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Nos braços de um Criminoso

Nos braços de um Criminoso

Jandira Padre

5.0
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110
Leituras
2
Capítulo

Depois da morte de seu pai Francisca Stenford é entregue como forma de pagamento a um poderoso magnata responsável por comandar um Cartel na cidade de New York. Francisca é uma menina doce e ingênua. Marco Kravitsov é um homem rude e inflexível. Poderia ela romper as suas barreiras e conquistar o seu coração?

Capítulo 1 -1

Um grito atravessou a escuridão.

Assustada, abri os olhos e me sentei na cama com o coração acelerado. Demorei um estante a compreender o que me acordara. Depois, tornei a ouvir gritos sufocantes.

-Não. Não! Me dê mais alguns dias, eu prometo pagar tudo.

Levantei-me com um salto e saí do quarto. Os gritos vinham da sala e eram do meu pai, a nossa casa era pequena e humilde. Só demorei um momento a chegar até ao corredor que dava ao cômodo. Cobri a minha boca assustada ao ver à cena chocante a minha frente. Papai estava de joelhos com uma arma apontada para a sua cabeça e o seu rosto estava todo ensanguentado.

-O seu prazo terminou porco estúpido.

O homem forte e de aparência assustadora, que apontava para ele rosnou enfurecido, estava acompanhado de um outro homem de traços igualmente ameaçadores e selvagens. Eu soltei um grito estridente ao ouvir o barulho da arma e uma poça de urina se formou sob os meus pés.

-Quem é essa garota?

Um dos homens indagou furioso. Mas, eu não ousei abrir os olhos. Tinha medo de ver o estrago que aqueles assassinos haviam feito com o meu pai. Um cheiro sinistro de sangue e pólvora havia invadido o ar, então eu não tinha dúvidas de que eles o haviam matado. Mãos fortes e rudes puxaram o meu braço até ao centro da sala.

-Quem é você pirralha?- eu não consegui responder, e nem abrir os olhos. O meu corpo tremia de medo. Então, algo forte acertou o meu rosto, minha cabeça rodou e uma dor intensa me atingiu.- Estou falando com você, porra!

Eu abri os olhos e com os lábios trêmulos tentei articular alguma palavra, mas o medo ainda era mais forte do que eu.

-Vamos matar logo ela e sair daqui. Esse lugar está me dando nojo.

Eu comprimi os lábios ao ouvir as palavras daquele sujeito. Ele parecia ser tão inescrupuloso como o que disparara a arma, que ceifou a vida do meu pai.

-Não. O porco do Stenford nos deu um prejuízo enorme. Essa garota é bonitinha, talvez ela sirva de alguma coisa. O chefe vai decidir.

O homem ficou de frente para mim e apontou a arma na minha testa. O cano frio me fez engolir em seco. O suor escorria pelo canto das suas têmporas e ele parecia estar irritado.

-Você é filha desse lixo aí?

Eu apenas assenti em concordância. Sem prever o seu próximo passo, fiquei aliviada quando ele abaixou a arma, e então para a minha grande surpresa ele ergueu o punho forte e me deu um soco tão forte que eu cambaleei para trás e caí sobre o chão duro e coberto de sangue. O soco foi tão forte que aos poucos a minha visão foi ficando embaçada.

-Acorda, vadia!- Foi com essas palavras e tapinhas no rosto, que eu fui recobrando a consciência aos poucos. Tinha os pulsos amarrados à frente do corpo e por um instante me esqueci o que havia acontecido horas atrás.-você está fedendo.

Fui retirada bruscamente da parte traseira de um carro. Parecíamos estar num estacionamento subterrâneo. Eu queria muito entender onde é que o meu pai estava metido. Na verdade, eu tenho uma uma noção: jogos de azar! Ele era viciado e estava endividado até ao pescoço com o banco e com homens de má índole, como os que me arrastavam sem delicadeza nenhuma até a um elevador.

