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Sociedade da meia-noite

Sociedade da meia-noite

Patricia S.

5.0
Comentário(s)
1.6K
Leituras
5
Capítulo

Vivian levava uma vida tranquila, emprego estável e um relacionamento duradouro mas ainda sim se sentia incompleta. Tudo muda quando seu chefe lhe convida para uma sociedade secreta, onde liberdade e prazer vem primeiro.

Capítulo 1 Desejos Secretos

14 de Abril de 2017

Uma manhã fria, levanto e vejo Breno deitado com sua pele extremamente clara contrastando com seus cabelos pretos. Estamos juntos já fazem 10 anos, começamos a namorar eu tinha 16 anos e ele 18, aquele primeiro amor da escola. Sempre tivemos um relacionamento tranquilo, mas não tive nenhuma outra experiência sexual a não ser ele, o que me deixava bastante frustrada, não que sempre tenha sido assim. O nosso maior problema, na verdade dele, é não saber diferenciar o que é estar junto tendo um tempo de qualidade juntos e o que é estar do meu lado mexendo no celular.

Vou até a cozinha preparo um café e coloco pão de queijo para assar, como e vou me arrumar para o trabalho. Coloco uma saia lápis, faço minha maquiagem o mais natural possível com um batom vermelho pra contrastar, afinal para trabalho de secretária pessoal do Augusto, CEO de uma das maiores construtoras de São Paulo, imagem é muito importante.

Desço até a garagem e pego meu carro, um Fiat Uno 2015 que ainda estou pagando, para ir trabalhar. O trânsito de São Paulo é uma das coisas que me fazem odiar a cidade. Sento na minha mesa e em seguida vejo Augusto.

- Bom dia, Vivian!

- Bom dia, senhor! - Digo num tom suave e percebo que ele ainda está me olhando

- Você está especialmente bonita hoje!

- obrigada - sinto meu rosto inteiro ficar quente

Augusto é o tipo de homem que me chama atenção, engraçado que é totalmente o oposto de Breno, um homem negro de 1,85m, corpo definido com mãos grandes, sempre que ele me olha ou fala comigo, minha imaginação vai longe. As vezes a única vontade que tenho é de entrar na sala dele e rasgar toda sua roupa, sei que não é o que uma mulher comprometida deveria pensar, muito menos querer, mas se vocês olhassem pra ele me entenderiam. Ainda assim, ele tinha um ar misterioso difícil de decifrar.

Chego em casa já são passado das 20:00, meu único pensamento é chegar tirar a roupa do Breno e transar loucamente com ele, já faz semanas que nada acontece e isso tem me deixado louca a falta de interesse dele em mim. Abro a porta, vejo que ele ainda não chegou então tiro meus sapatos e vou até a geladeira abrir uma cerveja, ligo o chuveiro para esquentar o banheiro aí começo a tirar minha roupa.

Me olho no espelho e minha cabeça começa a ir a milhão. Como ele não pode querer me comer? Como falta interesse? Não conseguia entender o fato de não chamar a atenção dele. Vou a academia todos os dias, faço cabelo, faço unha e me mantenho sempre depilada para que eu seja desejada. Onde tô faltando?

Tomo meu banho, me deito no sofá para assistir um filme e acabo pegando no sono. Acordo já passa das 23:00 e vejo o chuveiro ligado, tiro minha roupa e vou até lá.

- Será que posso tomar banho contigo? - pergunto com uma voz mais sexy

- Ah amor, tô tão cansado que só quero tomar banho e dormir.

Minha cara automaticamente se fecha, mais uma vez rejeitada, recusada e frustrada. Sigo para o quarto, olho meu celular e tem uma mensagem

"Boa noite, desculpa a hora, mas amanhã vou precisar de você no restaurante de sempre as 11:30. Aguardo você lá.

Att. Augusto"

Coloco meu celular a despertar e vou dormir.

15 de abril de 2017

Levanto e sigo minha rotina. Decidi usar um vestido preto que desenhava meu corpo, dando um destaque sutil aos meus peitos, com um batom bordô e um salto vermelho, me senti poderosa.

Olho calendário e vejo que faltam apenas 6 dias para meu aniversário de 26 anos, mais um dia normal onde nada vai acontecer.

