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A arqueira

A arqueira

Arte

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Capítulo

Após ajudar o rei, Makva rever os homens que destruíram o seu vilarejo e a sede por vingança retorna.

Capítulo 1 Estou salva... Estou

O calor enorme poderia ser facilmente comparado a estar no inferno. Makva sabia bem demais sobre isso porque ela própria já o havia visitado anos atrás. As ruas de pedra estavam movimentadas, os carroceiro passavam por cima de poça de lama consequentemente acertando em outras pessoas, mas não estavam preocupados em se desculparem. Tinham um trabalho a fazer e se não o entregasse a tempo poderia ter sua cabeça cortada e colocada em uma estaca.

A garota de mecha branca usava calças apertadas e marrons com uma blusa branca, colada o suficiente para fazer com que seus peitos ficassem maior. Isso não era um convite para qualquer um dos homens, muito menos uma forma de se exibir... ou talvez fosse isso mesmo, seu ego era enorme e o simples fato de que poderia fazer várias pessoas olhar em sua direção a animava. Os Favks sabia o quanto ela adorava a si mesma todos os dias ao ver sua imagem refletida em alguma superfície.

Contudo, o arco que estava preso em suas costas dizia que ela não hesitaria em atirar em alguém e certamente o fato de alguém está andando com uma arma nas costas chamasse mais a atenção que a sua aparência, mas no momento ela não se importava, contando que todos estejam focados nela. Ao longe, em uma barraca de maçãs verdes ela pôde ver um jovem alto, pele aparentemente sedosa e absurdamente branca, cabelos tão pretos quanto a noite e olhos amarelos como de um felino a espreita.

— Me diga, senhora — ele aponta novamente para a fotografia preto e branco em suas mãos. — Você viu está garota passar por aqui?

Makva ouviu um trecho do que dizia, mas não conseguiu indentificar a resposta da mulher, o que poderia ter sido algo negativo. O viu suspirar, derrotado, passando as mãos pelos cabelos em uma demonstração clara de preocupação. A garota se aproximou, despreocupada e se curvou para olhar a foto em sua mão sem que ele a mostrasse diretamente para ela.

— O que você está fazendo?! — o homem se assusta, pulando para trás.

— Ora, observando a foto.

— Isso eu sei, mas...

— É uma bela fotografia, onde ela pagou para tirar? Preciso de uma — joga os cabelos para trás, apoiando suas mãos na cintura.

O homem estava encarando-a, não como a maioria que expressa admiração por sua beleza e sim como se ela fosse alguma criatura parva. Isso foi um choque para o seu ego, mas faz o possível para ignorar.

— Minha irmã sumiu e você está focada em descobrir onde ela tirou está foto?

— Sim.

Ele bufou, revirando os olhos, dando-lhe as costas. Makva o encarou estupefata.

Como ele ousa ignorá-lá?

— Ei! — chamou.

Ele parou, perguntando-se mentalmente se deveria ter feito isto mesmo.

— Não vai mesmo me dizer onde ela tirou a foto? — perguntou novamente.

— Vai se tratar — ele mostra o dedo do meio antes de se retirar e se perder no meio da multidão de pessoas.

Makva continuou observando o local por onde ele foi na esperança de ver ele voltar, mas não voltou.

— As pessoas de hoje em dia são tão ignorantes... — murmura para si mesma, caminhando em direção a floresta.

(...)

Ela mirou no animal que estava parado, alimentando-se de plantas. Puxou o ar com força, soltando a corda, fazendo com que o entalhe de madeira com ferro na ponta se afundasse na carne do veado. Makva pulou da rocha em que estava, trilhando até ele morto no chão.

— Sinto muito por hoje não ser seu dia de sorte — analisa o animal, pegando sua faca do coldre. — Mas estou morrendo de fome e você apareceu no momento certo para mim e no errado para você — confessa para o animal morto.

Quando suas mãos se enterrou dentro do animal, sujando-a de sangue, ela ouviu um grito agudo por entre a floresta. Sua cabeça se ergueu imediatamente, em silêncio tentando ouvir mais alguma coisa. Ela ouvi mais uma sequência de grito e corre a alta velocidade na direção, sentindo cheiro forte de sangue humano adentrar sua narina.

Makva morava nas ruínas de uma grande cidade, embora passasse mais tempo na floresta o que a permitia conhecer como a palma de sua mão. Ela saltou por um galho indo direto para o outro, assim como um primata. Sua visão aguçou e quando percebeu o problema quase atirou em si mesma.

Ao longe havia uma garota de cabelos loiro platinado, olhos verdes, rosto fino de bochechas fundas e pele branca. Usava um pijama branco, aparentado ter sido sequestrada no meio da noite. Em sua frente uma pantera faminta se aproximava e não estava errada em querer se alimentar, a intrusa é a humana. Quando decidiu vira-se para ir embora, sua consciência pesou, fazendo-a bufar e aterrissar no chão, chamando a atenção do animal e da garota escandalosa.

— O que você está fazendo aqui? — indaga, caminhando despreocupada.

— P-por favor, me ajuda! — chora copiosamente. A pantera rosna, tentando se aproximar, mas Makva a acaricia, acalmando-a. — E-esse animal é seu? — estava espantada.

— Não fale assim — rosna igual a um felino. — É você que está no território dela.

— Desculpa! E-eu não sei como vir parar aqui! — se defende.

Makva revira os olhos, não dava a mínima para como ela havia parado alí, contudo quando seus olhos se fixaram nela, algo veio em sua mente.

— Eu sei quem é você... — cerra os olhos, forçando a mente.

— Conhece? — pergunta, seus olhos ainda presos na pantera.

Demora uns minutos até que ela fale novamente, mas quando fala está animadíssima.

— Você é a garota desaparecida da fotografia!

A garota a encara, sem entender nada.

— Eu...

— Vamos, eu vou te levar para o seu irmão — faz um sinal para que a outra a siga, dando as costas.

Todavia, quando a desconhecida faz um breve movimento o animal pula em direção a ela. Makva, puxa o animal pelo rabo.

— Cuide, passe. Estou com fome e toda essa enrolação está me deixando estressada — avisou.

A garota caminhou para o lado, relutante. Quando finalmente se manteve longe, suspirou aliviada.

Mas isso não durou.

— Torça para que seu irmão esteja dando alguma recompensa pelo seu retorno ou irei trazê-la de volta para cá e darei de comida para a minha menina — avisa, sorrindo remansada.

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