André Lemos " Vilão em redenção"

Chamo-me André Lemos, tenho vinte e nove anos, sou um empresário muito bem-sucedido, olhos verdes claros.

Um dos homens mais ricos desse país, vocês provavelmente já viram nas mídias, sobre as nossas concessionárias Lemos?

Sou conhecido por ter um gênero ruim, coleciono uma quantidade de arrependimentos.

Dentre os escândalos que formam a minha vida, e na mídia sou conhecido como o vilão!

Só vou deixar claro uma coisa, sou a pessoa mais odiada entre meus inimigos e amigos.

Sou o Irmão de Rick,meu irmão adotivo, Marcela, Rodrigo...

Bem para ser sincero,não sou muito bom com as palavras, mas sou muito bom nas ações.

Entre os meus irmãos.

O único que eu ainda tenho uma certa consideração.

É o Rodrigo, mesmo que ele ainda tenha ajudado o Rick,aquele pirralho

Não tenho ódio dele, muito pelo contrário, mas confesso que fiquei puto com o que ele fez!

Águas passadas!

Se eu for falar de alguém que me tira do sério ultimamente,essa pessoa.

É ela!

Marcela é minha única irmã mulher,uma pirada louca de pedra!

Sempre deixa os meus dias,um verdadeiro inferno!

Aquela garota,está me deixando de cabelos brancos e olha que nem tenho idade para isso ainda!

__Ah,tio!

Xiu Garoto!

Sobre a Marcela,quero é distância dessa louca!

__Minha irmã nunca foi certa do juízo, e boa parte de nossa adolescência foi conturbada.

__Posso garantir que se eu fui ruim na vida,ela foi pior ainda!

Ainda mais agora, que está gastando todo seu dinheiro, ou seja, herança que meus pais deixaram para ela.

Ela está agora nos Estados Unidos desfrutando da mordomia!

Eu me arrependo do que fiz e por conta dessa herança, estou aqui...

Quase fui preso, e pelas minhas decisões erradas, e estou aqui justamente para cumprir os serviços comunitários.

Neste lugar, diariamente!

Voltando a falar de Marcela que está em curtições no exterior.

Só sei de uma coisa,depois que quebra a cara e logo virá correndo pedido de socorro, sim, recebo suas ligações abusivas.

Bloquei vários dos meus chips de contatos, tudo para não manter contato com ela,mas aquela mina é louca!

Ela consegue sempre o meu contato,de uma forma ou de outra,minha irmã sempre teve o que sempre quis.

Estou farto dessa minha vida,nada que eu planejo está dando certo ultimamente.

Parece que estou tendo a maré de azar, e tudo está relacionado ao meu irmão!

__Bem,que eu não sou flor que cheire, isso eu deixo claro!

__Que se foda!

André!

__Pedão, bem onde eu estava!?

Tudo começou de ruim em minha vida desde o momento que aquele pirralho apareceu na minha casa.

Sim!

O maldito do meu irmão adotivo, ele teve o conforto, o amor e o carinho dos meus pais!

Eu não estou cobrando, e sim deixando evidente o meu ódio,mas sei que ele era tão carente quanto eu.

Coisa que não diria a ele, e se estou falando aqui a vocês.

__Porque estou desabafando!

Eu necessitava do carinho dos meus pais, principalmente do meu pai!

Mas eles preferiram um estranho do que os seus próprios filhos!

__Que eu não gosto do Rick?

Sim, um pouco!

Não é novidade alguma, até estou aqui por conta daquele filho de uma...

Sobre isso, bem nunca fiz questão de esconder os meus sinceros sentimentos!

Aquele maldito me roubou tudo!

Tudo que tinha de mais precioso nesse minha vida patética, foi roubado!

Crescemos e até hoje não consigo ter afeto e não consigo evitar!

__Que se dane!

Rick é um filho de uma puta!

__Tio, não pode xingar!

Outra interrupção, e dessa vez... por um pirralho, e então não ligo e continuo falando.

__Garoto, xiu!

Já se passou tanto tempo, não posso agora, chorar pelo leite derramado!

Fingir também não é o meu forte, mas uma coisa é clara, eu quero mudar!

Sério!

O difícil é conseguir mudar o meu gênero forte, e quando não, quero algo...

Porém, vai ficar na tentativa, se eu não me agrado com uma coisa!

