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Nas mãos de um nobre Pirata

Nas mãos de um nobre Pirata

Sarayana Mello

5.0
Comentário(s)
519
Leituras
15
Capítulo

Henry Karahan, filho de um dos piratas mais perversos dos sete mares é designado a sequestrar a filha do chefe da guarda real para usa-la como moeda de troca com o Príncipe que está prestes a ser coroado, a quem a moça está prometida em matrimônio. Ele só não esperava que entregar a moça seria a missão mais difícil de sua vida.

Capítulo 1 Protesto

Atenção: Este livro contém cenas explícitas de violência e tortura que podem incomodar pessoas mais sensíveis a esses conteúdos.

Henry -

Me chamo Henry Karahan, tenho trinta anos e cresci na Turquia. Minha mãe me criou praticamente sozinha, uma vez que meu pai trabalhava em alto mar. Só depois que ela morreu, quando eu tinha meus dezesseis anos, descobri qual era o trabalho dele: ele era um pirata, o capitão do Cisne Negro, Aslan Karahan. Apesar disso ele nos proporcionou uma vida confortável em terra firme, tive bons tutores e uma ótima educação, mas não tenho nenhuma lembrança de amor paterno com baba, ele sempre foi muito rude e autoritário, ficava meses sem vir para casa e em sua última vinda mamãe já estava com a saúde bem fragilizada, pouco antes dela morrer que nos foi comunicado que a doença tratava-se da peste branca, e então, com a ausência dela tive de ir a bordo e passar a fazer parte dos negocios de meu pai e nunca mais retornei a Turquia.

- Eu me recuso a fazer isso baba! - falei em tom irritadiço para meu pai, Aslan Karahan.

- Eu não lhe perguntei se aceita, meu caro, você vai fazer. - Ele respondeu com autoridade e deboche.

- Baba, porque Lady Anne Wall é tão importante?

- Porque ela está prometida em matrimônio ao Príncipe Fillipe, cujo a coroação está bem próxima, e tenho certeza que o nobre Príncipe não exitará em pagar o quanto eu desejar pela vida de sua noiva.

- O senhor deve estar louco!

- Não me desrespeite garoto! - ele gritou, e continuou - Será meu último serviço.

- Seu último serviço? O senhor quer que eu a sequestre!

- Sim, eu já não tenho a habilidade que você tem, além do mais, é o único em quem confio para tal tarefa, precisamos manter a integridade da senhorita Anne, para não termos maiores problemas com a corte... ela ferida ou morta não me serve.

- Mas baba... - tento argumentar e ele levanta a mão para que eu não continue.

- Já chega desse assunto! - ele levanta a voz e fala com rispidez. - Sei que você será um exímio cavalheiro para com a dama, afinal sua mãe o criou bem.

Com isso fecho meus olhos e suspiro. Por minha expressão ele nota minha indignação, mesmo assim se vira com um sorriso presunçoso e sai com a certeza de que não irei discutir.

Era uma noite fria em alto mar, e nos dirigíamos a cidade de Marselha, ao sul da França, então desci até o porão do navio, peguei uma garrafa de rum e sentei-me num canto, enquanto bebia, pensava na melhor forma de executar minha missão, pois no dia seguinte chegaríamos ao destino e eu querendo ou não teria de cumprir com as ordens de meu pai.

- Sinto que a senhorita Anne será nosso infortúnio... - falei para mim mesmo. - Meu pai já possui tudo que um homem poderia desejar, foram anos de pilhagens sem sequer ter sido pego nem uma única vez... porque ele queria se meter com a corte? - pensei - será que é apenas por dinheiro ou há mais algum interesse que ele não mencionou? - em meio a meus pensamentos, adormeci por um momento e acordei num sobressalto quando ouvi um marujo gritar que estávamos sendo atacados.

- Expandiram fogo! - gritou o marujo.

Corri para a meia-nau o mais rápido que pude, já dando ordens aos marujos para que carregassem os canhões mais depressa.

- Onde está meu baba? - Perguntei sem a intenção de ser respondido, então olhei ao redor e ao levantar meus olhos, o vi manobrando o navio a estibordo para assim obter mais velocidade e sair da mira dos inimigos, um esforço em vão já que estes estavam invadindo o navio.

Todos lutavam arduamente com suas espadas, mas eles eram muitos, então uma ideia me ocorreu, e sem pensar muito nas consequências peguei uma corda e me lancei ao navio adversário, e após uma breve luta corporal com um marujo, corri até o paiol de pólvora e com uma vela acesa causei uma explosão. A última memória que tenho é de mim a me desvencilhar do fogo, depois disso a escuridão me engoliu.

Aslan -

- Malditos piratas! Como foi que deixaram que Henry sumisse? Agora meus planos foram interrompidos, e tudo por causa da incompetência de vocês! - falo enquanto observo que os homens fazem uma reverência a mim.

- Miserável, importa-se apenas com seus planos interrompidos... - ouço o marujo Smith num sussuro, deixando seus pensamentos falarem alto.

- Como disse, marujo? - perguntei.

- Disse que acharemos Lord Henry, Capitão. - me respondeu de cabeça baixa, ele não ousaria olhar em meus olhos após o que disse, ainda mais quando eu não havia mandado que o fizesse.

- Eu ouvi muito bem o que disse, marujo. Contramestre!

- Não, por favor capitão, eu faço o que quiser! - ele suplicou.

Lhe acerto um tapa no rosto.

- Você fala quando eu mandar você falar. - o contramestre chega e para ao meu lado esperando suas ordens.

- Trinta chibatadas para que o marujo aprenda a guardar seus pensamentos para si e a respeitar o seu capitão. - faço uma pausa e observo enquanto o contramestre leva o marujo até o porão para assim castiga-lo, então continuo - os demais marujos, levem-nos próximo ao porto, mas fiquem a espreita, onde a guarda real não nos veja, precisamos evitar conflitos e achar meu filho para assim seguirmos o plano. E mais uma coisa, que o castigo do marujo Smith sirva de exemplo para que trabalhem com mais afinco.

Me retiro e entro em meus aposentos, uma espécie de escritório na realidade, vou até uma pequena mesa e sirvo-me de uma dose dupla de whisky. Enquanto aprecio minha bebida, observo os corpos boiando na água.

- Maldição - grito, e num excesso de raiva jogo o copo com a bebida contra a parede - Espero que esteja vivo garoto estúpido, ou então irei até ao inferno para te matar novamente!

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