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ARDENTE COMO O SOL!

ARDENTE COMO O SOL!

Vitoria ‘ Vieira

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Leituras
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Capítulo

Após alguns anos longe de sua cidade natal, Victor finalmente decidi voltar para casa, mas não por saudade muito longe disso! Sua chegada causa comoção e agitação na pequena cidade montanhosa de Pilares, charmoso, galante sexy e misterioso a sua chegada transforma a vida de sua irmã ( uma gênia incompreendida) de pernas por ar, além de entre brigas e intrigas se envolver com a melhor amiga da mesma. O coração é um terra sem lei. ******* ... 14:00 da tarde, Victor me obrigou a ajeitar uma de nossas primas para ele e lá vou eu para o covil das cobras, todas estavam de biquíni na beira da piscina, prontamente o alvo aceitou o pedido do galego, e por um instante vi chamas de inveja no olhar das outras. 15:10 da tarde, Victor voltou do andar de cima e pela a cara que a safada da Sther estava fazendo aquele buraco viu mandioca, por que não tinha condições de passar mais de uma hora só de beijinho, não com o cara que vos falo. Todas enlouqueceram, pois já sabia o que ela tinha feito e a curiosa foi maior, propuseram um jogo de verdade ou desafio, nossos primos e os filhos dos meus irmãos se juntaram a nós e todos fomos para a cozinha, um litro de cachaça foi posto no centro da mesa e o desafio de chots e pegação começou. Sempre que me desafiavam a beijar alguém e não queria acabava tendo que beber uma dose, o que aconteceu muitas vezes já que todos queriam me ver beijar Antônio. “Não perderia meu BV de uma forma tão degradante, minha nova meta de vida era sair ainda virgem da boca daquela mesa.” -E então Sther verdade ou desafio? Luiza gritou ultrapassando o volume do som, seus olhos faiscavam em ansiedade. -Verdade! Respondeu convicta já imaginando qual seria a pergunta. -Qual o tamanho do pau de Victor? Me engasguei com um morando e após me repreenderem com um olhar, continuou. -E foi bom? Todos ficaram em silencia e creio eu até mesmo nossos primos estavam curiosos, já que ao lado de Victor, seus meros 1,75 era considerado pequeno. Encarei Victor que já estava vermelho de tanto rir. -É... Ela ficou absurdamente vermelha apesar de sua pele parda, suas mãos começaram a abanar seu rosto ardido. -Grande... E poderoso e me fez gozar em minutos. Todos gritaram em euforia, agora mais que nunca nossas primas pareciam bem eriçadas para cima dele. Baixei minha cabeça em negativa, eu não precisava dessa informação! ... ********** -Vitor. Chamei baixinho -vitooooo... O chamei um tom mais alto -Branquelo desgraçado... Joguei um travesseiro o fazendo se engasgar com o próprio ronco. -Eu não fiz nada ela bebeu sozinha. Gritou rápido pulando da poltrona com o susto. Arqueei uma das minhas sobrancelhas tentando imaginar o que ele sonhava. - Oh my God, você está viva! Ele suspirou aliviado como se eu tivesse a beira da morte de verdade. -Cara eu só tô de ressaca. Suspirei, meu senso de equilíbrio ainda estava afetado, sempre que virava a cabeça o mundo dava 3 voltas ao meu redor. -Que ótimo por que pai vai te matar assim que você chegar em casa, mãe fez um escândalo depois de saber que você veio parar no hospital após quase morrer afogada. -Como assim morrer afogada? Gritei e uma enfermeira adentrou o quarto. -Poderiam fazer mais silêncio? Vocês estão em um hospital. Nos repreendeu fechando a porta assim que saiu. Minha intenção era não perder o Bv no fim acabei perdendo minha dignidade. ...

Capítulo 1 UM ESTRANHO CHEGOU NA CIDADE.

───※ ·❆· ※───

O sol se punha formando cores laranja e amarelo entre as montanhas, o cheiro de terra molhada recém caída ainda refrescava as narinas das duas garotas que passeavam pela cidade, o céu ainda nublado deixava um clima frio e incrivelmente agradável para os amantes. Pilares é um cidade localizada entre montanhas e florestas o clima frio que acompanhava quase todo o ano fazia com que os habitantes desta valorizassem bastante a estação de verão onde a temperatura de 25°c graus tornava a cidade fervorosa para banhos e idas as cachoeiras, os vários parques que se espalhavam pela cidade tornava a cidade um centro turístico, além de alpinistas e trilheiros que adoravam percorrer as trilhas consideradas de terror por muitos habitantes.

