Com amor, Rose

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ROSE FLORENCE

Estava sentada na calçada em frente a minha casa, a mala que continha minhas roupas dentro estava jogada ao meu lado aberta com as minhas roupas transbordando por conta da forma rápida e bruta que o meu pai jogou elas lá dentro.

As lágrimas desciam rapidamente pelos meus olhos molhando o meu rosto.

Eu não sabia o que fazer. Não tinha para onde ir. Os meus soluços saiam tão altos que todos que passavam na rua naquele fim de tarde me olhava.

Tinha acabado de ser expulsa de casa por ter contado para os meus pais que estava grávida. O meu pai ficou muito nervoso, jogou na minha cara a besteira que eu tinha feito. O futuro brilhante que arruinei.

Não tínhamos quase dinheiro para nós três, imagine para mais um. Principalmente um bebê.

Com uma vida simples, cresci em uma casa humilde. Minha mãe era dona de casa e o meu pai é um faz tudo.

Desde quando perdeu o seu emprego, há 19 anos atrás, quando minha mãe ainda estava grávida, que ele nunca conseguiu arrumar um trabalho fixo. Desde então, arruma empregos provisórios.

Mas ele sempre dava duro no trabalho para que eu tivesse ótimos estudos. Essa era a meta dele, sempre. Que eu tivesse acesso aos melhores ensinos, para que eu tivesse alguma oportunidade na vida.

Algo que ele não teve

Me dediquei muito para dar orgulho aos meus pais. Eu tinha consciência do que, os dois, se privavam para que eu tivesse o melhor. Sabia que tudo que eu ganhava deles, vinha de muito trabalho e suor.

E sempre fui muito agradecida por tudo que eles fizeram por mim.

Mas agora... grávida. Eu tinha os decepcionado. Principalmente o meu pai.

Eu tinha visto em seu rosto, a raiva, a dor, que ele estava sentindo com a notícia.

Mas aconteceu. Não tinha mas o que fazer.

Eu fui enganada. Acreditei em sentimentos que nunca foram mútuos. Me entreguei.

Eu estraguei tudo.

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Eu sempre fui uma criança estudiosa. Sabia da importância dos estudos e os colocava em primeiro lugar.

Sempre fui a mais estudiosa da classe e isso dava um orgulho tremendo nos meus pais. Eu amava chegar em casa com meu boletim e mostrar para eles, minha mãe sempre me dava aquele lindo sorriso dela e me abraçava muito forte e o meu pai fazia uma festa, me enchia de beijos e me prometia presentes. Mesmo que isso fosse um luxo para nós.

Era gratificante. Foi passando o tempo, fui crescendo e nada mudou, continuei sendo a mais inteligente da sala.

Até que eu tive uma grande oportunidade, entrar em Harvard, a melhor faculdade de todas. Por meio de uma bolsa que eles haviam desponibilizado, por pouco tempo de inscrição e uma concorrência alta.

Lembro que estudei a semana inteira para fazer a prova, com a minha mãe sempre me apoiando e o meu pai, mesmo com a sua falta de estudo, estudava comigo.

Foram milhares de festas que não fui. Amigos que não tive. Namoros que nunca aconteceram. Mas no final valeu a pena. Conseguir entrar em Harvard e avançar uma passo na conquista do seu sonho era gratificante demais.

Meus pais largaram tudo em Northumberland interior da Inglaterra para que pudessem se mudar junto comigo para Massachusetts nos Estados Unidos, para que pudessem acompanhar o meu crescimento e que eles pudessem ver a grande médica que eu iria me tornar.

Meu pai tinha conseguido arrumar um emprego de segurança, o salário era bom. E a minha mãe, não tinha um trabalho fixo, mas fazia alguma faxinas por fora para ajudar nas despesas.

Estava tudo estável. Caminhando super bem. Mas...e depois percebi que a faculdade não seria nada fácil.

