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DE TODAS AS DORES, O AMOR

Capítulo 5 QUINTO CAPÍTULO

Palavras: 2358    |    Lançado em: 29/03/2023

seus sonhos. Conheceria uma garota, casaria com ela, teriam filhos... Aí lembrava que não tinha como fazer filhos numa mulher. A realidade batia como um soco no peito. Ti

, olhava e descobria, muito tr

o... fechava os olhos para reviver a cena, abria-os. Isso que era ser feliz? O olhar de Dóris ao encontro do seu, o rosto inclinado, a boca... Sim, isso sim é que era ser feliz!

início da aula, a gurizada aproveitava para pegar s

ia. A biblioteca, a sala dos professores, o salão de jogos (para dias de chuva) e o laboratório também eram nesse. No outro, as salas de aula. Entre os dois, os banheiros. Um anexo menor abrigava a cantina. Do outro lado,

livre. Chegou nelas e já foi se sentando ao lado da loura. Os jovens não têm a preocupação em d

friozã

nversar e Dóris, puxando

car. Vem - e deixar

o lado e viu que um grupo de meninas lhe encarava, soltando risinhos de canto de boca. Algumas eram suas colegas de aula. Fez uma carranca, como que

gou os livros e a bolsa sobre a mesa, pegou um giz, e começando a

obre dna e r

vir isso: trabalho em grupo. Debruçou-se sobre

que vou ficar de fora?", porque logo enxergava o colega gordo, dentuço e com óculos de fundo de garrafa, sentado bem na frente, quase lhe suplicando parceria; num outro lado, à janela, sua única colega negra, tão constrangida quanto Luca e o gordinho

uma aparência e comportamento inaceitáveis (a menina com jeito de menino). Apesar disso, o único vínculo dos três rejeitados era o de pertencerem à mesma série. Nunca abriam a boca para falar de si mesmos, de como se sentiam excluídos. Terminava a tarefa em grupo, acabava a afinidade. Cada u

anto estava deixando na cara que passava o recreio todo olhando para Dóris, que tentava ficar

a, enquanto tomava um refrigerante, com canudi

que

proximou-se e oferec

r um

olhar atravess

recisa - agradeceu, se

deixou escapar um

? - convidou Dóris, di

na cara daquela gente, mas descobriu-se covarde. Não sabia se defender. E não queria agredir ninguém, não a socos ou pontapés, queria saber dizer a palavra certa, porém não conseguia. Pouco a pouco foi se sentindo um capacho em que todos qu

o daquele jeito? "Ei! Você beijou a minha boc

a esperando o sinal tocar, avisando o fim do intervalo. Cara amarrada, de poucos amigos (literalmente), não interagia, mais. Fazia o que tinha de ser feito, obedecendo as instruções dos professores, e só. Mas ninguém su

rabo de cavalo. Luca também agiu com frieza, embora estivesse queimando por dentro. Entrou em uma das cabines; não conseguia nem fazer xixi direit

chinho" - falou uma delas. O ouvido de Luca aguçou. Dóris

m, tanto Dóri

pro meu lado, pra ver só uma coisa. Me

- apoiara

guenta - continuou a primeira,

menina que aquela

ses tipinhos que dão ab

as outras, em uníss

pia e a outra à cintura, encarou as meninas e fez um

u? - perguntou uma delas, c

de soltar muito veneno por suas bocas sujas, que esquec

ouvir um som baixinho, um tamborilar. Saiu da cabine e encontrou Dóris parada no mesmo

a para alguém? - pergunto

rguntou Luca, fe

ais alg

tindo um bicho, uma coisa. Precisava que justo a menina a quem

oração que estava ouvindo, ou o de Dóris? As suas amígdalas latejavam. - Por que

? Por causa desse tipo de coisa!

beijou! - Luca

Dóris. - Fala baixo - su

etou Luca, agora t

e fez um

ssim, parece que eu me prostituo! - As duas estavam ca

e você foi

ue todo mundo com quem eu

que as duas nem existiam. Lavou as m

m vergonh

É que... são os

debochou Luca. - Por que você me beijou? Foi

mão no rosto de Luca,

a linda. Adoro a tua voz - foi falando Dóris, enquanto se de

rezou. "Por favor, não para. Deus, por favor, fa

! E isso que você está me diz

o mulher! Viu? Eu sou muito

m "muito mulher", Dóris? O

do-se. - Mulher de verdade gosta de homem, ouviu? Então para de me

a ficaram verme

o quer ou

uberem! Ou, ou... - gesticulava nervosame

s de silêncio, ambas de ca

o, sem ninguém saber? Podemos

entendeu? Só... um... beijo - suspirou. - Chega que vim para

mania de beijar todo mundo na boca, en

ora, sim, as lágrimas de Luca desceram com tudo. Sem conseguir dar nenhuma resposta, saiu rapidamente do banheiro; passos pesados. Dóris levou as d

vera antes, lavando as mãos. Mascava chiclete, com a boca aberta, fazendo um som irritante. D

resmun

- disse Dór

endo que aquilo

nela que tinha de t

alou, num tom irônico. -

la garota imbecil (pois era bem isso

- Quase correndo, s

ltar de moralidade: "Só o que faltava, mesmo. Não bastasse uma, agora temos duas sapatas nojentas." Cuspiu o

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