A Pegadinha Que a Destruiu

A Pegadinha Que a Destruiu

Gavin

5.0
Comentário(s)
1.7K
Leituras
16
Capítulo

Eu estava a caminho de contar ao meu namorado, Caio, que eu estava grávida. Ele era meu salvador, o homem que me resgatou depois que um ataque brutal me deixou órfã. Mas quando cheguei à sua cobertura, ouvi-o conversando com a irmã, Kaila. Minha vida inteira era uma mentira. O ataque não foi aleatório; foi uma "pegadinha de mau gosto" que eles orquestraram para que ele pudesse bancar o herói. E só piorou. Kaila torturou e matou meu cachorro para "prática de cirurgia", e Caio a defendeu. Eles vazaram um vídeo íntimo meu, destruindo minha reputação na faculdade. Quando tentei escapar, Kaila mandou capangas atrás de mim, e o ataque me fez perder nosso filho. Enquanto eu sangrava no hospital, Caio me culpou por perder o bebê. Ele então me disse que o aborto espontâneo me deixou permanentemente infértil. Sua exigência final foi a mais cruel. Ele disse que eu tinha que "compensar" sua irmã por todo o problema que causei, doando um dos meus rins para ela. Mas eles cometeram um erro fatal. Eles pensaram que eu era uma órfã indefesa. Eles não sabiam que eu tinha acabado de herdar um império bilionário de uma tia secreta. E eu estava prestes a usar cada centavo para queimar o mundo deles até as cinzas.

Capítulo 1

Eu estava a caminho de contar ao meu namorado, Caio, que eu estava grávida. Ele era meu salvador, o homem que me resgatou depois que um ataque brutal me deixou órfã.

Mas quando cheguei à sua cobertura, ouvi-o conversando com a irmã, Kaila. Minha vida inteira era uma mentira. O ataque não foi aleatório; foi uma "pegadinha de mau gosto" que eles orquestraram para que ele pudesse bancar o herói.

E só piorou. Kaila torturou e matou meu cachorro para "prática de cirurgia", e Caio a defendeu. Eles vazaram um vídeo íntimo meu, destruindo minha reputação na faculdade. Quando tentei escapar, Kaila mandou capangas atrás de mim, e o ataque me fez perder nosso filho.

Enquanto eu sangrava no hospital, Caio me culpou por perder o bebê. Ele então me disse que o aborto espontâneo me deixou permanentemente infértil.

Sua exigência final foi a mais cruel. Ele disse que eu tinha que "compensar" sua irmã por todo o problema que causei, doando um dos meus rins para ela.

Mas eles cometeram um erro fatal. Eles pensaram que eu era uma órfã indefesa.

Eles não sabiam que eu tinha acabado de herdar um império bilionário de uma tia secreta. E eu estava prestes a usar cada centavo para queimar o mundo deles até as cinzas.

Capítulo 1

Eu segurava a pequena caixa embrulhada para presente com força em minhas mãos. Dentro, um teste de gravidez positivo. Uma surpresa para o Caio. Meu coração batia rápido, um ritmo nervoso, mas feliz, contra minhas costelas. Imaginei a expressão em seu rosto, o jeito que seus olhos se iluminariam. Nós seríamos uma família.

Usei minha chave para entrar em seu luxuoso apartamento de cobertura. Música e risadas vinham da sala de estar. Parei, meu sorriso vacilando. Ele estava dando uma festa. E não tinha me contado.

"Se livra dela logo, Caio. Já faz tempo demais."

Era a voz de Kaila, aguda e mimada. A irmã mais nova de Caio.

Eu congelei na entrada do corredor, escondida nas sombras.

"Ela está tão sem graça agora", outra voz, uma amiga deles, comentou. "A graça foi quebrar ela. Agora ela é só... um bichinho de estimação."

Minha respiração falhou. Encostei-me na parede fria, a caixa de presente de repente parecendo pesada e gelada.

Esperei que Caio me defendesse. Ele iria. Ele sempre defendia. Ele era meu salvador, o homem que me tirou da escuridão depois do ataque que me deixou órfã. Ele não deixaria que falassem de mim daquele jeito.

Meu celular vibrou no bolso no exato momento em que ouvi a voz dele, suave e calma.

"Eu sei, Kaila. Não se preocupe, eu vou resolver isso."

Foi um acordo gentil. Uma promessa para a irmã dele.

A tela do meu celular acendeu com uma mensagem dele.

*Oi, amor, surgiu um imprevisto no trabalho. Vou ficar preso aqui por um tempo. Não precisa me esperar.*

Uma mentira. Uma mentira casual e sem esforço.

Olhei da tela brilhante para a fresta da festa visível no corredor. Risadas. Música. E o homem que eu amava, escolhendo eles em vez de mim.

Um frio se espalhou por mim, tão profundo que parecia que meu sangue tinha virado gelo. Meus dedos tremiam enquanto eu digitava uma resposta.

*Ok. Se cuida. Não trabalhe demais.*

Um momento depois, um celular tocou dentro da sala.

"Aff, que garota grudenta", reclamou Kaila. "'Se cuida, não trabalhe demais.' Me dá vontade de vomitar."