Nada relacionado as aulas ou as matérias. Estou falando que não seria fácil aguentar as pessoas daquele lugar, em principal, Logan e os seus amigos.

Por um momento até pensei que me mudando para outra país seria uma chance de mudar. Começar a me socializar, fazer amigos, sair um pouco.

Mas apartir do momento em que coloquei os meus pés em Harvard que a minha vida deu um 360°.

Esse grupinho formado por riquinhos mimados que ganhavam tudo na mão e que nunca precisou se esforçar pra nada na vida começaram fazer piadinhas comigo, a me zoar. Primeiro pelo modo de me vestir, se uma forma simples. Não tinha condições agora comprar roupas de grife.

Depois me zoavam pelo meu modo de falar, já que eu tenho um sotaque diferente, por ser inglesa. E depois qualquer coisa que eu fizesse era motivo de risadinhas. Acho que se eu respirasse de uma forma diferente, seria o próximo tema de suas conversas.

Resumindo a minha vida depois que entrei na faculdade começou a ser um inferno, nunca tinha sossego, não importava o que eu fizesse eles sempre estava ali para infernizar minha vida e quando eu rebatia parecia que piorava. Eu não entendia o porquê faziam aquilo, e quando perguntava falavam que era divertido

Esse grupinho era composto por quatro pessoas . Logan, Sasha, Trace e Liam. Sasha e Liam estudavam medicina comigo, Trace fazia contabilidade e administração, Logan direito.

Liam e Trace eram os únicos que não fazia nada comigo.

Liam vivia a maioria do seu tempo lendo um livro de terror diferente toda semana e com seus fones de ouvido a todo momento. Ele era diferente dos demais, nunca escutei nenhuma palavra sair da sua boca. Mas quando ele via os seus amigos fazendo alguma coisa comigo ele ia embora, não fazia nada, não me opurtunava mas também não me ajudava. Se vestia sempre como se estivesse indo ou voltando de um enterro, era raro vê-lo sem roupas pretas.

Trace era sempre quieta parecia ser bem tímida. Seus traços eram parecidos como de uma bonequinha frágil além dos seus longos cabelos pretos.

Diferente do seus traços e do seu jeito de bonequinha seu estilo era bem "mulher". Se é isso possa ser considerado um estilo. As únicas vezes em que Trace me ensultou foi amando de Sasha, mas sempre quando isso acontecia ela me olhava com um olhar de arrependimento

A Sasha ela era a pior de todas, sempre com suas piadinhas, seus deboches. Sempre me insultando a qualquer momento. Meu modo de vestir, de andar, de falar.

Eu tentava não ligar mas não conseguia, me afetava tanto.

Até que um certo dia, as coisas mudaram do nada. Estava na biblioteca, onde era o meu refúgio, fazendo uma pesquisa, quando do nada Logan veio falar comigo.

O seu bullying comigo era igual da Sasha. Sempre debochando de mim.

Mas ele era muito bonito, não podia negar. Sua beleza, era de certo modo diferente, chamava a atenção de todos.

Sua pele cobreada, com um bronze dourado. Cabelos pretos e extremamente liso e sedoso, era um convite para passar as mãos e acariciar.

E sem falar naqueles olhos verdes claros, penetrantes. Quem não se apaixonaria?

Naquele dia ele me pediu desculpas por tudo que fez comigo, disse que tinha se arrependido.

Eu não podia negar que ele chamava a minha atenção, com o seu estilo de badboy de livros clichê, algo que eu lia muito.

Com aquele seu sorriso perfeito, branquinho e totalmente alinhado. Aquele seu cabelo que era perfeitamente cortado na lateral e grande em cima, que quando ele suava os seus cabelos grudavam em seu rosto, perfeito.

Ele começava a me cumprimentar todos os dias e a puxar papo, estava adorando tudo aquilo, a gente se encontrava todos os dias nos fundos da biblioteca e conversava muito, perto dele eu sorria demais

Até que um dia... rolou um beijo. Não era o meu primeiro, mas significou muito.

