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Capítulo

O LIVRO conta a historia de uma jovem estudante chamada Alyssa Evie, que depois de ter completado 18 anos tem tido sonhos estranhos com pessoas que nunca viu. Após a chegada de um aluno novo na escola tudo fica diferente, sua vida muda completamente, pois ele sabe mais sobre ela do que ela mesma.

Capítulo 1 01

"Estou correndo dentro de um labirinto, esta escuro e não consigo achar a saída, alguém está me seguindo. Contínuo correndo, meu coração esta acelerado. Está escuro. Ouço uma voz gritando meu nome... olho para trás..."

Acordei !

Estou suando, me sento e desligo o despertador. Vou para o chuveiro tomar um banho para ir pra escola. Desço para a cozinha tomar café e encontro um bilhete na mesa.

Bom dia Alyssa!

Tivemos que sair cedo mais chagaremos antes de você voltar.

Te amamos.

Pai e mãe.

Onde será que eles devem ter ido? Deixo o papel em cima da mesa e pego a mochila para ir. No ponto de ônibus enquanto estou com o fone ouvindo música fico pensando no sonho de hoje. É estranho... tenho tido esses sonhos por dias durante alguns meses, parecem tão reais. O rosto que sempre vejo , a voz que sempre ouço..... o lugar .Quando menos percebo o ônibus já está na minha frente com as portas abertas.

Olhando para as janelas vem como flashback as imagens do sonho que tive noite passada. Vi um rosto de um homem , eu parecia estar em seus braços e ele parecia tentar me acordar. Eu não sei bem o que pensar sobre esses sonhos frequentes que ando tendo , bom, talvez não deve ser nada de mais. Saio do ônibus e de longe vejo Mary e Pitter conversando, meus dois melhores amigos.

Mary é minha amiga meio nerd, ela sempre me salva na aula de Química e matemática. Apesar das roupas um pouco ultrapassadas pra idade dela, ela tem um corpo bonito ,cabelos claros e usa um óculos redondo que estranhamente fica muito bom nela.

Pitter é um amigão, não é o nerd, nem o popular, nem o excluído, e nem o líder do time de futebol. Mais é um cara legal, ajuda a qualquer um não importa a situação, é um cara bom e tem personalidade forte e também é péssimo em química.

Vou até eles. Mary me dá um abraço apertado e fico até sem fôlego.

---- Ai... vai me esmagar.---- digo.

Ela me solta.

---- Feliz aniversário antecipado!

Pitter também me abraça e deseja o mesmo.

Fico sem reação, eu estava com tanta coisa na cabeça que acabei esquecendo.

----Nossa já é amanhã né.... eu juro pra vocês que eu nem lembrava.

----Ta com a cabeça a onde Alyssa pra não lembrar do seu próprio aniversário?- diz Mary

----Muita coisa gente. Mais então.... vamos sair amanhã?

Pitter:

---- Pode ser , vamos ao cinema assistir A COISA. Saiu a poucas semanas.

---A não Pitter esse filme não.----Diz Mary limpando uma das lentes de seu óculos.

Entramos na sala . Mary senta na primeira mesa da terceira fileira, Pitter senta logo atras dela , e eu sento na ultima mesa da mesma fileira .

Alguns minutos depois o senhor Harold entra na sala. Ele é nosso professor de filosofia. Ele entra e fecha a porta, está com alguns livros na mão e os coloca na sua mesa.

----Bom dia classe.

Ele nos cumprimenta e logo diz que teremos uma avaliação individual. Estava demorando! Bom, a aula foi longa ou eu que estava morrendo de tédio.

Depois no refeitório Pitter, Mary e eu vamos para a mesma mesa e ele diz:

---- Vocês ficaram sabendo que o senhor Harold vai ser afastado por um tempo?

----Como assim ? ----Pergunto.

----É isso ai... eu não sei ao certo porquê mas ele vai sair de licença ou algo parecido.

---Quem disse isso?---Pergunta Mary.

----Boatos .... as pessoas falam muito.

Mary:

----Espero que sim. Ele é um bom Professor e não pode ser afastado sem motivos.

----Mais foi como o Pitter disse, pode ser só boatos Mary.- continuei.

Era realmente difícil acreditar no que Pitter dizia. Harold era um professor bom, não tinha problemas com os alunos e sempre ajuda nas festas beneficentes.

Ao fim das aulas sinto um alivio na saída pra casa. Mary, Pitter e eu, conversamos um pouco, e marcamos um horário para sair amanhã.

