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CIDADE CINZA

Capítulo 2 MADALENA CEREJA

Palavras: 3057    |    Lançado em: 12/03/2022

solidão podia doer, digo, doer dentro

te a boca, observando o fim da madrugada ainda escura por sob a imensidão de floresta que me rodeava começava a perder

am morrido ainda na minha infância, os pais do meu pai que também não possuía irmãos tinham falecido enquanto ele ainda era adolescente. Há quatro anos

portava. Uma pena era ter sido criada religiosa demais. O medo de ser condenada ao i

no mapa como uma cidade de verdade me fazia sentir angustia e ódio. Mas o pequeno povo

quer que fosse o plantio. Nisso, o pequeno vilarejo se formou e ganhou fama aos arredores, ousando dizer que muitas pessoas vinham até da capital

tizado pelo nome de Alvorada. Mas um tempo depois o

Sênior, e ele ainda era lembrad

tomou para si todas e quaisquer terras (que não eram poucas) de toda a região, e fez tudo a base da violênc

que chegara ali, mudou-se assim o nome para Alvorada das A

s aqueles anos, todas as pessoas na cidade ainda dependiam del

eto de Sênior, mas Joaquim Rodrigues era c

conhecidos nacionalmente como realeza do gado, milhares de pessoas viajavam até ali para os l

mem que agora eu d

r os estudos, e como em Alvorada só oferecia até médio completo para fazer uma faculdade teria que sair dali coisa que poucos co

das não poderíamos pagar com Joaquim, tínhamos nos mudado para a cidade vizinha chamada Vil

uma quantidade maior de turistas que se aventuravam pelo Pantanal, mas o número não era tão grande quanto papai pensava. A pensão não tinha g

que o futuro nos guardava, tinha o pego chorando uma porção de vezes e em todas ele me pedia perdão por ter nos coloca

até chegar à casa do vizinho mais próximo precisava da ajuda de alguém, já que éramos tão pobres que não poderíamos pagar

urou a cova no fundo do casebre para que enterrássemos, pertinho do riacho, onde ele gostava de

ntrei na casa iluminada apenas por uma lamparina em cima da mesa perto do fogão a lenha, abri a pequena gaveta do armário velho pegando o revólver antigo do meu pai. Eu tinh

e soou na entrada e log

çando com medo. Ele subiu meu rosto segur

ndo acalmar as coisas, me perdoe por n

le vai me ma

ele travou a mandíbula e sussurrou. - Pare

a pior que e

entender, Joaquim quer que

e meu estômago se embrulhar. - Me mate! Por favor, Vicente, faç

nto me encarava. - Você sabe muito bem o motivo pelo qual eu tr

a, eu sei. -

conseguir a confiança daquele verme para conseguir matá-lo e ficar com tudo que é dele

ocê Vicente. Não suportaria ter que m

iro e único homem, nem sequer quero imaginar você sendo tocada por aquele maldito, nunca deixa

entindo o arrepio de me

odo o meu plano cai por terra, eu não suportaria v

tenho onde ir, não tenho

il reais aqui, é o suficiente para que você consiga ir para longe, e se instale por um tempo, você é in

ir? Como você

i, Joaquim mandará te procurar nas cidades próximas, por isso nem des

Ok

e as Almas ser conhecida, e quando o fizer você vai sabe

ou co

Vila do Sol para o primeiro ônibus que sai às seis para Campo Grande, de lá você decide onde

não via desco

que só voltarei hoje no início da manhã, armei isso pa

o ouvi o ba

por isso devemos nos apressar, Joaquim precisa p

colocando meus três melhores pares de roupas, algumas blusas de frio e a única foto da minha família.

oisas com uma mão e com a outra entrelaçou com a minha enquanto sa

ficara lá, com a porta de madeira escancarada, a lamparina acesa sobre a mesa, a lenha ainda aquecendo o fogão com o bule e minha caneca de café inacab

im, era autorizado a andar em uma 4x4 de última geração, o que nos permitiu uma fuga rápida. Assim que chegamos a cidade vizinha o céu estava clareando, e o ônibus que i

do bolso e dessa vez me deu orientando a tomar cuidado. Depois que tirei uma nota de cinq

ez não cair no choro quando ele acariciou minha bo

men

- Agradeci o abraçand

curvou abrindo a porta da caminhonete. - Não

violão nas mãos. - Espero que consiga se vingar. - Mordi os lábios. - Adeu

vezes, mas apesar de estar com fome eu me recusei a descer me lembrando das p

lanchonete, fechei os olhos e meus pensamentos voltaram para o dia

meu aniversário de dezenove anos, es

rio que o rondava, sua aura pesada e suas palavras sempre ca

om um sorriso encantador, mas esse quase nunca aparecia, sua f

ada para justamente trabalhar para Joaquim. Só entendi o motivo depois, em uma das muitas tard

