A Rosa Traída Renasce
Vian
s costelas. Tentei projetar um ar de despreocupação casual, mas meu
Com essa roupa? E com essa mala?" Ele gesticulou para a pequena mala de mã
solução desesperada endurecendo minha espinha. "Eu
ez culpa, cruzou seu rosto, rapidamente substituído por sua fachada charmosa de sempre. Ele deve
no que eu disse. Sobre sua música. Talvez eu estivesse errado. Talvez você
cenoura falsa, para me puxar de volta para sua órbita. Mas o estrago estava feito. Eu via através de sua atu
lhou para a tela e sua expressão se contraiu. "É meu avô"
como se esperasse que eu entendesse, que espera
inha voz plana. "
iu, seus passos ecoando no corredor silencioso. Eu o observei ir, uma
ei um táxi, dando ao motorista as coordenadas do aeródromo particular que a Dra.
a, um sorriso predatório no rosto, me observando ir. Nossos olhos se encon
oz escorrendo malícia. "Fugindo de novo? Algumas
fachada cuidadosamente construída. Ela sabia sobre meu
do de triunfo. "Você acha que pode simplesmente sair daqui, deixando o Guilherme para juntar seus cacos
ta patética. Você nunca será suficiente para ele. Ele
Flora", disse ela, sua voz baixando para um sussurro, "você não te
à distância, sua figura uma silhueta escura e sinistra contra o sol poente. Suas palavras, su
suposto "retorno". Ele encheu a mansão de flores, velas e meus pratos gourmet favoritos. Ele e
ha tocou. Guilherme, irritado, foi atender. Carla estava lá, pa
ortaria ficar sozinha esta noite. Meu apartamento ainda parece tão... violado." Ela olhou
nte amoleceu. "Carla, querida, entre.
mim momentos antes. Eu o observei, meu coração um bloco de gelo congelado. Sua hipocrisia era espantosa. Ele
inhas favoritas. Ele sempre soube. Ele sempre as usou como um símbolo de seu afeto, sua de
e ele, sua voz suave, quase
minha voz plana. "Ou são apenas ma
"Flora, do que você está falando? Eu as
minha cadeira para trás. "Nã
a, a comida cara, as flores cuidadosamente arr
virando-me para sair. "Vocês doi
as, seus sussurros ansiosos, enquanto me retirava para o meu quarto. Ele provavelmente esta
r, banhados pelo brilho suave dos lustres. Ele a segurava perto, a cabeça apoiada no ombro dela. A
ito, tão apaixonados. "O Sr. Monteiro é tão dedicado", a governanta sus
usão, a performance cuidadosamente construída. Eles não viam
sa. "Sabe, Guilherme, ela realmente é só uma órfã. Um caso d
rrendo desprezo. Aproxi
denhoso. "Ela foi útil, Carla. M
esprezo, me cortaram como uma navalha. Eu era um caso de caridade. Uma quebrada
inha garganta. Eu queria quebrar algo, quebrar tud
os a ela. Ela está apenas sendo boba." Ele estava tentando me acalmar, me manipular, mesmo
sussurrei, minha voz rouca.
pação forçada. "A Carla não quis dizer nada com isso. Ela está ap
iva em sua teia de mentiras. Mas eu estava farta. Far
stridente quebrando a paz frágil. Ele at
subindo em pânico. "A Carla? S
olta para ele, seus olhos arregalados de medo, uma única lágrima escorrendo por sua bochecha. Mas
, "o que vamos fazer? Ele é um monstro!
ara mim. Uma súbita e horrível constatação me ocorreu.
que salvá-la." Ele me olhou, seu olhar frio, resoluto. "F
sperada de me controlar. Mas eu estava farta de suas or