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Sangue ardente

Sangue ardente

Autoraa

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945
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13
Capítulo

Jovem, determinada e linda. Eugênia é apaixonada pelo seu povo e sua cultura, estimada por toda a sua família...passou a ser a líder. Sua tenra idade e o fato de ser mulher fez com que muitos ficassem aborrecidos por serem comandados por ela. Bruno é forte e sedutor, ele e sua família foram expulsos do clã cigano depois de seu pai cometer um assassinato e permanecer preso até os dias atuais, mas ele desde pequeno jurou vingança e que tomaria para si a liderança de seu povo e sua família voltaria para o grupo onde todos seriam obrigados a aceitá-los de volta. Samuel é um homem bondoso, cresceu apaixonado e sabendo que Eugênia seria sua esposa. Nunca ambicionou o poder, tudo o que deseja é ter a mulher que ama para si...sofre muito ao ver sua amada envolver-se com o cruel Bruno, lutará sem medir esforços para salvá-la das garras de seu rival.

Capítulo 1 Prelúdio

Eugênia e sua mãe moram em uma casa humilde, acamada e impedida de trabalhar por um grave câncer Nádia sofre por ver a dura rotina de sua filha para manter a casa, apesar de jovem, trabalha vendendo doces caseiros pela cidade. Desde cedo a bela moça precisou ajudar a mãe nas tarefas de casa e abandonou o sonho de seguir seus estudos e cursar uma faculdade. Apesar de árabe sua mãe nunca havia imposto tão severamente as tradições justamente por estar criando sua filha longe de seu país.

Nádia educou como pode a moça adorava a dança os enfeites e tudo que tinha relação com o país de origem de sua mãe rezava o Alcorão, o pai da moça trouxe Nádia de Fez quando sua família se opôs ao casamento dos dois por ele não ser da mesma religião. O pai de Eugênia morrera pouco depois de seu nascimento em um acidente de trânsito e ela ocupava esta lembrança com as poucas fotos que tinha dele.

- Mamãe como está se sentindo hoje?

- Bom dia minha filha, me sinto a cada dia mais fraca. E só de imaginar que posso deixá-la sozinha... - Os olhos tomados por olheiras profundas de Nádia se enchem de lágrimas.

Eugênia pega a mão de sua mãe e a beija: - Não pense em mim mamãe a senhora precisa ser forte e assim vai conseguir melhorar, por Alá!. Já passamos por tantas dificuldades mas sempre juntas.

- Filha, quero que pegue aquela caixa que está sobre o guarda-roupas e traga para mim...por favor.

Eugênia coloca uma cadeira próxima ao guarda-roupas e sobe para pegar a caixa que sua mãe havia pedido e leva até ela.

- Abra e pegue um caderno de anotações, nele você encontrará o número do telefone de meu irmão, seu tio Jonas.

- A senhora quase nunca fala dele! - Disse Eugênia que estranhou a atitude da mãe, pois ela quase nunca se referia a sua família em Fez.

- Quero que fique com este número e quando...quando eu não estiver mais aqui...!

Neste momento Eugênia sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, só de pensar que poderia ficar sem sua mãe. Não queria pensar, não queria imaginar algo assim. Mas por dentro, sentia que a doença de sua mãe chegara a um ponto crítico e que os remédios já não aliavam as dores. Porém não cogitava procurar aquela família que praticamente expulsou sua mãe por causa de um amor que eles não aprovaram.

- Não se preocupe comigo, fique bem. Eu guardarei este caderno e a Lúcia virá ficar com a senhora enquanto eu trabalho. - Deu um beijo na testa de sua mãe e disse eu te amo.

Seguiu para o centro da cidade carregando os doces que vendia, passou todo o dia vendendo em diferentes pontos. Se sentia invadida pelos olhares dos homens em sua direção, ela era muito bonita isso atraia e as vezes alguns até saiam um pouco dos limites. Mas não podia deixar de sair para vender era a única renda que tinham naquele momento junto da pouca aposentadoria que o pai havia deixado e que mal dava para o aluguel. Quando o pôr do sol já apontava no céu, pegou o ônibus para voltar para casa chegando na esquina, avistou uma ambulância na porta de sua casa. Suas mãos esfriaram e seu coração disparou.

- O que aconteceu? E minha mãe? - Disse Eugênia aflita. Algo em seu coração já dizia

Lúcia se aproximou e disse: - Infelizmente sua mãe passou mal e não deu tempo de pedir ajuda, quando os médicos chegaram, ela já estava morta.

Ajoelhada Eugênia chorava a perda de sua mãe a única pessoa que tinha na vida, enquanto a vizinha Lúcia tentava confortá-la.

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