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Obssessive Seduction

Obssessive Seduction

Moon♠

5.0
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5
Capítulo

Helena estava cansada. Não suportava mais todos os abusos e agressões vindo de seus pais, apenas por preferirem seu irmão. A tratavam como lixo. Bruce, irmão de Helena, sempre tentava ajudar a adolescente. Mas sabia que seria pior para ela, caso ele se intrometesse. Então lhe restava cuidar de suas feridas, e dar todo o carinho que pudesse. Afinal, ele amava sua irmã. O mundo de ambos acabou de ser quebrado ao descobrirem que Helena seria casada contra sua vontade. Ambos estavam com medo, mas não poderiam fazer nada. Apenas rezavam para que o homem escolhido não fosse asqueroso ou um velho tarado.

Capítulo 1 Obrigada a Me Casar.

Helena

Hoje é o dia em que irei conhecer meu futuro noivo.

Eu não sei o que pensar, já me conformei que a minha vida é uma merda.

Por outro lado, Bruce está arrasado.

Não vou mentir que no fundo me sinto da mesma forma, apenas sei disfarçar melhor.

Vejo Clarissa, a mulher que me deu à luz, abrir a porta de meu quarto com seu sorriso cruel.

Ela gosta de me acordar das piores formas possíveis, então meu corpo se acostumou a acordar alguns minutos antes, como um mecanismo de defesa.

- Já estou acordada. - Vejo ela ficar levemente desapontada, mas o sorriso não deixa seu rosto.

Assisto ela andar até mim e passar sua mão asquerosa pelo meu rosto.

- Levante-se e vá tomar um banho. Hoje terá um dia de princesa. - Vejo ela sair do quarto e solto um suspiro.

Nunca tive nada assim. Sei que só quer que eu me produza, para que o tal pretendente goste de mim.

Me levanto com preguiça, e pego uma muda de roupa e uma toalha limpa para levar até o banheiro.

Tomo banho e escovo os dentes rapidamente. Meus pais não gostam que eu demore no banho.

Saio do banheiro após me vestir e escovar meus cabelos. Vejo Bruce vir até mim e me abraçar.

Apesar de tudo, não culpo ele.

Eu sei que o comportamento de meus pais não é sua culpa.

Mesmo assim, ele tenta ser o melhor irmão possível, e compensar todo o amor que meus pais não me dão.

Já falei para ele que essa não é sua obrigação, mas ele diz que faz por que gosta, não por que se sente pressionado.

Depois disso, não toquei mais no assunto. É bom ter alguém que te ama e se preocupa com você.

- Está tudo bem? Como foi sua noite? - Vejo ele me olhar com amor.

Ele é a única pessoa nessa casa que me olha e me trata dessa forma.

Até mesmo os funcionários me humilham e me tratam mal.

- Boa. Vamos descer, antes que Clarissa suba e me dê uma bronca.

Vejo ele sorrir levemente e me acompanhar até a cozinha.

Não sei o que será de mim sem Bruce. Sempre fomos eu e ele contra o mundo, e agora eu vou ter que abandoná-lo para morar com um homem que não conheço. Eu odeio essa família.

- Bom dia. - Não respondo o bom dia seco de César, meu progenitor.

Me sento na mesa e Bruce se senta ao meu lado.

Fico com raiva ao pensar que vou precisar morar com um estranho, que provavelmente é um velho tarado.

Eles não tem um pingo de pena de mim. Meu corpo ainda dói muito pelo espancamento de ontem.

Nesses momentos, tanto César quanto Clarissa ficam fora de si.

Costumava me assustar com seus olhares sádicos e cruéis, mas agora já me acostumei.

- Vamos logo, Helena. - Me despeço de Bruce com um abraço e um beijo na bochecha.

Depois acompanho minha mãe até a porta.

Chegamos em casa já de tardinha, após fazer as unhas, cabelo, depilação e tudo que minha mãe quis.

Tomo banho com cuidado para não estragar meu cabelo, Clarissa me mataria.

Saio do banho de roupão e tem mulheres em meu quarto para me ajudarem a me arrumar.

Reviro os olhos quando vejo que irão fazer maquiagem. Odeio me maquiar.

Me sinto envergonhada quando uma delas tira meu roupão e começa a passar um creme muito cheiroso por todo o meu corpo.

Quando terminando, eu visto um vestido que minha mãe escolheu.

Me olho no espelho e fico irritada. Estou linda, mas pareço uma vadia com esse vestido.

A fenda quase deixa minha calcinha à mostra, mas ao mesmo tempo agradeço mentalmente pelo vestido ser de mangas longas.

Assim mato dois coelhos com uma cajadada só. Não passo frio, e escondo meus cortes.

Visto os saltos e saio vendo Bruce passando pelo corredor.

Ele para e me olha de cima a baixo. Parece com ciúmes, mas não fala nada sobre.

- Você está linda, Helena - Ele pega na minha mão e me faz dar uma voltinha, logo depois me abraçando.

- Obrigada. - Eu lhe dou um sorriso gentil - Mas eu preferia estar linda com um vestido mais comportado. - Eu reviro os olhos.

- Se quiser posso falar com a mamãe. Você só tem 16 anos, Helena.

- É melhor não, você sabe. Mas obrigada por se importar, Bruce.

Vejo Clarissa subir e um brilho de inveja passar rapidamente em seus olhos quando me vê.

Ela e César me culpam, dizendo que estraguei o corpo dela depois que ela me deu à luz.

Finjo que não me importo, mas no fundo dói.

- Vamos logo, ele pode se irritar e não querer você, caso se atrase. - Ela me puxa pelo braço e eu quase caio por não estar acostumada com os saltos.

Vejo Bruce me olhar com preocupação enquanto me segue. Entro no carro e ele entra se sentando ao meu lado.

Sinto ele pegar minha mão em sinal de apoio.

- A propósito, você também está muito lindo, Bruce. - Vejo ele me dar um sorriso gentil como resposta.

- É claro que ele está lindo! Ele não é feio como você, que nasceu com essa cara de joelho.

Reviro os olhos ao escutar a voz de minha mãe. Consigo disfarçar mas é inegável que dói.

Chegamos à mansão do tal homem. Nem sei seu nome, Clarissa é César não quiseram me falar.

Entro na mansão sozinha. Meus pais me deixaram aqui e foram embora.

Bruce queria ficar e me esperar mas eles não deixaram.

O mordomo me guia até uma sala elegante e moderna. Olho em volta tentando não demonstrar minha admiração.

- O jovem mestre já virá vê-la. Com licença - Antes que eu possa responder, ele já saiu em direção a algum lugar dessa mansão enorme.

Olho em volta reparando em uma escultura da Lua provavelmente em prata em cima da pequena mesa de centro.

Me inclino e pego a mesma analisando com cuidado.

Ouço uma voz grossa e rouca, que me causa arrepios num lugar onde eu não me orgulho.

- Deveria prestar mais atenção quando se abaixa. Seu vestido não tampa muita coisa.

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