Aquele beijo se repetiu por semanas e os seus amigos nunca mais me dirigiram a palavra. Estava tudo maravilhoso.

Em um domingo ele me convidou para o nosso primeiro encontro e eu lógico que aceitei. Naquele mesmo dia eu perdi minha virgindade.

Ele só precisou de um dia. Um dia. Lara conseguir o que queria. E quando eu penso nisso eu fico tão brava comigo mesmo, o quanto eu fui idiota por ter acreditado nele.

Mas eu não pensei muito nas consequências na hora, eu só respondia o que meu corpo dizia para eu fazer.

Corpo idiota.

E foi no dia seguinte onde tudo começou.

Logan espalhou para faculdade inteira o que tinhamos feito.

Era uma aposta. Uma bendita de uma aposta que ele fez com as amigos barganhando a minha virgindade.

Que idiota né? Mas não mais do que eu.

Eu nunca pensei que o lugar onde eu iniciaria o meu sonho fosse o lugar que me destruiria.

Pensei também que Harvard seria o lugar na qual as pessoas não eram tão hipócritas e superficiais. Seriam inteligentes, ambiciosas, prontas para conquistar o mundo.

Me enganei mas uma vez. Eu só estava me enganando nos Estados Unidos.

Era tudo uma grande mentira.

Eles eram manipulados com facilidade.

E então eu comecei a ser alvo de comentários ridículos ao meu respeito. Fui assediada varias vezes e ridicularizada.

Além do desconforto em andar com cochichos e risadinhas atrás de mim.

E depois disso do piorou. Eu estava grávida. Sim! Clichê né?!

Temos uma nerd e um popular. Uma aposta. Gravides inesperada. Expulsa de casa. Falta mais o que para completar a lista de clichês de romance.

Eu odiar ele com todas as forças da minha vida?! Tá! Isso não é difícil de acontecer.

Mas o problema não é esse! Eu acabei de entrar na faculdade. Não tenho onde cair morta.

O que eu vou fazer?!

•••••

Com muita luta, eu me levanto da calçada e penso para onde eu vou. E nada mais justo ir até o pai do meu bebê.

Chego na casa dos Thompson's, eles moravam em um dos bairros mais chiques de Massachusetts, nesse bairro só morava gente rica. Sua casa era a última da rua e ficava em cima de um morro onde se via da entrada do bairro.

Tinha descoberto o endereço dele por meio de uma reportagem que eu vi no computador da faculdade, era uma reportagem das 10 mansões mais caras de Massachusetts, a casa dos Thompson' s ficou em 3° lugar.

Me aproximo, subo a "ladeirinha" que tinha ali era um caminho até a escada que dá a porta de entrada, o chão era de pedra, esse e o mesmo caminho em que com certeza saia o carro da garagem. Subo as escadas e paro em frente a porta, respiro fundo tentando criar coragem, bato na porta

_ O que você está fazendo aqui? - diz assim que abre a porta. Estampa seu desdém no rosto.

_ Não me diga que quer que eu te coma de novo - diz Logan. Abrindo um sorriso sínico no rosto.

_ Como você é repugnante.

_O que você quer?! - volta seu olhar sério.

_Eu estou grávida! - ele franze o cenho. Abre a boca para falar algo, mas rapidamente a fecha.

_ Meu pai acabou de me expulsar de casa. - ele estão pareceu a reparar na mala ao meu lado, que eu seguro.

_O que...eu não tenho nada haver com isso - ele engole em seco, se encosta no batente da porta cruzando os braços.

_ Não tenho um lugar para ficar, Logan.

_E você achou o que? desculpa nerd, mas não faço caridade - ele foi fechando a porta, mas coloco o meu pé e a minha mão na porta impedindo que ele feche

_Esse filho também é seu. Eu não fiz sozinha.