O fim de 9° ano tinha chegado Nalay e Mirian conversavam sobre trivialidades, as fofocas do ano, lembrando das discussões e resenhas da turma, também dos confrontos com suas inimigas juradas, o ano tinha passado mais rápido do que pensavam. Nalay a tinha chamado para ir na casa de sua mãe, a separação deles foi dolorosa para ela, apenas 4 anos havia se passado e seu psicológico ainda não havia aceitado que além de ambos estarem separados sua mãe já tinha se casado com outro em menos de um ano de separação, provavelmente esse tenha sido o motivo, mas se recusava a pensar dessa forma. Então após alguns meses os dois começaram uma guerra de quem mima mais sua pequena caçula a deixando além de frustrada mimada, com o tempo ela aprendeu bem a tirar o melhor proveito disso.

Faltava apenas alguns quarteirões para chegar em sua mãe, de longe o ronco do motor de uma moto soou alto, e uma moto de corrida surgiu no fim da rua, em segundos o vento forte causado pela moto que passou entre as duas as fizerem gelarem em pânico, o desgraçado que vestia uma roupa de couro preta combinando com sua moto da mesma cor a marca do capacete LS2 era a única coisa agora visível pela distância.

-Se eu não me caguei agora, veio na porta. Miriam tremia segurando o braço de Nalay para subirem na passarela que dividia as duas vias.

-Olha minha pressão, pelo amor de Deus eu não sinto minhas pernas. A pele pálida de Nalay assustou Mirian já que sua amiga estava muito mais pálida do que de costume.

Nalay possuía uma pele extremamente alva, um rosto sem manchas como um boneca de porcelana, cabelos negros lisos e longos olhos verdes escuro. Sua aparência era exótica já que boa parte da cidade possuía tonalidades de pele parda ou um branco mais corado, basicamente 90% da sua família possuía essa cor pálida e cabelos negros, Mirian por sua vez tinha uma pele parda bronzeada, cabelos cacheados um pouco a baixo dos ombros e olhos negros. As duas contrastavam bastante tanto em aparência quanto em personalidade, mas como diz aquele ditado os opostos se atraem e a amizade das duas perdura desde a infância.

-Ta quase morta, falta só enterrar. Gargalhou olhando o rosto da amiga pálida, que lhe devolveu uma careta.

Novamente o ronco do motor vou ouvido e ambas olharam fixamente para a direção oposta da via, a moto vinha novamente mas não tão rápido como antes, ambas ficaram paradas tentando enxergar algo pelo o capacete, claramente era alguém de fora da cidade, pois, não sabiam de ninguém detentor de uma moto tão linda quanto aquela. A única coisa visível em seu capacete LS2 preto eram lindos olhos azuis vibrantes como um céu ao meio dia aqueles olhos deixaram Nalay incrivelmente feliz, só não sabia o porquê?!

-Galega do céu, que olhos são esses. Murmurou estupefata pela visão recém vista.

-Realmente é. Confirmou um fio de voz pensativa. -De qualquer forma o mal educado nem pediu desculpas por quase matar nós duas. Ela puxou a amiga para o outro lado da rua para seguirem seu caminho.

-Realmente, que desgraçado! Indagou indignada. -Mas pelo tamanho dele ele aparece ser um xuxu.

-Deixe de loucura. Gargalhou alto -Além dos olhos lindos, não dava para ver mais nada se vacilar ele parece um sapo de olhos claros. Ambas gargalhavam juntos. -Vamos estamos quase chegando.

-Prefiro nem imaginar no tamanho da minha decepção. Concordou seguindo a amiga.

Algumas ruas a frente e já estavam passando por mais uma das praças perfeitamente organizadas das cidades, o parque é rodeado por arvores e plantas baixas se conectavam como um triangulo de lado, três chafariz ficavam em cada extremidade e bancos de concreto entre arbusto se tornava o lugar perfeito para os casais se pegarem a vontade, ao anoitecer as arvores fazem um sombra escura das luzes dos postes dando mais liberdade para os casais mais ousados. Além de parquinhos infantis para as crianças, em sua maioria eles se espalhavam dentro da cidade, entretanto de alguns parques ambientais fora da cidade, eram belíssimos e dois deles continham lagos de agua verde. Para quem gostava de natureza aquela era a cidade certa.

