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A Rainha Está de Volta 2

A Rainha Está de Volta 2

Arte

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Leituras
12
Capítulo

Galatéia volta a vida, contudo precisa lidar consigo mesma antes de ir atrás de seus filhos.

Capítulo 1 Prólogo

Os lobos estão sanguinários.

Embora todos tenham conseguido voltar com suas vidas normais, os animais ainda não havia se adaptado; o que os deixava mais famintos que o normal. Contudo, Galatéia não sabia disso, dormiu por três anos e não fazia ideia do quanto as coisas havia mudado.

Joelhos fracos, visão nublada e a língua presa no céu da boca, com sede e sono. Mas é neve, ela não poderia dormir aqui ao menos que quisesse morrer congelada ou devorada por algum felino a espreita. Um barulho perto das árvores coberta de neve chamou sua atenção. Estava fraca, apesar da água ter curado metade da sua fatiga, precisava de muito mais se quisesse se proteger até de um simples lobo.

E para o seu desgosto, não era apenas um e sim uma alcateia inteira.

Correu em direção a um graveto no chão, grosso e pontudo o suficiente para ser usado como arma. Quando um dos lobos saltou em cima dela, foi obrigada a enfiar o espeto enquanto chutava o segundo que correu em sua direção. Se sentia mal por ter que matar, já que os achava muito parecidos com cachorros fofinhos, tirando o fato de que cachorros não comia a carne de outros seres. Mais um veio em sua direção, mordendo seu braço e arrancando um pedaço de sua pele acima do cotovelo.

Galatéia rangiu os dente, evitando gritar, não querendo chamar a atenção indesejável de mais criaturas da noite. Não era a primeira vez que passava por algo assim, mas era a primeira que se encontrava tão frágil. À medida que seu sangue pingava no chão, mais sua visão nublava enquanto mais lobos se aglomerava ao seu redor, sedentos.

De repente, todos pularam em cima dela, um deles arrancando um dedo de seu pé, desta vez fazendo-a berrar de dor tentando se levantar e tendo o rosto mordido, sentindo falta da carne de sua bochecha direita.

Não podia fazer mais nada além de aceitar o seu futuro. Contra sua vontade, o canto da sereia saiu engasgado de sua garganta, fraco demais para ser ouvido e tarde demais para ser ignorado.

Ao longe, o tritão ouviu.

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