O Retorno Implacável do Professor Desonrado
via
ao presente. Ela apertou meu braço, seus olhos arregalados de admiração. "Caio Vianna! Ele é ainda mais cha
Um homem como ele, ainda descompromissado depois de todo esse tempo. Talvez ele e
ei internamente. Ele estava solteiro porque lhe convinha, não porque estivesse ansiando por algum amor perdido. Meu amor
da Polícia Federal, os flashes das câmeras, as manchetes gritantes. Meus algoritmos, a propriedade intelectual da minha alma, roubados e reembalados como sua genialidade. Tudo para garantir
" eu disse, minha voz neutra, desp
. "Viu? Eu sabia que você concordaria! Quem sabe, talvez
uma piada cruel orque
do em todos os lugares certos, um homem esculpido pelo poder e privilégio. O garoto com quem me casei, aquele que me prometeu
queceu de você. Você era o assunto da Faria Lima naquela época. T
o tempo e desfazer os últimos dez anos do meu inferno pes
osto de cinzas na minha boca. Eu queria sair, para longe de sua pres
saída, sua voz, profunda e ressonante,
ívi
gelou minhas veias. Meus músculos travaram. Fiquei paralisada,
ram. Eu podia sentir os olhos deles em mim, dissecan
sapatos caros no piso de már
minha existência desbotada, minhas circunstâncias reduzidas. Imaginei o sutil desdém
mim. O ar ficou pesado, elétr
agora, um fio de seda me envolvendo. O som
ul, mas mais frios agora, calculistas. Um lampejo de algo que eu não consegui decifrar passou por eles enquanto ele examinava meu rosto, m
z seca, desprovida de qual
r, uma voz açucarada interveio
reção. Seu braço se enroscou no dele, possessivo e confiante. Helena Abreu. Su
Seu aperto no braço dele se intensificou. "Ele se sente péssimo sobre como as coisas terminaram para você. De verdade." S
oto sua, sabia? Dos seus dias na Faria Lima. Diz que gosta de lembrar dos 'bons tempos' antes de tudo dar... errado." Ela enfatizou "errado"
do. Seus olhos dardejavam entre a presença glamorosa de Helena, a fachada li
tregou um cartão de visita preto e elegante. O pes
qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo. Meus recursos estão à sua disposição." Não era
minha mesa. Cada um, um pequeno tijolo no muro que ele construiu ao meu redor, me prendendo em sua narrativa. Agora, era apenas um cartão, m
sto. Minha voz estava calma, quase serena. "Mas não
no salão cintilante. Não olhei para trás. O cartão permaneceu cerrado em minha mão,