As duas tagarelavam alegres cruzando o parque movimentado pelo horário, passava das 15horas da tarde. Duas ruas após o parque elas já se encontravam em frente a casa de sua mãe, Mirian por ser amiga de infância de Nalay era tratada como da família assim como Nalay em sua casa, Nalay havia ido buscar dinheiro para as duas lancharem, tinha virado habito duas vezes na semana ela ia lá extorquir um pouquinho sua mãe. Mal haviam pisado na calçada da casa e o barulho conhecido da moto fez as duas virarem em direção a rua.

-É quem eu penso que é? Nalay olhou incrédula para a amiga.

-Galega acho que ele tá perseguindo a gente? Será que quer nos matar? Falou já pulando para trás da amiga.

-Saia de atrás de mim, se for para morrer pelo menos que ele tenha trabalho frouxa. Nalay a empurrou para o seu lado assim que a moto estacionou em frente a casa.

As cenas a seguir foram um deleite para os olhos. O motoqueira psicopata desceu da moto e tal foi a surpresa ao ver aquela imensidão de homem, as duas ficaram de olhos atentos a cada movimento a partir dai. 1,88 de altura o capacete foi tirado com charme sacudindo os fios lisos e negros se rebelavam para todos os lados com a brisa de vendo que acabou de passar, ele se mantinha de costas para as duas, a jaqueta de couro preta foi tirada rapidamente expondo a camisa de manga na altura dos cotovelos branca, os músculos de suas costas eram moldados pelo tecido fino do pano, cada contorno se sobressaltava a cada movimento de seu corpo, com toda certeza era lindo de se ver, com brusquidão ele virou-se para as duas mostrando aquele lindo rostinho jovial que nem de longe condizia com aquele homão todo de costas. As pernas torneadas se sobressaltavam no jeans preto que usava junto a um coturno da mesma cor, seu rosto apesar de jovem apresentava traços bem másculos seu maxilar quadrado fazia uma pela composição harmônica a seu lábio levemente carnudo, nariz fino, sobrancelhas grossas e bem desenhadas e um olhar, aquele olhar de assassino angelical, seus olhos claramente poderia ser colocado como a decima maravilha do mundo, sua pele extremamente alva chamou a atenção das duas.

-Mais que sapão... O murmúrio boquiaberto de Mirian veio acompanhado de uma gargalhada de sua amiga.

-Você é muito otaria na moral. Completou aos berros ele apenas as olhava fixamente curioso.

Por algum motivo Nalay o reconhecia, aqueles olhos lhe eram familiares, uma mistura de ansiedade e alegria cresceu dentro dela, e com certeza não podia negar que ele era incrivelmente lindo Deus com certeza o privilegiou pois em nada que olhava nele via algum defeito. Seu coração palpitou quando o viu a olhar fixamente com um predador em busca de sua presa, seu andar era gracioso pisava leve com um postura sempre firme e ereta.

-Vocês tem que ter cuidado quando forem atravessar as ruas bonecas. Um sorriso extremamente branco surgiu em seus lábios, junto a um sotaque americano.

-E você tem que ser mais educado e pedir desculpas quando quase atropelar alguém. Nalay brandou uma voz firme e altiva mostrando superioridade.

-Muito audaciosa para o seu tamanho não acha?

-Pelo visto a única coisa que tem superior a mim é a altura. Completou ríspido arrancando uma gargalhada gostosa da montanha a sua frente.

Merda ela buscava algum defeito nele, nem que fosse um dente podre e mais uma vez se perguntava como alguém podia ter nascido tão bonito dessa maneira.

-É Inacreditável, não tenho tempo a gastar com uma anã pirralha. Ele passou rápido por elas indo em direção a casa que elas conheciam bem.

-Anã é sua mãe branquelo, quantos anos você tem? Para me chamar de pirralha? Os braços se cruzaram instantaneamente em frente ao seu corpo.

-15 anos!

-15 anos?

-Sim 15 anos.

-Peraí, 15 anos mesmo? Do tipo 15? Foi a vez de Miriam questiona-lo.

-Sim caralho, 15 anos. Confirmou revirando os olhos.

-Eu tenho 15 anos também, e como pode um cara de 15 anos ter um corpo desse? Se questionou, esse com certeza seria o questionamento de muitos.