_Que? - escuto uma voz atrás de Logan, uma voz masculino. Seja quem for, faz Logan respirar fundo e fechar os seus olhos. Tentando pensar. _Quem é Logan?

_Ninguém importante - disse me olhando com raiva, apenas dou sorriso de lado.

A porta é aberta com brutalidade e um homem que se parecia um pouco com Logan, um pouco mais velho, parece ao seu lado na porta.

Seus cabelos preto liso, como de logan, mas com alguns fios brancos aparente. Olhos verdes e m bem alto comparado a mim.

Sem bem que eu tenho 1,65 então todos são mais altos que eu.

_Quem é você? - disse abotoando o seu terno de grife. Ele arruma a postura, ficando ereto e me olha sério

_Rose Florence

_ Sou Joaquim Thompson - ergue suas mãos para que eu possa comprimenta-lo.

_ Entre Rose - ele me deu espaço para que possa passar. Assim que entro vejo uma decoração toda branca, tinha dois sofás médios branco que era um de frente para outro, um de cada lado do cômodo, 4 poltronas brancas também 2 ficavam de frente para outras 2 formando tipo um retângulo com os sofás em volta do tapete felpudo também branco, uma mesinha de centro de vidro e uma escada branca encostada na parede que...graças a Deus não era branco também e sim cinza.

Aquilo parecia aquelas salas para conversar, sei lá

_ Então, Rose. O que faz aqui? - me viro até ele

_ Bom...Eu fui expulsa de casa dos meus pais. Estou grávida, de Logan.

_ Como tem tanta certeza disso? - viro na direção da voz e vejo uma mulher com a pele meio, laranja? E cabelos super loiros. Ela desce as escadas.

Ela é bem bonita, tirando a sua cor que está meio estranha. Cabelos longos e loiros, bem loiros quase brancos, seus olhos azuis se destacavam ele eram grandes, nariz pequeno e empinado, sua boca era grande e mais vermelha que o normal, ela usava um vestido tubinho super justo que ia ate em cima dos joelhos roxo, ele destacava seu corpo violão e um salto enorme vermelho

_ Porque eu me envolvi com ele - digo como se fosse óbvio, por qual motivo estou grávida. Escuto uma risada baixa atrás de mim, talvez de Logan e ela de um sorriso sarcástico. Ela para alguns centímetros em minha frente e põe a mão direita na cintura

_E quem me garante que isso não é mentira, só para dá o golpe do baú. - diz

_ Me desculpa, senhora. Mas eu não perderia meu tempo inventando uma mentira, principalmente para ser expulsa de casa. - ela me olha feio, travando o maxilar. Talvez, devido eu ter a chamando de senhora.

_Não se sabe. Eu sinto cheiro de oportunista de longe.

_Vai dizer alguma coisa? - olho para Logan ainda parado na porta. Ele engole seco e passa ao meu lado se jogando no sofá e encostando a cabeça para trás.

_ Porquê pensa que vamos dar abrigo a você. - diz ela novamente. Atraindo minha atenção a ela.

_Eu preciso de um lugar para ficar até saber o que fazer com a minha vida. Não é necessário que se preocupem comigo, e sim com esse bebê. - volto a olhar para Logan e parece perceber, já que levanta a cabeça me encarando também. _É o mínimo, depois de tudo. - falo diretamente para ele. Logan continua sério

_ Vai querer ficar com ele - ele fala.

_Sim! Esse bebê não tem culpa da aposta que você fez comigo.

_ Não fiz sozinho. Não te forcei a nada - continuamos sérios, nos encarando.

_ Aposta? - a voz grave de Joaquim ecoa. Por um momento esqueci dele ali, depois dos desaforos da loira.

Sinto um frio na espinha.

_ Sim, aposta! Seu filho fez uma aposta com os amigos se conseguiria me conquistar e me levar para cama. Como percebemos ele conseguiu e espalhou para faculdade inteira. - fala tudo ainda olhando para Logan que não esboça nada. Quando termino de falar, dou uma olhada a Joaquim que me encarava, sério, também.