"Bloqueia o número dela só por hoje", sugeriu outra pessoa. "Não aguento olhar para aquela cara de coitada dela."

A voz de Caio era leve, divertida. "Tudo bem. Vamos nos livrar dela em breve."

Então ele mencionou o ataque. O meu ataque. Aquele que destruiu minha vida, do qual ele me salvou.

"Você realmente exagerou naquela pegadinha, Kaila", disse ele, mas não havia raiva em seu tom. Apenas um toque de repreensão fingida. "Você quase a matou."

Meu mundo girou. Pegadinha?

Ele estava falando da noite em que fui atacada, deixada para morrer em um beco. A noite em que meus pais morreram em um acidente de carro correndo para o meu lado. Pegadinha?

"Não foi minha culpa ela ser tão fraca", Kaila retrucou, sua voz cheia de indignação. "Além disso, valeu a pena. Fez de você um herói. Você adora isso, não é? Bancar o salvador."

"Ele adora", riu outro amigo. "Especialmente porque foi você quem realmente o salvou daquele incêndio quando eram crianças. Ele te deve essa."

A sala explodiu em concordância. Todos eles sabiam. O tempo todo.

Minha mente ficou em branco. Os sons da festa se transformaram em um zumbido abafado. A base da minha vida, a única verdade à qual eu me agarrei por anos - que Caio era meu salvador - se desfez em pó.

Era tudo uma mentira.

Um jogo doentio e perverso.

Meu estômago se revirou e uma dor aguda atravessou meu corpo. Eu não conseguia respirar. Sentia como se estivesse sufocando.

Isso era real? Alguma coisa disso era real?

"Chega", a voz de Caio cortou o barulho, firme e final. "Não vamos mais falar sobre isso." Houve uma pausa. Então, sua voz baixou, tingida com uma diversão arrepiante que eu confundi com afeto por tanto tempo.

"Ela estava um caco quando a encontrei. Tão quebrada. Foi divertido montá-la de novo, torná-la exatamente o que eu quero."

Ele me descreveu.

"Como uma bonequinha. Ou um bichinho de estimação. Ela faz tudo o que eu digo. Ela acha que eu sou o mundo inteiro dela."

Eu podia ouvir o sorriso em sua voz.

"E o casamento?", perguntou Kaila, com um tom provocador. "Você não vai realmente se casar com essa coitadinha, vai?"

Caio riu. Um som frio e feio.

"Não seja ridícula. Ela não é material para a família Monteiro. Ela é só um passatempo. Algo para matar o tempo."

Uma risada amarga e sufocada escapou da minha própria garganta. Parecia um soluço.

Virei-me e saí tropeçando, meus movimentos bruscos e descoordenados. Eu não sabia para onde estava indo. Meu cérebro era uma névoa de ruído branco. O mundo era uma piada doentia e absurda, e eu era o alvo.

Minhas pernas cederam e eu desabei contra a parede no corredor vazio, deslizando até o chão.

Suas palavras ecoavam na minha cabeça, cada uma uma nova onda de agonia.

Bichinho de estimação. Bonequinha. Passatempo.

Pensei na noite do ataque, no sangue, no terror. Pensei nos meus pais, que se foram para sempre. Pensei em Caio chegando como um anjo, seus braços ao meu redor, prometendo me manter segura.

Tudo uma mentira. Uma mentira meticulosamente elaborada.

A náusea subiu pela minha garganta e eu tive um espasmo, mas nada saiu.

Ele me encontrou naquele galpão, quebrada e aterrorizada. Ele me abraçou enquanto eu chorava por meus pais mortos. Ele ficou ao meu lado quando tentei acabar com minha própria vida, sussurrando palavras de esperança e um futuro. Ele me deu um anel lindo, não de casamento, mas como um símbolo de sua "proteção eterna".

Cada ato de salvação era apenas mais um elo na corrente que me mantinha cativa.

Minha mão foi para o meu estômago, para a pequena vida secreta dentro de mim. A surpresa que eu estava tão animada para compartilhar. Agora, parecia a piada final e mais cruel de todas.

Eles tinham tirado tudo de mim. Minha família, minha segurança, minha sanidade. Eles não levariam esta criança.

Peguei meu celular, meus dedos tremendo tanto que mal conseguia discar. Liguei para meu orientador acadêmico, o Professor Almeida.

"Professor", sussurrei, minha voz falhando. "Preciso da sua ajuda. O programa de intercâmbio... ainda é possível eu ir?"

"Alice? O que aconteceu?", sua voz estava cheia de preocupação. "Sim, claro. Podemos resolver isso. Você está bem?"

"Eu preciso ir embora", eu disse, as palavras saindo em uma torrente. "Preciso ir embora agora."

