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O Livro Proibido Os Guardiões

O Livro Proibido Os Guardiões

NY.Daher

5.0
Comentário(s)
246
Leituras
5
Capítulo

Ainda estava bastante escuro quando Reyzel se levantou sem causar qualquer barulho, com medo que seus irmãos pudessem descobrir o que sempre fazia nesse mesmo horário. Passou pelos corpos adormecidos e saiu da grande tenda que eles dividiam. Nenhum som saiu de seus pés, seu caminhar era tão suave, que se igualava as antigas feras que moravam naquelas montanhas. Cada segundo era crucial para que nada desse errado. O único som que se ouvia era a brisa que passava sorrateiramente pelo seu corpo. Heyzel parou por um estante e observou tudo que estava a sua volta, infinitas estrelas davam graça a negritude do céu, o ar geralmente gelado naquela época do ano estava levemente mais quente do que ele se lembrava da ultima vez que esteve naquelas terras. Os carvalhos e enumeras outras arvores daquela montanha estavam recheadas de criaturas noturnas, se alguém parasse por tempo suficiente para observar era possível ver alguns olhos luminosos observando, muitas delas eram repulsivas aos olhos, mas também existiam as mais raras e maravilhosas criaturas da escuridão. O caminho pelo qual sempre seguia não era fácil, era uma descida inclinada, cheia de pedregulhos, raízes e muitas das vezes criaturas peçonhentas e venenosas. A parte mais íngreme da descida era onde elas menos abitavam, mas caso ocorresse uma queda o rio que o esperava lá em baixo definitivamente o mataria. O Thewinkr conhecido por muitos como o Devorador de almas, o veneno que corria por ele era tão fatal que matava qualquer criatura tola o bastante para chegar a cinco metros de distancia, apenas com o vapor que exalava. Era o rio que separava Edón do reino das temidas criaturas da noite. Ele poderia ter fechado os olhos por um segundo imaginando onde gostaria de estar, seria mais fácil. Ele poderia estar em qualquer lugar dentro de alguns quilômetros, simples assim. Esse foi o dom que ganhou quando nasceu, ele e seu irmão eram os únicos que possuíam essa habilidade. Saltar por entre os véus do tempo podia ser mais rápido que um piscar de olhos, era algo extraordinário, principalmente quando estava em batalhas. Ele poderia matar o dobro que qualquer um de seus soldados, sempre tinha sido assim. Mas ali, naquele instante, onde cada segundo contava para que desse certo seus dons eram inúteis. Qualquer um poderia sentir quando seu corpo começasse a desaparecer. O transporte era extraordinariamente rápido

Capítulo 1 Prólogo

Ainda estava bastante escuro quando Reyzel se levantou sem causar qualquer barulho, com medo que seus irmãos pudessem descobrir o que sempre fazia nesse mesmo horário. Passou pelos corpos adormecidos e saiu da grande tenda que eles dividiam. Nenhum som saiu de seus pés, seu caminhar era tão suave, que se igualava as antigas feras que moravam naquelas montanhas. Cada segundo era crucial para que nada desse errado. O único som que se ouvia era a brisa que passava sorrateiramente pelo seu corpo.

Heyzel parou por um estante e observou tudo que estava a sua volta, infinitas estrelas davam graça a negritude do céu, o ar geralmente gelado naquela época do ano estava levemente mais quente do que ele se lembrava da ultima vez que esteve naquelas terras. Os carvalhos e enumeras outras arvores daquela montanha estavam recheadas de criaturas noturnas, se alguém parasse por tempo suficiente para observar era possível ver alguns olhos luminosos observando, muitas delas eram repulsivas aos olhos, mas também existiam as mais raras e maravilhosas criaturas da escuridão.

O caminho pelo qual sempre seguia não era fácil, era uma descida inclinada, cheia de pedregulhos, raízes e muitas das vezes criaturas peçonhentas e venenosas. A parte mais íngreme da descida era onde elas menos abitavam, mas caso ocorresse uma queda o rio que o esperava lá em baixo definitivamente o mataria. O Thewinkr conhecido por muitos como o Devorador de almas, o veneno que corria por ele era tão fatal que matava qualquer criatura tola o bastante para chegar a cinco metros de distancia, apenas com o vapor que exalava. Era o rio que separava Edón do reino das temidas criaturas da noite.

Ele poderia ter fechado os olhos por um segundo imaginando onde gostaria de estar, seria mais fácil. Ele poderia estar em qualquer lugar dentro de alguns quilômetros, simples assim. Esse foi o dom que ganhou quando nasceu, ele e seu irmão eram os únicos que possuíam essa habilidade. Saltar por entre os véus do tempo podia ser mais rápido que um piscar de olhos, era algo extraordinário, principalmente quando estava em batalhas. Ele poderia matar o dobro que qualquer um de seus soldados, sempre tinha sido assim. Mas ali, naquele instante, onde cada segundo contava para que desse certo seus dons eram inúteis. Qualquer um poderia sentir quando seu corpo começasse a desaparecer. O transporte era extraordinariamente rápido, mas todos poderiam sentir a mudança no ar, era como uma brisa gelada, como se o próprio ar se moldasse para que ele pudesse se mover, deixando assim um rastro de frio gélido por onde passava. E isso chamaria a atenção de muitos olhos indesejáveis e causariam muitas perguntas que ele não estava pronto para responder, nem sabia se teria a respostas para elas.

Era preferível usar as habilidades e os reflexos que conquistou nos longos anos de treinamento e batalhas que teve, era tudo o que podia usar, mas era o bastante para ajudar na descida e subida da montanha.

Quando conseguiu avistar o ponto mais baixo, saltou, mas ainda estava a alguns metros do chão, o baque de seus pés foi suave, as folhas mortas das árvores amorteceram a queda. A pequena campina estava quieta e o brilho da lua refletia no lago e iluminava seu caminho. Como uma pantera caminhando silenciosamente em busca de sua preza, ele chegou ao final de sua jornada e observou deslumbrado, a mulher que o esperava sentada em uma pequena rocha perto da água, não perto o bastante para que o veneno o afetasse ainda do seu lado do rio, ele não sabia como ela conseguia atravessar, isso era uma das coisas que ela nunca contou entre tantas outras, mas não importava, não quando eles poderiam estar junto mesmo que por períodos curtos. Nada importava, não quando ele estava com ela.

Narhi Clarthinw passava seus dedos magros, esqueléticos e elegantes em seus longos cabelos negros enquanto cantava uma melodia antiga, tão antiga quanto aquele rio que ela observava, ele parou por um momento enquanto admirava sua beleza, ele nunca se arrependeria de ter encontrado ela, em nenhum momento sentiu remorso pelo que estavam vivendo. Ele adorava sua voz e as canções que saia de seus lábios, algo muito belo feito por uma criatura sombria. A sua voz o lembrava de casa, de uma época em que teve paz, mesmo que essa paz viesse de um mundo de trevas. Como se sentisse sua presença Narhi parou de cantar e olhou por cima do ombro, olhos antigos e frios se aqueceram por um estante e isso bastou para que Heyzel tivesse a certeza que valeria a pena. Tudo valeria a pena por ela, até perder sua doce alma para tê-la.

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