Nada muda isso!

E daí que vocês, já conhecem a minha história...

Sou um vilão?

__Talvez!

Quem não conhece seus próprios demônios e na luta contra eles?

Eu não sou um desalmado, também tenho um coração, e o meu sangue é vermelho como os de vocês!

Sou tão julgado e odiado pelas pessoas, elas não me dão uma oportunidade, eles me julgam!

__Me faça um favor!

Quando tinha doze anos, esperava ansioso pela chegada dos meus pais.

Porém, eles apareceram em casa com um pirralho.

Aquele, mala que havia mencionado antes e então...

Até pensei que aquela criança, era filho de alguém, e dos amigos de meus pais.

Fiquei surpreso quando eles nos contaram que, sobre o pirralho bem diante dos nossos olhos, era nosso irmão mais novo.

Como se já não bastassem os meus próprios irmãos de sangue, eles já estavam há duas semanas fora de casa.

Me aparecem com outro filho e ele era adotivo, órfão!

Sem preconceito!

Eu poderia aceitar de boa, mas ver o carinho que era para ser meu, ser doado assim sem ao menos pensar?

Meu pai até carregou aquele menino em seu colo, e quantas vezes ele já fez isso por mim?

Nem quando eu me machucava, ele mandava levantar e segurar o choro...

Ah, vai te!

Desculpa os palavrões, mas lembrar daquela época, me faz ter raiva!

As palavras dele eram sempre.

__Não chora garoto!

__Seja homem, André e engole o choro, e homem não chora!

__Seja inteligente!

Bla, Bla!

Eu era apenas um garoto, seu próprio filho e estava machucado porra!

Só precisava do apoio do meu pai, não conseguia entender o porquê do meu pai ser tão frio comigo.

Aquele menino cujo sangue não era o mesmo, e ele teve tudo meu pai tinha um carinho tão bonito e era dado a ele...

Eu o invejava, e quando era comigo, ele me tratava diferente.

Com Rick, era tudo sempre tão diferente e os cuidados...

Tinha um carinho do qual nunca havia visto antes, até sorrir, meu pai sorria ao lado dele...

Bem, só um minuto!

Cara lembrar disso, me faz querer chorar, mas não vou fazer isso!

__Certo,onde eu estava? Há, sim!

Eles nos falaram aquele dia que aquele moleque era uma criança órfã, que pena do garotinho!

É quanto a mim?

Tanto eu quanto meus irmãos éramos órfãos de pais vivos!

Eu cuidava dia e noite dos meus irmãos, enquanto os meus pais faziam viagens de negócios, e levavam tanto tempo para voltar.

Quantos aniversários meus, e as decepções foram comemorados com lágrimas?

Eu os esperava de braços abertos, com um sorriso inocente nos lábios.

Tudo era para chamar atenção de meu pai, que diferente de minha mãe.

Ele nunca demonstrou nem um pouco do seu amor a mim,nada e nem migalha que eu tanto esperava dele.

Meu pai não fazia questão de demonstrar, o quanto amava os seus filhos, ele não sentia nenhum orgulho de mim, nem dos meus atos.

O olhar dele ao menino órfão, era tudo que eu buscava...

Meu pai nunca me olhou daquele jeito, aquele olhar de ternura.

Afinal sou a porra do seu filho legítimo, e de seu sangue!

Aquilo me consumiu dia e noite, eu sempre quis sentir o amor do meu pai.

Lembro que subi as escadas tão, triste, e muito frustado naquele mesmo dia.

Entrei no meu quarto, e quebrei todos os meus brinquedos.

Minha mãe sempre foi amorosa, sempre me dava colo quando eu chorava.

Diferente do meu pai, ela fazia questão de me defender, e sabia o desprezo dele por mim.

Que meu pai não demonstrava sentimentos por mim!

Talvez fosse o jeito dele, e eu não gostava desse categoria de atitude.

Passei a atormentar o moleque, nunca tive remorso e muito menos arrependimento!

Não o aceitei como irmão, a verdade era que eu queria ele longe da minha família, e do carinho que eu acreditava ser meu.

Só tem uma coisa que eu sinto arrependimento, até tenho pesadelos com isso,sei que errei.

Foi quando o joguei na piscina, ele quase morreu, isso foi derivado a uma de minhas brincadeiras...

