamos conve
..Matteo. - Lembr
Mãe, vou tratar de assuntos
o, meu
ele se decidisse por não me contratar, talvez por me conhecer e achar que sua mãe não se sentiria confortável.
para cuidar de tudo. - Ele estendeu a mão - Eu entendo, não pense que eu não compreendo, ele queria um ensino melhor para seus filhos, não podia
nte do corpo em um gesto de submi
te oferecer três salários, tudo que você precisa está aqui e basicamente você precisa tomar conta del
e! Eu demorei a responder qualquer coisa notando a sua barba e alguns fiozinhos brancos que n
En
u aceito senhor...Matteo! Três
izmente os profissionais da saúde não são reconhecidos nem bem remuner
a frente do corpo - Ac
m, t
tar aliviado de achar alguém e era só is
viajando e sempre no escritório, acho que
im,
rtos de outras funcionárias, a cozinheira e a faxineira. Você conhece to
e não. Muito ob
ue será bom para ela ter a
eu en
inha se reforçado a décima potência e estava latejando no meu peito e em outras partes de mim. Aquele homem exercia frenesi máximo sobre mim. De repente, o que era para acabar, estava somente recomeçando. Que imbecil você é, Isabela... Porque sonhar com ele
uma bela moça
to na casa quando ouvi aquela frase partir daquela boca. Congelei. Eng
da, senh
vinte em ponto
azê-la explodir em sua mente? Eu vi unicórnios, elefantes cor-de-rosa, algodão doces por todos os lados quando entrei no quart
ira vez na
stava soltinho. Pobre homem, viúvo... Eu não devia ter aqueles pensamentos com um homem que certamente ainda devia sofrer a morte da esposa ma
tava apaixon