_ Você fez isso, Logan? - perguntou. Lançando seu olhar fuzilante a Logan, fazendo o mesmo abaixar a cabeça

_Não acredito em nada que ela fala - diz a mulher.

_ Não preciso que acredite. Mas eu sei que o senhor, Joaquim, pai de Logan, é um dos melhores advogados dos Estados Unidos e é um dos maiores empresário de Massachusetts, uma figura pública.

Então seria muito ruim para imagem dele se uma garota grávida, contasse tudo que o filho dele fez com ela e que se nega a assumir o filho

_Teria essa coragem, Rose?! - Logan fala em um tom de voz desafiador. Dou um sorriso se mostrar os dentes.

_Não tenho nada a perder.

_ Ninguém acreditaria em você - a mulher rebate novamente.

_Eu posso fazer exames que comprovem que eu esteja grávida e eu sei que existe uma forma de fazer teste de DNA ainda com o feto na barriga. Só é necessário que ele se cresça um pouquinho mais.

_Não é necessário. - exclama Logan. _Ela fala a verdade. - diz voltado ao pai. Joaquim o encara furioso.

_Você fica, por enquanto. Vamos ter certeza se essa história é verdadeira e resolvemos, o que vamos fazer depois. ELIZA! - O pai de Logan grita com o olhar ainda em Logan. Logo aparece uma mulher mais velha creio que seja a empregada por conta dos uniformes e seus cabelos preso em um coque

_ Sim, senhor! - ela aparece secando sua mãos em seu avental

_ Leve a Rose para a casa de Diana, por favor - aponta para mim

_ Sim, senhor. me acompanhe - estende os braços em minha direção para que eu fosse até ela

_ Obrigada, senhor Thompson - ele apenas balança a cabeça e saio da sala rapidamente acompanhando Eliza sem ao menos olhar para Logan e aquela mulher novamente.

A tal da Eliza me guiou até a porta dos fundos da casa, fiquei com um pouco de receio já que iria morar com uma tal de Diana e não sabia quem era ela.

Espero que ela seja uma mulher boa, e não uma psicopata.

Não reparo muito no caminho e apenas sigo Eliza, apreensiva por conta do que me esperava. O que vai acontecer comigo?!

Sinto algo fofo embaixo dos meus pés, reparo que já estávamos do lado de fora. Olho para baixo encarando o meu tênis velho e todo sujo, mas que eu gostava tanto, e vejo a grama verdinha que caminhavamos.

Encaro tudo em minha volta, vendo um grande jardim florido, cheios de flores multicoloridas. O local era muito grande, com muitas árvores.

Paro de pisar na grama e me volto até um caminho de pedra, andando por ali.

_É muito lindo. - falo, voltada para Eliza.

_E mesmo. O senhor Joaquim gastou uma fortuna para fazer esse jardim para sua ex-esposa. As gêmeas adoram. - a mulher de cabelos grisalhos e presos em coque apertado, fala. Ela é alta e aparentava ter uns quarenta e poucos anos.

Ela usa uma calça legging preta e uma blusa grande, da mesma cor, que ia até abaixo do seu quadril. E um avental amarrado na cintura.

Olho para trás e encaro a parte dos fundos da casa. A varanda enorme com alguns sofás balanço, pendurado no teto. E tinha uma escadinha que dá para o jardim.

Ao meu lado esquerdo reparo que tinha uma piscina um pouco estranha, nunca tinha visto uma desse jeito. E bem grande e a sua borda era feita de grandes pedras – pedra mesmo – dando a impressão de ser um lago. Tinha algumas espreguiçadeiras e uma parte coberta, onde tem uma churrasqueira e uma mesa grande – uma área de lazer.

Continuo o caminho pela estrada de pedra.

