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Capítulo

"Ele" sempre existiu. Em toda a sua existência Ele fez várias coisas criações, como se brincasse de ser ele mesmo. Criou mundos e seres, tão incontáveis que nem ele mesmo conseguia lembrar de todos se não se esforçasse um pouco. Seus seres tinham vida, mas não vontades próprias, e quando o via, se decepcionava com suas criações. Entre tantos milhares de anos e de existência, decidiu que daria, às suas únicas próximas criações, o poder da consciência, apesar de saber que isso lhe custaria muito caro. Lhe custaria o preço de sua existência. Mas de nada adiantava existir sem ter ao menos um ser senciente para lidar. Por 12 mil anos os criou e nos mínimos detalhes pensou. Passou quase mil anos para criar cada um. No final dos 12 mil anos ele havia finalizado o seu projeto. Aries, Taurus, Gemini, Cancer, Leo, Virgo, Libra, Scorpius, Sagitarius, Capricornus, Aquarius e Piscis. Foram as suas 12 criações, e esses seres, cada um com consciência própria e poderes únicos tinham em si uma parte de seu criador. Essa história é sobre eles. Esse primeiro livro é sobre Taurus.

Capítulo 1 1

O pai de todos eles, em seus milhões de anos de existência, criou muitos mundos diferentes. Escolheu dar a cada um dos 12, um desses mundos, onde eles poderiam também dar a vida e criar seus descendentes. Cada um dos 12 tinham suas particularidades e poderes únicos.

Ele, primeiramente, não os criou se baseando em sua própria aparência. Os criou como se fossem criaturas únicas e todos eram completamente diferentes uns dos outros. Mas o Seu desejo era de que eles pudessem viver juntos. Ele uniu todos os mundos que escolhera em um mundo só, e deu a cada um dos 12, a capacidade de se transformarem em seres com a aparência como a Dele, nós conhecemos como a aparência humana. Assim existiria ao menos uma similaridade entre eles, já que todos eram tão diferentes.

Ele deu a vida a todos os 12 no mesmo dia, e isso acarretou em sua extinção. Mas assim que foram criados, os 12 já sabiam quem era o seu Criador e que carregavam, dentro deles, uma parte Dele. Já nasceram entendendo que precisavam sempre se dar bem um com o outro, para que sempre pudessem prosperar, e que deveriam criar vida para que suas existências fizessem sentido.

O Criador "terminou" de idealizar Taurus na segunda primavera. No mundo em que havia criado para que todos os seus seres sencientes morassem, era dividido por algumas estações. Taurus foi criada na segunda primavera e a sua terra iria ser conhecida como Vênus. Entendam que Ele os deu a vida em um só dia, mas os idealizou por muitos anos e cada um deles tinha sua data de criação. O dia do nascimento de todos era igual, mas não de suas criações.

Taurus era calma e parecia ser muito paciente. Ela era um das mais fortes fisicamente dos irmãos. A forma natural de Taurus, era de um minotauro. O seu rosto era grande e assustador, mas ela não era nada assustadora. Muito pelo contrário, ela era uma dos mais protetores dos 12.

Taurus foi a segunda a se retirar para a sua terra. Ela precisou correr muito, mas isso não era problema para ela, porque ela era extremamente veloz e não tardou muito a chegar em sua Vênus. Ela conseguiu notar a diferença e sabia que estava em casa assim que pisou em sua terra.

Vênus era verde, com pastos vastos e árvores verdes claras. Tinha muita vida em Vênus e Taurus adorou todas as criaturas que viu ali. Tinha água em abundância e muitos locais para que ela pudesse se proteger quando chovesse. Tal como todos os seus irmãos, ela não sentia frio, nem calor e nem fome. Tal qual não sentia dor. Mas seu instinto maternal lhe dizia que sua primeira criação sentiria. E mesmo antes de criá-lo, ela já se preocupava em ter um local seguro para tê-lo. Esse instinto foi passado pelo seu Criador. Nem todos os seus irmãos tinham esse sentido mais aguçado, mas ela tinha.

A forma de Taurus como humana, era de uma mulher alta, esguia, com os cabelos longos e marrons. Seus olhos eram completamente marrons. Suas mãos não pareciam tão femininas, elas eram grandes e largas para o seu perfil. Seus pés eram tão grandes quanto. Mas seu rosto humano era delicado e passava a impressão de ser cuidadosa. O que ela realmente era.

Taurus não fez a sua primeira criação no seu primeiro dia. Ela queria conhecer mais a sua terra, e para isso ela sabia que precisaria andar e ver com os próprios olhos.

Ela amava a sensação de pisar naquela grama tão fresca. Viu várias frutas nas várias árvores que tinham ali. Os animais que vira eram pequenos e afáveis. Ela pensou que seu Criador não poderia ter feito um lugar melhor para ela e seus filhos.

Taurus passou os primeiros dias somente andando e observando. Pacientemente gravando cada detalhe em sua mente sobre sua terra e às criaturas que viviam ali. Não viu muita vida animal, mas haviam muitas plantas em sua terra. Por fim, depois de passar semanas andando calmamente. Ela escolheu o local em que faria a sua primeira moradia.

Era uma rocha muito grande, que não se podia ver onde acabava. Lá tinha uma caverna, onde moravam pequenos animais que brilhavam e clareavam a escura caverna. Os animais não apresentavam nenhum risco para Taurus, que nesse tempo inteiro ainda não havia se transformado em sua forma natural. Ela não sentia necessidade para isso. Não se sentia ameaçada, e se sentia muito bem na forma humana. Se sentia um tanto mais delicada. Ela se perguntava porque seu Criador havia transformado justamente ela em um ser tão colossal e de certa forma grotesco. Ela era muito grata é claro, mas devido a sua personalidade, ela achava que sua forma natural não combinava com sua aparência.

A rocha que Taurus escolheu para chamar de lar, ficava bem em frente à um lindo rio, que tinha a água corrente e sua nascente não era muito longe dali. Era rodeado de árvores que se mesclavam entre as cores verdes e rosas. Algumas árvores tinham as flores completamente rosas. Taurus poderia passar anos apenas olhando para elas. Ela via os pequenos animais, a maioria parecia roedores, comendo em suas copas e catando as frutinhas no chão.

Taurus passou semanas sentada ali, parecia não ter pressa alguma, bem diferente de alguns de seus irmãos. Somente no final do segundo mês vivendo ali entre as árvores e entre aqueles pequenos animais foi que ela decidiu que estava na hora de "dar a luz".

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