Kat era apaixonada pelo seu namorado. Mas a vida da namorada de um jogador de ténis não é tão fácil como parece. Conseguirá aguentar a pressão?
Capítulo 1 Katherine White
Katherine era uma jovem jornalista de Londres.
Crescida no bairro West Kensington, em Fulham, era, naturalmente, uma grande fã de ténis. Desde sempre tinha querido ser jornalista, mas este amor a um desporto tão peculiar tinha-a tornado numa jornalista desportiva, especializada na modalidade. Aos 22 anos era já uma referência na cobertura de eventos de ténis em Inglaterra, especialmente no Queen’s Club, o evento que punha o seu bairro de nascença no mapa. O sonho, claro está, era chegar a Wimbledon.
Kat, como preferia ser chamada, escondia sistematicamente os seus grandes olhos cor de avelã por trás de uns grandes óculos de sol e, normalmente, usava o seu longo cabelo loiro preso num rabo-de-cavalo no topo da cabeça. Como boa jornalista de campo, tinha um estilo prático, preparado para qualquer ocasião.
Sempre que podia, ela própria batia umas bolas nos courts de relva bem tratados da região ou jogava partidas amigáveis com outros membros do clube. Poderia ter sido jogadora de ténis, mas isso não lhe teria permitido ser jornalista, portanto o ténis virou um hobbie, explorado pela sua veia de trabalho.
Kat não tinha namorado. O seu trabalho consumia-lhe todo o tempo e, após uma ou outra relação de poucos meses, desistiu de tentar. Ocasionalmente conhecia alguém interessante, passavam algum bom momento e seguiam cada um o seu caminho.
As semanas que antecediam o ATP de Queen’s eram as mais atarefadas para ela. À medida que eram anunciados o jogadores participantes do torneio, bem como os concorrentes à fase de qualificação, ela acumulava trabalho: estudava as suas histórias, analisava e comparava estatísticas, tudo tinha que estar na ponta da língua para o evento que lhe dava maior visibilidade anual, sempre na esperança de receber um convite de Wimbledon. Seria este o ano em que o seu sonho se concretizava