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Capítulo

Há quem diga que o nosso destino é definido por Deus assim que nascemos, você acredita? Cristina e Frederico terão que lutar contra os desvios de seus caminhos para viverem um grande amor.

Capítulo 1 Contato

Cristina e sua tia moram em uma casa humilde, acamada e impedida de trabalhar por um grave câncer Nádia sofre por ver a dura rotina de sua filha para manter a casa, apesar de jovem, trabalha vendendo doces caseiros pela cidade. Desde cedo a bela moça precisou ajudar a tia nas tarefas de casa e abandonou o sonho de seguir seus estudos e cursar uma faculdade. Apesar de muçulmana sua tia nunca havia imposto tão severamente as tradições justamente por estar criando sua sobrinha longe de seu país.

Nádia educou como pode a moça adorava a dança os enfeites e tudo que tinha relação com o país de origem de sua tia rezava o Alcorão, o pai da moça trouxe Nádia de Barein quando sua família se opôs ao casamento dos dois por ele não ser da mesma religião. O pai de Cristina morrera pouco depois de seu nascimento em um acidente de trânsito e ela ocupava esta lembrança com as poucas fotos que tinha dele.

- Tia como está se sentindo hoje?

- Bom dia minha filha, me sinto a cada dia mais fraca. E só de imaginar que posso deixá-la sozinha... - Os olhos tomados por olheiras profundas de Nádia se enchem de lágrimas.

Cristina pega a mão de sua tia e a beija:

- Não pense em mim tia a senhora precisa ser forte e assim vai conseguir melhorar, por Deus!. Já passamos por tantas dificuldades mas sempre juntas.

- Filha, quero que pegue aquela caixa que está sobre o guarda-roupas e traga para mim...por favor.

Cristina coloca uma cadeira próxima ao guarda-roupas e sobe para pegar a caixa que sua mãe havia pedido e leva até ela.

- Abra e pegue um caderno de anotações, nele você encontrará o número do telefone de seu primo Severiano.

- A senhora quase nunca fala dele! - Disse Cristina que estranhou a atitude da tia, pois ela quase nunca se referia a sua família em Barein.

- Quero que fique com este número e quando...quando eu não estiver mais aqui...!

Neste momento Cristina sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, só de pensar que poderia ficar sem sua tia. Não queria pensar, não queria imaginar algo assim. Mas por dentro, sentia que a doença de sua mãe chegara a um ponto crítico e que os remédios já não aliavam as dores. Porém não cogitava procurar aquela família que praticamente expulsou sua tia por causa de um amor que eles não aprovaram.

- Não se preocupe comigo, fique bem. Eu guardarei este caderno e a Lúcia virá ficar com a senhora enquanto eu trabalho. - Deu um beijo na testa de sua tia e disse eu te amo.

Seguiu para o centro da cidade carregando os doces que vendia, passou todo o dia vendendo em diferentes pontos. Se sentia invadida pelos olhares dos homens em sua direção, ela era muito bonita isso atraia e as vezes alguns até saiam um pouco dos limites. Mas não podia deixar de sair para vender era a única renda que tinham naquele momento junto da pouca aposentadoria que o pai havia deixado e que mal dava para o aluguel. Quando o pôr do sol já apontava no céu, pegou o ônibus para voltar para casa chegando na esquina, avistou uma ambulância na porta de sua casa. Suas mãos esfriaram e seu coração disparou.

- O que aconteceu? E minha tia? - Disse Cristina aflita. Algo em seu coração já dizia

Lúcia se aproximou e disse:

- Infelizmente sua tia passou mal e não deu tempo de pedir ajuda, quando os médicos chegaram, ela já estava morta.

Ajoelhada Cristina chorava a perda de sua tia a única pessoa que tinha na vida, enquanto a vizinha Lúcia tentava confortá-la.

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