ÚLTIMA DANÇA

LAN

gnifica meu primeiro contato com os alvos. Preciso fazer uma leitura do traba

nder as evidencias

mendas. Nunca é pessoal. Se eu me prender aos detalhes e me

Maria, mãe de duas crianças pequenas. A loja foi reformada no último ano, porque vândalos a incendiaram. E por que eu sei

ça pessoal de Angelic, Marcos, sai da loja segurando uma sacola. Ele

ericano em sua moto classe média. Ele entra no segundo carro, onde, provavelmente, o presidente e sua filha estão. Obser

a sua aula particular de dança e ele para a Casa Branca. Ela almoça no estúdio, vol

nharia. Ela tem um programa de auxílio aos pobres, no qual reconstrói préd

la seja até mesmo vista. O carro tem vidros escuros, blindados. Sem redes sociais ou fotos na internet.

oas atrasadas correndo para a estação de trem, um transito dos infernos,

o a que o carro presidencial foi, piloto pelas ruas de Nova Io

nada, ela precisa se mover para ter algo. Ser criativa, inovadora, lutar na selva da vida para

esacelero. Eu nunca me esqueço de um lugar, um rosto, um endereço, e p

serem reformados aqui também. Há crianças maltrapilhas nas ruas, mendigos enrolados em cobertores sob as pontes, drogados e pro

re que nem as pessoas mais pobres se atrevem a morar. O esgot

s Unidos, mas me lembro de todos os detalhes que jam

lmente, a ideia era construir um local onde as pessoas do Bronx pudessem trabalhar. Foram

os que foram arrombados. Olho para os dois lados da rua, e embora seja cedo, esta não

ilmente, porque estão enferrujados d

lo portão agora aberto. Parece que até a luz se recusa a visitar o Bronx. O interior do galpão é

parece que vai resistir muito mais tempo antes de desabar. Há

ma e paro. Levo a mão até a pistola

orto – uma voz masculina diz. Um

que o concreto não vai ceder. Eu observo o homem que foi meu fornecedor no p

ver você

ais rico hoje – ele abre um sorriso ao alcançar o último

o que você

ríodo de tempo. Seu preço não é dos melhores, mas a verdade

o melho

ase tão alto quanto eu, com cabelo longo e sempre preso em um coque. Parece um hippie falido que vend

vinte fuzis de batalha. Por alto, reconheço um AVS-36. Como

cedores? Os soviético

boa arma não se encontra com qualquer fornecedor. Pietro é o mexicano mais improvável para o cargo, e o fat

be onde encontrar – ele dá de ombros, pegando um

tle Rifle, produzido pelos Estados Unidos para o com

do olho direito, seguro o apoio frontal e coronha. Este é o problema das armas grandes:

ial. Quanto tempo eu t

is d

esportivos de luxo jamais usaria uma arma deste tamanho para seus serviços. Grand

ira coisa que aprendi quando comecei a matar para receber é que você nunca sabe

ja. O formato parece ser de um caminhão, ou algo d

ilo? – aponto

tan

ma de mim. Eu não confio nele, mas sei que tenho duas

rviço? –

rá em breve

undo s