OBCECADA PELO MEU TIO

OBCECADA PELO MEU TIO

Maribel Melito

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1.1M
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40
Capítulo

Isabela de Souza Abrantes é jovem e cresceu praticamente criada pelo pai, pois a mãe de Isabela faleceu no parto. Bela como é chamada pelo pai e por todos os seus parentes é uma menina muito centrada, estudiosa e inteligente, porém é completamente obcecada pelo tio Guilherme. A última vez que Isabela viu o tio foi quando ela tinha quinze anos de idade, e mesmo com pouca idade ela já admirava o tio, mas com o passar dos anos, ela percebeu que o seu sentimento ia além da admiração, porém Isabela sabe que este sentimento não pode ser alimentado, pois é algo impossível. Por isso, ao fazer dezoito anos e concluído o ensino médio, ela aceitou o presente do tio para fazer um intercâmbio durante um ano por toda Europa. Um ano depois ela retornou para o apartamento em Copacabana onde morava com o pai e decidiu que iria estudar odontologia na UFRJ, mas Bernardo tinha outros planos, ir morar no Canadá definitivamente com a filha. Bela recusou de todas as formas ir morar em outro País. Como ela sabia que seu pai jamais a deixaria viver sozinha em Copacabana, e seus avós moram em São Paulo, Isabela decidiu ligar para a única pessoa que ela poderia contar, tio Guilherme. - Tio, você aceita vir morar comigo? - Foi a primeira coisa que bela perguntou quando seu tio atendeu a ligação.

Capítulo 1 Brasil

Guilherme Casagrande

Bernardo é meu irmão de criação e a nossa relação sempre foi de parceria e muita amizade. Eu o apoiei muito quando a sua esposa Elena faleceu, eu nunca tinha visto o meu irmão tão devastado e jurei a mim mesmo que nunca passaria por aquele tipo de situação.

Os meus pais, assim como os pais de Bernardo se divorciaram há muitos anos, por isso, a minha mãe se casou com o pai de Bernardo quando eu tinha seis anos e Bernardo tinha quatorze. Não tivemos nenhum problema em formar uma família, pois desde o início nos dermos muito bem. Morávamos em uma casa, considerada de classe média no centro de São Paulo, e por ser mais velho, Bernardo sempre me tratou como o irmão caçula.

Ele se casou aos vinte e sete anos com Elena e se mudou para um apartamento na zona leste de São Paulo. Eu admirava muito o meu irmão, mas não pretendia me casar tão cedo como ele fez. Estava praticamente casado com a medicina, pois pretendia ser um dos melhores na minha carreira.

Lembro-me quando Bernardo me ligou contando que Elena estava grávida. Eu fiquei muito feliz pelo meu irmão, mas não puder deixar de fazer comparações. Ele já tinha trinta anos e estava muito bem casado e feliz com a sua esposa, enquanto isso, eu nunca tive um relacionamento considerado saudável. Sentia inveja do meu irmão nesse sentido.

Porém, sete meses depois quando Isabela nasceu prematuramente, Elena mesmo sendo muito nova não suportou o parto e faleceu quando deu à luz. Naquele dia a vida do meu irmão mudou drasticamente!

Voltamos a morar na casa dos meus pais, pois Bernardo não tinha a menor ideia de como criar uma criança sem Elena, e ele confessou-me que toda vez que olhava para a filha lembrava-se da esposa falecida e isso doía demais. Por isso, durante dez anos da minha vida eu me dediquei a minha carreira e o apoiei no que pude em relação a Isabela, assim como nossos pais, que são avós babões e quando meu irmão começou a recuperar a vida dele eu me sentir mais tranquilo para percorrer outros caminhos.

Decidir que iria me dedicar a conhecer o mundo e fazer alguns trabalhos voluntários. Viajei e trabalhei em Portugal durante cinco anos, indo ao Brasil apenas quando bela fez quinze anos e fizemos uma festa de princesa para minha sobrinha.

Durante a minha estadia em Portugal cogitei a ideia de ficar noivo de Pamela, uma mulher espetacular que está comigo a praticamente dois anos, mas mesmo tendo quarenta anos de idade não me sinto preparado para casar-me.

Eu estava cogitando a ideia de retornar para o Brasil e me mudar para o apartamento que tenho em Copacabana, mesmo local que meu irmão mora. Na verdade, estou sentindo muita falta de todos e também da minha terra natal.

Vejo meu celular tocar sobre a bancada da cozinha e sorrio ao ver o nome de Bela no visor.

- Tio, você aceita vir morar comigo? – Ela fala.

- Você agora está lendo os pensamentos do seu tio. – Falo e sorrio para minha princesa.

- Você está falando sério? – Ela murmura feliz e parece não acreditar no que estou falando.

- Sim, estava pensando em voltar para o Brasil e sua ligação é o sinal de que estou fazendo a escolha certa. Amanhã mesmo vou verificar as passagens. – Falo e minha sobrinha grita do outro lado da linha.

- Amor cheguei – Pamela fala deixando algumas compras na cozinha. Aceno com a cabeça para ela e me afasto para poder falar com meu irmão.

Bernardo me explicou que daqui há uma semana pretende ir morar no Canadá. Questiono o motivo dessa mudança drástica de país, e ele me contou que é um projeto ambiental que ele ficará responsável e pretende ficar fora por pelo menos dois anos, e bela não irá com ele por causa da Universidade de odontologia que ela quer cursar no Rio de janeiro.

Ele perguntou se teria algum problema que eu ficasse esse período no apartamento dele cuidando de Isabela, falei que não teria problema nenhum, e que estava pensando em retorna para o Brasil. Posso ficar com Isabela durante dois anos tranquilamente, pois apesar de ser jovem a minha sobrinha não é irresponsável, rebelde e imatura. Ela puxou a inteligência do tio e é o meu orgulho. Finalizo a ligação com Bernardo e lhe digo para preparar o almoço em família no domingo, pois estarei no Brasil.

Isabela Abrantes

- Pamela vamos morar no Brasil? – Falo entrando na cozinha. Agora resta saber se ela irá comigo ou não.

Eu mal podia acreditar quando meu tio Guilherme falou que voltaria para o Brasil. Quando decidir ligar para ele não imaginei que ele fosse me responder de imediato que viria.

Eu já vou fazer vinte anos e sinceramente não vejo necessidade de morar com meu tio, não que seja um sacrifício para mim, mas meu pai nunca me deixaria morar sozinha no Rio de Janeiro.

Eu tinha três opções: Ir para o Canadá com meu pai, morar com meus avós em São Paulo ou morar com o tio Guilherme, e claro que a última opção ganha de lavada de todas as outras.

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