Cecília é uma jovem sonhadora que luta dia a pós dia na esperança de terminar logo sua faculdade, mas tudo vira de perna para o ar quando pega seu namorada a traindo em sua própria cama e um bilionario sarcastico com a pior fama que existe na cidade decide fazer dela sua nova consquista. Tudo poderia ser fácil, nascer, crescer encontrar alguém legal e se estabelecer em algum lugar para construir uma família.... Pena que a vida não é fácil assim e aqui estou eu! Sentada em uma mesa de bar, chorando pitangas e contando as moedas para ver se dá pra mais uma cerveja! Minha vida está um caos e para completar descobrir que meu belíssimo namorado estava me traindo na minha casa, na minha cama, puta que me pariu, onde aperta para da reset e começar tudo de novo? "Amiga, desculpe o atraso mais tenho um lugar melhor para afogar as mágoas " Sofia falou animada assim que jogou Duas cortesias da balada mais badalada, famosa eee cara da região. "NÃO BRINCA COMIGO" pulei do banquinho alto que ficava em frente a ilha onde o bar um senhor servia e preparava algumas pedidas. "Eu não tenho roupa pra isso" Só então lembrei de minha realidade miserável. "Não se preocupe hoje eu resolvo" ***** Eu não sabia o que estava acontecendo e nem sabia como estava em cima de uma mesa dançando até o chão. A única coisa que sei foi que um cara muito lindo deu em cima de mim e logo após quando achei que iria sair por cima. Ele perguntou quanto custava uma noite, ainda sinto o arder na minha mão pra bela bofetada que o dei. Outro cara subiu já mesa e dançou comigo agarradinho, de lindo vi o olhar fixo do "gato lixo" me encarando, quanto mais ele olhava mais eu sensualizava como o outro cara! "Olhe mesmo meu bem, fique na vontade " pensei em êxtase. Em segundo meu corpo pendeu e achei que iria morrer com o tombo que levaria, claro eu sempre tenho que sair humilhada da situação. Tal foi minha surpresa quando o gato vira-lata estava me segurando nos braços. "Cale-se ou eu irei calar " mal tinha aberto a boca para protestar e ele foi mais rápido que eu, ele era extremamente forte e alto, nossa como seu corpo era rígido segurando seu palito buscando equilíbrio. " você será minha, quando eu quero algo eu consigo, não será hoje, mas será " ele falou assim que me pôs em um carro e acenou para que o cara me levasse. "Então senhorita, aonde é sua casa ?"
Acordei para mais um dia. Não que eu quisesse ultimamente estava mais para sobrevivendo do que vivendo, achei que quando saísse do ensino médio e fosse para a faculdade a vida seria flores baladas e muita alegria... Deveria processar esses filmes de romance e comédia americana que prega algo que realmente NÃO EXISTE.
Faz exatos dois anos e meio que curso minha faculdade de direito, me mudei do interior da casa e vida boa de minha mãezinha e até hoje me arrependo, moro em uma pequena kitnet que a muito custo eu e meus pais trabalhamos para custear, além da faculdade que a cada dia me suga mais e mais. Atualmente trabalho em dois empregos e só não sofro mais por que tenho meu amorzinho que me apoia e me ajuda sempre que preciso.
"Cecília meu amor, vamos acorde, iremos nos atrasar para a faculdade" Pietro adentro o quarto com uma pequena bandeja para o dejejum.
"Ah obrigado meu amor" lhe dei um selinho e logo comecei a devorar tudo.
***********************
O percurso foi curto até a faculdade apesar de estudarmos na mesma faculdade, ele fazia nutrição enquanto eu direito, o fato da gente se conhecer foi até que engraçado, já que, nos conhecemos quando por um acaso acabei desmaiando de fome no pátio frontal da faculdade enquanto o mesmo passava e me aparou antes que eu despencasse no chão. Apos acordar trocamos números e ele passou a noite toda me passando sermãos e explicando o quando era importante se alimentar bem, principalmente na carga exaustiva que tinha. Isso fazia apenas 9 meses e desde então ele tem sido minha distração mais frequente nessa cidade estranha.
Ouvi ele suspirar enquanto segurava forte o volante claramente desconfortável.
"O que foi amor ?"
"Bem Ceci, já estamos juntos a um bom tempo, dormimos juntos quase todos os fins de semana. Então me responde por que raios, você ainda não sente confiança em transar comigo ?" Ele foi incisivo me olhando de canto entre as palavras.
"Pietro eu ainda não estou pronta já disse a você " expliquei pela milésima vez.
" E quando estará ? Você já tem 21 anos, acho que já está grandinha demais para continuar nessa de não está pronta" ele bufou irritado.
