Luiza é uma mulher pluz size que finge nao ligar muito pra opinião dos outros. mas ao contrario do que pensam, as ofensas, as indiretas e ate as piadas a machucavam. Só havia uma pessoa que a tratava com respeito, seu chefe. Eles mal se viam, mas falavam muito pelo telefone. Em um momento de fúria da parte dele, suas palavras fazem com que o copo que ja estava cheio transborde. E ninguém estará preparado para oque verá.
Luiza:
Sento em minha mesa para começar mais um dia puxado na empresa Moore's Interprise.
Mas eu mal me encosto e meu celular corporativo começa a tocar.
- bom dia, Luiza fontes secretaria do senhor Leonardo Moore, em que posso ajudar?- digo toda a frase e penso antes de respirar fundo sabendo do dia cheio que vou ter.
- Sou eu Luiza.- a voz do meu chefe invade a linha.
Droga, devia ter olhada para ver que era ele.
- Bom dia sr. Moore. Deseja alguma coisa? - pergunto.
Ele dificilmente vem para essa filial da empresa e só liga quando é questão de trabalho.
- Sim, preciso que me envie os contratos com os maiores clientes em potencial, imprima alguns que irei te mandar para encaminhar a alguns setores da empresa. As dez haverá uma reunião importante com alguns acionista, a senhorita deve ir me representar e tomar notas.
Vou anotando todas as ordens que ele me dá.
Meu dia já seria cheio sem falar com ele, agora vou ter que lutar contra o tempo e fazer varias coisas enquanto atendo as ligações.
- Consegue fazer tudo isso antes do almoço?- ele pergunta.
Não.
- claro senhor, precisa de mais alguma coisa?- por favor diga não.
- Por enquanto não, se precisar ligo depois do almoço. -Ele diz e desliga.
Ele parece estranho, por mais que ele seja autoritário e muito profissional, de algum jeito ele parecia encomodado com algo.
Esqueço esse assunto, nem sou próxima do meu chefe.
So o vi duas vezes e por mais que ele tenha sido gentil, nem olhou muito para mim.
Não quando estávamos em um evento cheio de modelos.
Ah esse evento, uma das piores s festas que tive que cobrir.
A humilhação de me pararem na porta e perguntarem oque eu estaria fazendo em um evento onde só tinha modelos foi muito. Mas nada comparado aos cochichos das mulheres lá dentro e os olhares de repulsa de alguns homens.
Esqueço esse assunto e vou fazer oque foi me pedido.
Passo a manha todo imprimindo, enviando email para o chefe e contratos por todo o prédio.
Quando dá a hora da reunião arrumo minhas coisas e o caderno de anotação e vou para a sala no andar de baixo.
Quando chego quase todos ja estão ali.
Ouço risadas de umas das mulheres presentes mas não me importo em saber o motivo de suas risadas.
Me sento ao lado da cadeira que sr. Moore deveria ficar e espero a reunião começar.
- Acho que deveríamos vender, seria menos problemas para nossa cabeca.- um dos acionista diz.
- Oque?- pergunto fazendo com que todos na mesa me olham.
Não costumo opinar nas reuniões, mas meu dever é anotar e defender a visão do meu chefe caso necessário.
- Acho que a senhorita ouviu, quando o sr. Moore ler suas anotações ja estaremos negociando com o vendedor e ele não terá outra opção a não ser vender as ações na qual não vemos quase nenhum dinheiro, ou passar vergonha.- ele diz autoritário.
- Não pode negociar uma coisa que não é sua senhor. O contrato precisa da assinatura do sr. Moore, e ele nao quer vender.
- Se não vendermos, isso só nos trará problemas.- ele diz.
Esses homens.
É sempre assim, quando o sr. Moore nao esta eles acham que manda ma empresa.
- Não sei por que se preocupa, toda a gestão da empresa fica a cargo do sr. Moore, vocês só precisam ficar sentados recebendo os lucros e aparecendo em reuniões idiotas como essa.- digo e percebi que passei do limite.
- Quem pensa que é sua vadia gorda? Eu vou me encontrar com um potencial comprador na hora do almoço e na parte da tarde o contrato ja estará pronto para o sr. Moore assinar. Se ele não quiser que venha pessoalmente me dizer isso antes de me encontrar com o cliente.- ele diz e o sorriso que dá em minha direção diz que ele acha que essa discussão ja esta vencida.
Me levanto da cadeira e vou em direção a porta. Ele ainda sorri achando que ganhou.
- Se insistir nesse assunto, até o final do almoço haverá uma intimação do tribunal direcionada ao senhor. Proponho que pense bem.
- esta ameaçando me processar?- ele pergunta se levantando da mesa exaltado.
Todos na sala continua em silêncio, apenas observando.
- Não estou ameaçando, oque esta querendo fazer é considerado prática abusiva, quer vender algo que não é seu e fazer com que meu chefe seja obrigado a vender para que nao passe vergonha, tudo isso para que voce possa lucrar. E alem do mais um processo de injuria cairia muito bem para o meu chefe caso continue com isso.
- Pratica abusiva? Injuria? Injuria contra quem?- ele grita.
- O senhor me ofendeu enquanto eu estava só fazendo meu trabalho, nao vou discutir sobre isso, vai a esse almoço e consequentemente ira também a um tribunal no proximo mês.- com isso eu saio da sala e deixo todos la.
Droga.