Não sabia como explicar a beleza daquele jardim, as flores coloridas ficavam na margem do terreno como se estivesse medindo cada centímetro daquele lugar. Havia árvores daquelas pequenas e vários tipos de flores.

Tinha uma árvore grande no lado direito, no canto do jardim, onde duas menininhas de cabelos loiros e vestidos longos, cheios de flu- Flu como se fossem princesas. Uma tinha os cabelos bagunçados e soltos que ia até embaixo dos seus ombros, lia um livro segurando a sua boneca. Ela se sentava ao chão toda largada sem se importar se iria sujar o vestido ou não. Já a outra que tinha os cabelos maiores que o da irmã, estava muito bem arrumado em uma trança lateral, e se sentava em uma cadeira enquanto servia um chá para a sua boneca.

Elas tinham algumas semelhança – não muita – com certeza são as gêmeas na qual Eliza se referiu.

Do lado esquerdo havia uma casa bem pequena comparada a casa principal e bem moderna, já que a mansão e meio rústica do lado de fora.

A casa era composta por grandes janelas, no lugar das paredes, dando visão de tudo por dentro.

Olho para a mesma com mais atenção e encontro Liam, Sasha, Trace e Jack, que é um dos amigos de Logan, também. Todos sentados no sofá bebendo e rindo de alguma coisa. Talvez de mim.

Quando passo pela casa, encarando os mesmos. Trace foi a primeira a me repara ali, chamando atenção de todos, já que ela simplesmente ficou paralisada com um expressão confusa estampada no rosto. Sasha era que estava com a expressão mais engraçada, de choque. Liam parecia surpreso, mas tentou não demostrar tanto.

_ Esses adolescentes gostam de estragar a vida cedo. Não sabem aproveitar uma festa sem se embebedar e usar drogas m - viro o meu rosto olhando para frente.

_Vamos, minha querida. Você vai adorar a dona Diana, ela é uma mulher muito boa - colocou a mão nas minhas costas, me empurrando para frente

Bem no final do jardim, existia uma casa simples, não muito grande e nem pequena. Parecia uma cabana com algumas trepadeiras do lado de fora e uma cerca cobrindo toda a sua volta.

Eliza caminhava até ele, bateu na porta, abrindo logo em seguida

_ Dona Diana, e a Eliza. Tenho uma visita para a senhora. - quando ela terminou de falar, escuto um barulho de algo se arrastando no chão. Logo uma moça com uma cadeira de rodas vem ao nossa encontro. Ela segurava uma menina nos braços dormindo

_ Oi - disse ela dando um sorriso encantador, ela veio em minha direção e estendeu a mão para mim. _Diana

_ Rose - apertei a mesma

_Então?! Quem é você? - dá uma risada. Apenas dou um sorriso lateral.

_Ela irá morar aqui, o senhor Joaquim pediu para trazer- la para cá. Ela esta grávida do Logan - disse a última frase baixo como se aquilo fosse um segredo. Olho para ela incrédula. Ela escutou?!

_Desculpe! Eu trabalho muito e a única diversão que eu tenho é fazer fofoca. Não seu para não escutar. - riu

_Eu preciso ir, agora. Tenho muito trabalho. Tchau, senhora Diana. - Diana dá um sorriso e Eliza me olha. _Tchau, Rose. - coloca a mão em meu ombro.

_Você vai ficar bem. - fala baixo. Apenas confirmo.

_ Tchau, Eliza- falou rindo. Eliza sai, ficando apenas eu e Diana. O clima fica estranho e estava um pouco desconfortável. Diana fica me olhando como se esperasse eu falar algo.

_Você é namorada do meu filho? - quebra o silêncio.

_Logan é o seu filho?! - ela me olha meio sem entender. Acho que tinha falado alto demais, mas que o normal.