"Isso não tem haver com idade Pietro, e sim está ou não pronta e preparada, talvez se você parasse de tentar me pressionar eu já teria feito" falei alterada com o rumo que mais uma vez tomou nossas conversas, ultimamente é o que mais temos feito, é discutir por sexo.
"Você só pode achar que sou um palhaço, tá dizendo que não segurança em mim e que eu tô forçando a barra ? Mais que caralho" ele bateu no volante irritado "Eu sou homem e tenho minhas necessidades, são nove meses, e eu sempre faço tudo por você "
"Vamos parar por aqui, não quero me irritar por besteira" falei e ele riu debochado
"Claro, não falo mais nada " E assim terminamos o percurso completamente calados
**********************
"Ceciiiiii" Sofia pulou em mim assim que me encontrou na entrada do prédio "cadê o carrapato do Pietro ? Ela perguntando notando que ele não estava comigo, geralmente sempre andávamos juntos, Cecília se tornou uma Ótima amiga desde que entrei na faculdade, ele é um ano mais velha que eu e extremamente carismática.
"Brigamos novamente, ele sumiu assim que passamos pelos portões" falei desanimada
"Ai amiga, vou te contar viu, falei a você que ele não era flor que se cheire" ela passou o braço por meus ombros enquanto seguíamos para a sala.
"Talvez ele tenha razão, eu estou sendo infantil por ainda não ter feito sexo com ele mesmo depois de tanto tempo"
"Amiga ouça a voz da experiência, se sua periquita não bate para ele, e suas pernas não se abre quando estão sozinhos, o problema não é você é ele!"
"Nossa que horror" Galhei olhando para a cara seria dela falando de um jeito tão cômico.
"Sério, se não aconteceu é por que seu subconsciente entendeu que ele não é a pessoa certa" falou adentrando a sala.
Será que realmente era isso?
"Vamos entrar que hoje é a aula do professor tesudo" ela fez cara de Safada assim que sentou na carteira.
Em poucas coisas concordava com a louca da Sofia, mais nesse quesito ela tinha Razão, o professor Marcos de constituição, ela de longe um Deus nórdico musculoso e tatuado com barba pós feita e cabelos grisalhos, era um pouco maior do que eu, eu com meus meros 170 cm, ele provavelmente com seus 177cm.
A aula passou mais rápido do que gostariamos e com certeza ser um coroa bonito e gostoso deveria ser requisito para ser professor.
"Nossa com esse professor até eu que sou birra entendo as coisas, meu Deus, era isso que faltava para melhorar meu desempenho" Sofia balbuciou assim que terminou a aula.
"O que exatamente ?" Sorri Esperando alguma pérola.
"Obviamente precisava desse colírio, lindo e gostoso" ela mordiscou o fundo da caneta insinuosa.
"Ele é casado, Sofi!"
"Eu sei..." choramingou desanimada.
Nos juntamos com algumas meninas e assim que tocou para o intervalo fomos comer na cantina. Entre conversas e brincadeiras, elas comentava sobre alguns caras da sala e outras apenas ria descompensada, não pude evitar a curiosidade de saber onde meu boy estava, vasculhei a área com os olhos e o achei em uma mesa mais afastada com algumas meninas ( mais meninas) e alguns colegas dele. Ele ria sem parar com 3 das meninas o que me deixou curiosa em saber o que era tão engraçado.
"Cecília... Ceciiiliiiiaaaaa... Cristina me chamou alto estalando os dedos, me assustei e voltei a atenção para elas. " estamos querendo viajar no fim de semana, iai vamos ? "
"Não vai da, estarei trabalhando " falei chorosa, na verdade eu não tinha era dinheiro para ir.
O que eu ganhava mal dava para pagar a parcela da faculdade além de sustentar parte da casa. Meus pais me ajudavam com o aluguel, eles me visitava uma vez a cada dois meses e sempre trazia uma feira básica para me ajudar, todo esse sofrimento valeria a pena com fé no pai.
"Poxa é sempre assim você nunca vai" Janeth resmungou.
"Bem meninas iai me falem o que vamos levar " Sofia mudou de assunto, de todo o grupo de 7 meninas 8 comigo ela é a única que realmente sabe da minha situação. Essa é uma ótima faculdade, a melhor de Boston, a maioria dos alunos é filhinho de papai, ou com uma renda maior do que a minha.
A cada ano que passava se tornava mais difícil conciliar tudo os dois trabalhos, faculdade! Em pensar que ainda faltava mais dois anos e meio me dava um baita desânimo. Sem contar que a meses busco um estágio e sempre acabo sendo recusada, todas as entrevistas Que faço, acabo por ser dispensada. Todas inclusive Sofia já estavam em seus respectivos estágios, não sei se era apenas azar ou castigo divino... sempre tem aquele momento em nossa vida que aparentemente tudo desanda, e esse era o meu momento, quando pensamos que nada pode piorar vem a vida e nos dá uma rasteira.