ha e ordenado que não chorasse, segurasse a respiração para evitar barulho e só saísse dali quando os homens maus fossem embor

m todos que não podiam lhes pagar, cobraram levando a vida. Após ver o assassinato dos pais tão de perto, jurou a si me

a cidade Miranda, onde tinha passado toda a vida arquitetando a hora certa para voltar, e agora com seus vinte e cinco an

s juntos, nadando e sendo confidentes um do outro, eu contando sonhos que provavelmente nunca se re

r liberdade com ele que me olhava com admiração e não se fazia de rogado em me elogiar aumentando cada vez mais minha autoestima.

oso. E todos os outros também. Duas semanas depois eu tinha e

r diminuir nossos encontros a tarde no rio e transferindo-os para uma ou duas vezes durante a semana quando ele pulava a baixa janel

dele que me amava em palavras, mesmo ele gostando quando eu o dizia, o que ele tinha feito por mim nessa manhã provava que independente de palavras ele me amava. Estava arris

de, desci e esperei pacientemente para que meu violão a

não podia correr o risco de ser roubada. Fora do banheiro andei pela rodoviária e me sentei numa lanchonete antes de me decidir para onde finalmente seria me

na parede analisando possíveis lugares quando um

undo, Nando. Você vai de

mãe repetia o desejo de um dia conhecer. Sem mais dúvidas, sabendo que era longe e grande o bastante, indo r

menina? Ele perguntou aje

e com fé. Assim como o tal Nando, eu rezei

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1 Capítulo 1 PRÓLOGO2 Capítulo 2 MADALENA CEREJA3 Capítulo 3 MADALENA CEREJA4 Capítulo 4 MADALENA CEREJA5 Capítulo 5 MADALENA CEREJA6 Capítulo 6 MADALENA CEREJA7 Capítulo 7 ENRICO DE GIORDANO8 Capítulo 8 MADALENA CEREJA9 Capítulo 9 ENRICO DE GIORDANO10 Capítulo 10 MADALENA CEREJA11 Capítulo 11 MADALENA CEREJA12 Capítulo 12 ENRICO DE GIORDANO13 Capítulo 13 MADALENA CEREJA14 Capítulo 14 MADALENA CEREJA15 Capítulo 15 MADALENA CEREJA16 Capítulo 16 MADALENA CEREJA17 Capítulo 17 MADALENA CEREJA18 Capítulo 18 MADALENA CEREJA19 Capítulo 19 ENRICO DE GIORDANO20 Capítulo 20 MADALENA CEREJA21 Capítulo 21 ENRICO DE GIORDANO22 Capítulo 22 ENRICO DE GIORDANO23 Capítulo 23 MADALENA CEREJA24 Capítulo 24 DOUGLAS SARAGOÇA25 Capítulo 25 ENRICO DE GIORDANO26 Capítulo 26 MADALENA CEREJA27 Capítulo 27 ALINE GOUVEIA28 Capítulo 28 DOUGLAS SARAGOÇA29 Capítulo 29 MADALENA CEREJA30 Capítulo 30 ENRICO DE GIORDANO31 Capítulo 31 DOUGLAS SARAGOÇA32 Capítulo 32 MADALENA CEREJA33 Capítulo 33 ENRICO DE GIORDANO34 Capítulo 34 ENRICO DE GIORDANO35 Capítulo 35 MADALENA CEREJA36 Capítulo 36 DOUGLAS SARAGOÇA37 Capítulo 37 ENRICO DE GIORDANO38 Capítulo 38 ENRICO DE GIORDANO39 Capítulo 39 MADALENA CEREJA40 Capítulo 40 ENRICO DE GIORDANO41 Capítulo 41 ENRICO DE GIORDANO42 Capítulo 42 ENRICO DE GIORDANO43 Capítulo 43 DOUGLAS SARAGOÇA44 Capítulo 44 ENRICO DE GIORDANO45 Capítulo 45 MADALENA CEREJA46 Capítulo 46 MADALENA CEREJA47 Capítulo 47 ENRICO DE GIORDANO48 Capítulo 48 MADALENA CEREJA49 Capítulo 49 ALINE GOUVEIA50 Capítulo 50 ENRICO DE GIORDANO51 Capítulo 51 MADALENA CEREJA52 Capítulo 52 ENRICO DE GIORDANO53 Capítulo 53 MADALENA CEREJA54 Capítulo 54 EPÍLOGO