-Academia, suplementos e esforço. Ele as olhava impaciente, mas não conseguia ignorar aquela pequena anã que por incrível que parecesse para ele, tinha seu mesmo tom de pele, era raro encontrar pessoas de tal cor pálida.

-Impossível, 15 anos apenas? É bomba? Suspirou Nalay conformada com sua resposta.

-BOMBA? A voz saiu alta e nervosa. -Me respeite nunca precisei disto. Completou corado de raiva.

-Então prova. Mal sua voz saiu e já sentiu seu corpo ser suspendido do chão.

Ali nos braços dele ela se sentiu uma boneca, foi virada, jogada, revirada e apalpada em todas as partes incontáveis de seu corpo, ela media 1,65 e seu corpo beirava os 70 quilos, basicamente estava acima do peso o que a deixava ainda mais admirada pela força que o moleque tinha, os gritos chamaram a tenção da vizinhança e torcia internamente para sua mãe não sair naquele momento onde sentia uma das mãos masculinas segurar com força sua nadega e outra em suas costas.

-Eita Jesus... A voz de Miriam saiu cortada chamando a atenção dos dois branquelos que lutavam entre si.

A mãe de Nalay saiu da casa assustada pelo tumulto em frente a sua casa, ao contrario de Nalay que temia levar umas belas palmadas da mãe, o belíssimo motoqueiro a colocou no chão com um olhar choroso para a mais velha. Catarina possuía pele parda, olhos verdes e cabelos lisos e brancos não por idade, pois, possuía apenas 43 anos ainda na flor da idade, dona de um restaurante de renome na cidade e atualmente buscando expandi para outras.

-Mãe se eu disser que não é nada disso que você está pensando vai me ouvir antes de me bater? Nalay balançava as mãos buscando freneticamente conter a fúria que já conhecia bem como era, sua mãe assim como ela, aparentava calma absoluta e um rosto quase que angelical impossível de prever seu completo descontrole em momentos de fúria a levando a surras/quase assassinatos. Havia apanhado apenas 3 vezes em toda a sua vida e claramente não pretendia apanhar novamente muito menos por causa do troglodita, se as palavras não dessem certo que Deus a ajude, já que suas pernas estavam prontas para correr.

-Meu neném... As lagrimas de sua mãe desciam como rios por seu rosto.

-Mom... Em segundos o brutamontes estava com sua pequena mãe nos braços rodopiando e a beijando freneticamente.

-Mãe? Questionou Nalay confusa para a situação, Mirian apenas assistia sem palavras.

-Naizinha meu amor, é assim que você trata seu irmão que a muito tempo não ver? Nos tapas? vocês não mudam. Ela falava alegre assim que foi posta no chão.

Ambos se olharam primeiro com surpresa, apáticos, depois com conformação e só então a alegria surgiu em ambos, a euforia fez seus corpos se chocarem em um pulo sorrindo e rodopiando entre abraços e beijos. Ambos se olhavam com lagrimas nos olhos, em instantes sua mãe se juntou a dupla e as conversas desconexas deixaram Miriam confusa ela tinha sido literalmente ignorada naquela situação estranhamente cômica, a vizinhança olhavam sem nem mesmo disfarçar curiosos com o que estava acontecendo.

-Peraí... é o seu irmão gêmeo aquele, aquele lá que foi embora e tudo mais, aquele gordinho? Mirian só então processou toda a situação.

-Sim... Nalay finalmente caiu na real olhou para ela e novamente olhou para seu radiante irmão. -Mas que merda... Murmurou para si mesma.

Como pôde Deus ter privilegiado tanto o mais novo, era sacanagem olhar para ele, aquele sorriso branco, olhos lindos, rosto perfeito nem mal hálito aquele infeliz tinha, ele tinha ficado com tudo, inclusive a altura já que ao lado do daquela torre de musculo ela mais parecia um tamboretizinho. Foi um golpe no seu ego e na sua autoestima, por que até mesmo ela se perguntaria se é mesmo irmã do Deus grego quem dirá os outros.

-Desculpa, você é? Victor olhou curioso para Mirian após ouvir ela falar de seu passado sedentário.