_ Sim - diz como se fosse óbvio. Ela ajeita a menininha em seu colo e passa a mão em seu rosto tirando a franja que estava colada em sua testa. Não consigo reparar muito em seu rosto por estar encostado no colo de Diana, mas ela era branquinha, cabelos grandes e bem pretos como o de Logan.

_ Não sou namorada do Logan, e nunca serei. Só temos esse bebê em comum - ela me olhava bem no fundo dos meus olhos, como se conseguisse de alguma forma saber o que eu estava pensando.

_ Então... se não é namorada dele. Você é o que?!

_ Apenas uma garota que gostou dele e achou que ele também podesse gostar de mim. - cruzo os braços, olhando para baixo.

_Uma trouxa.

_Pode me explicar o que aconteceu?

_ É uma longa história.

_ Bom...Como pode ter reparado não tem como eu sair daqui e muito menos fazer alguma coisa - sorriu de lado, apontando para sua cadeira.

_Eu tenho todo tempo do mundo.

_ Tudo bem.

_Vou coloca-la no quarto e ja volto. Fique a vontade - deu a volta com a cadeira, entrando no corredor. Coloquei minha mochila no sofá e me sento jogando a cabeça para trás apoiando no encosto. Respiro fundo, levando as minhas mãos na minha barriga

_Acho que agora é só nós dois - acaricio minha barriga _Vou sentir falta do meus pais. Mas essa é consequência do que fiz, tenho que aguentar.

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LOGAN THOMPSON

_Como você pode ser tão irresponsável? - disse Joaquim.

Ele anda de um lado para outro pela sala, ele tinha os seus braços cruzados sua feição furiosa.

_Não sabia que aquela garota iria engravidar - falo passando as mãos em meus cabelos e apoiando a minha cabeça no encosto do sofá olhando para o teto

_Por causa dessa sua burrada ela pode acabar com reputação da empresa e com a imagem da nossa família

_ Ela é apenas uma adolescente amor, não vai fazer nada - escuto Raika. Fecho os meus olhos tentado me controlar em não dá um soco na minha madrasta por conta daquele barulho irritante da lixa passando pelas suas unhas.

_ Eu duvido muito. As pessoas hoje em dia acreditam em tudo que vêem na televisão ou na internet, principalmente quando a informação vem de um rostinho bonito como o dela - bufo. "Rostinho bonito" duas palavras não combinavam com Rose Florence. Bom...seu rosto não era feio. Ela é bonita do seu jeito natural. não usava nenhuma maquiagem, deixava a mostra todas suas imperfeições, suas olheiras, manchas por conta das espinhas e suas sardinhas que eram poucas, mas visíveis. Ela tinha em todo o seu rosto

_ Ela não vai falar nada, pai. Ela não tem coragem. Ela só quer um lugar para ficar e talvez um pouco de dinheiro. Vamos esperar algumas semanas, vou arrumar um apartamento para ela e dou um bom dinheiro de pensão para o bebê - saio dos meus pensamentos e levanto minha cabeça cruzando os meus braços encarando Joaquim

_ Esse dinheiro não vai sair do meu bolso! - afirmou

_ Não se preocupe, pai - Ferrou

_ Espero mesmo não me preocupar com nada. Agora, dispensa aqueles seus amigos da minha casa, esse assunto já esgotou minha paciência

_Eles acabaram de chegar .

_ Não me importo! Se eu escutar a voz daquelas meninas irritantes eu juro que mato elas. Preciso esfriar minha cabeça antes de voltar a trabalhar novamente - ele afrouxa sua gravata e vai subindo as escadas.

_Raika traga as gêmeas para casa, já está muito tarde para brincarem lá fora - ele sobe as escadas. Respiro fundo me levantando e caminho em direção aos fundos da casa.

_ Logan! - Raika me chama, resmungo um "hum" e viro em sua direção. _Vou te ajudar a por essa menina para fora.

