Traição em Dose Dupla

Traição em Dose Dupla

Gavin

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O cheiro do aeroporto me deixava ansioso, mas hoje era diferente. Finalmente, depois de dois longos anos, minha amada Ana voltaria para casa. Mas meu sorriso congelou no instante em que a vi empurrando um carrinho de bebê duplo. Dentro, dois bebês, em mantas azuis. \"São nossos filhos\", ela disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo, ignorando nosso acordo de \"dupla renda, sem filhos\" e as fortunas gastas em tratamentos de fertilidade. Levei-a para casa em torpor, e lá, a bomba explodiu: \"Eles não são biologicamente nossos. São filhos do Pedro. Você precisa largar seu emprego para cuidar deles.\" Pedro, o ex-namorado moribundo que Ana \"ajudou\" em sua \"viagem de negócios\". Minha mente girava, mas o estômago despencou quando uma notificação bancária surgiu: duzentos mil reais da nossa conta conjunta, transferidos para Pedro Almeida. A traição não era só emocional e física; era financeira. Ana, sem remorso, tentou me manipular: \"Ele precisava do dinheiro para o tratamento. Eu ia te contar.\" Mas eu sabia que não ia. Eu, o marido ingênuo, o caixa eletrônico. Naquele momento, mais do que a dor, um vazio gelado preencheu o espaço onde antes havia amor. Minha vida, como eu a conhecia, acabara.

Introdução

O cheiro do aeroporto me deixava ansioso, mas hoje era diferente.

Finalmente, depois de dois longos anos, minha amada Ana voltaria para casa.

Mas meu sorriso congelou no instante em que a vi empurrando um carrinho de bebê duplo.

Dentro, dois bebês, em mantas azuis.

\"São nossos filhos\", ela disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo, ignorando nosso acordo de \"dupla renda, sem filhos\" e as fortunas gastas em tratamentos de fertilidade.

Levei-a para casa em torpor, e lá, a bomba explodiu: \"Eles não são biologicamente nossos. São filhos do Pedro. Você precisa largar seu emprego para cuidar deles.\"

Pedro, o ex-namorado moribundo que Ana \"ajudou\" em sua \"viagem de negócios\".

Minha mente girava, mas o estômago despencou quando uma notificação bancária surgiu: duzentos mil reais da nossa conta conjunta, transferidos para Pedro Almeida.

A traição não era só emocional e física; era financeira.

Ana, sem remorso, tentou me manipular: \"Ele precisava do dinheiro para o tratamento. Eu ia te contar.\"

Mas eu sabia que não ia.

Eu, o marido ingênuo, o caixa eletrônico.

Naquele momento, mais do que a dor, um vazio gelado preencheu o espaço onde antes havia amor.

Minha vida, como eu a conhecia, acabara.

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5.0

No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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