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A esposa que comprei

A esposa que comprei

Jandira Padre

5.0
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Leituras
2
Capítulo

Hector Menezes e Alexa Carter possuem um oceano de diferenças. Enquanto ele é um bem-sucedido empresário no ramo da hotelaria, rico e acostumado a viver a base de luxos, Alexa é uma mulher humilde que entrou no mundo da prostituição ainda adolescente e guarda um grande segredo. Hector encontra-se desesperado, precisa de uma esposa o mais rápido possível e Alexa precisa de dinheiro para abandonar a vida miserável que leva e poder recomeçar, então vê-se disposta a assinar um contrato que a torna esposa de um homem que a tinha desprezado e fê-la sentir-se humilhada. Uma história cheia de intrigas, segredos e revirivoltas. 🔞Linguagem madura

Capítulo 1 1

O sangue estava por toda a parte. O líquido vermelho-escuro cobria o azulejo encardido da cozinha, espalhava-se até cobrir os meus pés, os meus braços e o meu rosto, o cheiro e o gosto faziam o meu estômago revirar-se. Eu estava-me afogando em sangue, ele estava cobrindo todo o meu corpo. Estava a sufocar nele.

Socorro! Alguém ajude-me, por favor!

Eu tentava gritar, porém, a minha voz estava presa, olhei à minha volta assustada, o medo entorpecendo os meus sentidos de forma agonizante. Fechei os olhos e quando os abri vi a figura brusca que saía da penumbra, o mesmo sorriso medonho, os mesmos olhos maldosos e uma faca de cozinha cravada na sua garganta, ele se aproximava de mim, eu tinha de correr, mas era impossível, o meu corpo estava paralisado de tanto medo. O seu cheiro pútrido misturado ao cheiro do sangue fez-me vomitar, ele agarrou o meu pescoço com força e sufocou-me com os seus dedos calejados. Eu não conseguia reagir, mais uma vez o medo venceu-me. Ele retirou a faca do seu pescoço, fazendo com que o sangue jorrasse no meu rosto e entrasse na minha boca, a seguir cravou-a no meu olho esquerdo.

Acordei arfando. Tinha o rosto, a testa, o pijama, tudo inundado de suor viscoso e abundante. Batidas fortes na porta deixaram-me ainda mais atordoada.

__Boca louca abre a porta!

Revirei os olhos e joguei-me novamente no colchão de mola velho.

__Eu sei que você está aí dentro piranha! Abre logo!

Levantei-me a contragosto e abri a porta, dando de cara com a pantera, uma travesti que trabalhava comigo no ponto.

__Por que ainda não está pronta? Resolveu levar vida de madame agora?

Ela colocou as mãos sobre os quadris largos e olhou-me de baixo para cima com uma expressão de desdém. Dei uma rápida olhada para o relógio sob o criado mudo, constatando que já está na minha hora de ir para guerra.

__Caralho! Eu vou trocar-me rápido.

Ela senta-se na minha cama com uma expressão de tédio e acompanha-me com o olhar enquanto substituo a t-shirt velha e suada por um vestido de couro justo e decotado que não precisava dar margens para a imaginação de tão sensual que era. Calcei as minhas botas e fiz uma rápida maquiagem antes de colocar a peruca loira com uma franja.

__A sua cara está parecendo um lixo, mas provavelmente você vai pegar mais clientes do que qualquer vadia do ponto.

Lanço-lhe um sorriso falso.

__Eles não resistem aos meus olhos azuis e a essas meninas.__ digo a balançar os meus peitos.

As ruas estavam desertas quando abandonamos o prédio em que eu vivia. Essa zona da cidade, esquecida por Deus, tem como som de fundo o barulho de tiroteios, gritos de mulheres sendo espancadas e abusadas por maridos bêbados e viciados, prostitutas como eu fazendo o que sabem fazer de melhor e muitas outras coisas de que satanás provavelmente se orgulha.

Acendo um cigarro e finjo que estou ouvindo as baboseiras que saem da boca da pantera até chegar ao ponto, onde tinha como principais clientes camionistas, homens casados e adolescentes que abandonavam os seus dormitórios na zona confortável da cidade para buscar prazer.

__E aí boca louca!? Estava a esperar por você.

Abro um sorriso e mordo o lábio inferior ao ver Julius. Era meu cliente fiel, era sempre com ele que eu iniciava a minha noite. O seu caminhão estava estacionado a alguns metros de distância.

__A sua deusa chegou lindinho.

Passo a mão pelos seus ombros e dou uma piscadela para a pantera antes de segui-lo.

__Você está muito gostosa nesse vestido.

Ele aperta a minha bunda quando subo para dentro do caminhão.

__Ainda bem que gostou.__lanço-lhe um sorriso sensual enquanto acaricio as suas coxas grossas cobertas por um jeans desbotado.__Tenho a certeza de que vai gostar ainda mais de me ver sem ele.

O apelido de "boca louca" fazia jus aos meus dotes. Eu conseguia deixar os homens loucos sem muitos esforços, eu adorava trabalhar com a boca. A minha língua se estendia penetrando entre a glande e o prepúcio, girando e alucinando Julius de modo que ele gemia e soltava impropérios. Apertava a base do seu pênis, fazendo-o ficar ainda mais duro e mais inchado.

__Porra! Boca louca você é a melhor puta do mundo.

Ele urrou como um animal antes de gozar para mim, eu sorri e levantei-me, vendo-o satisfeito.

__Fico feliz por ouvir isso do meu cliente favorito.

Limpo-me e estendo a mão para receber as notas que ele me entrega.

__Eu preciso fazer umas entregas, entre logo para que eu lhe deixe no ponto.

Eu assinto e volto para o caminhão.