Ela parou completamente petrificada ao vê-lo encara-la nos olhos, não sabia o que estava sentindo e como conseguia se manter de pé ali naquela situação. Seu coração palpitava descontroladamente e se acelerasse mais um pouco com certeza teria uma parada cardíaca, ele era com toda certeza tudo que sempre tinha pedido a Deus e olha que ela nem tinha pedido tanta generosidade na estatura física como ele tem, ver ele pega sua amiga mostrava que era forte e claramente também aguentaria seus quilinhos a mais. Com 1.69 é um pouco mais alta que Nalay e um pouco mais pesada também, desde criança tinha uma pequena queda por Victor Natan, entretanto achava que era apenas coisa de criança, como ele foi embora para fazer um tratamento muito novo e não tinha muito contato, na verdade, contato nenhum com ele acabou por entrar no esquecimento de sua mente. Até mesmo os retratos na casa foram sendo substituídos e agora que lembra, as fotos deles dois eram pouquíssimas e quase imperceptíveis.

Nalay se apressou para apresentar a amiga quando viu que a mesma iria ficar calada em pânico. -Mirian Viviane Vito, não se lembra?

-Na verdade não... Ele sorriu sem jeito coçando sua nuca.

-A defensora dos mais fracos. A expressão de tedio e as palavras recém ditas foram com um estalo para ele.

-Assim... Soltou um sorriso nasalado. -É um prazer te rever novamente morena. Victor curvou-se alcançando sua mão levando até a boca beijando os nós de seus dedos como um verdadeiro cavalheiro. Nalay o olhava com um sorriso incrédulo e naquele momento Mirian sentiu seu coração parar.

Não podia negar seu irmãozinho é desgraçavelmente charmoso e joga sujo e baixo. Conhecia bem sua amiga e seu coração cigano emocionado, se apaixonava muito rápido apesar que superava na mesma facilidade, em grande parte, e apesar de seu irmão não ser seu estilo de cara ideal. caso não fosse seu irmão, dificilmente não teria algum fetiche durante a noite com ele. Bem vinda puberdade.

Mirian apenas olhava embasbacada, sua boca se abriu, mas nenhuma palavra foi dita ela literalmente havia congelado ali, em pé segurando a mão dele que após a gentiliza do beijo ainda continuava a segurar sua pequena mão com delicadeza, o brilho em seus olhos era nítido e Victor apenas olhava para as três ali presentes esperando alguma reação. Ele sabia que era bonito mas era a primeira vez que uma menina ficou muda ao toca-la, geralmente a reação era outra, aquela garota era estranha desde criança sempre defendia as outras crianças quando ele e Nalay decidiam bater em alguém, pelo o que notou sua irmã continuava ainda impiedosa e audaciosa entretanto sua agressividade diminuiu bastante, pois, pelo o que conhecia ela se ainda fosse a mesma dos 7 anos da segunda vez que ele passou de moto provavelmente ela o derrubaria com uma pedrada, agradeceu a Deus por isso. Não só Mirian como Marcos ao qual sempre entrava em atrito quando criança adoravam estragar a brincadeira dos dois irmãos defendendo sempre quem estava apanhando, a única coisa boa de toda essa confusão foi que pelo visto a amizade de sua irmã e da morena dura até hoje, mas realmente nunca se daria bem com o marrento encrenqueiro do Marcos, a nostalgia o fez suspirar de alegria.

-Vamos crianças, vou fazer um lanche para vocês. Catarina chamou-os já adentrando a casa.

-Senti tanta falta de sua comida mamãe. Ele a seguiu saltante como uma criancinha.

-Nalay por que não me contou que ele estava vindo? Mirian a cutucava nervosa.

-Eu não sabia cara. Realmente era frustrante saber que ninguém contou a ela que seu irmão estava vindo visitar.

Passaram pela porta de madeira dando direto na sala de estar. -Como você não sabia, é seu irmão. Ela parecia estar mais indignada que a própria. -Assim eu teria me preparado melhor, to parecendo uma doida. Suas mãos alisavam e organizam suas roupas num intuito de deixa-las mais bonitas.

-Perde o contato com Victor, no começo nos falávamos todos os dias, depois vou passando os anos, visitei algumas vezes, ele nunca mais veio aqui e com o passar do anos acabamos esquecendo de nos falar, apenas no aniversario e comemorações básicas, acho que nem em rede sociais sigo ele, nunca me interessei. Explicou a amiga a longa jornada, provavelmente seja genética dos Volkmer, sempre que nos afastamos acabamos desapegando de certo modelo da pessoa que foi embora como uma forma de segura anti-sofrimento. -Fazia basicamente dois anos que não falava com ele. Suspirou pesada ao lembrar que deixou seu irmãozinho agora irmãozão de lado.

