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Uma proposta irrecusável

Uma proposta irrecusável

BrunnaCavalcanti

5.0
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6K
Leituras
9
Capítulo

O pai de Emily excedeu as promissórias que ele usava para as jogatinas. Para o seu desespero ele fez com que a sua única filha, negociasse com Andrew Vitale, um homem lindo e poderoso. Emily terá de lidar com a personalidade extremamente forte, sádica e cética de Andrew Vitale. Mas como sempre o destino prega peças e onde tudo poderia ser o fim, pode acabar sendo um novo começo para essas duas pessoas com vidas opostas...

Capítulo 1 O início do caos

EMILY FOLEY

Ufa! Hoje, sexta-feira, último dia de aula da semana. Foi uma semana de intensa correria, confesso. Millie, a minha amiga da faculdade avisou que Henry, quer ficar comigo de novo, sinceramente tô fora! É o tipo de cara que beija mal, transa mal, e ainda sai espalhando pelos quatros cantos do mundo que pegou, fez e aconteceu! Não sou nenhuma santa, tenho os meus momentos de uma jovem normal, só que ultimamente a faculdade tem tomado muito do meu tempo.

Já são 19:14, perdi parte da minha noite pesquisando um arquivo na biblioteca da faculdade. Preciso ir para casa...

[...]

Chego em casa e sinto o cheiro delicioso que vem da cozinha, bem moramos numa pequena casa que os meus avós maternos cederam a minha mãe por pena. Sempre tive uma vida boa, mas papai devido ao seu maldito vício de jogatina, arruinou toda a nossa família. Hoje a minha mãe trabalha fora para nos sustentar. Pois é, foi-se o tempo em que a minha mãe apenas cuidava de si e de mim, sendo sustentada pela empresa do meu pai. Infelizmente ele perdeu a empresa para o maldito Cassino, essa coisa devia ser proibida, só arruína famílias.

O meu pai sempre chega bêbado e agressivo comigo e a minha mãe. Finalmente hoje ele não está. Melhor assim, amo conversar com mamãe sem a intromissão do bêbado do meu pai.

- Mãe, que cheiro delicioso! - Digo indo à cozinha e dou-lhe um beijo no rosto.

- Filha! Já estava preocupada, você dificilmente costuma chegar tarde às sextas, aconteceu alguma coisa? - Sento-me na cadeira e suspiro cansativamente:

- O professor de física passou um trabalho daqueles, imagina? Tive que parar na biblioteca da faculdade para pesquisar na internet. Achei o que precisava, agora é só trocar alguns contextos para não ficar igual o da pesquisa e pronto! - Dou uma piscadela e ela sorri tristemente, sei o seu sentimento. Em outro tempo, teríamos conforto, internet e computador em casa, coisa que todos os jovens da minha universidade possui, infelizmente pela nossa condição financeira, não posso ter esse pequeno luxo.

- Bom, ainda bem, minha filha, que você conseguiu achar o que precisava. Vá lavar as mãos, vou servir a nossa janta. - Assinto com meu melhor sorriso e corro para a pia lavar as mãos...

[...]

Eu e mamãe jantamos tranquilamente e conversamos sobre o seu trabalho e a minha faculdade durante o jantar. Era ótimo quando não tínhamos o nosso pai em casa.

Após terminarmos o nosso jantar, ajudo a minha mãe a lavar e secar a louça, sinto-me um pouco cansada. Amanhã tirarei o dia para descansar e dormir.

O meu dia a dia, sempre foi muito cansativo, para ajudar nas despesas de casa, eu fazia um trabalho em meio período e a tarde ia para faculdade. A noite eu já estava um caco.

Aproveito a paz da minha casa, estranhamente o meu pai não veio para casa hoje, era assim. Ele sumia para Las Vegas, jogava apostando até as suas calças e voltava daqui a dois dias ou mais. Não sei como mamãe pode suportar esse casamento arruinado. Seria bem melhor se ela ficasse sozinha, já que não dependemos do nosso pai para nada.

Decido assistir algo na televisão, jogo-me no sofá, enquanto a minha mãe vai para o banho.

[...]

HORAS DEPOIS...

Já passava da meia-noite, nem percebi as horas passarem, só me dei conta quando senti as minhas pálpebras queimando querendo descansar. Desligo a televisão e decido ir tomar um bom banho e dormir. Eu precisava mesmo de um bom descanso...

Assim que termino de desligar a tv, ouço batidas estrondosas na porta. Aposto que é meu pai bêbado como sempre. Decido abrir, quando abro tomo um susto, quatro homens bem fortes, altos e mal-encarados olham-me, arregalo os meus olhos assustada.

- Procuro por Emily Foley! - Eu prendo a respiração por alguns instantes e ouço passos atrás de mim. Vejo a minha mãe surgir preocupada.

- Filha, quem é? - Ela pergunta e eu não consigo responder. Mamãe se aproxima e toma um susto.

- Esses homens estão a procurar por mim... - Digo com a voz receosa e a minha mãe começa ficar preocupada.

- A senhorita vai ter que vir conosco. O seu pai está no Cassino e só sairá de lá depois que resolver a questão da promissória. - Um dos homens diz, me assustando e mamãe gela.

- Que promissórias são essas? - Os homens dão de ombros e mostram seus crachás.

- É um assunto direcionado ao senhor Vitale. - Minha mãe se põe na minha frente e junta as mãos num gesto de reza.

- Por favor, não a levem! Não façam mal a ela! Eu imploro! - Mamãe implora desesperadamente.

Nós sabemos que a maioria dos Cassinos são administrados por algum mafioso importante de Las Vegas.

- Não se preocupe, senhora. Nós não temos permissão em fazer mal a sua filha. Apenas viemos buscá-la para conversar com o chefe. - Eu coloco uma mão no ombro da minha mãe e acaricio, tentando acalmá-la.

- Não se preocupe, mãe. Vou só ver o que meu pai aprontou e volto. Certo?

- Tome cuidado, filha. Qualquer coisa, entra em contato. - Assinto e a beijo no rosto, saindo logo em seguida...

- O que será que o meu pai aprontou dessa vez?

[...]

Olho para o local e percebo o enorme Cassino. O meu estômago revira, o meu coração parece querer saltar da minha boca.

- Venha, é por aqui, senhorita! - O homem chama-me autoritariamente e eu encaro-o assustada. Começo a caminhar ao lado dos armários, sentindo a ansiedade crescer dentro de mim.

- Onde está o meu pai? - O homem parece nem ligar para a minha pergunta e caminha comigo apressadamente.

A porta se abre, entro num corredor luxuoso. Percebo que me trouxeram pelas portas do fundo. Entro numa enorme sala, vejo o meu pai sentado com um semblante preocupado e derrotado. Ele se levanta quando me vê e eu olho-o com desprezo, cansada desse vício dele.

- O que aprontou dessa vez, pai? - Ele encara-me, envergonhado.

- Minha filha! Perdoe-me... eu não tive outra opção! Tive que chamá-la aqui.

- O que eu tenho a ver com os seus vícios? - Ele abaixou o olhar e eu senti que a coisa era pior do que eu imaginava.

- Eu fiz uma loucura...

- O que foi que você fez, pai? - Ele nada diz.

Respiro fundo sentindo uma leve tontura, o medo e a aflição me atingem em cheio.

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