A Adega e o Gelo da Traição
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va. Gabriel, meu marido, me acusou de sabotar seu pro
o congelante para que eu "
avia subornado um funcionário para ligar a refrigeraçã
assistiu a tudo. Vi Gabriel abraçar a verdadeir
ção e a confissão
vencido, mas um milagre
mento desesperado, joguei em sua cara a v
anel de noivado que ele me deu. "Este a
ítu
Girã
ossos, mas pela certeza fria de que Gabriel, o homem que eu amava, tinha me condenado à morte. O eco metálico do ferrolho s
o do sistema de refrigeração que ganhava força. O som parecia uma fera faminta. Eo resp
a. Mais sozinha do que nunca. A adega de vinhos da casa de campo da família Marques era um l
sta, não de calor, mas de puro terror. Eu me encolhi, tentando abraçar meu próprio corpo, mas era como abraçar
iza. E
sabotou meu projeto, Irene! Humilhou-me diante de todos! Como pôde?" Sua voz era um trovão. Ele s
ar gelado da mansão. Ele apenas me arrastou para cá, para a adega, seu aperto firme
Por algo qu
Aquele sorriso que sempre me incomodou. Aquele sorriso que, agora, eu entendia ser de triunfo. Ela sempre e
reclamei das suas invasões de privacidade. "Ela é como u
stava
inha feito? Como ela conseguiu me incriminar? O projeto... o projeto do Grupo Marques, o mais important
s minhas pernas. O chão estava úmido. O cheiro de mofo e vinho agora era esmagador.
a sugar todo o calor do ambiente. Eu sabia que essa adega era industrial. Era f
a sensação de algo mortal se aproximando. Eu comecei a bater na porta
a. Apenas o zum
se estendiam em prateleiras escuras, como pequenos caixões. Eu não era uma especialista em vinhos. E
boca para gritar de novo, mas nenhum som saiu. Eu estava perdendo a voz. O medo me paralisou,
s que mal sentia o metal gelado. Eu precisava encontrar uma saída. Era uma adega remota, na ca
ber que Eliza tinha subornado a
us olhos tentavam se ajustar à escuridão, procurando qualquer coisa
-me. Minha mente, antes tão lúcida, agora divagava. Eu via o rosto de Gabriel, mas não
gelada escorreu
palavras, mas com sua crença na me
a dor de coração partido, de uma confiança destruída. Era o
e minavam minha confiança, sua maneira de se fazer de víti
ficou pálida, quase azul. Meus dentes batiam uns nos outros incontro
forças para me levantar. O chão de pedra
a que dormir seria... o fim. Eu lutei
elo nos meus lábios. Não havia mais perdão. Não havia mai
frio não doía mais tanto. Era um
. Os lábios azuis, a pele translúcida, as
a
rio. Eu não conseguia sentir a dor. Eu era uma sombra, um sussu
abriel, espiou para dentro. Seus olhos arregalados, o terror es
não se mexeu. Esta
Irene?" Ele chamo
u estava aqui, que eu não estava morta. Ma
lso, depois meu pescoço. Seus olhos se encheram de pânico. Ele puxou o rádio
meus ouvidos como um eco
vi a verdade que Gabriel se recusou a ver. Eu vi o horror no ro
para longe do meu corpo sem vida. Eu não sabia para onde eu estava indo,