Miriam a olhou pensativa e com pesar, ela entendia bem -Pior que entendo, faz mais ou menos esse tempo ou um pouco mais que não falo com Marcos. Miriam se confessou triste.

-E ele como está, faz tanto tempo, ele me traumatizou. Nalay sorriu sem graça após lembrar da cena em sua mente.

-Rapaz ele ta bem...

-Meninas venham pra cozinha, vamos conversar. A voz de Catarina interrompeu a conversa das duas e agora estavam paradas no corredor entre a sala de jantar e a cozinha.

-Cheguei mãe... Nalay sorriu assim que entrou no cômodo.

Fazia tempo que não se sentia tão feliz daquela forma, muito tempo mesmo... tudo parecia melhor com ele lá, era disso que ela precisava de sua outra metade para passar por tudo, apesar de não saber quanto tempo ele ficaria e se já tinha terminado o tratamento. A conversa rolou solta, todos conversavam animados e até mesmo Miriam falava como um tagarela relembrando alguns fleches da infância que nem ela mesma lembrava, sua mãe era um eximia cozinheira, e em pouco tempo sanduiches, torta, bolo, suco e refrigerante, além de pedir alguns salgados da lanchonete de sua amiga de longa data que veio feliz deixar e elogiar bastante, mas, bastante mesmo seu filho mais novo que acabara de voltar. Passava das 19 horas da noite quando o pai de Mirian liga.

-Licença vou atender aqui. Mirian olhou nervosa para Nalay por que já sabia o que seu pai queria. E tudo que ela não queria era sair do lado de Victor seu cheiro era como droga para ela.

-Desde quando ficou tão educada? Debochou Nalay com a cortesia que sua amiga apresentou aos demais, um olhar sanguinário e afiado foi lançado da morena pouco antes de passar para o corredor.

-A era muito chato os colégios de lá, um bando de mariquinhas filhinhos de papai, muita frescura mãe. Nalay voltou a prestar atenção a conversa empolgada do seu irmão.

───※ ·❆· ※───

-Alô paizinho...

-Mirian onde você tá, sabe que amanhã vamos para a roça, isso é hora de está nas casas? Pedro seu pai é um homem muito rígido e linha grossa, um evangélico fiel que segue à risca a bíblia e a palavra de Deus o que o torna ainda menos entendedor de uma adolescente do século 21.

-Pai estou na casa de tia Catarina, vou mais tarde minha bolsa ta quase pronta. Implorou por ligação.

-Não! Venha agora não vou falar de novo. Por mais que quisesse lutar quase nunca conseguia dizer não ao seu pai, e claramente como também é da igreja a obediência absoluta ao seu progenitor era incontestável.

-To indo painho. Suspirou com tristeza.

-Viu. Assim que desligou Miriam adentrou a cozinha novamente vendo um clima totalmente diferente da tristeza que agora reinava em seu ser.

-Ei galega, vou ter que ir, sabe como é né. A tristeza em seu semblante, e em sua voz fez Nalay sorrir em entendimento. Claramente sua amiga não queria se afastar de seu irmãozinho recém chegado.

-Eu entendo... Nalay soltou uma piscadela para sua amiga que a mirou com um olhar questionador. -Ei Vito leva Mirian na casa dela, vai ser mais rápido de moto. Sorriu cumplice com seu plano.

-Não Nay, leva você quero conversar mais com meu bebezinho. Catarina cortou Victor antes de mesmo responder alguma coisa.

-Posso mesmo irmão? Nalay mal lembrava de seu plano assim que ouviu a possibilidade de andar naquela moto extraordinariamente linda, Mirian a cutucava com o cotovelo.

-Claro branquela, o que é meu é seu... Aquele sorriso travesso surgiu em seu rosto e logo ele Mirou seu olhar na Morena a sua frente. -Até depois Mirian, foi realmente um prazer te rever. Ele piscou seu azul cintilante mordendo seu lábio inferior, e por um momento Mirian achou que desmaiaria ali mesmo, sentiu seu rosto arder de vergonha.

-Vamos pimentão, ou tio vai me matar. Nalay a cutucou tirando-a do transe em que estava.