__Julius será que poderia deixar-me naquela loja de conveniência antes do ponto? Preciso comprar cigarros.

Peço ao constatar que os meus acabaram.

__E o que eu ganho com isso gata? Sabe que eu não faço coisas sem receber nada em troca.

Reviro os olhos e encaro-o de perfil. Julius não é um homem bonito, mas também não é tão feio como alguns clientes que eu já peguei, possui uma aparência desleixada e o seu hálito cheira a cigarros e feijões enlatados. Para mim isso não é relevante de qualquer modo, é só do seu dinheiro que eu preciso.

__Eu também não faço "coisas" sem dinheiro lindinho por isso pode tirar o seu cavalinho da chuva.

Ele dá um aperto forte na minha coxa.

__Não precisa se stressar boca louca, eu deixo você, também sei ser um cavaleiro.

Solto uma risada nasalada.

__Você quer dizer cavalheiro* idiota.

Julius solta um muxoxo e lança-me um olhar de escrutínio.

__Era só o que me faltava! Ser corrigido por uma puta de estrada. Não me diga que além de cadela virou professora? Pensei que essa sua boca servisse apenas para enfiar tora.

Julius aperta o meu queixo com força. Desvencilho-me do seu aperto e olho para a estrada em silêncio.

Quando ele para no estacionamento da loja de conveniências desço sem olhar para trás.

__Ei vadia! Espero que não tenha se ofendido, vejo você amanhã.

Ele grita antes de deixar-me sozinha.

__Vai tomar no cú desgraçado!

Ajeito o meu vestido de couro e avanço a passos firmes até ao interior da loja de conveniências.

__E aí Billy!?

Escoro-me no balcão de mármore frio, exibindo o meu decote e sorrio para o cara gordo com o rosto coberto de acne do outro lado.

__O-Oi boca louca, tudo bem?

As suas bochechas grandes ganham um tom rosado. Ele solta um pigarro e olha para algo à minha atrás.

__O Senhor quer mais algo?

Viro-me para trás para ver com que ele está falando. Os meus olhos avaliam com grande curiosidade o senhor alto com o corpo definido coberto por um terno cinza-chumbo cortado sob medida, os seus cabelos num tom acinzentados e salpicados de preto eram bem cortados, possuía um rosto bem esculpido com uma barba rala e a metros de distância eu conseguia sentir o cheiro gostoso do seu aroma masculino misturado ao café que bebia. Os seus olhos eram verdes com manchas castanhas... Céus! Ele é o homem mais lindo que já vi em toda à minha vida.

Eu não era a única observando despudoradamente. Pela primeira vez em muitos anos eu senti algo parecido com constrangimento, o homem olhava-me com um misto de repúdio e desconforto.

__Eu estou bem. Obrigado.

Ele desvia o olhar como se estivesse encarando uma criatura repulsiva.

__Aqui estão os seus cigarros boca louca.__ Billy diz.

Eu ignoro-o e caminho até ao homem com confiança.

__Olá, lindinho!

Toco o seu ombro e sorrio de lado. A nossa diferença de altura... e de idade é notável. Ele deve ter uns quarenta e tal anos, mas isso não anula a sua beleza. Na verdade, parece ter saído de uma daquelas revistas da Forbes dos homens mais lindos e bem sucedidos do ano.

__Eu acho muito triste... __ele fita-me com dureza no olhar.__Ver meninas jovens e com um possível futuro brilhante pela frente entregando-se a essa vida torpe e impudica. Onde estão os seus pais?

Tiro a minha mão dele, como se tivesse tomado um choque. Um sorriso cínico molda-me os lábios.

__Hm...Você é daqueles que faz um discurso moralista para depois pedir uma chupeta? Não precisa ter vergonha do Billy lindinho, ele está acostumado. Eu até posso fazer um desconto a você... __toco o seu rosto bonito.__Nunca peguei um cliente tão gato como o senhor.

Ponho-me na ponta dos pés e sussurro-lhe ao ouvido.

__Você não gostaria de descobrir por que me chamam "Boca louca"?

O homem se afasta e lança-me um olhar impassível que depois se transforma em pena.

__Quantos anos tem?

Dou dois passos para trás e encaro-o irritada.

__Vai se foder velhote. Fica aí pagando de moralista, porquê quer saber à minha idade? A porra do seu pipi* não levanta com mulheres abaixo dos trinta?

O seu olhar para eu é incrédulo.

__Boca louca é melhor você se retirar. Pode levar os cigarros.

Billy para do meu lado e olha para o homem como se estivesse se desculpando.

__Vão se foder vocês os dois.

Abandono a loja irritada. Eu nunca fui rejeitada por um homem, e sei muito bem que ele estava apenas tentando parecer um cara de boa índole à frente do Billy. Havia um único carro parado no estacionamento, eu não havia notado-o quando entrei.

Um Ford fosco preto. Aproximei-me do carro e esperei pacientemente pelo homem, eu iria provar que ele estava apenas encenando, assim como todos os homens que eu havia conhecido ao longo da minha vida, não resistia a um belo par de peitos.

Quando ele saiu joguei os meus cabelos para trás e endireitei o meu decote.

__Agora estamos apenas nós dois aqui.__sorrio para ele desleixadamente e levo a mão até à sua calça.

__Vai para casa e tente procurar um trabalho digno, você tem idade para ser minha filha, deveria estar a estudar ou se divertindo com jovens da sua idade.__diz num tom de escárnio enquanto me afasta.

Observo-o boquiaberta, entrando no seu carro caro e desaparecer pela estrada escura.

__Eu não preciso dos seus conselhos velho idiota! Provavelmente o seu pau não deve subir por isso não quis ficar comigo! Esqueceu os comprimidos azuis em casa?

Grito encolerizada para o vazio do estacionamento.

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