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A bela e a fera (mafioso)

Capítulo 4 'Eu me pergunto: '' o que estou fazendo aqui ''

Palavras: 2357    |    Lançado em: 08/03/2023

o que marcou sua ascensão forçada, é uma brincadeira para ele. - Vincent, o consigliere, pausou por um momento enquanto estudava a minha feição. - Eu

vasculhei a abertura que nos dava uma ampla visão da parte privada do bar. Estava quase vazia. Um barman preparava bebidas, um pouco distante de nós, e algumas poucas pessoas selecionadas circulavam sob nossa supervisão para manter o disfarce. - Me lembro de fazer de tudo neste lugar, nos bons tempos, quando eu era o capo rebelde - Outra tática para me livrar de lembranças por hora, encontrar outras delas estacionadas em algum lugar dentro da minha cabeça. - Apesar de estar completando apenas dez anos no comando, fico aliviado em perceber sua mudança de visão quanto aos negócios. - O consigliere cruzou os braços antes de continuar. - Não mentirei, acreditei fielmente que abandonaria tudo por pura vingança a

aqui? - Com o sonido estridente do homem, as três mulheres se viraram a nós com os olhos largos, mas a cortina escorrida já estava fechada. Era ali, naquele momento, que minha carne deveria ceder à ira. Estávamos em reunião no espaço mais seguro do lugar quando três bambinas literalmente invadiram o local como se estivessem num bar qualquer. No entanto, a única coisa que consegui fazer foi fixar os olhos em uma das três. De onde estávamos, podíamos assistir a tudo, desde a aflição aos mínimos movimentos, e os dela me chamavam mais atenção que qualquer outra coisa. Isso, no entanto, não vedou minha percepção à tentativa de Dandara, filha do meu consigliere, de estimular as outras a saírem dali, como fazem as crianças quando pegas fazendo algo errado. - Ninguém vai a lugar algum. - Soltei a frase no tom mais áspero possível e mirei a ninfeta que roubava minha atenção. Seus cabelos formavam uma mistura de fios dourados que,

te e comecei a me virar para conhecer quem nos impediu de sair. O dono da voz que, mesmo distante, conseguiu me deixar completamente sem graça, parecia querer terminar o serviço naquele momento. Eu conseguia me ver com olhos arregalados e rosto quente quando ele me mostrou um sorriso de lado. Era, sem dúvidas, o homem mais bonito que já tinha visto pessoalmente em toda a minha vida mal vivida. Cabelos negros, sobransobrancelhas escuras, maxilar marcado, olhos azuis e músculos visíveis, mesmo cobertos pelo terno caro. Só havia um problema: ele parecia exalar arrogância. Seus olhos secaram meu corpo. Tive a sensação de que estava sendo estudada, observada minuciosamente. Como uma típica caseira tímida, me senti atacada. Ele estava afetando meu conforto. Inspirei fundo e me virei ao barman, ignorando o homem, mas ele não para

estava decidida a não deixar barato e foi quando o barman pousou a bandeja sobre o balcão que o impulso me tomou. Antes mesmo que ele abrisse a boca eu estava puxando seu colarinho. Meus lábios se encaixaram nos dele e o barman se inclinou para perto, me chupando com vontade. Jogamos com as línguas, entrelaçando uma a outra, disputando território. No fim, ele dominou a minha, assim como todo o meu corpo, quando seus braços se enrolaram firmes em minha cintura e ele me levantou um pouco sobre o balcão. A cada estalo que nossas bocas faziam minha respiração fugia do controle e ele respondia me apertando com mais força, sugando meus lábios com pressa, fazendo minha barriga borbulhar. Eu não estava vendo, mas tinha a certeza de que o babaca estava assistindo e isso bastava. Quando me afastei, percebi que estava ofegante e escondi o rosto tentando recuperar o ar e recapitular o tipo de merda eu tinha feito.E quer saber? Não tinha nada de errado ou estranho naquilo a não ser o fato de que eu não curtia homens com muita barba e, apesar disso, o barman havia conseguido assinar o próprio nome no topo da lista dos meus melhores beijos. Eu estava com as pernas bambas, mas isso com certeza ia além da pegada do cara com o avental, era a satisfação de ter pagado com a mesma moeda, de não ter aceitado o papel de trouxa da vez e devo dizer: foi maravilhoso. Levantei as sobrancelhas, dando um sorriso discreto ao captar, além da carranca estagnada na face do convencido, o seu punho cerrado em cima do balcão. - Saia daqui. - O homem literalmente ordenou e o funcionário desapareceu como se fugisse da morte. Eu ainda estava franzindo o cenho quando ele começou a falar. - Pensei que não estava disponível para homem nenhum. - Pensei que seria mais rápido em sacar que estou disponível a qualquer um na face da

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