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Por acaso você

Por acaso você

Bruna Paty

5.0
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5
Capítulo

Era agosto, e parece que o tempo não se decide entre calor e frio. Já são seis horas da tarde e o sol está se pondo, diferente de algumas pessoas eu não consigo ver o pôr do sol da minha casa, nem ao menos tenho uma sacada. Vejo que o céu começa a escurecer e eu aqui com minha vida sem cor, mas a vantagem de morar no interior é que o céu é de um azul brilhante e lindo. Preciso arrumar um emprego, tantas tentativas, erros e acertos, porém na idade que estou preciso ir rumo ao sucesso, o amor não deu certo pra mim, o emprego dos sonhos ainda não chegou, preciso mudar de ares, e por mais que eu goste da qualidade de vida do interior eu preciso ganhar dinheiro, São Paulo chega pra todo mundo

Capítulo 1 A REFLEXÃO

Era agosto, e parece que o tempo não se decide entre calor e frio.

Já são seis horas da tarde e o sol está se pondo, diferente de algumas pessoas eu não consigo ver o pôr do sol da minha casa, nem ao menos tenho uma sacada.

Vejo que o céu começa a escurecer e eu aqui com minha vida sem cor, mas a vantagem de morar no interior é que o céu é de um azul brilhante e lindo.

Preciso arrumar um emprego, tantas tentativas, erros e acertos, porém na idade que estou preciso ir rumo ao sucesso, o amor não deu certo pra mim, o emprego dos sonhos ainda não chegou, preciso mudar de ares, e por mais que eu goste da qualidade de vida do interior eu preciso ganhar dinheiro, São Paulo chega pra todo mundo...

Não tenho nada a perder por aqui, afinal acabei de completar trinta anos e me sinto empacada na vida, minha vida profissional sempre na posição de que: "é o que tem pra hoje"

na escola nunca fui a popular, sempre fui uma pessoa de poucos amigos devido não gostar do que todo mundo gosta, sempre gostei de ficar na biblioteca da escola, ler livros, escutar músicas, assistir filmes e sempre gostei de aprender e bater papo com os professores,

nunca fui muito de festas e nem de bebidas, na época da faculdade iniciei algumas aventuras, o pessoal me chamava para os barezinhos e eu sempre estava estudando, ou realizando algum curso extra curricular, nunca tive vontade de ir,

por fim fui poucas vezes afim de experimentar e me senti deslocada,

só que sempre que me convenciam a ir eu sempre conseguia conversar com as pessoas, acredito que o simples fato de eu ler de tudo me deixava aberta a conversar sobre qualquer assunto, então por mais que eu não me sentia pertencente ao local eu conseguia me relacionar e as pessoas geralmente gostavam de conversar comigo, inclusive as pessoas me achavam super sociável, só que isso eu fazia por educação, afinal nunca gostei de estar em locais com pessoas muito desconhecidas e nem de situações novas, eu acredito que o fato de ouvir bastante, as pessoas que queriam tanto falar, viam em mim a pessoa que ouvia, os homens nos quais me relacionei adoravam conversar comigo porém não tinham visão de futuro, não pensavam em nada mais que cerveja e churrasco aos finais de semana, nunca tive um amor de verdade e pensando bem agora, nenhum deles cursou um curso sequer, e um valor pra mim era ter um companheiro que valorizava estudo e crescimento profissional, e uma postura de atitude e de provedor do lar, sempre gostei de conforto e segurança, já os últimos dois relacionamentos que tive moram com a mãe, lembro do Tiago, ele nem ao menos retirava o prato da mesa, a mãe ainda servia o seu prato, será que sou exigente? Ou será que inconsciente atraio essas pessoas tentando salvá-las de algo?

Talvez o problema realmente seja eu, visto que minha família é completamente complexa, não faço boas escolhas ou faço escolhas inconscientes.

Sim eu preciso mudar a minha vida, tomar um rumo e fazer escolhas que me leve a vida que realmente eu quero, está decidido: segunda feira eu vou procurar emprego e morar em São Paulo, dizem que trinta anos é a idade do sucesso, espero que seja mesmo.

Para hoje me contento em assistir a um documentário que estou adiando a dias, vejo as horas e já são 16:00 h coloco o documentário da Brene Brown na Netflix e aproveito para aprimorar o meu inglês.

Meu pai me chama para sair e jantar: agradeço o convite, estou sem vontade de sair, vou ficar por aqui e pedir comida.

Vai lá e divirta-se Pai.

Prefiro ficar em casa e fazer o planejamento do meu futuro, peço um combo de comida japonesa pelo APP e aproveito para estudar um pouco, esse documentário me deu um gás falando sobre a coragem de ser vulnerável e me ajudou com a decisão de ir morar em São Paulo.

Me sinto muito melhor agora.

Coloco a matéria de gestão do tempo em dia, estudo um pouco e dou uma olhada no relógio e já são 22:00 h.

Tomo um banho, aproveito para hidratar meu rosto, meus pés e meus lábios, visto o meu pijama favorito e agora sim, vou ler um pouco e dormir.

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