Chegando em casa largo a mochila no sofá e sou atraída por um cheiro gostoso, vou para cozinha e minha mãe esta lá.

----O que está fazendo?

---- Bolo de chocolate com avelã.

Perfeito!

----Amo chocolate com avelã.

Dou um beijo em seu rosto e subo para meu quarto. Passo a tarde toda nele escrevendo e desenhando imagens que vinham na minha mente. Deito na cama e debruço a cabeça no travesseiro, milhares de pensamentos vem a minha mente, meus olhos estão pesados, bocejo.

" Eu vou estar com você..... Sempre Alyssa."

ACORDEI.

Sem perceber acabei cochilando. Sonhei novamente com aquele homem. Porque ele está nos meus sonhos todas as vezes. Seria um aviso? Não. Acho que estou ficando louca.

Pego meu caderno onde desenhei durante semanas algumas imagens dos meus sonhos e começo a desenhar a imagem daquele homem.

Ele era branco ,tinha cabelos loiros e olhos azuis, seu semblante parecia de alguém que estava sempre preocupado, apesar das suas expressões faciais ele parecia era como um anjo.

Quando terminei de desenhar já era tarde. Desci depois de tomar um banho para o jantar, meu pai e minha mãe já estavam na mesa. Fui até a geladeira e peguei um pouco de suco.

----Não vai jantar?----Perguntou meu pai.

---- Estou sem fome.

Minha mãe:

----Tem certeza que não quer nada?

---- Não mãe, Estou bem.

Subo novamente para meu quarto e fico sentada na varanda, só relembrando meus sonhos sem sentidos algum.

Troco mensagens com Pitter e Mary.

Ouço alguém bater na porta.

----Entra.

É meu pai.

----E ai como você está?---Pergunta ele sentando do meu lado.

---- Bem....

----Quer sair pra algum lugar amanhã? Afinal é o seu dia não é?

----Pitter, Mary e eu marcamos de ir ao cinema.

---- Isso é bom... quer que eu leve vocês ou...

----Não... pode deixar nós vamos de ônibus ou pagamos um táxi... não precisa se preocupar.

---Tudo bem então. Durma bem filha te amo.

Ele me dá um beijo na testa e sai. Meu pai era sempre atencioso, sua aparência era de um homem durão, mais no fundo tem um coração mais mole que manteiga.

Me levanto e vou para minha cama. Fico escrevendo e fazendo algumas atividades atrasadas. Está ficando frio. Vou até a porta da varanda para fechar a cortina e vejo alguém parado do outro lado da rua olhando para direção do meu quarto.

Fecho a cortina lentamente e tento ficar calma. Abro a cortina de vagar, olho para o outro lado da rua novamente, e não há ninguém.

Talvez seja coisa da sua cabeça Alyssa! Penso comigo mesma. Talvez seja sono. Fecho as cortinas e vou dormir, pois já são 23:15 da noite, amanhã será um dia e tanto.

" Olho da varanda, há um homem do outro lado da rua , algo me diz que ele QUER entrar aqui. Fecho a cortina e penso se aporta lá de baixo esta fechada. Abro a cortina lentamente, ele ainda está la , só que agora está parado na frente de um outro homem que está na calçada da minha casa. Ele parece não deixar o homem do outro lado da rua atravessar."

Drimmm........Drimmmm.....

O despertador toca.

Novamente sigo a mesma rotina, levanto, tomo banho, café e vou direto para casa de Mary. Hoje é sábado, quase o melhor dia da semana.

Chegando na casa de Mary , vejo que Pitter já esta lá, dali fomos direto para o cinema, e assistimos a um filme de terror. Não era tão assustador mas a história do filme era boa. Almoçamos fora, jogamos boliche, e depois passeamos um pouco pelo parque. Passei o dia todo com eles e foi tudo de bom.

----18 anos já alyssa nem parece!---Diz Pitter.

----Era pra ser um elogio ou devo achar que está me zoando?

---- Pode se dizer que é um .... elogio obvio.

Mary:

---- Achei que seus pais fariam festa pra você esse ano.

Eu:

----Eles iam, mais eu falei que não estava afim de festa esse ano. Não estou tão no clima sabe.

---- Gatinha você nunca está no clima.---Diz Pitter.

----Eu tive um sonho estranho hoje.

----Amiga você sempre tem um sonho estranho. ---Diz Mary.

----É verdade. Mais esse foi quase que real.

----Hum .... quer sorvete?

Mary parece ignorar o que estava dizendo. Ela deveria mesmo, não tem a obrigação de me escutar falando sobre minhas loucuras, ninguém tem.