Eu fiz a respiração boca a boca, e o salvei da morte naquele dia, só falei para ele morrer.

Não queria deixar claro que havia salvado a vida dele.

Eu não queria que ele tivesse gratidão por mim.

Eu passava os dias, preso em meu quarto, não queria vê-lo.

Passei a me acostumar a crescer sem ter o apóio do meu pai.

Me conformei, e tudo que eu sentia de ruim passei para o Rick.

Talvez isso explique o meu ódio, e foi como uma transferência de raiva acumulados dentro de mim.

Todo o rancor de uma vida miserável, e uma infância perdida,sim, eu fui o seu inferno pessoal!

Fiz ele sentir tudo que estava tirando de mim, quem ele pensava ser?

Para vir e tirar os bons momentos que deveria ser meus!

Aquele carinho do meu pai, tudo estava perdido, e eu coloquei a culpa nele!

Quis fazer fazê-lo sofrer, na mesma moeda, você deve estar se perguntando.

Que espécie de ser humano sou eu, mas não me importo com a sua opinião!

Falo olhando para o círculo de crianças, que estão sentadas no chão esperando por uma história minha.

Que conto de fadas!

__Conheçam a minha história!

Que chato!

__Tio, conta a história de Branca de Neve, essa história é ruim!

A garotinha de cabelo loiro e olhos azuis, fala olhando para mim tão furiosa.

__Ah, tio!

__Quem quer saber de sua história,eu quero a história da Branca de Neve, Cinderela!

__Tio você fala muitos palavrões, a madre falou que é pecado!

Sua piralha!

A garota começa a chorar e os olhos da madre avisa que vai me dar bronca novamente!

__Senhor, André!

__Essa é a minha terceira advertência contra o seu comportamento!

__Vou lembrar que você está aqui para cumprir sua parte na Justiça!

André, eu já pedi para você não falar seus palavrões, e você sempre conta sua história!

__Sim madre, me desculpo!

__As crianças só queriam ouvir uma história, então contei uma para elas!

A pentelha novamente me caluniando, e tentando queimar meu filme!

__Ele só fala nele,quero a Branca de neve e os sete anões!

Que garota!

__Você já é uma anã!

__Eu só sei contar histórias de terror,pode ser do Chucky boneco assassino?

As crianças ouvindo isso começam a chorar, e eu estou cada vez em maus lençóis!

__André lemos!

He,he,he...

__Sim, madre...

__Eu errei novamente, e peço perdão de novo, dos meus pecados!

A madre fica tão furiosa ao ponto de gritar, fazendo todos olharem para nossa direção.

__André!

Um ano atrás, eu fui mandado para esse orfanato, onde o Rick já viveu.

Tou pagando os serviços comunitários, como pena dada pela sentença da justiça.

No início não gostei, meu comportamento era bem pior, e eu posso dizer...

Melhorei bastante, bem...melhor que ser preso!

Me restam alguns meses, mas até que gosto de estar aqui neste lugar, e algumas vezes a madre perde a paciência comigo.

Fazer o quê? Eu até entendo que não sou tão fácil, mas sempre trago flores para ela.

Vejo que ela sorri, até penso que vou conseguir alguns pontos, tratado, com o meu suborno não dá muito certo!

Volto a minha atenção quando um moleque me chama, puxando a minha camisa.

A madre estava distraída falando com alguém, e eu volto minha atenção.

__Tio, queremos muito que você nos conte uma história de aventura e de ação!

Esse garoto se chama Pedro, e ele havia mencionado antes na apresentação.

__Não queremos saber nada da sua vida, só uma história boa!

__Essa história de antes, já está ficando chata tio, conta uma de luta e aventura!

Os garotos ficam empolgados, já as meninas... elas não querem essa história!

__Tio conta logo!

__Não fala de sua vida particular, estamos aqui para uma história de crianças!

Isso me deixa tão furioso...

Falo para ele comprar um livro de história, eu não quero contar uma!

__Mas você contou da sua infância e até escutamos!

Sim, mas era sobre minha vida e até foi bom um desabafo.

Vai te catar, garoto!

__Eu vou contar para madre superiora sobre os palavrões que deu agora!

Seu pirralho, onde andou aprendendo a mentir assim, eu não falei nenhum palavrão!

