Horus foi forçado a procurar uma estranha e se casar. Nunca viu a mesma e nem pretendia que faze-lo. Mas uma infeliz coincidência do destino o coloca cara a cara com sua esposa, e ele se vê enfeitiçado pela mulher petulante de pavio curto que o faz ficar rendido ao seu encanto.
Eram quatro e meia da tarde e uma tempestade assolava o coração de Nova York. Precisava urgente de uma dose de vodka, que diabos deu em seu irmão para faze-lo passar por todo esse transtorno sabendo que estava atolado em trabalho até os ossos.
O trânsito estava caótico, e com certeza seria impossível sair da cidade e resolver aquela bagunça antes da noite cair . Mais que droga! Pensou, olhando o celular tocar pela vigésima vez.
Já passava de quatro anos aquele acordo, fez o que devia fazer para que sua mãe, uma casamenteira de plantão parasse de pressiona-lo com esse fardo de casamento da primogenitura. Era ridículo, em pleno século 21 um homem não poder ter uma posição importante na empresa de sua família e ser solteiro. Fez de tudo ludibriar Celina O'Hara Amonhat, sua mãe. Mas foi tudo em vão, desde de os namoros combinados, noivados falsos e até a conversa sincera que lhe surtiu uma advertência do pai, de que iria destitui-lo da presidência da empresa e também renega-lo como filho por ter desonrado os desejos da mãe.
Uma mensagem de seu irmão, seu braço direito na companhia o tirou de seu devaneio. Ele avisava que a tal mulher com quem se casou a quatro anos não morava mais em Nova York, havia se mudado para Seattle.
Mais que grande droga! Agora teria que desperdiçar mais tempo atrás daquela mulher. Maldita hora que se deixou levar pela ideia de seu irmão!.