Entro na onda dela e vou tomar sorvete.

---- O meu é de morango.

DEPOIS de sairmos da sorveteria já estava tarde. Mary e Pitter estão no ponto de ônibus comigo.

---- Você tem certeza que não quer que a gente te leve na sua casa? Hoje é seu dia de pedir o que quiser aproveita!- diz Pitter apertando minhas bochechar.

----Vocês são os melhores --- Tento abrir um sorrisão----mais podem ficar de boa eu vou ficar bem podem ir.

Eles me abraçam, Pitter tira uma caixinha do seu bolso.

---- Oque é isso?

----É pra você.... abre.

Ele da em minha mão aquela caixinha dourada. Abro e tem uma pulseira de prata nela com um pequeno pingente.

----Obrigada Pitter não precisava.

----Eu não queria que passasse em branco.

Tento retribuir com um abraço.

----Obrigada eu adorei.

O ônibus chega. Pitter olha pra mim.

----Toma cuidado gatinha! Até amanhã.

----Toma cuidado amiga.... até amanhã e vê se me manda mensagem em.

--- Tchau gente..

Eles se vão. Vejo aquele ônibus partindo e me deixando naquele ponto deserto. Está ficando frio, sinto o vento passar lentamente sobre meu rosto. Tento pensar coisas positivas para me distrair mas tudo o que vem em minha mente é que parada nesse ponto tenho possibilidades imensas de morrer, ser assaltadas entre diversas outras coisas que com meu azar, sei que aconteceriam.

Sinto que tem alguma coisa estranha. A luz do poste que está sobre minha cabeça começa a piscar, sinto calafrios e parece que estou sendo observada. Estou de frente para a rua, um vento gelado bate do lado esquerdo do meu rosto. Olho na direção do vento. He para minha surpresa, há um homem parado a poucos metros de mim. Lembranças vem na minha mente, e reparo que parece ser o mesmo homem que estava do lado de fora da minha casa noite passada.

Meu Deus!

Viro-me na intenção de sair dali. Dou longos passos enquanto tento respirar fundo. Ele começa a andar logo em seguida. O que será que ele quer? pode ser só um mal entendido, ou engano, ou não, mas não vou mentir que meu coração está a mil por hora. Olho para trás na esperança de que ele tenha parado em alguma esquina. E não há mais ninguém. Para onde ele foi? Vejo só a rua deserta e nada mais. Olho para frente e me deparo com aquele homem novamente parado a poucos metros de mim.

Dou dois passos para trás mas ele vem caminhando lentamente na minha direção. Viro-me e começo a correr. Meu celular caí quando tento tira-lo do bolso, olho para ver se consigo pega-lo e percebo que não, tento correr ainda mais rápido e acabo escorregando quando me encantou o homem está na minha frente, como isso é possível?

Mesmo com aquele capuz ainda enxergo parte do seu rosto. Ele é pálido ,sua pele parece desbotada com manchas verdes e seus olhos são vermelhos , ele está sério, seu semblante é simplesmente horrível.

Ele vem andando e sinto que não vou conseguir escapar, ele está a três passos de mim.

---- Você tem que morrer. ---- ele diz com uma voz rouca e lenta.

Ele faz um som como o rosnado de um cão prestes a atacar. Estou assustada e fico paralisada, minhas pernas não se mechem, não consigo sair do lugar, sinto que meu coração vai sair pela boca.

Quando o homem está bem perto de mim, algo o puxa para trás e o arremessa na traseira de um carro que estava parado na calçada ao lado. As luzes dos postes começam a estourar e tudo fica escuro.

Ainda estou no chão, sei que devia correr dali, mais fico e tento ver o que foi aquilo que jogou aquele homem a metros de distância.

O homem sai de cima do carro e posso vê-lo atacando outra pessoa (A pessoa que provavelmente o jogou contra aquele carro). Mas que tipo de pessoa teria essa força?

Os dois se enfrentam, e novamente aquele homem tenta vir em minha direção mas agora está sem o capuz, ele não tem cabelo, e seu rosto é todo coberto por manchas horríveis ele parece um animal no corpo de um homem. Ele vem em minha direção correndo, me joga contra a parede e fere com uma pequena lâmina um de meus braços. Me sinto meio desnorteado, tonta, e mal consigo sair do lugar. Vejo meio embasado duas sombras se atacando na noite, pisco os olhos e tudo que vejo depois é um homem vindo em minha direção, ele me pega no colo e der repente não consigo mais ficar com os olhos abertos, eles se fecham involuntariamente.

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