Volto para o andar da presidência e pego o celular corporativo ligando para meu chefe que nao atende nenhuma das 5 vezes que liguei.
Deve estar em alguma reunião.
Ligo para o departamento juridico e um advogado sobe.
Explico tudo oque aconteceu para o advogado que vai tomar as devidas providências para que caso a venda seja fechada haja consequência.
Tento ligar novamente para o sr Moore mas nada dele atender.
Droga, que seja.
Pego minha bolsa para ir almoçar e desço pelo elevador.
Distraída mechendo em minha bolsa pego o elevador comum.
Ele vai parando em vários andares por causa da hora do almoço.
Muitas pessoas vão entrando e vou me expremendo no canto do elevador.
- Ta ficando apertado aqui.- um homem que entrou um alguns andares depois de mim diz.
- outras pessoas tem chance de pegar o elevador privativo, mas veio nesse só pra dificultar nossas vidas.- uma mulher diz depois de me olhar.
Levanto minha sombrancelha mas não digo nada.
- até por que caberia duas pessoas no seu lugar.- o mesmo homem que reclamou diz e as pessoas do elevador começa a rir.
Abaixo a cabeca e me encosto mais ainda na parede fria do elevador.
- Vamos rezar para que os cabos não arrebente.
Isso ja é o fim para mim, assim que as portas se abrem no hall eu empurrou todo mundo e saio do elevador.
Ja estou cansada disso.
Caminho pela calçada ate um restaurante perto da empresa.
Assim que me sento e faço o pedido o celular da empresa começa a tocar com mensagens.
Olho para ver se é algo importante e um dos grupos da empresa está ativo e recebendo muitas mensagens.
É apenas um grupo para funcionários interagirem, ideia dos próprios funcionários.
Quando abro a mensagem meu coração se aperta.
Estão falando da reunião.
Se antes ela não foi demitida, agora vai.
Ja estava na hora, ela nao combina nem um pouco com a estética da empresa.
Se vocês vissem hoje no elevador, quase nao coube ninguém por que ela estava junto.
Eu só acho que o sr. Moore a mantem por perto por que não tem chance de ela distrair ele. Nao que isso seja problema ja que ele quase não vem para a empresa.
E foram essas mensagens que fazem ir ao banheiro chorar.
Não aguento mais os comentários sobre mim.
Deixo que as lagrimas rolem no banheiro e quando acabo jogo uma agua na cara.
Quando estou prestes a sair do banheiro meu celular toca e vejo o numero do sr. Moore.
- Sr. Moore, tentei te...- começo a dizer mais sou interrompida.
- Um processo? Você esta maluca? Oque pensa que estava fazendo?- ele praticamente grita ao fazer as perguntas.
- Eu só estava fazendo meu trabalho.- digo.
- Seu trabalho eu ate entendo, já resolvi com o acionista em questão e ele não ira fazer a venda e eu tambem não o processarei.
- Que bom que tenha dado certo.- digo respirando fundo.
- Não deu nada certo, você também vai retirar seu processo de injuria contra ele.- ele diz como um comando.
- Não mesmo.- digo firme.
- Oque disse?
- Eu disse que não vou retirar meu processo contra ele, ele me ofendeu ao me chamar de vadia gorda.- digo com raiva.
- É, voce não é vadia, algo mais?- ele diz desdenhando.
- Ele também me chamou de gorda, na frente de todos.- Digo e começo a tremer.
Quero socar alguma coisa.
- E você é oque?- Ele grita na outra linha e vejo que esta com raiva.
- Esta no meu horário de almoço, boa tarde sr. Moore.- digo e desligo o telefone.
Estou cansada disso, é essa palhaçada todo dia.
Mas é a primeira vez que esse idiota me trata assim.
Volto para minha mesa puta da vida e nesse meu prato chega.
Olho para a macarronada que eu pedi e nao sinto a minima fome.
- com licença, pode me trazer uma salada?
Capítulo 1 1
05/09/2022
Capítulo 2 2
05/09/2022
Capítulo 3 3
05/09/2022
Capítulo 4 4
05/09/2022
Capítulo 5 5
05/09/2022
Capítulo 6 6
05/09/2022
Capítulo 7 7
05/09/2022
Capítulo 8 8
05/09/2022
Capítulo 9 9
05/09/2022
Capítulo 10 10
05/09/2022
Capítulo 11 11
05/09/2022
Capítulo 12 12
06/09/2022
Capítulo 13 13
06/09/2022
Capítulo 14 14
06/09/2022
Capítulo 15 15
06/09/2022
Capítulo 16 16
06/09/2022
Capítulo 17 17
07/09/2022
Capítulo 18 18
07/09/2022
Capítulo 19 19
07/09/2022
Capítulo 20 20
07/09/2022
Capítulo 21 21
07/09/2022
Capítulo 22 22
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Capítulo 23 23
07/09/2022
Capítulo 24 24
07/09/2022
Capítulo 25 25
07/09/2022
Capítulo 26 26
07/09/2022
Capítulo 27 27
07/09/2022
Capítulo 28 28
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Capítulo 29 29
07/09/2022
Capítulo 30 30
07/09/2022
Capítulo 31 31
07/09/2022
Capítulo 32 32
07/09/2022
Capítulo 33 33
07/09/2022
Capítulo 34 34
07/09/2022
Capítulo 35 35
07/09/2022
Capítulo 36 36 - extra
07/09/2022
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