Esse quem fala agora comigo, mentindo, é um do garoto que enche o meu saco diariamente.

Com o meu olhar de quem diz, fale e será um garoto morto.

O moleque começa a chorar, e então quando ele vê que ninguém notou.

Começa a sorrir, ele sempre faz isso, e está tentando me fazer perder a paciência.

Mando ele sair do meio das crianças, mas logo as outras crianças.

Começam o chororó...

Levo um chute na perna, e o garoto corre para chamar a madre.

Não demora, ela volta, e então abraça o segundo garoto que parar de chorar.

__O pentelho cai fora, ninguém te chamou aqui, se não quer escutar rala!

__Fora moleque atrevido, quem mandou meter o bedelho na conversa de adulto!

Tio, somos crianças!

__Quem?

O garoto vai responder, e eu já falo sem o deixar terminar a frase.

__Te perguntou algo, que moleque intrometido!

__Certo onde eu estava?

Ah, sim!

Quem me interromper, vou cortar a língua e jogar para os cães!

__Tio, não tem cachorros aqui!

Quieto!

As outras crianças me olham assustadas, e com os olhos de quem está a um passo para largar o berro.

Não dei importância e continuo contando sobre minha história de vida.

Quando tinha dez anos, levei um prêmio de melhor nadador.

Era minha competição de física, e eu queria contar isso àquele velho egoísta do meu pai!

Só queria que ele estivesse ao meu lado,me dando o devido apoio, mas afinal que filho não deseja isso?

Os pais dos meus melhores amigos sempre estiveram presentes na vida dos filhos.

Eu odiava vê-los sorrindo a cada abraço, e a frase que nunca escutei.

__Tou muito orgulhoso de você, filho!

__Vamos para casa!

Eles sempre presentes na vida deles, por que diabos os meus pais não eram?

As vezes eu desejava não ter nascido nessa família, e sim em outra a qual eu poderia ser feliz.

Lembro que o busquei na plateia, não o achei e sempre foi assim, eu mendigava o seu amor paternal.

Então passei a odiar Rick ainda mais, pois ele era o favorito do meu pai.

No dia da natação, descobri que ele foi na reunião de escola do Rick.

Meu ódio só acumulava!

Ganhei uma medalha, e queria mostrar a ele meus esforços,mas desistir ao vê-lo na sala.

Ao lado do Rick ensinando o seu dever de casa passado pelos professores.

O tempo passou quando fiz dezoito anos comecei a aprontar com os meus pais.

Vivia fazendo as piores coisas para obter a atenção deles, dava certo!

Sim, fui rebelde ao extremo!

Rick teve sua primeira namorada, a mulher era gostosa demais!

Algo me chama atenção na mulher, ela não tirava os olhos de mim,e aqueles sinais...

Até que vi um sorriso em seus lábios, me formou um pensamento maligno.

Então fiz uma vingança,eu dei um trato na mulher dele!

Fiz ele ver a cena toda, e Marcela me ajudou a colocá-lo na Além disso, foi tão fácil!

A mulher me aceitou, e eu nem esforcei para tentar conquistá-la!

Era de fato uma, biscate, bonita e gostosa me dando mole, vou dispensar?

Sou homem não nego fogo, se vier eu sou facinho, facinho.

Só não venha com esse papo de que está grávida, essa eu não engulo!

Sou fodidamente ruim das idéias, para ser pai, eu nunca tive isso, porque iria ser um?

Me faça rir!

Nem tive esse tipo de amor, minha vida é uma merda de bagunça, com montanha de aborrecimentos!

Mais tão prazerosa para caralho!

Curto esportes,sou dono de uma das empresas com fama e bem mencionada.

Concessionária AL,dei marca com as iniciais de meu nome, e lancei os produtos no mercado.

Falando em gravidez...

A mulher que dormiu comigo, afirmou estar grávida.

Confirmei ser uma mentira tão bem feita e o pai era outro,e eu então fiquei esperto!

Foi por isso que eu criei uma mentira, e cada vez que eu dormia com uma mulher diferente.

Já deixava claro que fiz cirurgia, e então não iria cair no golpe da barriga!

Eu as mando a pastar no dia seguinte, já vou alertando que fiz vasectomia!

Nem venha com esse papo que está grávida,que eu não vou cair nisso!