"Cecília, amiga pelo amor né, você estava viajando muito na maionese esses dias" Sofia chamou minha atenção, desde que entramos na sala ela fala empolgada sem parar enquanto eu vagueio no limbo da minha mente.
"Desculpa " sorri cansada. " o que você disse mesmo?"
" Meu pai está fazendo a reforma da boate Êxtase"
"Aquela balada que só vai os tops dos tops e a mais alta sociedade ?" Perguntei incrédula, o pai dela é um grande Arquiteto, bastante popular.
"óbvio né" desdenhou. " Pedi a ele que conseguisse cortesias para... nós.Duas" falou pausadamente maliciosa.
Começamos a da pulinhos e gritinhos baixos de mãos dadas ainda sentadas na cadeira.
"Estou atrapalhando vocês ? O professor chamou nossa atenção irônico fazendo todos da sala nos olhar.
"Desculpa professor" acenei para ele nervosa, eu odiava ser notada, os risinhos da sala me deixou envergonhada, senti minhas bochechas arderem.
" Droga..." resmunguei baixinho. Fazia tanto tempo que não saia que acabei por esquecer que sou comprometida, e conhecendo Pietro como conheço ele não me deixaria ir para uma balada, principalmente a Êxtase. A alta sociedade se encontrava lá, para quem queria se envolver com um homem rico e poderoso lá era o lugar. Além de rumores e histórias de jovens que eram convidadas para ir e lá entravam na brincadeira de BDSM. Quanto mais jovens mais eles gostavam, modelos e influencer eram as mais requisitadas, entretanto, ninguém sabe exatamente quem participava e como era feito esses encontros e chamados. O clube por ser privado, deixava bem guardado todos os segredos que rondavam lá dentro, e obviamente que homens tão importantes não iria expor sua imagem dessa forma.
"O que foi agora? Quando você para com essa cara tem problemas " Sua respiração forte foi ouvida, a medida que seu lápis rabiscava algumas anotações do quadro.
"Pietro não deixará eu ir, obrigado amiga, mas mesmo que seu pai consiga não irei" a lágrima veio nos olhos mas é isso né!
"Ah pelo amor né Cécilia, manda para puta que lhe pariu, se você não for eu te mato" sussurrou alterada.
*****/************
Esperei Pietro na saída onde sempre nos encontrávamos. Após 30 min de espera o pátio já estava quase vazio e o sol quente batia forte em meu rosto. Peguei o celular assim que o senti vibrar, e lá estava a mensagem dele me avisando que saiu mais cedo com os colegas de turma e estavam fazendo um trabalho, tinha esquecido de me avisa e pediu desculpa por não me dá a carona hoje. Apenas olhei a tela e coloquei no bolso, será melhor não falar nada naquele momento. Por sorte conseguir pegar o último ônibus já quase saindo, hoje teria uma longa tarde na cafeteria e mais a noite um turno de 3 horas em uma lanchonete.
Corri apressada para minha linda casinha e as pressas me arrumei com o uniforme para sair, em menos de 30 minu já estava no ponto para pegar minha condução para mais um dia de trabalho.
"Cecília está atrasada" Antony olhou o relógio assim que entrei pela porta. "Me desculpe sai tarde da faculdade" coloquei o avental e já me posicionei para assumir meu turno.
"Eu não ligo pro que faz fora daqui, mas aqui tem que chegar no horário" Respondeu mal humorado e tive que me controlar para não mandá-lo para puta que lhe pariu. Apesar de me pagar sempre certinho e em dias, ele conseguia ser extremamente insuportável.
******************
Olhei o relógio já vendo minha hora, tirei a touca e quando estava a tirar o avental uma voz me chamou.
"Boa tarde jovem, pode me fazer um café expresso duplo para viagem.
"Desculpe eu já..." estanquei ao olhar aqueles olhos cinzas gelo, seu maxilar quadrado estava rígido, ele segurava o celular na orelha enquanto me olhava friamente inexpressivo. Ela é de longe uns dos maiores homens que já vi, para olhar seus olhos tive que olhar para cima , seus ombros largos, palitó preto fosco bem alinhado, cabelos negros como a noite e pele parda bronzeada, o terno se ajustava em seus braços que inexplicavelmente parecia mais grossos que minhas cochas, um espetáculo de homem.
" E então ? Irá me servir ou não ?" Questionou já impaciente.
Outros livros de Vitoria ‘ Vieira
Ver Mais