Ambos saíram da casa e logo Miriam reclamava de como de como estava nervosa e envergonhada e que provavelmente estava apaixonada por seu irmão e que provavelmente ele gostava dela também, a primeira parte Nalay concordava plenamente agora seu irmão retribuir aquele olhar era tudo, menos o de alguém apaixonado, mas, quem era ela para desiludir sua pobre amiga tão cedo não é mesmo e ela iria rodar de moto que se foda a paixão de sua amiga, depois passa.

-Você é louca, se pai me vê andando na garupa de um homem, se eu chego na porta de casa na garupa de um homem eu tava era morta praga. Miriam reclamava colocando o capacete reserva eu sua mãe lhe entregou.

-Isso é detalhe, não creio que ele te mataria, mas sinceramente ta na hora de você se libertar mais um pouco, vai fazer quinze anos já. Nalay ligou a moto e seu sangue vibrou em êxtase.

-Não me derrube.

-Jamais eu me derrubaria, então não se preocupe. O sorriso contente de Nalay batia de orelha a orelha e Miriam sabia bem o quanto sua amiga psicopata amava motos.

-Devagaaa... Um grito e a moto já voava pela a rua, a velocidade fazia o coração de Miriam parar e voltar a bater na mesma velocidade que ela sentia sua alma sair do corpo e segurar na rabeta da moto para não ser deixada. -Puta sem cor... Ela resmungava centenas de xingamentos assim que sentia a velocidade aumentando, tudo que ela não queria era morrer bv (boca virgem), principalmente agora depois da volta de Victor.

-Vamos cara, se empolga não é todos os dias que andamos em motos assim... Ela andava animada em deleite com sua aventura.

Ela soltou um riso nasalado -Minha casa é para o outro lado galega.

-Qual é? Acha mesmo que iria da uma voltinha e não iria me amostrar nem um pouquinho? Olhou a amiga de soslaio.

-Se você valer um real, está valendo muito. Brincou a amiga dando um leve tapa em seu capacete.

A praça central é bastante animada, apesar de ser um quinta feira a noite a maioria das pessoas se concentravam nas bares e restaurantes que ficavam ao redor de uma enorme praça de eventos, também onde fazem as festividades anuais da cidade. Cidade pequena todos se conheciam ou se não se conheciam já tinham ouvido falar em algum momento, conseguir fazer algo em cidade pequena e não ser descoberto é raro, sempre tem alguém em algum lugar que está vendo o que você faz e se quiser fazer escondido tem que ter bastante habilidade. Assim que entraram na avenida o ronco do motor fez todos olharem curiosos para quem estava naquela moto desconhecida para a cidade, reduziu a velocidade para que todos vissem quem estava pilotando a espaçonave.

-Nalay... Um grito conhecido foi ouvido e ambas deram tchauzinho para a amiga do colégio, como de costume o trio do colégio estava lá todo batendo seu ponto, bebendo cerveja e paquerando bastante, ao contrário de Mirian e Nalay, Kaliope Thabita e Gabriele sempre foram mais para frente em todos os aspectos, namorados, bebidas e até mesmo na parte mais sexual.

-Iai... Gritou em resposta acelerando a moto rumo ao seu destino, se parasse ali elas não deixariam as duas saírem nem tão cedo, já que curiosidade e fofocar era o forte delas.

[.... ]

-Achei que não ia chegar, já ia ligar de novo. Pedro reclamou com sua filha assim que a viu na porta do mercado.

-Não demorei pai, desculpa.

-Oi tio, como o senhor tá? Nalay desceu da moto retirando o capacete.

-Estou bem galega e você? Ganhou uma moto de presente foi?

-Não tio... Um sorriso sem graça surgiu em seu rosto – é do meu irmão, peguei pra trazer a doida.

-Ah... qual irmão?

-O meu gêmeo, ele voltou hoje.

-Lembro do pequeno gordinho, traga ele aqui depois. Saiu de trás do caixa se juntando as duas.

Todos lembravam de seu irmão como o gordinho e também baixinho quando mais novo, imagina quão será a surpresa ao vê-lo hoje em dia.

-Tenho que ir, tchau... Se despediu rapidamente estava ansiosa para conversar mais com seu irmãozinho que de inho não tinha mais nada.

