O que pode dar errado quando um acordo frio e calculado começa a esquentar? Laura Mendes, uma mulher carismática, linda e cheia de vida, está disposta a enfrentar o inesperado. Nicolas Sanchez, um homem sério, reservado e avesso a compromissos, precisa de um casamento de conveniência para proteger seus interesses. Um contrato simples, um benefício mútuo. Mas será que esse acordo permanecerá apenas no papel quando os dois começam a dividir não só um sobrenome, mas também suas vidas? Entre provocações, faíscas e momentos de pura química, as linhas entre o negócio e o coração ficam cada vez mais borradas. Até onde Laura e Nicolas estão dispostos a ir quando o amor se torna o único termo impossível de evitar?
Sou acordada pelo despertador que começa a gritar às exatas 7:30 da manhã. Aquele toque escandaloso faz com que eu lembre que preciso levantar para cumprir as minhas obrigações e ajudar a colocar comida na mesa, me chamo Laura e aqui minha história começa.
Reluto contra a minha própria realidade e continuo por todo o tempo que posso na minha agradável cama, infelizmente o significado de todo o tempo possível, dura menos que desejo, já que a minha mente insiste em lembrar que os meus boletos estão para vencer.
Ao lembrar da minha triste realidade, levanto da cama o mais rápido que posso, apenas assim para que eu acorde de vez. Assim que deixo a cama, enrolo os meus pés no cobertor que me aquecia e cai ao chão.
- Tudo bem, não precisa fazer isso, eu já acordei. Cama m@l educada. - Resmungo.
Tentei ficar tranquila, mas não é nada legal levantar e ser jogada ao chão por seu próprio cobertor, mas tudo bem, levanto do chão e caminho até o banheiro.
- Bora! Preciso tomar banho para animar e trabalhar.
(...)
Ao fim do meu expediente fui chamada no escritório do meu chefe e tive a pior notícia que poderia ter nesse momento.
- Como assim demitida. Sr. Bruno? - Falo, surpresa.
- Sinto muito Laura, mas acredito que você tenha percebido o quanto nosso movimento diminuiu após a inauguração da farmácia em frente. Fizemos o possível para te manter conosco, mas no momento não conseguiremos manter o seu salário.
- Não posso perder meu emprego.
- Infelizmente a decisão está tomada. Mas pode ter certeza que assim que melhorar o movimento vou te chamar novamente, eu prometo. Você é uma excelente funcionária e eu não tenho o que falar de você. O motivo desse desligamento é unicamente por corte de gastos. - Ele explica o motivo da demissão.
- Eu não posso esperar o movimento melhorar. Sr. Bruno, não posso ficar desempregada, minha família precisa de mim, trabalhando. - Falo, sincera.
- Entendo seu descontentamento, Laura, mas pense comigo, você ainda terá um tempo, vamos acertar os cinco anos com você e isso te dará o direito ao auxílio por alguns meses. Quem sabe até lá nosso movimento volta o que era antes, pensemos positivo, queremos ter você de volta em breve. - Ele fala, calmo, enquanto tento não surtar.
- O Sr. já viu o quanto é difícil encontrar emprego nessa cidade. Eu não posso ficar por conta desse auxílio, preciso de outro emprego para ontem. - Falo, chateada.
- Sinto muito Laura, de verdade. Mas espero que você volte quanto antes a trabalhar conosco. Enquanto isso, preciso que você passe aqui na sexta-feira para assinar sua rescisão. - Ela fala, angustiado.
- Tudo bem, obrigada por tudo, eu passo aqui na sexta. - Falo, decepcionada, e caminho até a porta de saída.
- Laura, você é uma boa funcionária, logo vai conseguir outro emprego. E se não conseguir, assim que melhorar o movimento vou te ligar para você voltar. - Ele fala, sincero.
Assenti com a cabeça e fui embora chateada e completamente desesperada por dentro.
(...)
Isso não podia ter acontecido, o que farei agora.
Preciso conseguir um novo emprego urgente ou as coisas vão ficar feias para o meu lado.
Retorno para a casa, converso com minha mãe e meu irmão, que me dão muito apoio.
- Não fique tão preocupada, logo você consegue outro emprego, aproveite esses dias para descansar um pouco. - Luís tenta me tranquilizar.
- Seu irmão está certo, faz quase dois anos que você não tira férias minha filha, aproveita e descansa, Deus sabe o que faz, nós que não sabemos o que falamos. - Minha mãe fala, tranquila.
Ela beija minha testa e se levanta, fico na sala sozinha com meus pensamentos.
Fiquei perdida em meus pensamentos por alguns minutos, depois de algum tempo chamo por Letícia e a levo até a casa da amiguinha, prometi mais cedo que a levaria para se despedir, já que daqui a pouco ela irá viajar com minha mãe.
Depois que voltamos, deixei Letícia arrumada para seu passeio.
- Agora vai se arrumar porque o caminho para casa da Samantha é longo. - Luís fala, tranquilo.
- Você vai hoje para a casa da Samantha? É muito longe, minha filha, porque não deixa para ir amanhã, já está tarde. - Minha mãe fala, preocupa.
- Ainda são sete horas, mãe. - Luís sorri.
- Mas a Samantha mora do outro lado da cidade, até ela chegar já é meia-noite. Que horas ela voltará para casa. - Abraço minha mãe e beijo sua bochecha.
- Não se preocupe, mamãe, o Luís vai ver uma garota, ele vai me levar. E eu não venho hoje, dormirei lá já que agora sou uma desocupada e desempregada. - Falo rindo com chateação.
- Não fala assim minha filha, daqui a pouco você consegue outro emprego, confie. - Ela fala, carinhosa.
- Espero que sim ou vou ter que me pr0stituir por aí.
- Laura! - Ela fala em repreensão.
- Desculpa, mamãe, vou tomar banho e já venho Luís. - Falo, tranquila.
- Não demora ou vou te deixar aqui. - Luís sorri ao dizer.
- Se fizer isso, eu vou te bater. - Grito enquanto corro para o banheiro.
- Se tiver muito sem graça na casa da mina, eu vou colar lá na Samantha mais tarde, vê se ajeita uma mina responsa lá para mim. - Luis fala, rindo.
- Toma vergonha, vai ficar de boa com a menina que está. - Falo, sério.
- Amanhã você trabalha Luis, nada de chegar tarde. - Minha mãe fala, firme.
- Tranquilo, mãe, vai ser só uma resenha com alguns amigos. Mas estou brincando, após ver minha gatinha venho embora. - Ele fala, calmo.
- Que bom, porque essas resenhas na casa da Samantha costumam acabar tardiamente. - Ela alerta.
- Hoje é segunda mãe, vai terminar antes das seis da manhã. - Ele sorri.
- Deixe de ser sem vergonha, rapaz, sossega. - Ela fala, firme, os dois conversam até que eu termine de me vestir.
Assim que termino de me produzir nos despedimos de Letícia e da minha mãe, elas seguem viajem para o passeio até a casa da minha avó, e eu e Luís seguimos para a casa de Samantha.
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