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Uma Dose de Amor

Uma Dose de Amor

Mel Cooper

4.9
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21
Capítulo

Aimée, é uma jovem mulher que acabou de completar seus vinte e cinco anos. Recém formada em gastronomia e com dificuldades para ter sua independência, tem sua rotina mudada drasticamente da noite pro dia quando sua melhor amiga acaba se acidentando. Com tamanha mudança, em uma noite tirada para si a mesma acaba conhecendo um gringo que vai mudar não só sua vida, como fará com que seu coração fique dilacerado. Henrico, um homem arrogante, que nunca esteve em um relacionamento sério, mandão, sarcástico e bipolar. Em um mundo completamente novo, seria possível ele se apaixonar? Quando vai para a Bahia após abrir sua primeira filial brasileira, acaba encontrando uma pessoa que o fará duvidar de suas próprias palavras, mas não antes de machuca-lá. Estão preparados para saberem se ambos estarão dispostos a deixar a dose de amor os embebedar?

Capítulo 1 — Início de tudo

Droga.

Mais um dia se passou e ninguém arrumou o elevador. Tá barril continuar dessa maneira. Moro no décimo andar de um prédio quase caído em Camaçari e fazem quase dois anos que o elevador quebrou e ninguém fez questão de correr atrás para poder ajeitar, e mesmo que eu tivesse pegado no pé do porteiro, ele não mexeria seu dedinho para nada. Espero um dia ter dinheiro suficiente para poder me mudar.

Desde que me mudei da casa da minha mãe, dois anos atrás, anda difícil ter uma boa vida. Eu trabalho como garçonete em uma conveniência de lanches em Salvador. O salário não é bom, mas pra quem quer ter sua independência já é um belo início. Moro sozinha, pago aluguel, água e energia, e com o restante do dinheiro tento sobreviver até o fim do mês, gastando com alimentação.

Olho para as escadas que me chamam e dou um sorriso fraco. Não tenho do que reclamar, eu tenho um teto para morar e é isso que importa. Tantas pessoas que nem isso tem. O que me faz lembrar que minhas últimas moedas eu entreguei para uma mulher que queria comprar seu jantar alguns minutos atrás, antes de entrar no meu prédio. Mas essa é a vida, temos que ajudar aqueles que não tem, com o pouco que temos.

Meus pés estão esmagados na minha sapatilha, a mesma já estava quase abrindo um buraco no meu dedão do pé de tão desgastada que. Começo a subir os degraus rapidamente, pois ansiava por um banho. Sentia o suor grudento em minha nuca, o que me deixava agoniada.

Depois de alguns minutos correndo nos degraus, dobro meu corpo para a esquerda para então ir em direção a porta do meu pequeno apartamento. Ergo uma sobrancelha confusa por Bella estar ali, parada e com uma expressão facial assustada e de quem chorou.

Conheci Bella assim que entrei na faculdade, formei-me em gastronomia com a ajuda dos meus pais e desde então temos uma amizade firme e forte de oito anos. Ela é americana e veio tentar a sorte no Brasil. Confome suas próprias palavras, se apaixonou por Bahia.

— Bella, não sabia que viria. Por que não me ligou? — pergunto, abrindo minha bolsa para pegar a chave da porta. — Tá tudo bem?

Fecho o zíper da bolsa marrom e ergo as chaves, enquanto noto seus olhos lacrimejados. Merda.

— Eu te liguei, mas pelo visto seu celular estava sem bateria, como sempre — fala, enquanto eu encaixava a chave na fechadura da porta e logo abro a mesma. Deixo Bella passar na frente e logo fecho a porta atrás de mim.

Não respondo ela de volta, apenas deixo minha bolsa sobre a mesinha, tiro minha sapatilha, abro o zíper da calça que me incomodava, assim como faço com os três botões da camisa que visto. Está muito calor.

Jogo-me no sofá e manejo com a cabeça para que ela faça o mesmo. Não demora para que ela se joga em meu colo, chorando a ponto de se engasgar. Sabia que algo havia acontecido.

— O Felipe terminou comigo. — Abro minha boca para responder alguma coisa, mas naquele momento não consegui. Eu sou péssima com conselhos.

Abraço seu corpo com a maior força habitada em mim e deixo que ela se acalme, para que pudesse explicar-me melhor o que havia acontecido.

Felipe era seu namorado há três anos, ambos gostavam-se bastante e mesmo que eu no inicio tivesse um pé atrás com ele, ele mostrou ser totalmente o oposto do que eu imaginava ser, mas ainda sim não confiava de olhos fechados. Entretanto, ele fazia Bella feliz e era isso que importava.

Passa quinze minutos e ela começa a recompor em meu colo, ergueu-se e foi até a cozinha, creio que para buscar água, então aproveito para fazer o mesmo. Meu apartamento era composto por três cômodos, um se dividia por um balcão, tornando-se a sala e a cozinha, um quarto e um banheiro. Como eu moro sozinha, é o suficiente para mim.

Sento-me no banquinho após pegar um copo d'água e vou bebendo aos poucos, enquanto observo Bella que tinha seus lábios inchados de tanto morder. Acho que poderia ser o momento certo para perguntar o que havia acontecido.

— Quer me contar o que aconteceu? — Coloco o copo sobre o balcão e espero ela terminar com a água que bebia.

Torço para que não fosse algo tão grave e que pudesse ser resolvido. De toda forma, Bel e ele faziam um belo casal e eu já imaginava ambos casados e com filhos.

Preciso parar de ler histórias da internet. Pareço uma adolescente sonhando com finais felizes.

— Eu tô grávida e ele não é o pai.

Enquanto estou perdida em pensamentos minha melhor amiga solta isso. Abro minha boca para responder, mas fico sem palavras. Meus olhos provavelmente estão arregalados. Mas sabia que não era só isso, pois em seguida ela volta a chorar e pedir ajuda.

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