Não gostei muito dela

_ Você nunca gosta de ninguém, Raika - dou um sorriso sínico e continuo com os braços cruzados

_ Gosto sim, gosto muito daquela sua amiga, a Sasha e acho muito bonitinho o seu amigo, Jack - disse dando um sorriso de lado malicioso

_Você gosta da Sasha porque são da mesma laia. E o Jack, é porque ele dá em cima de você, e você, gosta - caminho em direção a porta dos fundos pronto para sair de casa

_Chama as suas irmãs para entrar - Raika grita. Saio da mansão passando pela varanda, vou em direção a casa que antes era de hóspedes e que agora e minha.

O meu refúgio, meu esconderijo longe do meu pai

_ Ei cara cadê as bebidas do teu pai? - perguntou Jack assim que entro na casa, tiro a minha camisa e jogo em qualquer lugar

_ O que aquela sem sal da Rose está fazendo naquela casa, na qual somos proibidos de ir? - fala Sasha com aquela voz irritante que é mais estridente que a da Raika

_Ela veio morar aqui. Ela está grávida - Jack cuspiu sua bebida

_O que? - grita Sasha

_ Explica melhor essa história, Logan - diz Trace

_ A aposta Trace. Aquela aposta é a explicação disso tudo

_Mas porque ela tem que morar aqui? - Sasha disse com um tom de voz manhoso, que faz ela ficar mais chata ainda

_Os pais dela a expulsaram de casa, então ela veio pedir abrigo ao meu pai, e ele aceitou - suspiro

_ Mas logo naquela casa.

_ Não foi eu que mandei, foi o meu pai. Agora vão embora, Joaquim está bem estressado e não quer vocês aqui

_ Mas é as gatinhas que eu convidei cara? - Jack levanta os braços como forma de protesto

_Deixa para a próxima - eles se levantam recolhendo suas coisas. _MENINAS ESTÁ NA HORA DE ENTRAR! - grito para Mabel e Alisson elas me encaram e logo se levantam recolhendo suas coisas

_Eu sabia que não era legal ter feito aquilo com ela - Trace falou baixo, mas consigo escutar

_Cala boca Trace, não precisa repetir a mesma coisa toda hora, sua voz me irrita - fala Sasha

_ Tchau cara - fiz toque com o Jack, Liam bateu nos meus ombros

_ Aguente suas consequência da sua burrice aguda e vê se não estraga as coisas ainda mais - piscou pra mim e colocou os seus fones indo embora. Reviro os olhos, bufando

_Tchau, benzinho - Sasha me deu um selinho

_Tchau, Logan - acenou Trace, dando um sorriso de lado e um aceno.

_Tchau - me deito na espreguiçadeira e coloco os braços em cima dos meus olhos, respirando fundo

_ Logan - puxou o meu braço

_ Oi - abro meus olhos encarando aqueles olhos claros que não sabiam se era verdes ou azuis já que era uma mistura

_Vai jantar comigo hoje? - fez uma carinha igual a do gato de botas

_Eu não sei, princesa

_Você me prometeu - faz um bico e cruza os braços. A encaro por um tempo e ela pisca os meus olhos em minha direção, suspiro

_Tudo bem Mabel, eu janto com você hoje - me dou por vencido

_Eba!, hoje a gente vai comer macarrão, meu prato preferido

_Aé? - ela balança a cabeça confirmando _Então a partir de hoje macarrão também vai ser minha comida preferida só por sua causa - ela riu, beijo a sua bochecha é a puxo para o meu colo

_ Eu queria que aquela menina que mora naquela casa pudesse comer com a gente, ela é tão legal. - suspiro

_ Eu também queria Mabel, só que tem muitas coisas envolvidas ai

_Tipo o que? - olha nos meus olhos

_ Ah, coisas de adultos. Coisas do papai - beijei a sua testa e faço um cafuné em sua cabeça.

Olá galera! Primeiro capítulo do livro espero que gostem esse é o meu primeiro romance então por favor relevem qualquer coisa.

Beijão.

foi feito com muito amor.