Chego no restaurante já procurando uma mesa cheia de sócios ou empresários, mas a recepcionista do restaurante me leva a uma área privada, onde eu imagino que só pessoas muito ricas e poderosas vão. Caminhamos por um corredor com um papel de parede florido em tons de bege até chegarmos a uma porta de correr que dava para uma porta onde havia outro espaço com mesas e a esquerda havia um corredor que ao fim havia outra porta grande e preta. Ela me levou para a mesa em que Augusto tomava uma taça de vinho enquanto me aguardava

- Desculpa te fazer esperar, senhor! - Ele se levanta e puxa a cadeira para mim

- Não tem porque se desculpar, não está atrasada eu que me adiantei - disse dando um sorriso de canto

- Obrigada - meu corpo inteiro formigava

Eu estava sentindo uma tensão sexual, que provavelmente era fruto da minha imaginação pois eu já estava, sendo bem baixa nas palavras, igual uma cadela no cio. Ele vestia uma terno preto, sem gravata com os dois primeiros botões abertos, o que o deixava mil vezes mais sexy. Senti que enquanto me olhava, estava analisando cada detalhe do meu corpo e da minha roupa.

- Quem estamos esperando, senhor? - Pergunto tentando quebrar o gelo

- Ninguém, isso não é uma reunião mas um almoço pra conversarmos - ele diz pegando uma taça - mas só se me prometer que não vai mais me chamar de senhor

O encaro observando cada movimento dele

- Ah, ta bem! - pego o cardápio e começo a olhar tentando focar minha atenção para algo que não fosse ele.

- Te acho uma mulher extremamente inteligente e elegante, não é atoa que está a 6 anos comigo

- Saiba que é um prazer trabalhar com o senhor... quer dizer Augusto - tento parecer natural mas por dentro estou explodindo

O garçom vem anotar nossos pedidos, Augusto pediu um carré de cordeiro assado com cenouras na manteiga e hortelãs, enquanto eu pedi camarões na manteiga salgada com coração de pupunha para acompanhar pediu um vinho branco. Conseguia perceber toda vez que ele olhava para meu decote, ou para minhas pernas pois ele nem tentava disfarçar. Conversamos até a comida chegar sobre a vida, ele me contou sua história, como conseguiu chegar aos 31 anos milionário, como venho do nada com o objetivo único de aposentar seus pais. Após comermos, olhou dentro do meu olho e disse com um sorriso no canto do rosto

- Eu te chamei porque queria te fazer um convite, mas é algo fora da empresa. Faz anos que te observo e as vezes vejo que me olha como uma presa, pois na maioria das vezes nao tem como não notar. - ele da uma pausa e toma um gole de vinho - Existe uma sociedade exclusiva onde só pessoas importantes participam. Os encontros acontecem sempre na meia noite de sexta a cada 15 dias, mas o local só é dito 1 hora antes.

Fico sem reação em um primeiro momento, tentando assimilar o que estava acontecendo. Como, ou melhor por que ele quer eu nesse clube, com um pouco de medo da resposta pergunto:

- E o que vocês fazem nesses encontros? - Começo a mexer na minha correntinha para liberar o nervosismo .

- Eu posso te mostrar, desde que não me processe - solta uma risada sarcástica.

Eu faço que sim com a cabeça então ele levanta, estende a mão para mim que logo seguro e me leva rumo a porta preta no fim do corredor. Ao entrar lá tinha uma luz baixa em tom de azul escuro, uns sofás, uma hidromassagem e uma cama, tal qual uma suíte de motel, no fundo uma música sensual tocando baixinho. Ele me deu uma máscara preta que destacavam meus olhos cor mel, andei um pouco e parei pois não o via mais, decidi ficar ali e então senti o corpo dele ficar envolto do meu, a mão dele subindo da minha barriga enquanto ele beijava meu pescoço. Lentamente ele foi abrindo meu vestido, naquele momento eu já não pensava em mais nada, estava totalmente rendida. Ele tirou meu vestido, eu virei e o beijei tirando sua roupa, foi intenso.

Nem vi quanto tempo havia passado, me vesti, sai e nem olhei para trás. Entrei no meu carro e só tentava entender o que havia acontecido, em que momento eu fui de secretária para piranha que transa com o chefe? Pior, a que trai o namorado. Ao mesmo tempo em que surtava tentava me manter calma, porque afinal como Breno iria descobrir?

Cheguei em casa e havia um bilhete na geladeira

"Amor, fui vistar meus pais, te amo!"

Tomei um banho e fui dormir pra tentar fingir que nada havia acontecido, logo eu estava tentando fazer o impossível. O melhor sexo da minha vida, e olha que só havia transado com o Breno antes dele, era tão bom se sentir vista e desejada. Era diferente. O principal, a sociedade é uma casa de swing? Ou ele inventou tudo aquilo pra transar comigo?

Quanto mais eu tentava esquecer e dormir, mais eu pensava e mais confuso tudo ficava. Em 6 anos, nunca havíamos ido para um happy hour se quer após o trabalho, mas no fim a única coisa que conseguia concluir era que deveria fingir que nada havia acontecido na segunda.

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