Entre linhas, de coração na lua e amor na pele. Das sombras no olhar e encanto no sorriso. D'Ella, para ti!
Ella, 30 anos.
Mãe.
Mulher.
Sonhadora.
"Sonhas muito alto", diz ele.
"Por isso é que nunca chegas a lado nenhum".
Talvez seja isso que me condiciona. Nunca acreditam em mim ou nas minhas capacidades, nunca me apoiam e sim, infelizmente, isso faz com que perca a motivação.
Consequências?
Deixo por acabar tudo aquilo que começo!
Tenho saudades da menina que fui. Dos sonhos que essa menina tinha. De ter o mundo nas mãos sem saber. De desejar dar tudo, ingenuamente, mesmo sem ter nada.
Talvez essa seja a parte mais feliz da infância: a ingenuidade de que a vida será um mar de rosas, de que podemos ser felizes e realizar os nossos sonhos.
A mim, a vida deu-me tudo aquilo que eu não queria. Tudo o que eu disse que não ia viver, eu vivi. Fui amante. Traí. Deixei a minha carreira para trás. Tive um filho fora do casamento e nunca cheguei a casar. Fiz tudo ao contrário!
Só não sabia, ainda, que o contrário poderia ser o meu lado certo!
Resta a esperança de, um dia, ter coragem de me salvar e, quem sabe, ser feliz, realizar os meus sonhos e os daqueles que eu queria poder realizar.