A minha família perdeu tudo num piscar de olhos. Nós não tínhamos uma vida luxuosa antes de papai abraçar o fim do poço, mas nós gozávamos de uma vida confortável num bairro de classe média. Eu estudava numa boa escola e mamãe parecia feliz com a sua confortável vida de dona de casa. Mas, então, tudo mudou. Nós perdemos a casa por causa de uma dívida com o banco, mamãe nos largou e perdemos completamente o contato com ela, nos mudamos para um bairro perigoso e extremamente pobre porque era tudo o que conseguíamos pagar. Papai se tornou num alcoólatra, e eu perdi as contas de quantas vezes ele chegou bêbado da rua e me agrediu verbalmente e fisicamente. Ele me batia tanto que eu acabei me acostumando com as suas torturas. Eu pensei em fugir, mas para onde eu iria sem família ou amigos, já que todos haviam nos virado as costas? E... também já me passou pela cabeça, acabar com à minha vida, mas das vezes que tentei eu tentei, não tive coragem.

Talvez o meu destino seja morrer nas mãos desses assassinos impiedosos.

Quando saímos do elevador eu fiquei confusa. Parecíamos estar dentro de um prédio comercial. Estava completamente abandonado e algumas luzes de presença estavam acesas. Eu era arrastada pelo braço enquanto um dos assassinos falava para um rádio. Nós passamos por uma recepção que estava vazia e paramos de frente a uma porta de madeira envernizada. No topo tinha uma placa de bronze escrita "Mayor".

Um dos homens bateu sutilmente até que um "entre" ríspido fosse ouvido. Eu estava com medo, afinal o que eles iriam fazer comigo?

-Senhor Kravitsov aqui está a garota.

Kravitsov!? Agora eu entendi o sotaque diferente. Meu pai se meteu com assassinos russos?

-Vocês são uns inúteis!_ o homem bradou sem virar-se. Sua cadeira estava voltada para a janela que ia do chão ao teto com uma visão para Manhattan.-Trouxeram uma rapariga ao invés de cumprirem com o serviço completo. O que eu faço com ela?

O homem ao meu lado engoliu em seco.

-Eu pensei que ela pudesse trabalhar em uma das nossas boates. Ela é bonita e tem um corpo perfeito.

Um suspiro alto foi ouvido pelo escritório, de móveis lustrosos antes da cadeira virar. O meu rosto logo foi para o chão, não tive coragem de olhar para o carrasco responsável por mandar assassinarem o meu pai e que tinha a minha vida em suas mãos.

-Deem um jeito nessa garota. Eu estou prestes a realizar negócios muito importantes, não posso estar na mira da polícia, espero que vocês tenham se livrado bem do corpo daquele inseto nojento do Stenford.

Eu me encolhi com lágrimas nos olhos. O meu pai não era a melhor pessoa do mundo, mas a forma como falavam dele me deixava deprimida. Fui novamente arrastada até ao estacionamento e atirada para o carro como um saco de batatas. O pior de tudo era saber que quando amanhecesse ninguém daria pela nossa falta. Papai era bastante problemático, os vizinhos não gostavam dele, e comigo ninguém se importava.

Fui levada até um prédio antigo. Haviam dois homens grandes e carecas na porta, seguravam rádios e pareciam tão mal dispostos como os que me sequestraram. Eles trocaram um rápido cumprimento, e não pareceram perceber à minha presença.

O interior do prédio estava bastante movimentado. Mulheres seminuas circulavam à vontade, algumas acompanhadas de homens e uma música muito alta e com a letra bem promíscua irrompia pelo lugar.

-Você vai ficar aí até eu decidir o que fazer coelhinha. E não adianta tentar fugir, porque os teus miolos vão voar como os do lixo do seu pai.-disse apertando as minhas bochechas com força.

Quando ele saiu, olhei com atenção para o lugar onde estava. Era pequeno como o meu antigo quarto, e tinha uma cama velha e um pequeno lavabo onde eu aproveitei lavar o rosto e tirar o sangue seco que tinha. Eu chorei de desespero enquanto olhava o sangue seco nos meus cabelos loiros, e o meu olho direito estava completamente fechado devido ao soco.

Eu me deitei no colchão e me encolhi, pensando em como minha vida seria daqui para frente.

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