__Tio, o que é uma vasectomia?

Me pergunta uma garotinha de cabelo loiro bem curiosa.

Quando vou falar, a madre cuidadora chega e manda as crianças saírem.

__André Lemos!

__Pelo amor de Deus de nossa senhora virgem Maria, e de todos os santos, não fale não responda!

__Querido.

__Eu vou alertar você mais uma vez, porque creio que não me ouviu da outra vez!

__Não conte essas coisas cabulosas para as crianças, elas não vão te entender!

__Sem falar que são péssimas influências.

Eu sinto muito, mas vou ter que avisar o Senhor juiz de seu comportamento!

__Vou anotar na carta e mudarei você do orfanato, e então é com você e o juiz!

Não faça isso!

__Eu admito!

__Errei!

__Estou pedindo uma nova oportunidade, para você, não vou desapontá-la novamente!

Falo e dando um beijo em sua bochecha, e ela sorri...

Pego minha jaqueta, dou um sorriso do qual as mulheres adoram ver minhas covinhas, e digo olhando para ela.

__Madre, até amanhã!

__He, he,he!

Dou um beijo no ar, e saindo do orfanato após assinar a minha saída, que será enviada ao juiz...

Estou livre!

Mas algo acontece e quando estou montando na minha moto, noto um anão correndo na estrada.

Penso que estou vendo coisas, talvez seja só uma miragem?

Meus olhos por curiosidade vão á mulher que está tentando alcançá-lo!

Até penso que deve ser o marido, e essas mulheres têm um gosto peculiar, até que o anão é, na verdade, uma criança?

__Puta, merda!

É um garotinho correndo na estrada, e a mãe está desesperada tentando pegá-lo.

Ela chora pedindo ajuda desesperada, e eu vejo que não posso negar.

__Maldição!

Giro a chave da moto desligando ela, e corro atrás do garotinho, e o salvo de um carro que vinha a toda velocidade.

Até tentei não xingá-lo, e se isso continuar do jeito que está ,as coisas vão ficar feias!

__Olha para onde está andando, seu filho duma puta arrombada!

Ele até menciona em sair do carro, mas eu estou pronto para partir a cara dele em duas!

__Venha!

__Eu farei você se arrepender amargamente, e terá um belo rosto danificado!

Vai se foder maluco!

A mulher vem desesperada chorando, nem olha para mim.

Ela pega o garoto que está grudado em meu colo, o, carrega e chora, ao notar que ele está inteiro.

__Obrigado né?

Sim, obrigada!

A mulher pouco se importa comigo, mas algo nela me chama atenção, até parece que já a conheço.

Essa voz...

__Pietro, filho você está bem?

Quando a mulher olha para mim, ela agradece e a voz falha na mesma hora.

Eu estou tão surpreso quanto ela, e não fazia ideia que nos encontraríamos novamente.

Que raio de mundo pequeno!

Porque a pessoa que está na minha frente é nada menos que ela...

Loirinha?

Amiga da mulher do meu irmão Rick, Maria Victoria...

A mulher que eu passei uma noite muito quente , e outra na festa...

__Mas, o quê!

__Não posso acreditar no que estou vendo e entre tantas pessoas no mundo, justo você?

__Maria Victoria!

Que diabos está fazendo aqui, e esse garoto, acaso...

__An...André...

__O que faz aqui, mas como é possível encontrarmos assim...

Maria fala estando tão pálida, me pergunto que demônios está acontecendo?

Sim, sou eu!

__Você o que faz aqui, e quem é o pai desse moleque?

André...

__Eu realmente estou um tanto apressada, não tenho tempo agora.

Ela tenta ir,mas não deixo e segurando firme os braços dela,nossos olhos se cruzam.

Seus olhos estão brilhando e formando lágrimas, e suas mãos tão geladas...

__André...

__Por favor,me solte!

Ela fala nervosa com a criança em seu colo que chora bastante,mas ela não respondeu a minha pergunta!

A impressão que tenho, é que ela realmente está tentando fugir de mim!

Eu nunca me engano com nada,eu não estou imaginando coisas?

A solto, e quando ela tenta fugir novamente, algo passa em minha mente...

__Espera, essa criança?

__Ela é minha?

__Esse menino,acaso é fruto do que você havia mencionado há um ano?

__Ele é meu filho, não é?

Fala algo, Maria!