A família de Miriam Viviane possui um grande supermercado bem ao lado de sua casa, um dos principais da cidade, ele é todo gerenciado por sua família irmãos, netos e genros. Assim que chegou em sua mãe, Victor já havia demorado tudo e para sua sorte tinha comido o bastante antes de sair. Mas algumas conversas a fora, e mimos para ambos sua mãe finalmente convenceu ambos a dormirem lá. Nalay após o novo relacionamento de sua mãe a muito tempo não dormia ou passava mais que três horas com ela, mesmo o seu pai sempre estando em viagem a terapia e seu quarto eram bem melhores do que ficar olhando para o cara escroto que sua mãe se casou.

-Puta merda, adorei... O grito de Nalay assustou seu irmão que se despia logo a sua frente. -Quando e como? Que coisa mais linda... A mãos de Nalay tateava as costas largas e definidas do branquelo a sua frente, as tatuagens em suas costas eram peculiares aos olhos de se sua pequena irmã.

Duas asas negras com penas afiadas subiam por suas costas e as postas terminavam nos bíceps dos braços, pouco acima do cotovelo, isso explicava por que não tinha notado, um anjo negro com olhos azuis e sem rosto olhava desafiador por trás de um grande leão rugindo que cobria todas as suas costas até os glúteos. Assim que se virou, mais uma tatuagem em seu abdome do lado direito que terminava um pouco abaixo de seu peitoral protuberante, uma fênix flores e linhas e varias outras tatuagens coloridas desciam por sua lateral e entravam em sua causa, Victor apenas encara sua irmão disseca-lo com os olhos, uma risada escapou de sua garganta quando viu os olhos apertados de sua irmã mirando fixamente sua pélvis com o intuito de adivinhar com que mais tinha lá.

-Se quiser eu tiro tudo e você vê. Seus dedos longos abriram os botões e zíper.

-Você é ridículo, mas sim desejo ver suas tatuagens, quer saber irmão é ridículo ver você? Sua cara de indignação divertia o maior.

-Por que? Por que sou bonito?

-Sim, até demais. Sua sinceridade surpreendeu. -Claro como pode nascermos tão parecidos e tão diferentes ao mesmo tempo? É mais bonito, mais alto, mais charmoso, é gostosão e o pior é engraçado, enquanto eu o máximo que tenho é uns quilos a mais e uma baita preguiça de ir pro muay tay me fale um defeito? Ela gesticulava em nervos.

-Bem costumo ter peidos bem fedorentos. Os dedos massageavam seu queixo.

-Teu cu... A frase saiu mais rápido do que seu pensamento

-Qual é, vem ca... Ela o abraçou relutante ainda. -Somos gêmeos, você é bonita, não é por que nasceu anã que quer dizer que é feia. Ela gargalhou após sentir o soco forte em seu estomago. -Ai caralho...

Após alguns resmungos e mais lutas, ambos tomaram banho e se prepararam para dormir. Em menos de minutos os dois já entravam em mais uma discussão e uma guerra de travesseiros foi gerada, varias travisseiradas depois e um golpe de Victor fez Nalay voar e bater com a cabeça na parede causando um estrondo alto.

-Eita caralho... Matei minha irmã.... Ele gritou desesperado com as mãos na cabeça quando a mesma não se mexeu mais ainda deitada no chão. -Call the ambulance... My God my mother is going to kill me... I have to hide the body.

Trad.: Chame a ambulância ... Meu Deus, minha mãe vai me matar ... Tenho que esconder o corpo.

-Esconder o corpo um caralho eu vou te matar seu branquelo sem vida. Nalay pulou em suas costas e mordidas e socos eram desferidos, em minutos xingamentos e gritos altos ecoavam no quarto fechado.

-Que caralho é isso... Querem levar umas sandalhadas? Catarina entrou no quarto, a chinela na mão deixou os dois petrificamos.

-Ele(a) começou. Os dois falaram em uníssono.

-Vão... Dormir... A.GO.RA. A voz ameaçadora de sua mãe fez Nalay descer das costas do seu irmão e ir deitar na cama, como dois cachorrinhos acuados Victor a seguiu e se acomodou ao seu lado, ambos se abraçaram ao se cobrir deixando apenas a cabeça do lado de fora. -Muito bem meninos, boa noite amo vocês. Falou satisfeito desligando a luz e fechando a porta.

-Boa noite... Ambos responderam, se entreolharam e decidiram ir dormir.

-Sua mãe é doida. Victor virou para o outro lado esfregando a bunda em sua irmã.

-É sua também. Respondeu fazendo o mesmo para o outro lado.

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