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
De Esposa da Máfia a Rainha do Inimigo

De Esposa da Máfia a Rainha do Inimigo

Máfia

5.0

Depois de quinze anos de casamento e uma batalha brutal contra a infertilidade, eu finalmente vi duas listras rosas em um teste de gravidez. Este bebê era a minha vitória, o herdeiro que finalmente garantiria meu lugar como esposa do capo da máfia, Marcos Varella. Eu planejava anunciar na festa de sua mãe, um triunfo sobre a matriarca que me via como nada além de uma terra infértil. Mas antes que eu pudesse comemorar, minha amiga me enviou um vídeo. A manchete dizia: "O BEIJO APAIXONADO DO CAPO DA MÁFIA MARCOS VARELLA NA BALADA!". Era ele, meu marido, devorando uma mulher que parecia uma versão mais jovem e fresca de mim. Horas depois, Marcos chegou em casa tropeçando, bêbado e empesteado com o perfume de outra mulher. Ele reclamou de sua mãe implorando por um herdeiro, completamente inconsciente do segredo que eu guardava. Então, meu celular acendeu com uma mensagem de um número desconhecido. "Seu marido dormiu com a minha garota. Precisamos conversar." Era assinado por Dante Moreira, o Don impiedoso da nossa família rival. A reunião com Dante foi um pesadelo. Ele me mostrou outro vídeo. Desta vez, ouvi a voz do meu marido, dizendo para a outra mulher: "Eu te amo. Helena... aquilo é só negócios." Meus quinze anos de lealdade, de construir seu império, de levar um tiro por ele — tudo descartado como "só negócios". Dante não apenas revelou o caso; ele me mostrou provas de que Marcos já estava roubando nossos bens em comum para construir uma nova vida com sua amante. Então, ele me fez uma oferta. "Divorcie-se dele", disse ele, seus olhos frios e calculistas. "Junte-se a mim. Construiremos um império juntos e o destruiremos."

A Esposa Indesejada Grávida do Rei da Máfia

A Esposa Indesejada Grávida do Rei da Máfia

Máfia

4.5

Enquanto eu estava grávida, meu marido deu uma festa no andar de baixo para o filho de outra mulher. Através de uma conexão mental secreta, ouvi meu marido, Dom Dante Rossi, dizer ao seu consigliere que iria me rejeitar publicamente no dia seguinte. Ele planejava fazer de sua amante, Serena, sua nova companheira. Um ato proibido pela lei antiga enquanto eu carregava seu herdeiro. Mais tarde, Serena me encurralou, seu sorriso venenoso. Quando Dante apareceu, ela gritou, arranhando o próprio braço e me culpando pelo ataque. Dante nem sequer olhou para mim. Ele rosnou um comando que congelou meu corpo e roubou minha voz, ordenando que eu saísse de sua vista enquanto a embalava em seus braços. Ele a mudou, junto com o filho dela, para a nossa suíte principal. Fui rebaixada para o quarto de hóspedes no fim do corredor. Passando pela porta aberta dela, eu o vi embalando o bebê dela, cantarolando a canção de ninar que minha própria mãe costumava cantar para mim. Eu o ouvi prometer a ela: "Em breve, meu amor. Vou romper o laço e te dar a vida que você merece." O amor que eu sentia por ele, o poder que escondi por quatro anos para proteger seu ego frágil, tudo se transformou em gelo. Ele achava que eu era uma esposa fraca e impotente que ele poderia descartar. Ele estava prestes a descobrir que a mulher que ele traiu era Alícia de Luca, princesa da família mais poderosa do continente. E eu finalmente estava voltando para casa.

Você deve gostar

Marcado Pelo Passado, Seduzido Pela Inocência

Marcado Pelo Passado, Seduzido Pela Inocência

Krys Torres
5.0

No coração de Moscou, onde poder e segredos caminham lado a lado, um homem ergueu um império sobre o medo e o controle. Nikolai Romanov é esse homem. Um CEO frio e calculista, forjado nas sombras de um passado que nunca perdoou. À luz do dia, é o magnata respeitado que comanda negócios bilionários. À noite, revela sua verdadeira face: a de um dominador absoluto no Red Velvet, clube exclusivo onde prazer e dor se confundem em jogos de submissão e poder. Para ele, amor não existe. Sentir é fraqueza. E fraqueza é algo que ele nunca permitirá. Mas tudo muda quando o destino coloca Irina Petrov em seu caminho. Jovem, inocente e desesperada para salvar a família, ela aceita a proposta que pode condená-la: acompanhar o homem mais temido de Moscou por um final de semana. O que deveria ser apenas uma troca, um acordo silencioso, transforma-se rapidamente em uma armadilha de desejo e perigo. Irina não conhece as regras. Não entende os limites. Mas justamente por isso se torna impossível para Nikolai resistir. Entre eles nasce uma obsessão proibida, uma chama que ameaça devorar os dois. Ele tenta resistir, mas a obsessão cresce como um veneno. Ela desperta nele algo que acreditava estar morto: o impulso de possuir, de marcar, de destruir, de fazê-la sua. Ele acredita que pode controlá-la. Ela acredita que pode escapar dele. Mas em um mundo onde correntes prendem mais do que corpos, e onde cada toque é tanto promessa quanto ameaça, a verdade é implacável: Quando Nikolai Romanov decide tomar algo, nada, nem o céu, nem o inferno, pode detê-lo.

Capítulo
Ler agora
Baixar livro